quarta-feira, 10 de julho de 2019

CAN2019


       Federação de Futebol acusa jogadores de sabotagem nos
jogos
Bissau,10 Jul 19(ANG) - O assessor de comunicação da federação guineense de futebol, Edgar Pires, acusou alguns jogadores de sabotagem nos jogos da seleção do país na Taça das Nações Africanas (CAN), que decorre no Egito.
Pires apontou os nomes dos médios Zezinho (capitão da seleção), Pelé, do avançado Toni Sá Brito, do guarda-redes Jonas Mendes, bem como do defesa Juari Soares, como sendo os autores da alegada sabotagem aos ‘djurtus’.
De acordo com o assessor de comunicação da federação guineense, aqueles jogadores recusaram-se a treinar e, nalguns casos, tentaram influenciar os restantes atletas a seguirem o seu exemplo, o que, disse, dificultou o trabalho da equipa técnica na preparação dos desafios.
“Nas vésperas dos jogos, a seleção não conseguiu treinar, às vezes só no dia do jogo é que [os jogadores] costumavam cumprir com treinos ligeiros”, revelou Pires, que é também apresentador de um programa desportivo numa rádio de Bissau.
Edgar Pires afirmou mesmo que no jogo de estreia da Guiné-Bissau contra os Camarões, que os ‘djurtus’ acabaram por perder por 2-0, aqueles atletas teriam tentado a que os outros colegas da seleção não entrassem em campo.
“É altura de afastar estes jogadores da seleção nacional, porque estão a criar um mau ambiente”, defendeu Pires, que espera ver responsabilização por parte das autoridades competentes.
A Guiné-Bissau não conseguiu atingir a segunda fase do campeonato africano das nações (CAN), ao alcançar um ponto, fruto de um empate a zero golos diante do Benim, e ao perder com os Camarões e o Gana, pelos mesmos resultados, 2-0.
Em entrevista ainda no Egito, o presidente da federação guineense, Manuel Lopes admitiu que a seleção será objeto de “profundas reformas” e ainda agradeceu a contribuição de alguns jogadores que ajudaram para que a Guiné-Bissau possa estar, por duas vezes consecutivas, no CAN.
ANG/Lusa

Governação


           Líder do PAIGC nomeado Conselheiro Especial do primeiro-ministro

Bissau, 10 Jul 19 (ANG) – O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira foi nomeado esta terça-feira, para o cargo de Conselheiro Especial do primeiro-ministro da Guiné-Bissau.

Segundo o despacho assinado por Aristides Gomes a que a Agência de Notícias da Guiné teve acesso hoje, Simões Pereira para além do Conselheiro Especial vai coordenar ainda o Gabinete de Apoio às Reformas, com direitos e regalias inerentes ao cargo.

No despacho, o primeiro-ministro justificou a nomeação com a pertinência de apetrechamento do seu gabinete com capacidades técnicas adequadas por forma a responder as exigências que o contexto impõe no quadro da implementação do Programa do Governo da X Legislatura que decorre dos princípios e orientações constantes do Plano Estratégico Operacional “Terra Ranka”. 

 ANG/LPG/ÂC//SG

Saúde pública

          Nova ministra da saúde promete melhores serviços aos pacientes

Bissau,10 Jul 19(ANG) - A nova ministra da Saúde guineense, Magda Robalo, disse  que uma das prioridades do seu mandato é oferecer melhores serviços e cuidados aos guineenses para que deixem de ter que procurar assistência no estrangeiro.

Aquando da tomada de posse do novo executivo guineense, no passado dia 23, Magda Nely Robalo não se encontrava no país, pelo que só terça-feira foi investido no cargo pelo chefe do Estado cessante, José Mário Vaz, para de seguida assumir os dossiers das mãos da sua antecessora e reunir-se com o pessoal.

Na sua primeira entrevista enquanto ministra da Saúde guineense, Robalo, licenciada em medicina, pós-graduada em saúde pública e medicina tropical, e ainda mestre em epidemiologia, formações feitas em Portugal, disse  que assume funções "com humildade e sentido de dever" por ter oportunidade de liderar um sector pelo qual trabalha há mais de 30 anos.

Antiga representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em países como África do Sul, Gana, Namíbia, Zâmbia, Magda Robalo afirmou que vai trabalhar, entre outros objetivos, para que, dentro de quatro anos, haja uma redução considerável de envio de doentes guineenses para tratamento especializado no Senegal ou em Portugal.

"Eu penso que uma grande parte das pessoas que precisam ir para fora (do país) é porque, ou tiveram um diagnóstico tardio, as doenças de que sofrem chegaram a um estágio em que já não se podia fazer nada no país ou então não podem ser diagnosticadas, não podem ser tratadas no país", observou a nova ministra em entrevista a Lusa.

