Mali/ Decretado três dias de luto nacional após morte de 130 pessoas por jihadistas
Bissau, 22 Jun
22 (ANG) - O massacre de Diallassagou, no Mali,que terá feito mais de 130
vítimas mortais, levado a cabo por jihadistas do grupo Katiba Macina, afiliado
à AlQaeda,está a gerar duras críticas das forças políticas contra a junta
militar no poder.
O Mali decretou três dias de luto em
homenage
m às mais de 130 vítimas mortais do ataque Diallassagou, no centro
do país, junto à fronteira com o Burkina Faso.
Este é ainda um balanço provisório, após no
fim de semana um grupo de cerca de uma centena de jihadistas ter realizado
vários ataques na região, matando mais de uma centena de homens, sequestrando
mulheres e incendiando casas em várias aldeias.
Perante esta violência, os partidos da
oposição contestam o aumento das tensões e do número de ataques, pedindo à
junta militar que está no poder desde 2020 que pare com o triunfalismo
efémero de dar a entender que o problema do terrorismo no país está resolvido e
se trata apenas de ataques "desesperados", quando ataques desta
dimensão se tornaram frequentes no país.
Apesar de não ter sido reinvindicado, relatos
de locais que sobreviveram a este ataque, indicam que terá sido o
grupo Katiba Macina que levou a cabo este massacre.
Liderado pelo pregador
islâmico Amadoune Kouffa, este grupo está ligado à Al Qaeda. No início do
ano, teria sido feito um acordo entre as populações locais e este grupo para
encontrar uma paz relativa, com os habitantes a prometerem não colaborar com
autoridades, pagar uma dízima e obedecer a regras islâmicas como separação dos
sexos e barba obrigatório para os homens.
No entanto, este acordo terá sido invalidade pelo exército do Mali
que matou pelo menos seis jihadistas no início do mês, com o massacre do fim de
semana a ser interpretado como uma potencial vingança.
Em 2021, morreram neste género de ataques pelo menos 600 pessoas segundo um relatório da ONU, com os civis a serem mortos não só por jihadistas, mas também pelas próprias forças armadas do Mali e mílicias como o grupo russo Wagner.ANG/RFI
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