quarta-feira, 18 de março de 2020

Obituário


Presidente da República considera morte de Serifo Nhamadjo  “perda irreparável” para Guiné-Bissau

Bissau, 18 Mar 20 (ANG) – O Presidente da República considerou esta terça-feira o falecimento do ex-Presidente de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo de uma “perda irreparável” para o país ,frisando que neste triste momento endereça em nome do Povo da Guiné-Bissau e em seu nome pessoal os sentimentos de pesar e solidariedade para com a família enlutada.
O malogrado Manuel Serifo Nhamadjo

De acordo com uma nota de mensagem de condolências do Chefe de Estado enviada à ANG, Sissoco Embalo disse que o país acordou no dia 17 de Março com a notícia triste do desaparecimento fisíco do antigo Presidente da República de Transição que considera de um estadista cujo destino relegou para dirigir a Nação guineense durante o período sensível de 2012 à 2014.

“Considerado por todos um político exemplar que conduziu o país num momento excepcional da história recente, bem como foi um dirigente desportivo de renome que,dedicou a sua vida ao serviço da sua pátria”,frisa a nota.

Em nome do Povo e em seu nome pessoal, Umaro Sissoco Embaló endereçou à família os sentimentos de profundo pesar e a expressão de solidariedade, acrescentando que o país está de luto e por isso o pensamento está com a família do malogrado, à quem por esta via se endereça as mais sentidas condolências, desejando que  o malogrado  tenha eternamente a mais elevada consideração do Povo e do Presidente da República.

Por outro lado, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) formação política a qual pertence o malogrado, diz ser  com muita dor que informa aos dirigentes, militantes e simpatizantes sobre a morte daquele que é dirigente e deputado da Nação pela bancada parlamentar dos libertadores, onde desempenhou as funções do 1º Vice-Presidente da Assembleia Nacional Popular.

“É com grande dor e consternação que o PAIGC regista este falecimento e em nome do seu Presidente e da Direcção Nacional, são endereçados os mais respeitosos e sentidos pêsames à família enlutada”, salienta a nota do partido de Cabral.

O ex-Presidente da República de Transição faleceu esta terça-feira, em Lisboa, Portugal, vítima de doença prolongada.

Manuel Serifo Nhamadjo, nasceu a 25 de Março de 1958, é um político guineense muito activo, militante do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Foi presidente da República de Transição, de 2012 até 2014.

Concorreu às Eleições presidenciais na Guiné-Bissau em 2012, obtendo 15,75% dos votos na 1ª volta.

Foi vice-presidente do parlamento até ao golpe de Estado de 12 de Abril e assumiu o cargo de Presidente de Transição em 11 de maio de 2012.

Serifo Nhamadjo, um apaixonado pelo futebol, e chegou a dirigir o Sport Bissau e Benfica  e o Desportivo de Mansabá. ANG/MSC/ÂC//SG

