Etiópia/Grupo armado ataca prisão e liberta 480 reclusos em Oromía
Bissau, 12 Jan 23 (ANG) - Membros do Exército de Libertação de Oromo (OLA) invadiram no sábado uma cadeia no sudoeste da Etiópia e libertou mais de 480 reclusos, disseram hoje (12) as autoridades locais, indicando que morreram cinco guardas prisionais.
A acção do grupo armado, segundo o site Notícias ao Minuto,
ocorreu na prisão localizada no município de Bule Ora, no sul da região etíope
de Oromía.
"Alguns combatentes do grupo rebelde prepararam uma
operação de invasão do centro penitenciário, tendo matado cinco guardas e
libertado entre 480 a 500 prisioneiros", disse o vice-presidente da Câmara
de Bule Ora, Girja Urago, em declarações prestadas aos meios de comunicação
locais.
Uma testemunha que pediu para não ser identificado informou que
o ataque começou às 11h30 locais de sábado, quando os atacantes disparam armas
de fogo contra os guardas prisionais.
A mesma fonte disse "que se verificou um intenso combate
entre as duas partes" e que se prolongou até às primeiras horas da tarde
de sábado.
O OLA é uma facção dissidente da Frente de Libertação de Oromo
(OLF), partido que abandonou as armas para regressar do exílio por convite do
primeiro-ministro Abiy Ahmed, em 2018.
Desde essa altura a facção dissidente, que combate pela
autodeterminação do povo Oromo, passou a ser considerado grupo terrorista pelo
governo de Adis Abeba.
No ano passado, mais de 720 pessoas morreram em ataques
atribuídos aos combatentes do OLA, na região de Oromía, de acordo com dados da
Amnistia Internacional.
O Exército Federal da Etiópia anunciou no dia 03 de Janeiro
várias operações militares especiais no sul de Oromía tendo recuperado o
controlo de várias localidades.
Apesar de alguns deputados que representam Oromía terem exigido
ao governo a realização de conversações de paz com o OLA, tanto o Executivo
Federal como o governo regional recusaram os pedidos.
Abiy Ahmed, de etnia oromo, tem sido criticado por não
solucionar os problemas da região, marcados por tensões étnicas, que têm
provocado vagas de violência no país. ANG/Angop
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