Política/Primeiro-ministro faz balanço positivo dos 100 dias de governação
Bissau, 23 Nov 23
(ANG) – O Primeiro-ministro diz ser positivo o balanço dos 100 dias de
governação, a completar esta quinta-feira, em entrevista concedida quarta-feira
aos órgãos públicos de comunicação social.
Geraldo Martins sustentou a sua afirmação com a redução do preço de arroz, farinha e
consequente de pão, a estabilização de preço de combustiveis, e ainda o
fornecimento da energia elétrica à algumas localidades do país, nomeadamente, Bubaque, Bafatá e Gabu.
Além disso, apontou
ainda o início, atempado,vdo ano lectivo, a reintegração de quadros e a
viabilização da exportação da castanha
de caju.
Instado a falar das
reclamações feitas pelos comerciantes
após o anuncio da redução do preço do arroz e pão da parte do Governo, disse
que, quando alguma medida é tomada, sempre há possibilidades de incompreensão
ou resistência e diz que foi o que aconteceu nesse caso.
“No caso de arroz, o
Governo removeu algumas taxas para quem importa o arroz, mas quem já tinha
importado antes, essa remoção não é legítimo e se não estiver em condições de vender o arroz ao
preço fixado, compreedemos essa situação”, disse.
Aos que já tinham
comprado arroz, segundo Martins, foi-lhes apresentada uma proposta de recompensa. “Alguns aceitaram rapidamente e
outros não, porque acharam que deviam receber mais recompensas do que
propomos”,explicou, frisando que, o essencial
é que situação acabou por se estabilizar.
Perguntado se o setor
da justiça está preparado para os desafios do país, Geraldo Martins disse
que não, mas que se trata de um dos
maiores desafios do Governo.
“Quando a justiça não
funciona como deve ser, provoca perda de confiança da parte da população, que
acaba por apostar na realização da justiça por conta própria.Um outro problema
é a insegurança, pois, precisamos de crescimento económico, mas isso tem
que ver com o investimento público e privado
e sobretudo estrangeiro. Os investidores têm que ter confiança no Sistema Judicial,
para caso houver problema com os seus
investimentos que a justiça seja capaz de produzir uma decisão eficaz”, afirmou
o primeiro-ministro.
Neste contexto, de
acordo com Geraldo Martins, há problema de confiança, de credibilidade na
justiça, de investimento, segurança de pessoas, coesão do tecido social. É com
base nisso, que no primeiro eixo do Programa de Governo definimos que entre as
reformas que pretendemos fazer, a reforma mais importante é do setor da
justiça.
Ao se referir as
reformas previstas, Geraldo Martins defendeu a necessidade de realização de
eleições autárquicas.
“As reformas vão ser
feitas no sistema judicial, setor das Forças de Defesa e Segurança, na Administração
Pública e na própria organização do Estrado, porque temos o Governo, Presidência
da República, ANP, mas falta a realização das autarquias para que Estado esteja
mais próximo da população.
Acrescentou que, muitas questões que são apresentadas ao Governo,
se existir o poder autárquico seriam resovidos localmente, dando possibilidade a
uma governação mais fácil.
Interrogado se o caso
de 01 de Fevereiro, as disputas no Supremo Tribunal de Justiça constituem um
desafio para o Sistema Judicial, o Chefe do Governo disse que, tanto estes
casos como outros colocaram, não só a prova, mas também expuseram a fragilidade do próprio Sistema Judicial.
Martins referiu que compete ao Governo promover politicas públicas para reforçar o sistema
judicial, permitindo o seu funcionamento de acordo com lei .
“No Programa do Governo
prometemos criar condições, com a reformulação de algumas legislações,
formação dos agentes e construção de tribunais e a sua colocação em diferentes
localidades, para que quando há uma situação de violação de lei ou de
procedimento ilegal que haja uma atuação judicial correta e sobretudo para cumprimento das decisões judiciais”, afirmou
Geraldo Martins. ANG/LPG/ÂC//SG
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