Covid-19


     Corrida  mundial para descobrir vacina ou remédio contra pandemia
Bissau, 18 mar 20 (ANG) - Começou uma autêntica corrida a nível mundial para se encontrar um remédio ou vacina contra o coronavírus, estando em curso um primeiro ensaio clínico nos Estados Unidos.
"Vai haver uma série de ensaios, muitos erros, mas temos muitas opções a testar declarou Benjamim Neuman, virólogo da Universidade Texarkana no Texas. 
O presidente americano, Danald Trump, exortou os cientistas e a indústria farmacêutica a acelerar o processo, mas especialistas pensam que ainda há pouca margem de manobra para se conseguir um medicamento ou vacina contra a epidemia do coronavírus.
Até agora nunca houve uma vacina muito eficaz contra um membro da família do coronavírus, mas de todo o modo, neste momento há uma correria desenfreada para se obter medicamentos.
Assim, a vacina mRNA-1273 foi desenvolvida por cientistas dos Institutos nacionais de Saúde dos Estados Unidos e da empresa de biotecnologias Moderna de Cambridge no Estado de Massachusetts.
Mas há que passar por diferentes fases a fim de determinar se a vacina é eficaz e segura. Se toda a informação genética do vírus e as moléculas de proteínas do código genético do DNA das células forem bem sucedidas há fortes probabilidade de termos a vacina dentro de um ano e meio, segundo especialistas.  
De todos os medicamentos na corrida para combater o Covid-19, de destacar o remdesivir do grupo americano, Gilead, que poderia chegar ao mercado dentro de um ano. 
O antiviral foi desenvolvido contra outros vírus como ébola, mas não foi eficaz e nunca foi provado em lado nenhum do mundo. Mas deu esperanças no tratamento de doentes atingidos com o coronavírus na China, e foi utilizado para tratar dois pacientes nos Estados Unidos e em França.
Segundo o director do Instituto nacional americano das doenças infecciosas, Anthony Fauci, perito de Donald Trump sobre o coronavírus, este antiviral poderia ficar disponível nos próximos meses.
Há ainda a empresa farmacêutica americana, Johnson & Johnson que estuda a hipótese de utilizar certos dos seus medicamentos passíveis de ajudar a tartar sintomas em pacientes já infectados pelo vírus.
Também a empresa Regeneron desenvolveu o ano passado um medicamento aplicado por via intravenosa e conhecido pelo nome de anticorpos monoclonais que permitiu melhorar de modo significativo a taxa de sobrevivência de doentes atingidos pelo virus ébola.
O remédio poderia funcionar como tratamento e vacina aplicado a pessoas antes que fiquem expostas mesmo se os efeitos serão temporários tendo em conta que os anticorpos não farão parte da memória do sistema imunitário dos indivíduos.
O grupo Regeneron tenta também lutar contra a inflamação dos pulmões que se desenvolve por ocasião de formas severas do novo coronavírus utilizando outro medicamento, Kevzara, destinado a tratar inflamações derivadas de artrites.
O grupo britânico, GlaxoSmithKline colabora com uma biotecnologia chinesa para colocar à disposição a sua tecnologia de fabrico de componentes para vacinas contra epidemias de vírus.
Em França, o grupo farmacêutico, Sanofi trabalha com a secretaria americana para a Saúde no desenvolvimento duma potencial vacina utilizando uma tecnologia de recombinação do DNA. 
Tal consiste numa combinação do DNA do vírus com o DNA doutro vírus inofensivo a fim de criar uma nova entidade celular passível de provocar uma resposta imunitária.
Esta tecnologia já está na base da vacina de Sanofi contra a gripe e graças aos testes sobre um candidato a vacina do Sras, a empresa acredita que está no bom caminho para obter uma vacina contra o coronavírus.
David Loew, vice-préesidente e responsável de Sanofi Pasteur, considerou poder dispor de um candidato a vacina do coronavírus dentro de 6 messes e potencialmente entrar em experimentação clínica dentro de um a um ano e meio.
Entre vários outros grupos sobretudo americanos, de destacar ainda aqui na Europa, o grupo alemão CureVac, um dos laboratórios a trabalhar numa vacina contra o Covid-19. O grupo afirma poder apresentar um projecto da vacina para validade clínica dentro de alguns meses.
O grupo teria mesmo sido contactado pelo governo americano de Donald Trump que queria comprar a exclusividade, mas os seus dirigentes já vieram a público desmentir. 
O certo é que a própria chanceler alemã, Angela Merkel, foi obrigada a declarar que tudo estava "claro e solucionado" com os Estados Unidos e que a empresa alemã tinha todo o apoio financeiro necessário para desenvolver os seus estudos cientítificos.
E como se não bastasse, a Comissão europeia anunciou o desbloqueio de 80 milhões de euros para o laboratório alemão.
"Nesta crise é de suprema importância que apoiemos os nossos investigadores e empresas de ponta. Estamos determinados a fornecer ao grupo CureVac o financiamento necessário para desenvolver e produzir rapidamente uma vacina contra o coronavírus, sublinhou a presidente da Comissão europeia, a alemã, Ursula von der Leyen.
Por último na Rússia, Moscovo anunciou ter começado testar em animais uma vacina contra o coronavírus e espera ter resultados prometedores em junho. ANG/RFI

Coronavirus




Bissau, 18 mar 20 (ANG) ) - O Presidente da República anunciou terça-feira o encerramento das fronteiras terrestres e o cancelamento das aterragens no Aeroporto de Bissau à partir desta quarta-feira, no âmbito das medidas de prevenção para o combate a pandemia do novo coronavirus.

“Falei com o Governo no sentido de encerrarmos todas as vendas nos mercados, com excepção dos produtos da primeira necessidade ao nível nacional à partir de hoje( quarta-feira) e além de mais, vamos encerrar as nossas fronteiras e não haverá nenhum voo a não ser casos execpcionais”, afirmou o Presidente da Repúbica numa mensagem dirigida terça-feira à Nação.

Umaro Sissoco Embalo disse que as autoridades da Guiné-Bissau estão muito preocupadas com a pandemia do novo coronavirus que é um flagelo mundial, por isso apelou a unidade nacional e para que cada qual faça o que é necessário para o seu combate.

“Não vamos declarar que o país está em guerra, mas é uma situação que deve preocupar todos os guineenses e a comunidade internacional”, disse o chefe de Estado.

Acrescentou que o país deve estar em estado de alerta, acrescentando que, por isso pede a colaboração de todos os guineenses no combate ao inimigo comum neste momento que é o coronavirus.