Primeira mulher a dirigir o departamento de luta contra doenças transmissíveis e o programa de luta contra o paludismo (malária) na região africana da OMS, Magda Robalo espera que seja possível aumentar o nível técnico, tanto em termos de diagnóstico como de tratamento no país, dentro de quatro anos e desta forma reduzir a ida de doentes para o estrangeiro.

"Não estou a dar esperanças de que vamos atingir o nível a que toda a gente possa ser tratada no país, mas espero que até ao fim da legislatura haja respostas aos problemas tanto ao nível de prevenção, reabilitação, tratamento e promoção da saúde, mas que também que a qualidade dos serviços seja aquela que a população merece, aquela que a população espera e aquela que o Governo deve ao povo" deste país, sublinhou a nova ministra.

Actualmente, no âmbito da cooperação, Portugal disponibiliza anualmente à Guiné-Bissau centenas de bolsas de junta médica.

Magda Robalo vive e trabalha fora da Guiné-Bissau há mais de 20 anos, daí pretender "descer ao terreno" à partir de hoje para "tomar o pulso" aos problemas no sector da saúde, ouvindo técnicos da área, estruturas sanitárias e falar com a população.

Portugal, Cuba, China, entre outros países, são dos principais parceiros na área da saúde com a Guiné-Bissau, no entanto, a nova ministra pretende continuar a cooperação, alargar o leque de parceiros, tanto nacionais como internacionais, mas melhorar a capacidade de absorção de ajudas, melhorar a imagem do país e ainda prestar contas aos parceiros.

"Mostrar aos parceiros que prestamos contas e que somos sérios", sublinhou Magda Robalo. 

ANG/Lusa

terça-feira, 9 de julho de 2019

Viação e Transportes Terrestres


“OSEAO disponibiliza 15 milhões de dólares para desenvolvimento do sector dos transportes na Guiné-Bissau”, diz o DG 

Bissau,09 Jul 19(ANG) – O Director Geral de Viação e Transportes Terrestres afirmou que a Organização para a Segurança Rodoviária na África Ocidental (OSEAO), disponibilizou  15 milhões de dólares para o  desenvolvimento do sector dos transportes na Guiné-Bissau.

Foto Arquivo
Bamba Banjai que falava hoje em conferência de imprensa em jeito de  balanço de mais de dois anos à  testa daquela instituição disse que a Guiné-Bissau conseguiu  liquidar todas as dívidas contraídas com aquela organização há mais de 15 anos.

Aquele responsável sublinhou que o referido montante se destina a financiar o projecto de sinalização de estradas Ingoré/Farim, numa distância de 92 quilómetros e o troço que liga Buba/Bantambali e Madina de Baixo, na região de Quinará, sul do país.

Segundo Banjai, o financiamento abrange a reestruturação e o equipamento de Sala de Exames da Direcção Geral de Viação e Transportes Terrestres.

“Desse montante, dois milhões de dólares se destinam à reestruturação e equipamento de todas as infra-estruturas públicas da Direcção Geral de Viação e os restantes treze milhões serão aplicados na sinalização das estradas”, explicou Bamba Banjai.

“Foi assim que a referida verba, conseguida pela minha Direcção vai ser aplicada pelos futuros responsáveis da Viação e Transportes  Terrestres”, disse.

disse que a sua direcção encontrou aquela instituição desorganizada, sem uma conta bancária e com uma dívida à rondar os 30 milhões de francos CFA, acrescentando que hoje em dia conseguiram liquidar todas as dívidas.

Bamba Banjai frisou que herdaram a Direcção Geral de Viação sem uma única viatura  e  gabinetes de serviços sem equipamentos para funcionar condignamente.

Disse que ao nível dos recursos humanos encontraram aquele serviço com cerca de 300 funcionários alguns com cerca de 20 anos sem  contrato com o Estado, salientando que hoje em dia, na medida de possível, conseguiram resolver a efectivação de muitos  desses trabalhadores.

“Ao nível patrimonial procedemos a reabilitação do edifício da Direcção Geral de Viação e Transportes Terrestres, aquisição de um grupo gerador de 50 kv, uma viatura 4x4 e uma ambulância e colocamos 30 aparelhos de ar condicionado em todos os gabinetes de serviços”, referiu Bamba Banjai, eleito deputado nas eleições de 10 de março, no âmbito do partido Madem G-15.

ANG/ÂC//SG

Cooperação


Programa “Ianda Guiné! Nó lanta, Nó pega” perspectiva diminuir dificuldades na sociedade guineense

Bissau, 09 Jul 19 (ANG) – O Programa “Ianda Guiné! Nó lanta, Nó pega”,financiado pela União Europeia, perspectiva diminuir dificuldades na sociedade guineense  visando a melhoria das condições de vida da população.

A revelação foi feita hoje pelo  Chefe da Cooperação da Delegação da União Europeia na Guiné-Bissau, Pablo Leunda Martiarena , em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné(ANG).

“O Programa “Ianda Guiné! Nó lanta, Nó pega” é um programa para resiliência e as oportunidades socioeconómicos que abrange as áreas tais como, saúde, nutrição, água, energia, agricultura, avicultura, estradas e apoio à sociedade civil”, explicou.

