Greve no Jornal Nô Pintcha /Funcionários põem termo à greve de três dias sem acordo com a direcção
Bissau, 13 jan 23 (ANG) – Os Funcionários do Jornal Nô Pintcha põem termo à greve de três dias, que decorreu de 10 à 12 do mês em curso, sem acordo com a direcção do mesmo jornal que satisfaça as reivindicações.
Mesmo assim, em declarações hoje à ANG, o Presidente do Sindicato de Base do Jornal Nô Pintcha, Seco Baldé Vieira diz que o balanço das reivindicações é positivo.
A
greve não impossibilitou que a direção
do órgão colocasse nas bancas mais uma edição do jornal, o nº 2776, mas Baldé
Vieira diz que aconteceu num formato não habital, e que os leitores mais atentos vão perceber que
houve mistura entre os anúncios e noticias, algo que diz, “não acontece antes da greve”.
Baldé
Vieira ainda sustenta que os efeitos da greve foi sentida e que levantou
preocupações ao nível da direção do órgão,
e que ,para além disso, registou o que ele considera de “fuga” do Director-geral para
Portugal.
Contactado
pela ANG, Abduramane Djaló confirmou que viaja hoje para Lisboa com devidas
autorizações superiores, para tratamento médico.
Seco
Baldé Vieira críticou que o diretor deveria dar mais atenção as questões levantadas
pelo sindicato de base do jornal suspendendo a viagem,mas que optou por fazer
ao contrário.
Instado
a falar sobre as condições mínimas para pôr fim as reivindicações, Baldé Vieira
disse que propõe a direcção, entre
outros, apresentação das Contas do
Exercício que começa de Maio de 2020 à Dezembro de 2022.
Perguntado
se durante a greve houve uma negociação com a direção do jornal, o presidente
do sindicato disse que sim, mas sem nenhum resultado, porque entendeu-se que os pontos que constam no
caderno reivindicativo não são da competência do sindicato.
“Mas,
isso não é verdade, porque tenho uma experiência muito alagarda no sindicalismo
e fiz uma carreira no jornal, além dos cargos que desempenhei, portanto sei
quais são as competências do sindicato e dos pontos a abordar”, disse.
Baldé
Vieira diz que a direção do jornal estatal tem até ao próximo dia 16 de Janeiro
para voltar a sentar-se a mesa com o sindicato, para que “soluções amigáveis”para as reivindicações
sejam encontradas.
“Caso contrário vou denunciar a má gestão dos fundos do jornal,
através de uma conferência de impresna, seguida de trasmissão de informações e
provas ao Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, ao Vice primeiro-ministro Soares Sambu, ao Presidente da República e ao
ministro da Comunicação Social, Fernando Mendonça, sobre o “nivel de Corrupção”
que existe no jornal”, diz Baldé.
Para
além disso, de acordo com Seco Baldé Vieira, na qualidade de presidente do
sindicato de base vai pedir ainda abertura de um processo judicial contra a
atual gestão do jornal Nô Pintcha.
“Nós
não vamos permitir que jornal vá a falência, porque somos trabalhadores, caso o
jornal declarar falência, nós os funcionários é que seremos os prejudicados não
o director, pelo que não vamos aceitar que nos tire o emprego”, concluiu Seco
Balde Vieira, ex-redactor-chefe do Nô Pintcha.
O comité sindical de
base dos trabalhadores do jornal Nô Pintcha reivindica entre
outrosa a exigência a direcção que diligencie no sentido de adquirir máquina de
impressão e de corte de papel, disponibilizar o valor de um milhão de francos
CFA (1.000.000 XOF), conforme foi acordado em assembleia-geral dos
trabalhadores para a criação do Fundo Social do Jornal.
A uniformização de “Cabaz de
Festa” e a fixação de um valor à atribuir aos
funcionários para a quadra festiva do Natal, do Ano Novo, Páscoa, Ramadão e
Tabaski, foram outros pontos constantes no caderno reivindcativo.
ANG/LPG/ÂC//SG
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