Na semana passada, as autoridades já tinham mandado suspender atividades com aglomeração de pessoas, incluindo concertos e algumas cerimónias religiosas e tradicionais.

A Guiné-Bissau não tem, até ao momento, registo de qualquer caso da Covid-19, mas os países fronteiriços como o Senegal e a Guiné-Conacri já têm infeções confirmadas. ANG/ÂC//SG





ONU/Covid-19 e DH


“Medidas de emergência não devem suprimir Direitos Humanos”, dizem relatores

Bissau, 18 mar 20 (ANG) - Novos limites foram impostos aos bares e restaurantes de Nova Iorque para controlar o surto.

Especialistas afirmam que uso de poderes extraordinários em tempos de crise deve ser proporcional e que restrições durante surto de   novo coronavírus não podem ser usadas para controlar dissidência política.

Um grupo de 18 relatores* e especialistas em direitos humanos da ONU** pediu aos Estados-membros que evitem o excesso de medidas de segurança na resposta ao covid-19 .
Em nota publicada  segunda-feira, os especialistas afirmam que os poderes de emergência não devem ser usados ​​para reprimir a dissidência. 

 O grupo reconhece “a gravidade da atual crise de saúde” e lembra que “o uso de poderes de emergência é permitido pelo direito internacional em resposta a ameaças significativas.” Apesar disso, “qualquer resposta de emergência deve ser proporcional, necessária e não-discriminatória." 

O apelo endossa a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, que pediu recentemente para se colocar os direitos humanos no centro da resposta ao coronavírus. 

O direito internacional tem orientações claras sobre declarações de estados de emergência, por razões de saúde ou segurança. O uso destes poderes deve ser declarado, publicamente, e notificado aos órgãos relevantes sempre que os direitos fundamentais, como movimento e associação, forem limitados de forma significativa.  

Os especialistas dizem que a situação “não deve ser usada para atingir grupos, minorias ou indivíduos.” Também não deve servir de cobertura para ações repressivas nem para silenciar o trabalho dos defensores dos direitos humanos. 

O grupo afirma que existe o risco de Estados e instituições de segurança usarem estes poderes como um atalho, criando ligações com os sistemas legais e políticos. 

Para evitar essa situação, “as restrições devem ser implementadas de forma única e devem ser o meio menos invasivo de se proteger a saúde pública." 

Nos países onde o surto já está diminuindo, as autoridades devem tentar voltar à vida normal e evitar o uso destes poderes para controlar, indefinidamente, a vida das populações.  

Por fim, os especialistas encorajam “os Estados a permanecerem firmes na manutenção de uma abordagem com base nos direitos humanos para facilitar o surgimento de sociedades saudáveis ​​com Estado de Direito e direitos humanos protegidos.”  ANG/ONU News

Óbito


       Antigo Presidente da República,Serifo Nhamadjo, morre em Lisboa

Bissau, 18 mar 20 (ANG) -  O Antigo Presidente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamadjo falaceu esta terça-feira em Lisboa, Portugal, aos 61 anos de idade, vítima de doença prolongada.

A notícia da morte do dirigente do PAIGC veio nas redes sociais, com assinatura  de várias individualidades  do mundo da comunicação social, de familiares,amigos e conhecidos.
Serifo Nhamado foi presidente da República de Transição entre 2012 e 2014, na sequência do golpe de Estado ocorrido em abril de 2012.

Antes desempenhara  as funções de vice-presidente da Assembleia Nacional Popular. ANG//SG