Pablo Leunda Martiarena explicou que igualmente a União Europeia pretende promover soluções para problemas sociais e promover também oportunidades económicas ao povo guineense.

Por outro lado, o Chefe de Cooperação da União Europeia na Guiné-Bissau disse que a ideia de criação do referido programa surgiu na base das suas experiências profissionais fundamentadas na crise política e institucional que afecta a Guiné-Bissau ao longo dos últimos anos.

“Tínhamos um financiamento para apoiar o processo da reforma e segurança na Função Pública guineense, mas com as situações de crise que o país enfrentou nos últimos anos, não havia condições para o implementar, por isso, desenvolvemos uma nova estratégia que permitiu a transferência do fundo para o programa “Ianda Guiné! Nó lanta, Nó pega”, informou aquele responsável.

Sublinhou que não queriam que as Nações Unidas desviassem o fundo para outro país e que por isso fazerem de tudo para conseguir apoiar a sociedade guineense, uma vez o povo precisa de ajuda.

Acrescentou que o programa não pode solucionar grandes problemas, mas sim, só minimiza os básicos, tendo informado que pretendem trabalhar mais nas zonas rurais, uma vez que as populações daquelas zonas são as que mais precisam.

Pablo Leunda Martiarena disse que ao longo de mais de quatro anos a população guineense está a sofrer bastante com a questão de instabilidade política e que por isso, acha que o programa “Ianda Guiné! Nó lanta, Nó pega” vai ajudar bastante.

Aquele responsável informou que já começaram os seus trabalhos nas áreas de agricultura, avicultura e apoio às Organizações de Cidadãos e que o processo é para todo o território nacional.

 “Na área de agricultura apoiamos nas reparações das bolanhas e no cultivo de arroz de mangal, a sociedade civil, bem como as associações/organizações com recursos técnicos e muitas das vezes com  meios financeiros”, disse.

Pablo sublinhou que, na área de avicultura apoiam a criação de galinhas e pretendem ainda reforçar a fileira de avicultura no país.

A delegação da União Europeia na Guiné-Bissau procedeu no dia 04 do corrente a apresentação pública do  “Ianda Guiné! Nó lanta, Nó pega”.

ANG/AALS/ÂC//SG

Função Pública


      Nova ministra reitera necessidade de  reformas profundas na administração  

Bissau, 09 Jul 19 (ANG) - A nova ministra da Administração Pública e Modernização de Estado reiterou segunda-feira  a necessidade de haver  reformas profundas na Administração Púbica com o objectivo de resgatar as instituições estatais da situação em que se encontram.

Fatumata Djau Baldé falava na cerimónia de recepção dos dossiers daquela instituição nas mãos do seu antecessor.

“A nossa Função Pública precisa de uma reforma profunda de modo a incentivar um trabalho mais eficiente nas diferentes instituições estatais do país, por isso, não vamos poupar os nossos esforços de trabalhar para essa mudança”, garantiu a governante.

Por sua vez, o ex-ministro da Função Pública, Fernando Gomes disse que a situação mais complicada durante o seu exercício naquele Ministério é o aumento da massa salarial dos servidores de Estado guineense.

“A exigência de  aumento do salário criou certas complicações e levou  os sindicalistas a se optaram por ondas sucessivas de greves como forma de exigir mais condições e justiça salarial”, disse aquele responsável.

Acrescentou que tentaram negociar com os sindicatos, mas  que não foi fácil uma vez que não estavam em condições de solucionar mais de 40 pontos das  reivindicações.

Fernando Gomes sublinhou que a Função Pública  trabalha na base das leis e que assim sendo, não podiam fazer nada fora das normas que regulam o funcionamento daquele Ministério. 

ANG/AALS/ÂC//SG

Negócios


                   São Tomé acolhe fórum de  países lusófonos com a China
Bissau, 09 jul 19 (ANG) -   São Tomé acolhe o 14° encontro empresarial China - Países de Língua portuguesa que  conta com a participação de 300 empresários que discutem oportunidades de negócios.
O encontro de dois dias que encerra esta terça-feira se  realiza pela primeira vez no arquipélago.
Organizado designadamente pela Agência de Promoção, Comércio e Investimento (APCI) são-tomense, este fórum acolhe uns 170 empresários nacionais e 150 representantes estrangeiros, nomeadamente empresários chineses, portugueses, angolanos, moçambicanos e timorenses.
Durante a abertura deste encontro no qual São Tomé e Príncipe  apresenta as suas potencialidades em termos de serviços e produtos, o chefe do governo são-tomense referiu-se à localização geográfica do país, inserido numa região, o Golfo da Guiné, com cerca de 300 milhões de consumidores.
 Por esta ocasião também, ao incitar os investidores a colocarem capital no seu país, Jorge Bom Jesus não deixou de enunciar entre as suas prioridades a promoção de um ambiente mais favorável aos negócios em São Tomé e Príncipe, nomeadamente através de reformas em matéria de justiça e fiscalidade.
Painéis sobre o turismo, agricultura, transformação, infra-estruturas e serviços, preenchem o leque deste evento que pretende ser uma rampa de lançamento em termos económicos para São Tomé e Príncipe. Nesta estratégia, a China tem sido um parceiro importante.
Aquando do seu regresso de uma visita à China no passado mês de Março, o chefe do governo são-tomense garantiu que Pequim pretendia aumentar o seu investimento anual no arquipélago, sendo que actualmente é estimado em 30 milhões de Dólares.
ANG/RFI

