FMI/Conselho de Administração aprova
desembolso de 8,23 milhões de dólares à Guiné-Bissau
Bissau,30 nov 23
(ANG) – O Conselho de Administração do Fundo Monetário Internacional (FMI), aprovou
o desembolso de 8,23 milhões de dólares, no âmbito da conclusão da terceira
avaliação do mecanismo de crédito alargado para o país.
Segundo uma nota
informativa publicada na pagina oficial do Ministério da Economia e Finanças,
consultada hoje pela ANG, a decisão do Conselho de Administração do FMI vai ajudar a satisfazer as necessidades de
financiamento fiscal e da balança de pagamento do país, num contexto de deterioração
significativa dos termos de troco da Guiné-Bissau e de um aperto do financiamento
regional.
A mesma publicação
indica que o Conselho da Administração aprovou também um aumento do acesso ao
abrigo do mecanismo de crédito alargado de cerca de 37,96 para 53,14
milhões de dólares ou 140 por cento da
quota.
Informou que, o acordo
de três anos aprovado em 30 de janeiro de 2023, pretende garantir a
sustentabilidade da dívida, melhorar a governação e reduzir a corrupção, cria
ao mesmo tempo espaço fiscal para o crescimento inclusivo.
Disse que, com o
desembolso da terceira revisão, o montante total, ao abrigo do acordo é de
cerca de 17,7 milhões de dólares.
Alerta que, o
desembolso no âmbito do programa apoiado foi mais fraco do que o esperado para
a terceira avaliação, num contexto externo e interno desafiador, mas que as
autoridades continuam empenhadas em politicas fortes e em tomar medidas para
garantir que as metas para o final de dezembro de 2023 sejam cumpridas.
O Conselho concedeu
também uma isenção pela não observância dos critérios de desempenho relativo ao
piso da receita fiscal interna, ao limite máximo dos salários, ao piso do saldo
fiscal primário interno e à não observância do crédito de desempenho continuo
no limite máximo dos novos atrasados externos.
Além disso, o
Conselho de Administração do FMI, aprovou o pedido de alteração do crédito de
desempenho para o final de dezembro de 2023 relativo ao saldo primário interno
e concluiu a revisão das garantias de financiamento.
Segundo a nota, a
economia continua a recuperar em 2023 e o crescimento está projetada em 4,2 por
cento, o mesmo nível de 2022.
Conforme a nota, o
FMI prevê uma inflação de 8 por cento este
ano, devido ao aumento dos preços dos alimentos e que o défice orçamental de
5,6 por cento do PIB em 2023, refletindo em parte nas despesa durante o período
das eleições legislativas.
A dívida pública
diminuiu e atinja 76,5 por cento do PIB em 2023, devido a um défice fiscal mais
baixo.
Recomendou melhorar a mobilização das receitas internas e
que a contenção das despesas correntes salariais e não salariais serão fundamentais
para apoiar a consolidação fiscal e colocar a dívida pública numa trajetória
descendente.ANG/LPG/ÂC
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