terça-feira, 17 de março de 2020

CPLP


Só quatro Estados-membros  pagaram quotas de 2019 e estão em atraso 1,3 ME

Bissau, 17 mar 20 (ANG) – O valor das quotas em dívida dos Estados-membros da CPLP está a agravar-se, com apenas quatro destes a pagarem as contribuições obrigatórias de 2019, ficando em dívida 1,3 milhões de euros, segundo dados oficiais.
Segundo a Lusa, só Portugal (590.735 euros), Cabo Verde (41.808 euros), Timor Leste (202.543 euros) e Angola (589.291 euros) cumpriram até agora o pagamento das quotas de 2019. Os três primeiros pagaram no exercício devido enquanto Angola liquidou a sua quota já em Janeiro deste ano.
Assim, o secretariado-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) contou com apenas 31% do total do orçamento aprovado para 2019, ou seja, cerca de 835 mil euros.
Mas mesmo depois de Angola cumprir o pagamento da sua contribuição, o valor das quotas em dívida, só do ano de 2019, ainda é superior ao montante já pago, atingindo 1,3 milhões de euros, com os atrasos de Brasil (768.453 euros), Guiné-Bissau (41.808), Guiné Equatorial (204.295), Moçambique (252.233) e São Tomé e Príncipe (41.808).
Já em relação a 2020, até agora, só Portugal pagou a quota. A contribuição anual do país, de 590.735 euros, foi paga antecipadamente, em Dezembro de 2019, ainda de acordo com os mesmos dados a que a Lusa teve hoje acesso.
Os atrasos nas quotas, tem dificultado o funcionamento do secretariado-executivo da CPLP e a implementação das iniciativas adoptadas pelos órgãos de decisão da organização, referiu à Lusa uma fonte da CPLP.
Em 2017, os Estados-membros da organização deviam 1,7 milhões de euros em contribuições em atraso de vários exercícios, mais de metade do orçamento anual da CPLP.
Aquele montante significava já um aumento face ao valor total de contribuições em atraso no ano de 2016, que era de 817.873 euros.
 Em 2017, de acordo com as demonstrações financeiras, Brasil, Guiné-Bissau, Timor-Leste, além de Portugal, não tinham naquele ano qualquer pagamento em atraso à CPLP e os Estados-membros pagaram um total de 1,6 milhões de euros em contribuições.
Anualmente, a CPLP deveria receber em contribuições dos seus Estados-membros cerca de 2,7 milhões de euros por ano. Assim, só em 2017 ficou com um saldo negativo nesta rubrica de 1,1 milhões de euros.
O Brasil é o país que tem a maior quota para a organização, com um valor de 768.453 euros anuais, seguido de Portugal, com 590.735 euros, e de Angola, com 589.291.
Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe têm uma quota idêntica, de 41.808 euros. A Guiné Equatorial e Timor-Leste deveriam pagar cada um 204.295 euros anuais de quota e a Moçambique cabe uma contribuição de 252.233 euros.
Em 2017, Angola tinha em atraso apenas o valor de uma contribuição anual, ou seja, 589.291 euros, enquanto Moçambique devia um montante de 452.233 euros e Cabo Verde de 62.710 euros.
Já São Tomé e Príncipe tinha por pagar 16.801 euros e a Guiné Equatorial tinha um valor em atraso de 612.887 euros, ou seja, equivalente a três anos. Mas segundo fonte oficial, este país, que aderiu à organização em 2014, já tinha liquidado tudo e não tinha de quotas em atraso, à data em que foi divulgado o documento aprovado no Conselho de Ministros do Mindelo, em Julho de 2019.
Quanto ao ano de 2016, Angola e Brasil, tal como consta do quadro 17,1 das demonstrações financeiras de 2017, não tinham contribuições em atraso. E Portugal também não devia contribuições à organização, segundo documentos das contas.
Mas todos os outros Estados-membros tinham valores em atraso.
Timor-Leste e Guiné-Bissau terão corrigido, entretanto, a situação, enquanto outros Estados foram acumulando valores mais altos em dívida, com excepção de São Tomé e Príncipe, que fez baixar o seu valor em atraso de contribuições de 41.808 euros para 16.801 euros.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. ANG/Inforpress/Lusa

Obituário



 Bissau,17 Mar 20(ANG) - A primeira secretária da Assembleia Nacional Popular considerou o falecido deputado e ex-líder da Bancada Parlamentar do Partido da Renovação Social(PRS),Sola Na Nquilim na Bitchita, de homem de Estado e amigo de todos e lutador da causa da Guiné-Bissau.
Dan Ialá falava segunda-feira durante a cerimónia da homenagem ao malogrado  no Ministério da Justiça.
 “O nosso país muito deve ao Sola Na Nquilim, por isso, nessa hora do adeus ao homem, pai, dirigente politico e o homem do Estado, a maior homenagem que devemos reservá-lo é trabalhar, afincadamente, para uma Guiné-Bissau que orgulha à todos os seus filhos”, desejou a deputada.
O governo através do Ministério da Justiça enquanto departamento de Estado encarregue dos assuntos mais sagrados recebeu o cortejo fúnebre do malogrado deputado e ex-ministro de Administração Territorial.
O titular da pasta da Justiça do governo de Nuno Nabiam, Fernando Mendonça, disse que o malogrado deu grande contributo para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
“O malogrado deu uma grande contribuição para o desenvolvimento socioeconómico do nosso país, pautou a sua conduta para a dignificação da classe politica com postura e tenacidade, na defesa, intransigente, das suas opções e convicção politica”, disse Mendonça.
Em nome do partido, o PRS, na voz do seu porta-voz, Joaquim Baptista Correia realçou a frontalidade do malogrado, em debates partidários assim como sobre assuntos da nação, para o bem-estar dos companheiros.
“Sola, alicerçado com princípios e ideais que nortearam a criação do nosso grande partido, o PRS, sempre foi frontal nas suas críticas que de boa memória consubstanciaram na criação do «movimento constatação democrata interna no PRS» e que viriam a contribuir, sobre maneira, para o aprofundamento e enriquecimento do debate democrático no seio do partido”, sustenta Batista.
Sola N'Quilim Na Bitchita, morreu dia 14 de Março, às 23 horas, vítima de doença prolongada, era deputado e líder parlamentar do PRS, foi também ministro em vários governos guineenses e era formado em engenharia agrónoma.ANG/Rádio Sol Mansi