Religião


Bispos pedem empenho do novo governo para garantir paz e segurança nacional

Bissau, 09 Jul 19 (ANG) - Os Bispos da Guiné-Bissau pediram  segunda-feira o empenho ao novo governo para  garantir a paz e segurança nacional de modo a tirar o país das constantes situações de crise em que se mergulhou ao longo dos últimos anos.

Segundo a Rádio Sol Mansi, o Bispo de Bissau Dom Caminaté Na Bissim defendeu a necessidade de os políticos guineenses privilegiarem sempre o interesse comum.

“Só devem continuar na política as pessoas que têm o espirito patriótico e não os que pensam simplesmente em resolver os seus problemas pessoais”, sugeriu o Bispo de Bissau, em entrevista à Sol Mansi.

Caminaté Na Bissim sublinhou que o povo guineense já sofreu o bastante e que por isso, merece alcançar a paz, estabilidade, segurança e bem-estar social para que possa seguir rumo ao desenvolvimento.

Na Bissim disse que o Povo guineense já fez a sua escolha nas urnas desde 10 de Março passado e que cabe aos escolhidos cumprirem  os seus deveres e as suas obrigações.

Por sua vez, o Bispo de Bafatá, Dom Pedro Zilly destacou que os políticos têm a responsabilidade de proteger o bem comum, tendo acrescentado que os governantes guineenses devem ter em mente a vontade de trabalhar para o Povo.

“Temos a esperança de que o novo governo vai trabalhar, até porque integra um número significante de  mulheres, e esperemos que vão ser capazes de fazer algo para o bem do  país”, desejou Dom Pedro Zilly em entrevista à Sol Mansi.

O Bispo de Bafatá pediu ainda que os governantes privilegiassem sempre o diálogo construtivo para que a democracia possa ser consolidada na Guiné-Bissau.

ANG/AALS/ÂC//SG

EUA


ONU relata más condições de detenção de migrantes
Bissau, 09 jul 19 (ANG) - A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, afirmou  segunda-feira (8) estar "profundamente chocada" com as condições de   detenção dos migrantes nos Estados Unidos de América e ressaltou que as crianças nunca deveriam ser separadas de suas famílias.  
"Como pediatra, mas também como mãe e ex-chefe de Estado, estou profundamente impactada com o fato de que algumas crianças sejam obrigadas a dormir no chão em instalações superlotadas, sem acesso a cuidados de saúde ou a alimentos adequados", declarou Bachelet, em um comunicado.
A crítica acontece um dia depois das declarações do presidente americano Donald Trump, que anunciou que centros de detenção de migrantes, condenados por sua superlotação e péssimas condições de vida, serão abertos aos jornalistas.
"Manter em regime de detenção uma criança, mesmo que por curtos períodos e em boas condições, pode ter graves consequências sobre a sua saúde e seu desenvolvimento. Pensem nos estragos causados a cada dia por esta situação alarmante", acrescentou a comissária da ONU.
"Na maioria dos casos, os migrantes e refugiados se aventuram em perigosas viagens com seus filhos em busca de proteção e dignidade, longe da violência e da fome. Quando finalmente acreditam que estão em segurança, são separados de seus entes queridos e detidos em condições indignas", completou Bachelet.
Vários organismos das Nações Unidas encarregados dos direitos Humanos advertiram que a detenção de crianças migrantes poderia configurar tratamento cruel, desumano ou degradante, o que é proibido pelo direito internacional.
Em maio, 144.000 pessoas foram detidas e colocadas em detenção pela polícia de fronteiras dos Estados Unidos. Mas faltam   vagas nessas estruturas, bem como nos centros de acolhimento para onde os menore e as famílias são normalmente transferidos.   
Um relatório do Departamento americano de Segurança Nacional (DHS), responsável pela guarda de fronteira, admitiu na semana passada, uma "superpopulação perigosa" em muitos centros de acolhida de migrantes clandestinos, em sua maioria centro-americanos que fogem da violência e da miséria em seus países de origem.
Deputados democratas que também visitaram os centros de detenção informaram sobre superlotação de celas e ausência de água corrente. Crianças e adultos não tinham acesso a medicamentos e não tomavam banho havia duas semanas.
 No domingo, em um tuíte, Trump disse que "se os imigrantes ilegais não estão contentes com as condições nos centros de detenção construídos ou recondicionados rapidamente, diga a eles que não venham. Problema resolvido!".
Para Bachelet, "toda privação de liberdade dos migrantes e refugiados adultos deveria ser uma medida de último recurso".
"Se a detenção acontece, deveria durar o mínimo possível", afirmou, pedindo às autoridades que encontrem medidas "não privativas de liberdade" para os migrantes e refugiados.
ANG/RFI

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Política




Bissau,08 Jul 19(ANG) – O Presidente da República cessante, José Mário Vaz disse que não foi pessoal, mas política a decisão de não nomear o líder do PAIGC para primeiro-ministro.

