Bélgica/Novas sanções à Rússia limitam exportações de diamantes e petróleo
Bissau, 16
Nov 23 (ANG) - A Comissão Europeia anunciou na quarta-feira um novo pa
cote de
sanções da União Europeia (UE) à Rússia, o 12.º, que inclui um reforço das
sanções às exportações de petróleo russo, já em vigor, e abrange ainda os
diamantes.
"Em conformidade com a decisão do
Conselho Europeu de Outubro de enfraquecer ainda mais a capacidade da Rússia de
prosseguir a sua agressão contra a Ucrânia, o Alto Representante, juntamente
com a Comissão, apresentou terça-feira ao Conselho uma proposta para o 12º
pacote de sanções", no qual se propõe "a adopção de novas proibições
de importação e exportação, bem como de medidas destinadas a reforçar o limite
máximo do preço do petróleo e a combater a evasão às sanções da UE",
indica o Serviço Europeu de Ação Externa em comunicado hoje divulgado.
Fontes europeias confirmaram à agência Lusa
que neste pacote está incluído um limite a "todas as exportações de
diamantes russos", sendo que o 12.º pacote de sanções da UE contra a
Rússia pela invasão da Ucrânia estará em discussão na sexta-feira entre os
embaixadores dos Estados-membros junto da União.
Os diamantes russos são importantes para a
economia do país já que a sua exportação (principalmente para países europeus
como Bélgica) vale quase cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de
euros).
De acordo com as fontes europeias ouvidas
pela Lusa, trata-se de uma limitação direta aplicada à Rússia e indireta para
países terceiros que importam da Rússia.
No que toca ao petróleo, no sexto pacote de
sanções, adoptado em Junho de 2022, a UE proibiu a quase totalidade de
importação de petróleo bruto transportado por mar e de determinados produtos
petrolíferos da Rússia para a UE e impôs um teto máximo, visando limitar os
aumentos de preços provocados por condições de mercado extraordinárias e
reduzir drasticamente as receitas da Rússia.
Estes limites de preço eram de 60 dólares
por barril para o petróleo bruto, de 45 dólares por barril para produtos
petrolíferos comercializados com desconto e de 100 dólares por barril para
produtos petrolíferos comercializados a prémio, mas estas margens serão agora
revistas no novo pacote de sanções.
Além disso, com as novas medidas
restritivas, passarão a ser abrangidas "mais de 120 pessoas e entidades
pelo papel que desempenharam na ameaça à soberania e à integridade territorial
da Ucrânia", de acordo com a nota do Serviço Europeu de Ação Externa.
Acresce que "das propostas de inclusão
nas listas constam intervenientes dos sectores militares, da defesa e das
tecnologias de inovação russos, bem como outros operadores económicos
importantes", é indicado.
O objetivo é, de acordo com a diplomacia
comunitária, "reforçar o quadro de sanções em geral".
A UE impôs sanções maciças sem precedentes
contra a Rússia em resposta à guerra de agressão contra a Ucrânia.
A ofensiva militar russa no território
ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança
mais grave desde a Segunda Guerra Mundial. ANG/Angop
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