Covid-19


          Mais de 7.000 mortes em 175 mil infectados em todo o mundo

Bissau, 17 mar 20 (ANG) - O número de mortes relacionadas com o novo coronavírus excedeu os 7.000 em todo o mundo, após o anúncio pela Itália de 349 novos óbitos, de acordo com um balanço da AFP com dados até às 17:00 de segunda-feira.
Um total de 7.007 pessoas morreram devido a 175.530 casos de contaminação identificados em 145 países e territórios, desde o princípio da pandemia, em Dezembro passado.
A seguir à China, que tem o maior número de mortes (3.213), a Itália é o país mais afectado, com 2.158 mortes em 27.980 casos relatados, o Irão, com 853 mortos em 14.991 casos, Espanha, com 309 mortos em 9.191 casos e França, com 127 mortos em 5.423 casos.
No entanto, alerta a AFP, o número de casos diagnosticados reflecte apenas imperfeitamente a realidade, com um grande número de países agora a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.
Desde a contagem realizada no dia anterior, às 17:00 de domingo, 587 novas mortes e 11.597 novos casos foram registados em todo o mundo.
Os países com mais mortes em 24 horas são a Itália, com 349 novas mortes, o Irão (129) e a França (36).
A China (excluindo os territórios de Hong Kong e Macau), onde a epidemia se declarou no final de Dezembro, contabilizou um total de 80.860 casos, incluindo 3.213 mortes e 67.490 curas. Dezasseis novos casos e 14 novas mortes foram anunciados entre domingo e hoje.
Noutras partes do mundo, registou-se um total de 3.794 mortes (573 novas), até às 17:00, para 94.676 casos (11.581 novos).
Os países mais afitados depois da China são a Itália, com 2.158 mortes, para 27.980 casos, o Irão com 853 mortes (14.991 casos), a Espanha, com 309 mortes (9.191 casos), e a França com 127 mortes (5.423 casos).
Desde domingo, às 17:00, Portugal, Bahrein, Hungria, Guatemala e Luxemburgo anunciaram as primeiras mortes provocadas pela Covid-19, a doença provocada pelo novo coronavírus.
Trinidad e Tobago, Libéria, Somália e Tanzânia anunciaram o diagnóstico dos primeiros casos.
A Ásia totalizava hoje 92.260 casos (3.337 mortes), a Europa 61.073 casos (2.711 mortes), o Médio Oriente 16.530 casos (869 mortes), Estados Unidos e Canadá 4.126 casos (70 mortes), América Latina e Caribe 815 casos (sete mortes), África 374 casos (oito mortes) e 358 casos na Oceânia (5 mortes).
O balanço da AFP é compilado a partir de dados recolhidos pelos escritórios da agência, autoridades nacionais competentes e informações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A primeira morte em Portugal, anunciada pela ministra da Saúde, Marta Temido, foi a de um homem de 80 anos, com “várias patologias associadas” que estava internado há vários dias no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Há 331 pessoas infectadas até hoje, segundo o boletim diário da Direcção-geral da Saúde (DGS).
Dos casos confirmados, 192 estão a recuperar em casa e 139 estão internados, 18 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim da DGS assinala 2.908 casos suspeitos até hoje, dos quais 374 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infectadas em Portugal, três recuperaram.
De acordo com o boletim, há 4.592 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Actualmente, há 18 cadeias de transmissão activas em Portugal, mais quatro do que no domingo.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.
Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de protecção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as actividades lectivas presenciais em todas as escolas a partir de hoje, e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
O Governo também anunciou hoje o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham que se deslocar por razões profissionais. ANG/Inforpress/Lusa


Pandemia/economia africana


“Covid 19 será um duro golpe para as economias africanas”, diz Secretária executiva da CEA