José Mário Vaz, explicou que não nomeou Domingos Simões Pereira, presidente do PAIGC, para o cargo de primeiro-ministro, porque a coabitação não seria boa para nenhum dos dois, nem para o país.

"Foi essa a preocupação tendo em conta a situação do povo, do país, os desafios, senti que a coabitação entre os dois não seria boa nem para mim, nem para ele, nem para o país. A política significa servir os outros, estamos aqui para servir o país, se não estamos aqui para servir o país e estamos para conflitos permanentes, significa que não vale a pena", afirmou José Mário Vaz, em entrevista à Lusa e à RTP.

Salientando não ter qualquer problema pessoal com o presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), José Mário Vaz disse que ficou preocupado com o aconteceu na legislatura anterior.

"Ele foi primeiro-ministro da Guiné-Bissau, as coisas não correram bem, porque não conseguiu resolver os problemas, os desafios que se colocavam ao país, e nem notámos algum sinal que pudesse contribuir para termos alguma esperança no futuro", afirmou.

O Presidente guineense demitiu Domingos Simões Pereira do cargo de primeiro-ministro em 2015, alegando nepotismo e corrupção, depois de o PAIGC ter vencido as eleições legislativas de 2014, dando início a uma crise política no país, que levou ao encerramento do parlamento por três anos.

Para José Mário Vaz, aquela foi a base para a sua decisão e para não voltar a colocar o país numa situação difícil. "Não se trata de questões pessoais, trata-se de questões políticas", sublinhou.

O Presidente guineense alega também que outra razão para não ter nomeado Domingos Simões Pereira está relacionada com determinadas afirmações, que o deixaram um "bocado preocupado", referindo-se a um protesto que decorreu em Bissau e em que o presidente do PAIGC pediu aos militares para "abrirem alas" para as pessoas chegarem ao Palácio da Presidência.

"Os dois (chefe de Estado e primeiro-ministro) são importantes para o futuro do país e não havendo entendimento entre os dois torna-se difícil realmente fazer avançar o país", disse.


O PAIGC voltou a vencer as eleições legislativas realizadas em 10 de março e indicou o nome de Domingos Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro, mas José Mário Vaz recusou, alegando questões éticas.

O partido acabou por indicar o nome de Aristides Gomes, que já ocupava o cargo. Na sequência daquela decisão, o presidente do PAIGC acusou o Presidente de alegada tentativa de golpe de Estado. "Eu dar indicação para fazer um golpe de Estado. A quem vou dar um golpe de Estado?", questionou José Mário Vaz.

Questionado sobre se são os militares ou os políticos os responsáveis pela instabilidade na Guiné-Bissau, o chefe de Estado guineense salientou que chegou à conclusão que são os políticos.

"No contencioso ou nos problemas entre nós vamos buscar os militares para dirimir os conflitos. Os militares deram um exemplo. Os políticos estão na base de tudo isto e hoje depois de cinco anos do meu mandato com paz civil e tranquilidade interna ninguém vê os militares a andar com armas nas ruas e nós políticos é que temos problemas entre nós", afirmou.

Entretanto, o chefe de Estado promete anunciar em breve se vai ser candidato às eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro. "Primeiro precisamos de fechar os ciclos. Foram as eleições, agora conseguimos realmente empossar o novo Governo, temos a assembleia, em princípio a funcionar em pleno, as instituições do Estado mais importantes já estão praticamente em funções e depois de tudo vou arranjar uns dias para refletir", afirmou, em entrevista à Lusa e à RTP.

O Presidente guineense terminou o seu mandato de cinco anos em 23 de junho, mas vai continuar em funções até à tomada de posse do futuro chefe de Estado.

"Às vezes tomar a decisão não depende só de nós, depende da família e de amigos próximos e irei refletir melhor nos próximos tempos e irei dar uma resposta. Dependerá também de muitos fatores e espero brevemente ter uma resposta", sublinhou.

Sobre os cinco anos do seu mandato, José Mário Vaz, que foi o primeiro Presidente do país a terminar um mandato, considerou que foram muito difíceis, com muitos desafios, mas "com determinação" conseguiu chegar ao fim sem golpes de Estado e sem refugiados políticos, com liberdade de imprensa e de expressão, legados dos quais se orgulha.

