Saúde/Primeiro-ministro diz que HNSM precisa de uma atenção “muito especial”
Bissau, 20 Nov 23(ANG) -
O Primeiro-ministro disse hoje que o Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), o
maior centro hospitalar do país, precisa de uma atenção “muito especial”.
Geraldo João Martins que falava à imprensa depois de constatar in loco os problemas com que se debate o HNSM disse que viu um afluxo de pacientes, mas que na verdade podiam ir para outros centros, mas que, infelizmente, HNSM é o mais procurado pela população.
Lamentou que a capacidade de acolhimento do HNSM esteja
aquem da procura, por falta de pessoal técnico. E diz ter constatado que há edifícios que precisam de ser reabilitados,
algumas salas que se encontram fechadas
por causa de infiltração de água e também
situação de salários em atraso do pessoal contratados, e outras
situações.
Revelou que o governo tem uma ideia de médio prazo para transformar
HNSM num hospital de grande qualidade e que existem várias propostas para este
centro.
Garantiu que, a partir de Janeiro próximo cerca de mil
técnicos serão reintegrados no sistema de saúde e que o pessoal vai beneficiar
de um programa de formação e de intercâmbio com outros países, no sentido de
melhorar a formação do pessoal médico.
Questionado sobre a falta de estoque de sangue, há muito
tempo, respondeu que a direção do hospital está a trabalhar no sentido de
ultrapassar a situação, Martins disse acreditar que vão conseguir resolvê-lo a
curto prazo.
“O diretor do
serviço da pediatria me informou que houve um dia que atenderam cerca de 600
pacientes, o que é superior a capacidade de atendimento daquele serviço”, disse.
Disse que, o responsável do hospital lhe mostrou várias
unidades nomeadamente, urgência, maternidade, neonatologia, centro de produção
de oxigénio, centro de telemedicina que
ainda estão em construção.
Segundo o PM decorre uma campanha de sensibilização para que as pessoas passam a
procurar os centros de saúde nos seus próprios bairros, porque alguns estão a
funcionar 24 sobre 24 horas e que atendem vários casos que não tem necessidade
de serem levados ao HNSM.
Anunciou que,
brevemente chegarão ambulâncias destinadas a fazer triagens, e que
o Governo avalia possibilidades de construir um hospital Materno-infantil e outro
regional que diz estar a faltar e que o HNSM
passará a ser o de referência.
Martins disse que viu o serviço pediátrico e da
maternidade que quase tem 50 por centro das camas do HNSM ,como se fosse hospitail dentro de um hospital e
defende que é necessário fazer o
descongestionamento.
Abordado sobre falta de pessoal médico nos postos de
atendimento respondeu que essa situação é uma constatação mas que vai ser resolvida através da melhoria da
gestão dos recursos humanos no sistema
de saúde.
“Outro problema é
sobre os incentivos salariais, mas tenho a consciência de que o salário dos
médicos e dos especialistas é infímo, o que muitas das vezes os obriga a
refugiar nas clínicas”, disse o governante.
Durante a visita, Geraldo Martins foi abordado por uma
jovem de 23 anos de idade com sua filha de seis meses que padece de um tumor que cobre da boca ao abdômen do bebé, que lhe pediu socorro, e primeiro-ministro prometeu diligenciar
para a evacuação da criança, o mais
depressa possível.
O Hospital Nacional
Simão Mendes tem cerca de 600 camas para
internamento e um quadro de pessoal efetivo de mais de 600 pessoas e mais de
100 contratados, com a missão de tratar casos que não podem ser tratados noutros
centros de saúde. ANG/JD//SG
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