Coreia/Pyongyang diz que novo satélite espião captou imagens da Casa Branca e Pentágono
Bissau, 28 nov 23 (ANG) – A
Coreia do Norte garantiu hoje que o satélite espião, lançado pelo país há uma
semana, captou imagens da Presidência dos EUA, a Casa Branca, do Pentágono e de
outras importantes instalações da defesa norte-americana.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, visitou o centro de controlo geral da Administração Nacional de Tecnologia Aeroespacial norte-coreana (NATA, na sigla em inglês), na capital, de onde é coordenada a missão do satélite, avançou hoje a KCNA.
Segundo a agência de
notícias estatal da Coreia do Norte, Kim viu no centro imagens da Casa Branca,
do Pentágono, de Norfolk, a principal base naval dos EUA, e dos vizinhos
estaleiros de Newport News, onde são construídos os porta-aviões e submarinos
norte-americanos.
As imagens foram captadas
por volta das 23:35 de segunda-feira (14:35 em Lisboa) e “quatro porta-aviões
nucleares norte-americanos e um porta-aviões britânico foram detetados nas
fotos da base naval de Norfolk e dos estaleiros de Newport News", avançou
a KCNA.
Kim recebeu um relatório
sobre os preparativos para que o satélite de observação militar “Malligyong-1”
entre em operação antes da data inicialmente prevista, 01 de dezembro, referiu
a agência.
A Coreia do Norte, que
afirmou também ter obtido imagens de bases militares norte-americanas no Sul e
na ilha de Guam, não publicou até ao momento quaisquer fotografias captadas
pelo satélite.
Depois de duas tentativas
falhadas, em maio e agosto, Pyongyang conseguiu a 21 de novembro colocar um
satélite espião em órbita. A Coreia do Sul confirmou na quinta-feira que o
lançamento foi bem-sucedido.
Seul recuperou os destroços
de um dos lançamentos falhados e alegou na altura que a resolução das imagens
do satélite que a Coreia do Norte tentou colocar em órbita era muito fraca,
embora sem fornecer provas concretas.
A NATA disse que vai apresentar
na próxima sessão plenária do partido único norte-coreano, marcada para o final
de dezembro, um plano para lançar em breve vários outros satélites de
observação militar.
Na segunda-feira, o
embaixador norte-coreano junto das Nações Unidas (ONU) argumentou, numa rara
aparição perante o Conselho de Segurança, que o lançamento do satélite espião
foi um ato “legítimo” de autodefesa face a “ameaças” norte-americanas.
As potências ocidentais, o
Japão e a Coreia do Sul condenaram o lançamento, tal como o secretário-geral da
ONU, António Guterres, observando que a utilização de tecnologias de mísseis
balísticos viola resoluções do Conselho de Segurança.
“Nenhuma outra nação no
mundo está numa situação de segurança tão crítica” como a Coreia do Norte,
disse o embaixador Kim Song, lamentando que outros países não estejam sujeitos
às mesmas restrições.
“Um país beligerante, os
Estados Unidos, está a ameaçar-nos com armas nucleares. É direito legítimo da
Coreia do Norte, como outra parte beligerante, desenvolver, testar, fabricar e
possuir sistemas de armas equivalentes aos que os Estados Unidos possuem ou
estão a desenvolver”, acrescentou.ANG/Lusa
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