Chefe de Estado promete anunciar em breve se vai ser candidato às presidenciais.

Numa  conferência de Imprensa, no Palácio da República, José Mário Vaz dissera que não teria nenhum problema em trabalhar com Domingos Simões Pereira. ANG/Lusa


Função pública


                Centrais sindicais suspendem nona vaga de paralisação

Bissau, 08 jul 19 (ANG) - As duas centrais sindicais do país, a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB) suspenderam a greve de 15 dias úteis, projectada para os dias 08 à 26 do corrente mês, devido a intervenção da nova ministra da Função Pública, Fatumata Djau Baldé.

Segundo um documento entregue hoje à ANG, as duas centrais sindicais justificaram a suspensão da greve com o facto de a ministra ter-se deslocado a sede da UNTG-CS, acompanhada do Secretário-geral do Ministério da Função Pública pedindo aos sindicalistas para darem uma moratória para permitir a criação de condições objectivas para instituir uma Comissão Negocial sobre os pontos constantes no pré-aviso apresentado pelas duas centrais sindicais.

Na missiva, UNTG e CGSI-GB apelam a ministra a constituição de uma equipa encarregue de, no prazo de 15 dias, encetar uma negociação para debruçar sobre os pontos em revindicação, sobretudo, os tendentes a fazer valer a implementação das leis.

Exortaram ainda a titular da Função Pública e Modernização do Estado a apresentar uma cronograma para discussão.

Conforme o documento, as duas Centrais sindicais se  reservam o direito de voltar a greve, caso os interesses dos servidores públicos não sejam resolvidos.

Apelam à todos os associados, em particular, aos servidores públicos e trabalhadores em geral a se manterem firmes e determinados a volta das suas estruturas sindicais, porquanto ser o único caminho para obter a dignidade, respeito sócio laboral, em defesa dos seus interesses legítimo.

As duas centrais reivindicam, entre outros o pagamento de salário aos funcionários contratados e aumento do salário mínimo nacional de 50 mil para 100 mil francos CFA.

Seria a nona vez que a Função Pública observaria  greves seguidas, desta feita para 15 das úteis em vez das de três dias semanais observadas durante quase dois meses. ANG/LPG/ÂC//SG
   


Cultura


Director-geral da Cultura aponta reabertura da Escola de Música como seu grande projecto de momento

Bissau, 08 jul 19 (ANG) – O Director-geral da Cultura, João Cornélio Gomes Correia, disse que a reabertura da Escola de Música e criação de um salão de espectáculo no país são os  grandes projectos da sua direcção, acrescentando que com a estabilidade do país o governo vai conseguir concretizâ-los.

João Cornélio Gomes Correia que falava no fim-de-semana após o concerto ao vivo do músico da nova geração Armandinho Fieré vulgo Kilograma disse que  a actuação deste músico lhe fez lembrar dos outros que começaram assim.

“Admiro o talento desse jovem sobretudo no festival da Unidade Nacional. É um artista de muita expressão, e espero que, com a estabilidade do país, vão ser criadas as condições para jovens músicos  puderam revolucionar a música guineense”, disse.

Gomes Correia afirmou que o Kilograma fez-lhe lembrar de muitos jovens músicos que começaram da mesma forma, caso de Américo Gomes, Mário Babren, Malam Bá Sissé.

“Para mim é uma grande surpresa no festival da Unidade Nacional organizado pela Secretaria do Estado da Cultura e Desporto, onde passou por todas as etapas como primeiro lugar. Portanto, revelou  qualidades e os temas que apresenta motivam as pessoas a gostarem da sua música”, salientou Cornélio Correia.

Por seu turno, o músico Kilograma disse que o segredo da sua evolução está em ser humilde e de aceitar aprender com os mais experientes, acrescentando que muitas vezes se alguém não desafiar a si mesmo é difícil descobrir o seu potencial.

O músico promete mais trabalho e dinamismo par continuar a agradar o seu público.
O manager Edson Ferreira considerou as músicas do Kilograma de contextuais porque têm a ver com as vivências actuais.

Disse acreditar que com apoio ao músico o país vai ganhar muito sobretudo a cultura. Edson Ferreira promete  para breve  a gravação de  álbum discográfico do músico.
ANG/DMG/ÂC//SG 

Acidente marítimo


                    Seis pescadores chineses morrem na Guiné-Bissau

Bissau, 08 Jul 19(ANG) - Uma explosão na casa de máquinas de um navio de pesca de bandeira chinesa matou seis pescadores daquele país asiático, que exerciam atividades no mar da Guiné-Bissau, disse  sábado à Lusa, Manuel Djassida autoridade marítima guineense.

Foto Arquivo
Manuel Djassi, elemento da direção técnica da Fiscap, a entidade regulador e de fiscalização das atividades de pesca na Guiné-Bissau, indicou  que da tripulação do navio faziam parte onze pescadores de nacionalidade chinesa e seis deles perderam a vida na explosão que ocorreu na madrugada de sábado.

