Guerra Médio Oriente/Guterres pede "cessar-fogo humanitário definitivo" na Faixa de Gaza
Bissau, 27 nov 23 (ANG) - O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu hoje que o diálogo continue entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas para alcançar um “cessar-fogo humanitário definitivo” na Faixa de Gaza e pôr fim ao conflito na região.
Guterres elogiou o papel
desempenhado pelo Egito, Qatar e Estados Unidos na obtenção de uma trégua
temporária de quatro dias, que permitiu a entrada de mais ajuda humanitária no
enclave palestiniano e a libertação de mais de 50 reféns (israelitas e cidadãos
estrangeiros) raptados pelo grupo armado palestiniano durante a sua ofensiva de
07 de outubro contra o território israelita, que deixou 1.200 mortos.
O ex-primeiro-ministro
português sublinhou a importância de alcançar um cessar-fogo “que beneficie a
população de Gaza”, segundo um comunicado do seu porta-voz, Stéphane Dujarric,
no qual também aplaudiu o papel desempenhado pela Cruz Vermelha na atual
conjuntura.
“Apelo a todas as partes
para que usem a sua influência para pôr fim a este trágico conflito e apoiar
medidas que conduzam ao único futuro sustentável para a região: uma solução de
dois Estados com Israel e a Palestina a viver lado a lado”, afirmou.
"Sete semanas de
hostilidades em Gaza e em Israel causaram um número de mortos que chocou o
mundo. Nos últimos quatro dias não se ouviu nenhum som de armas. Vimos a
libertação de reféns e de prisioneiros palestinianos das prisões
israelitas", disse Guterres, antes de sublinhar que as Nações Unidas
“continuarão a apoiar” este tipo de tréguas.
Por outro lado, e apesar da
entrada de mais ajuda humanitária no enclave palestiniano também ao abrigo do
acordo de trégua, o secretário-geral da ONU lamentou que 1,7 milhões de
deslocados continuem a apresentar “grandes necessidades” e descreveu a situação
humanitária em Gaza como catastrófica.
Em resposta ao ataque do
Hamas, Israel declarou guerra ao movimento islamita palestiniano e bombardeou
intensivamente a Faixa de Gaza até as partes terem chegado a acordo para uma
trégua de quatro dias, que começou na passada sexta-feira.
Até ao início da trégua, os
ataques do exército israelita em Gaza tinham matado mais de 14 mil pessoas,
segundo o Hamas, que controla o enclave desde 2007.ANG/Lusa
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