Bissau, 17 mar 20 (ANG) – A secretária executiva da Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA), Vera Songwe, alertou este final de semana que a crise actual do novo coronavírus pode comprometer “seriamente” o crescimento da África.
Vera Songwe
Em conferência de imprensa em Addis Abeba, Vera Songwe afirmou que a pandemia “será um duro golpe para as economias africanas”, precisando que os países africanos exportadores de petróleo perderam até sexta-feira, 13, cerca de 65 bilhões dólares em receita, com os preços do petróleo a continuar a cair.
“A África pode perder metade do seu PIB, com um crescimento de 3,2% para cerca de 2% por várias razões, incluindo a ruptura das cadeias de suprimento globais”, disse Songwe, acrescentando que a interconexão do continente para as economias afectadas da União Europeia, China e Estados Unidos têm repercussões.
Citada no site da CEA, Vera Songwe afirma que o continente precisará de até 10,6 bilhões de dólares em aumentos inesperados nos gastos com saúde para impedir a propagação do vírus, enquanto, por outro lado, a perda de renda provavelmente levará à dívida insustentável.
Conforme precisou, o Covid-19 pode reduzir as exportações totais de petróleo da Nigéria em 2020 para entre 14 bilhões e 19 bilhões de dólares.
A ECA estima que o Covid-19 possa causar uma queda nos ganhos de exportação da África em 101 bilhões de dólares em 2020.
“As remessas e o turismo também são afectados à medida que o vírus continua a se espalhar pelo mundo, resultando em menores fluxos de IDE, fuga de capital, um aperto nos mercados financeiros nacionais e uma desaceleração do investimento – resultando em perda de empregos”, disse aquela responsável.
Os produtos farmacêuticos, importados principalmente da Europa e de outros parceiros afectados pelo Covid-19 fora da Europa, provavelmente verão seus preços aumentarem e sua disponibilidade reduzida para os africanos.
Dado que quase dois terços dos países africanos são importadores líquidos de alimentos básicos, existe ainda a preocupação de que a escassez afecte seriamente a disponibilidade e a segurança dos alimentos.
“Além disso, as consequências negativas piorarão se o Covid-19 se tornar uma epidemia na África. Além disso, a queda dos preços das ‘commodities’ pode resultar em pressões fiscais para as potências económicas africanas, como Nigéria, Argélia, Argélia, Egipto e Angola”, alertou.
A ECA sugere por isso que os governos africanos revisem seus orçamentos para redefinir as prioridades de gastos, a fim de mitigar os impactos negativos esperados do Covid-19 em suas economias.
Como rede de segurança, o grupo de reflexão insta os governos a fornecer incentivos aos importadores de alimentos para que movam suas compras rapidamente para garantir suprimentos suficientes para os principais alimentos básicos.
Até domingo 15, casos haviam sido relatados em Marrocos, Tunísia, Egipto, Argélia, Senegal, Togo, Camarões, Burkina Faso, República Democrática do Congo, África do Sul, Nigéria, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné, Sudão, Quênia, Etiópia, Mauritânia, Ruanda, Seicheles, Essuatíni, Namíbia, República Centro-Africana, República do Congo e Guiné Equatorial.
Vários países africanos fecharam suas fronteiras, cancelaram voos e impuseram exigências rígidas de entrada e quarentena neste domingo, em medidas para conter a disseminação do novo coronavírus, presente em 26 nações do continente e cujos casos continuam a crescer. ANG/Inforpress


segunda-feira, 16 de março de 2020

Coronavirus:




Bissau,16 Mar 20(ANG) - As autoridades da Guiné-Bissau suspenderam o funcionamento de bares e discotecas no país por causa do novo coronavírus(Covid-19), foi anunciado.

A medida foi anunciada no domingo ao final do dia pela secretaria de Estado do Turismo e Artesanato, que hoje vai realizar visitas técnicas a restaurantes, cafés e quiosques para "constatar as suas condições de funcionamento com vista a tomar futuras decisões de precaução".

As autoridades vão também analisar a continuidade do funcionamento das barracas de ruas, pequenos locais onde se pode comer, em Bissau.

Na semana passada, as autoridades já tinham mandado suspender atividades com aglomeração de pessoas, incluindo concertos e algumas cerimónia religiosas e tradicionais.

A Guiné-Bissau não tem, até ao momento, registo de qualquer caso da Covid-19, mas os países fronteiros como o Senegal e a Guiné-Conacri já têm infeções confirmadas.ANG/Lusa

Obituário


PAIGC considera “grande perda” o desaparecimento físico do deputado do PRS Sola Nquilin Nabitchita

Bissau 16 Mar 20 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC),considerou esta semana que o desaparecimento físico do deputado do Partido da Renovação (PRS) Sola Nquilin, de uma grande perda não só para a sua formação politica ,como para o próprio país.
Malogrado Sola Nquilin Nabitchita 

De acordo com o comunicado a que a ANG teve acesso, o PAIGC informa que foi com profunda pesar que recebeu a notícia do falecimento do também líder da bancada parlamentar dos renovadores, em consequência de uma prolongada doença.