No domingo, 07 de julho, uma equipa de inquérito, constituída por técnicos da Fiscap e da empresa chinesa detentora do navio sinistrado, iniciou as averiguações, começando com as audições aos cinco pescadores de nacionalidade chinesa que escaparam com vida da explosão.

Ainda segundo o responsável da Fiscap, nove marinheiros guineenses trabalham no navio, sendo que nenhum destes foi afetado pela explosão tendo sido resgatados. 

Três corpos, dos seis mortos na explosão, não foram encontrados, referiu ainda o responsável guineense que considerou o sucedido "uma grande tragédia" que nunca tinha acontecido nas aguas da Guiné-Bissau..

O navio pesqueiro afundou-se no alto mar, disse ainda Manuel Djassi, sem adiantar outros pormenores sobre as operações de resgate ou possíveis causas do acidente.

Os corpos dos três marinheiros chineses encontram-se na morgue do hospital Simão Mendes, em Bissau, aguardando pelas diligências para o seu translado para a Republica Popular da China.

Navios de armadores privados chineses pescam nas águas da Guiné-Bissau ao abrigo de um acordo de pesca entre os dois países.ANG/Lusa


África


                               Lançado mercado comum no continente
Bissau, 08 jul 19 (ANG) - Os países da União Africana (UA) lançaram no domingo (7), em Niamey (Níger), a Zona de Livre Comércio Continental Africana (Zlec),  envolvendo 54 países e deve “colaborar para promover a paz e a prosperidade na África”, segundo a entidade. 
Presidente da República na Cimeira da UA
“É o maior evento histórico no continente africano desde a criação da OUA (Organização para a Unidade Africana), em 1963”, afirmou o presidente do Níger, Mahamadou Issoufou, em referência à instituição que originou a UA.
A zona engloba 1,2 bilhão de habitantes. Em todo o continente, apenas Eritreia não assinou a entrada no grupo. Vinte e sete nações africanas já ratificaram o acordo.
Cerca de 4,5 mil integrantes de delegações e habitantes dos diversos países foram ao Níger para participar do lançamento, além de 32 chefes de Estado e mais de 100 ministros. “Uma vida de sonhos se realiza. Os pais fundadores devem estar orgulhosos”, declarou o presidente da comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, que destacou que a Zlec sera “um grande espaço comercial do mundo”.
“O caminho pela frente ainda é longo”, ponderou o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi. Difíceis negociações seguem em curso para tirar a zona comercial do papel. Os pontos mais sensíveis dizem respeito ao calendário das reduções de tarifas alfandegárias entre os países signatários e a rapidez com a qual delas devem ser diminuídas. Outro ponto delicado é estabelecer a tributação de bens importados do exterior pelos países que já possuem acordos comerciais com economias de fora do continente.
A expectativa é de que o mercado comum esteja operacional a partir de 1º de julho de 2020, de acordo com o comissário de Comércio e Indústria da UA, Albert Muchanga. O negociador-chefe nigeriano, Chiedu Osakwe, avalia que “a liberalização do comércio deve se alinhar com reformas estruturais internas”, num processo que deve se estender por vários anos.
A UA estima que, a longo prazo, a Zlec poderá aumentar em 60% o comércio dentro da África. Entretanto, críticos do projeto temem que ele prejudique pequenos produtores agrícolas e industriais. ANG/RFI

Caso 12 milhões

“É uma boa altura para MP esclarecer desaparecimento dos 12 milhões de Angola” diz José M. Vaz

