Irão/ONU
denuncia novas execuções no Irão e reclama que Teerão acabe com pena de morte
Bissau,29 Nov 23(ANG) - A
ONU denunciou terça-feira as execuções pelo regime iraniano dos
jovens Hamidreza Azari, 17 anos, e de Milad Zohrevand, 22
anos, e reclamaram que Teerão deixe imediatamente de aplicar a pena de morte.
"A
execução de Hamidreza Azari, que foi acusado de assassinato, é a
primeira execução relatada de um presumível delinquente menor de idade no Irão
este ano", disse em comunicado
Elizabeth Throssell, porta-voz do gabinete dos Direitos Humanos da ONU, ao
recordar que Teerão tem a obrigação, em virtude de convenções internacionais,
de proibir as condenações à morte de pessoas menores de 18 anos.
"Também
estamos preocupados com a execução, no mesmo dia, de Milad Zohrevand,
de 22 anos, a oitava pessoa executada em elo com os protestos de Setembro de
2022", acrescentou a responsável ao sublinhar ter indicação de
que "o seu julgamento não
respeitou os requisitos fundamentais de um processo legal ao abrigo do direito
internacional dos Direitos Humanos. Informações perturbadoras também indicam
que os pais de Zohrevand foram presos depois da sua execução. Lamentamos
essas execuções".
Recorde-se que o Irão lançou
desde o ano passado uma vasta operação de repressão dos protestos populares
despoletados pela morte em detenção no dia 16 de Setembro de 2022
de Mahsa Amini, uma jovem curda que tinha sido presa três dias antes
por alegadamente não ter respeitado o uso do véu islâmico.
Ao lembrar que o Irão é um
dos países com o maior número de condenações à morte a nível mundial, Elizabeth
Throssell exortou este país a acabar imediatamente com esta prática.
De acordo com
a Iran Human Rights, ONG baseada na Noruega, mais de 600 pessoas
foram executadas no Irão desde o começo do ano, este sendo o número mais
elevado de execuções em oito anos naquele país.ANG/RFI
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