Daí segundo a nota, o facto de o PAIGC, seu Presidente e demais membros da sua Direcção Nacional sentirem que o eminente deputado da Nação e Líder da Bancada Parlamentar do PRS vai deixar um vazio de difícil preenchimento no xadrez político guineense.

“O estilo e a forma como Sola Nquilin Nabitchita argumentava e defendia os seus pontos de vista, constituirá um enorme vazio nos debates democráticos onde ele deixou uma marca de ser um grande politico”,frisa a nota.

Na nota os libertadores expressa à Direcção Nacional do PRS e através do seu Presidente e as suas mais respeitosas e sentidas condolências e solicita que seja transmitida este sentimento de respeito e admiração à família enlutada.

 Frisou que o seu exemplo de militante, dirigente e patriota que o Sola Nquilin seja seguido pela juventude guineense na certeza de que poderá contribuir para o reforço e consolidação da democracia guineense e nos esforços de unidade e coesão nacionais que ele defendia mediante o seu estilo inconfundível de tributo que exibia nos debates parlamentares.

Por outro lado, o Secretariado Nacional do Partido Assembleia do Povo Unido -Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), igualmente disse que é com profundo sentimento e pesar que  recebe a noticia da morte do deputado da Nação e Líder da Bancada Parlamentar do PRS, cuja a vida foi ceifada quando se encontrava ainda no seu fulgor.

“A Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau endereça as suas mais sentidas condolências à família enlutada aos amigos mais íntimos ao Partido da Renovação Social  e a todos os que mais de perto conviverem com Sola Nquilin, destacado cidadão e político que se notabilizou pela sua intervenção cívica e política e que nos deixou de uma forma prematura e será sempre por nós recordado como o político intransigente na defesa dos seus ideias e princípios”, disse a APU-PDGB no comunicado.

O deputado e líder da Bancada Parlamentar do PRS faleceu no Sábado em Bissau vítima de doença prolongada.ANG/MSC/ÂC


Cultura


“Carnaval da Guiné-Bissau é o terceiro mais rico do mundo”, afirma o coordenador do grupo Netos de Bandim

Bissau, 16 mar 20 (ANG) – O coordenador do grupo cultural Netos de Bandim disse que Carnaval da Guiné-Bissau é o terceiro mais rico do mundo mais que rende muito pouco ou  nada aos cofres de Estado e muito menos aos grupos participantes nos desfiles carnavalescos.
Coordenador dos Netos de Bandim

Diógenes Cassamá falava em entrevista ao jornal Nô Pintcha, disse não obstante o Carnaval da Guiné-Bissau é um dos mais ricos do mundo, mas que o país não está a trabalhar no sentido de justificar essa realidade.

Segundo aquele responsável a maior manifestação cultural do país  merece ser institucionalizada, estruturada e dotada de um projecto, um fundo, um patrocinador e criada uma comissão organizadora devidamente pensada.

"Se as autoridades tivessem noção sobre o valor de carnaval ia trabalhar os aspectos de comunicação, criando páginas na Internet promovendo conferências e um espaço para comercializar as imagens do carnaval a nível nacional e internacional e torna-la ainda mais atractivo e competitivo, frisou Cassamá."

Para Diógenes Cassamá é inaceitável que a maior manifestação da cultura nacional reconhecida a nível internacional rende muito pouco ou nada ao Estado assim como aos grupos que participam nos desfiles, acrescentando que o governo não vê o carnaval  como fonte de rendimento para cofres de Estado.

" Entendo que os trabalhos de preparação de grupos participantes nos desfiles devem ser apadrinhados ou subvencionados, pois não é justo que a parte administrativa do evento gaste maior parte do dinheiro ou mais, exactamente 75 por cento de todo financiamento, defendeu ".

Assegurou ainda que a ausência de uma política de valorização da diversidade cultural do país e a falta de uma boa organização com incentivos financeiros, sobretudo para grupos que desfilam assim como a não exibição de máscaras de forma espontânea constituem uma das razões para a ausência de mesmas nesta grande manifestação cultural.

"Actualmente é difícil vender uma máscara e as autoridades deveriam dar resposta a isso, motivando a sua produção individual  e colectiva de forma a promover e incentivar a exibição de trajes que fazem parte da cultura, disse."

Em relação ao prémio pan-africano, atribuído ao coordenador do Netos de Bandim em Dezembro de 2019 no Dubai(Emirados), revelou que foi uma distinção atribuída anualmente por uma comissão pan-africana que acompanha e reconhece os trabalhos de entidades individuais e colectivas que trabalham para progresso sociocultural da identidade cultural africana.