Bissau, 08 Jul 19(ANG) – O Presidente da República cessante, José Mário Vaz, considerou que agora é uma boa altura para o Ministério Público  esclarecer o alegado desaparecimento de 12 milhões de dólares dados por Angola, processo em que chegou a ser detido.
“Estamos no melhor momento para o Ministério Público averiguar essa situação, porque os protagonistas estão todos no país. Estou eu, está a ex-secretária de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais, está o ex-secretário de Estado do Tesouro, está o ex-primeiro-ministro e está a filha do ex-primeiro-ministro”, disse José Mário Vaz em entrevista à Lusa e à RTP.
O Presidente guineense considerou que a sua detenção durante 72 horas tinha como objectivo impedir o seu posicionamento político, explicando que na altura tinha a ambição de ser candidato à presidência do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
“É um ajuste de contas que me deixou profundamente magoado porque não é possível o ministro das Finanças [cargo que ocupava na altura} ter roubado 12 milhões de dólares na presença da secretária de Estado do Orçamento, do ex-secretário de Estado do Tesouro, do primeiro-ministro e da filha do primeiro-ministro que trabalhava no banco onde estavam os 12 milhões e em que o primeiro-ministro era accionista”, salientou.
O Presidente argumentou que os 12 milhões de dólares (10,68 milhões de euros ao câmbio actual) foram utilizados para satisfazer as necessidades do país naquela altura.
“Se algum dinheiro foi desviado, não foi no meu tempo, como ministro das Finanças”, afirmou.
José Mário Vaz foi detido pela justiça, em 2013, num processo de averiguações relacionado com o alegado desaparecimento de dinheiro relativo a apoio orçamental entregue por Angola à Guiné-Bissau na altura em que era ministro das Finanças (entre 2009 e 2012), no governo liderado por Carlos Gomes Júnior.
Questionado sobre as acusações que lhe têm sido feitas sobre venda de ilhas do arquipélago dos Bijagós por 20 milhões de dólares (17,8 milhões de euros) a interesses árabes, aquisição de hotéis de luxo em Bissau e de alegado envolvimento de familiares seus no tráfico de droga, o Presidente guineense refutou todas as acusações.
“Não sei se é permitido vender ilhas. Mas eu pergunto, os 20 milhões de dólares, onde está o dinheiro e queria saber o grupo de interesses a quem vendi as ilhas? A quem vendi e onde estão os 20 milhões de dólares? Estamos na Guiné-Bissau, mas se estivéssemos num outro país, o Ministério Público estaria a ouvir essas pessoas”, disse.
Relativamente às acusações de envolvimento da sua família no tráfico de droga, José Mário Vaz referiu que a sua família é humilde e chegou onde chegou “graças aos princípios e valores” que receberam e que o assunto está a ser tratado pela justiça.
“Relativamente aos hotéis de luxo que dizem que eu tenho. Não sei qual deles se estão a referir. Faço um apelo ao Ministério Público para esclarecer essa situação, que hotel, que percentagem tenho e é importante que se faça isso para esclarecimento da opinião pública”, concluiu. ANG/Inforpress/Lusa

CPLP


Cabo Verde garante que proposta de mobilidade vai ao próximo Conselho de MNE

Bissau, 08 Jul 19(ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, garantiu  sábado, que “o projecto político” de mobilidade vai à próxima reunião dos ministros de Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), agendada para 19 de Julho.
“Nós vamos apresentar o projeto político [da mobilidade] e esperamos que ele seja aprovado no dia 19”, afirmou em declarações aos jornalistas, em Lisboa, o ministro de Cabo Verde, país que tem neste momento a Presidência rotativa da CPLP.
Questionado, à margem da cerimónia de inauguração do Centro Cultural de Cabo Verde em Lisboa, que decorreu este sábado à noite, sobre eventuais obstáculos levantados por alguns dos estados-membros da CPLP relativamente à proposta de livre circulação de pessoas no espaço daquela organização, apresentada pela presidência cabo-verdiana, Luís Filipe Tavares apenas respondeu: “estamos a trabalhar com muita fé. (…) E com a mesma esperança”.
“Nós fizemos um projecto que é muito flexível, que permite aos estados analisarem cuidadosamente aquilo que querem, e a flexibilidade é tanta que os estados podem depois vir bilateralmente a organizar-se entre si e fazer um acordo, mas também podem fazê-lo a nove, dois, três, quatro, seis”.
A reunião do Comité de Concertação Permanente da CPLP, que se realiza na próxima segunda-feira, “faz a proposta da agenda, e já dissemos que queremos esta proposta da mobilidade na agenda do Conselho de Ministros”, reiterou.
“Vai o projecto político para ser aprovado. Se conseguirmos fazer aprovar o texto do acordo no dia 19, óptimo. Se não conseguirmos, vamos aprovar o projeto político, e depois vamos criar um comité de redação para dentro de algumas semanas redigir uma proposta consensual, que depois será aprovada. Mas eu acredito que há condições para dia 19 de Julho resolvermos este assunto”, disse o ministro.
Luís Filipe Tavares colocou, contudo, como horizonte final para aprovação de um acordo o período da presidência cabo-verdiana. “Durante a presidência de Cabo Verde da CPLP é possível chegar a um acordo histórico sobre a mobilidade no seio dos nove estados-membros”.

Em relação ao relatório da comissão de avaliação da CPLP que visitou a Guiné Equatorial em junho, o ministro não quis comentar, referindo apenas que o que Cabo Verde queria era que “a abolição da pena de morte acontecesse até ao final do ano”, um compromisso assumido pela Guiné Equatorial aquando da visita do Presidente Teodoro Obiang a Cabo Verde.
“Estamos otimistas e acreditamos que a Guiné Equatorial vai cumprir o prometido”, afirmou Luís Filipe Tavares.
Ainda neste quadro da presidência cabo-verdiana da CPLP “vamos promover aqui [no centro cultural de Cabo Verde inaugurado no sábado], a cultura dos países de língua portuguesa, em primeiro lugar, mas também a cultura africana, de uma forma geral. Queremos fazer com que este seja um espaço dedicado à cultura africana e vamos convidar artistas dos países africanos para virem cá fazer as suas exposições e participarem em tertúlias e eventos culturais, que vamos organizar”, referiu ainda o ministro. ANG/Lusa/Inforpress