Bruxelas/UE dá primeira parcela de três mil milhões de ajuda macrofinanceira à Ucrânia
Bissau, 17 Jan 23 (ANG) - A União Europeia (UE) desembolsou hoje
a primeira parcela de três mil milhões de euros no âmbito do novo programa de
assistência macrofinanceira (AMF+) à Ucrânia, num total de 18 mil milhões de
euros para este ano.
O montante de 18 mil milhões a emprestar à Ucrânia - verba que
será entregue a Kiev em prestações mensais de 1,5 mil milhões - terá um período
de carência de dez anos.
Num discurso em Davos, onde se reúne o Fórum Económico Mundial,
a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, salientou que a UE
continuará a apoiar a Ucrânia "durante o tempo que for preciso".
"O nosso apoio inabalável à Ucrânia não irá abrandar. Quer
esteja a ajudar a restaurar o fornecimento de electricidade, calor e água, ou a
preparar-se para os esforços de reconstrução a longo prazo", referiu.
O objectivo é prestar ajuda financeira a curto prazo, financiar
as necessidades imediatas da Ucrânia, reabilitar as infra-estruturas críticas e
prestar apoio inicial à reconstrução sustentável do pós-guerra, com vista a
apoiar a Ucrânia na via da integração europeia.
A guerra lançada contra a Ucrânia pela Rússia provocou uma perda
de acesso ao mercado e uma queda drástica das receitas públicas daquele país,
enquanto a despesa pública para fazer face à situação humanitária e manter a
continuidade dos serviços estatais aumentou acentuadamente.
Entre 2014 e 2022, a UE emprestou 7,2 mil ME a Kiev, sob a forma
de ajuda macrofinanceira.
A ofensiva militar lançada a 24 de Fevereiro de 2022 pela Rússia
na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5
milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de
acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de
refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3
milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir
Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia
para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade
internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e
imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031
civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém
dos reais.ANG/Angop
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