De acordo Diógenes Cassamá, a sua atribuição foi uma surpresa para ele e para grupo, porque havia muitos países que investem muito mais na cultura do que a Guiné-Bissau, acrescentando que o grupo era apenas um aventureiro naquele certame tendo em conta o nível da organização cultural de outros países concorrentes.

 "Arrebatamos o  prémio pelo valor de originalidade da nossa cultura, enquanto trabalhávamos pensando que o nosso esforço internamente não estava a ser observado com muita atenção” realçou Cassamá." ANG/ jornal Nô Pintcha    

Presidenciais 2019/2ª volta




Bissau,16 Mar 20(ANG) - O Presidente em exercício da CPLP, Jorge Carlos Fonseca, disse no último fim de semna esperar uma solução na Guiné-Bissau que apure quem foi o Presidente da República eleito e possa exercer as suas funções de acordo com as leis do país.

"O que nós gostaríamos de ver na Guiné-Bissau, o que não é nada fácil neste momento, é que a solução que fosse encontrada se traduzisse neste facto: apurar-se de facto quem foi eleito Presidente da República e a pessoa exercer essas funções por um processo legitimado de acordo com a Constituição e as leis da Guiné-Bissau", disse o Presidente da Cabo Verde, país que exerce neste momento a presidência rotativa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Em conferência de imprensa na cidade da Praia, Jorge Carlos Fonseca sublinhou que a situação neste momento no país é objeto de conflito, mas disse esperar uma solução consensual.

"Esperamos ou gostaríamos é que qualquer iniciativa neste momento propiciasse que as instituições na Guiné-Bissau pudessem acertar o passo e chegar a uma solução consensual, se possível, que é saber, face ao processo eleitoral, quem foi eleito e que a pessoa eleita tome posse de acordo com as regras constitucionais e legais vigentes no país", completou.

Para o chefe de Estado cabo-verdiano, a situação na Guiné-Bissau é "muito complexa", tem suscitado posições diferenciadas dos atores políticos no país, mas também dos observadores e das organizações internacionais.

Por isso, disse que, enquanto Presidente de Cabo Verde e presidente em exercício da CPLP, tem procurado não fazer muitas declarações sobre a situação naquele país, "para não complicar".

"Só intervir se puder ajudar clarificar a situação. Até porque, como há um clima de tensão política e social na Guiné-Bissau, há uma situação de desavença entre os atores políticos, às vezes uma declaração, mesmo que bem-intencionada, pode suscitar interpretações e especulações, que às vezes não correspondem à realidade dos factos", explicou.

Jorge Carlos Fonseca disse que a está a acompanhar a situação no país, com informações de diferentes vias, lembrando que a CPLP tem uma natureza diferente da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO,) que tem tido uma força de intervenção no país.

Por outro lado, o responsável comunitário referiu que, além do papel das várias instituições como a CPLP, CEDEAO, Nações Unidas ou União Africana, também os guineenses devem trabalhar para que se encontre uma solução.

"Há uma responsabilidade dos guineenses, da sociedade guineense e das suas instituições e dos seus responsáveis políticos. Há coisas que não podem ser feitas, delegadas para as organizações", enfatizou.

A Guiné-Bissau vive mais um momento de tensão política, depois de Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor das eleições presidenciais do país pela Comissão Nacional de Eleições, ter tomado posse em 27 de fevereiro como Presidente do país, quando ainda decorre um recurso de contencioso eleitoral no Supremo Tribunal de Justiça, apresentado pela candidatura de Domingos Simões Pereira, que alega graves irregularidades no processo.

Apesar do contencioso eleitoral na Guiné-Bissau, como Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca recebeu Sissoco Embaló, na cidade da Praia, em janeiro, quando este se apresentava na qualidade de Presidente eleito.

O autoproclamado Presidente, Umaro Sissoco Embalo, demitiu Aristides Gomes, que lidera o Governo que saiu das legislativas e que tem a maioria no parlamento do país, e nomeou Nuno Nabian para o cargo.

Após estas decisões, os militares guineenses ocuparam e encerraram as instituições do Estado guineense, impedindo Aristides Gomes e o seu Governo de continuar em funções.

O presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá, que tinha tomado posse como Presidente interino, com base no artigo da Constituição que prevê que a segunda figura do Estado tome posse em caso de vacatura na chefia do Estado, renunciou ao cargo por razões de segurança, referindo que recebeu ameaças de morte.

Umaro Sissoco Embaló afirmou que não há nenhum golpe de Estado em curso no país, que não foi imposta nenhuma restrição aos direitos e liberdades dos cidadãos e que aguarda pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça.

As Nações Unidas, a UE e a CPLP apelaram ao diálogo e à resolução da crise política com base no cumprimento das leis e da Constituição do país.ANG/Lusa