terça-feira, 9 de junho de 2020


                 Conakry/Ministro da saúde testado positivo à covid-19

Bissau, 09 jun 20 (ANG) - O ministro  da Saúde da Guiné-Conacry, o médico-coronel Remy Lama, anunciou no domingo na sua página Facebook ter sido testado positivo à Covid-19, após testes médicos, tornando-se assim no quarto membro da equipa governamental doente do coronavírus, após os seus colegas das Obras Públicas, Moustapha Naïté, da Juventude, Mouctar Diallo, e o secretário-geral do Governo, Sekou Kourouma, falecido em Abril último.

"Caros concidadãos, lamento dever anunciar que o meu recente teste me confirma positivo à covid-19. É preciso saberem que a nossa função nos coloca na primeira linha do dispositivo de luta contra esta pandemia. Assim, nós e as nossas equipas, apesar de respeitarmos escrupulosamente os gestos de barreiras, estamos sempre expostos. Efectuámos muitas vezes testes para verificarmos o nosso estatuto e protegermos a nossa vizinhança", lê-se no twetter.
Apelou depois aos seus compatriotas para serem mais vigilantes.
"É o momento para eu vos lembrar, a todos vocês, a necessidade de se protegerem e protegerem a vossa vizinhança, respeitando escrupulosamente os gestos de barreiras. Cuidem-se e que Deus vos proteja”, acrescentou.
Face à progressão da doença, cujo primeiro caso foi detectado a 12 de Março último, o Governo guineense recorreu a cerca de 20 epidemiologistas cubanos, que se encontram, desde sexta-feira última, no país, e serão enviados a diferentes localidades do país onde brigadas estarão erguidas com vista a procederem a testes de despistagem.
A Agência Nacional de Segurança Sanitária (ANSS) indicou no último fim de semana que o país somava quatro mil 117 casos de coronavírus, dos quais duas mil 857 recuperações e 23 mortes, recenseados unicamente em estruturas sanitárias. ANG/Angop



ONU/”Mundo dividido entre China e EUA será muito perigoso”, diz Guterres
Bissau, 09 jun 20 (ANG) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou segunda-feira à noite que um mundo dividido entre a China e os Estados Unidos será extremamente perigoso e que teria inevitavelmente consequências a prazo nos domínios da paz e segurança.
O problema não é novo, uma vez que já há alguns meses referi que esta grande rotura que ameaça dividir o mundo em duas áreas, com duas economias separadas, com duas moedas dominantes, com regras económicas e comerciais distintas, com Internet e estratégias de inteligência artificial diferentes, um mundo dividido em dois seria extremamente perigoso e teria, inevitavelmente, consequências a prazo nos domínios da paz e segurança”, afirmou Guterres numa entrevista à estação de televisão portuguesa RTP.
Insistindo na ideia de que, tendo em conta a actual pandemia, é necessário “um esforço global concertado”, os “dois países mais poderosos do mundo, a China e os Estados Unidos”, aliado ainda ao facto de estarem “profundamente divididos”, tem “limitado fortemente” a capacidade da comunidade internacional responder à pandemia.
“É uma das maiores debilidades do sistema internacional actualmente. O Acordo de Paris não teria sido possível sem o acordo assinado entre os Estados Unidos e a China. A inexistência de um entendimento entre os dois países neste momento, aumenta enormemente a fragilidade da comunidade internacional, não só no combate à pandemia, mas face também a todas as outras ameaças que enfrentemos”, advertiu.
Questionado sobre o que prevê que possa prevalecer, se o interesse nacional se o global, o secretário-geral das Nações Unidas lembrou que, ao contrário do que muitos pensam, “são coincidentes”.
“Face a ameaças globais, o interesse nacional e o global coincidem. É pena que muitos interpretem que estão em contradição, mas não há nenhuma maneira deste problema ser resolvido à escala de um país se não for resolvido à escala global. Por isso, a solidariedade não é aqui uma questão de generosidade, é uma questão de interesse próprio bem entendido”, argumentou.
Guterres advertiu também para o facto de, independentemente das divergências desse género, o mundo está a assistir a uma “certa tendência de um recrudescimento de tendências nacionalistas e populistas”.
“Temos agora o racismo e a xenofobia e outras formas de irracionalidade que põem em causa os valores de que os europeus se podem orgulhar. Foi talvez a maior contribuição que a Europa deu à civilização mundial. Vivemos num mundo de pós ilustração, de irracionalidade. É verdade, pelo menos em muitos sectores, em muitos aspectos, e daí a lógica do nosso egoísmo, do nacionalismo, do nosso país primeiro, esquecendo que o interesse do nosso país só pode ser realizado num quadro de solidariedade global”, acrescentou.
“Será que vai prevalecer esta visão ou será que vai prevalecer aquela que, face à discriminação que há pouco descrevia, temos de nos unir, de pôr em conjunto as nossas capacidades, de reforçar os mecanismos internacionais de governo e as instituições multilaterais para respostas combinadas e para uma cooperação internacional mais intensa? É difícil dizer neste momento o que vai prevalecer”, afirmou.
Nesse sentido, Guterres garantiu que sabe de que lado está e que tudo fará para que prevaleça a visão de que, face às ameaças globais, “são precisas respostas globais de instituições mais fortes e de perceber que os interesses nacionais e globais são coincidentes”.
Guterres insistiu também no destaque ao papel de “vanguarda” da UE ao longo de todo o processo – “também teve as suas dificuldades e as suas contradições, pois nem tudo foram rosas”.
“E os vários países europeus tiveram também estratégias diferentes no combate à pandemia. Mas num dado momento houve afirmações de solidariedade, que se vieram a reforçar e, nesse aspecto, creio que a União Europeia está hoje um pouco na vanguarda em relação àquilo que desejaria que pudesse ser no plano internacional, ou seja, uma cooperação muito mais forte”.
“Por outro lado, também é verdade que, em termos de solidariedade internacional, tem sido na Europa que temos conseguido maior apoio à tentativa de resposta aos problemas do mundo em desenvolvimento”, concluiu.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 404 mil mortos e infectou mais de sete milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP. ANG/Angop




Atletismo/Lamine Diack arrisca-se a uma longa pena de prisão por ocultar doping russo
Bissau, 09 jun 20 (ANG) - O julgamento do antigo presidente da Federação Internacional de Atletismo, Lamine Diack, suspeito de corrupção e de branqeamento de dinheiro num escândalo envolvendo o doping russo teve início segunda-feira em Paris, França.
Diack  arrisca-se  a  uma pena de prisão de 10 anos por alegadamente ter ocultado o doping de atletas  russos. 
Segundo os  analistas, o julgamento iniciado na segunda-feira em Paris, no qual está  envolvido o antigo presidente da Federação Intern acional de Atletismo, Lamine Diack, poderá revelar a face oculta do "desporto business",  com em pano de  fundo o doping  de atletas russos.
Indiciado no mesmo caso, o francês Gabriel Dollé, antigo chefe do sector anti-doping da Federação Internacional de Atletismo ( IAAF, na sua sigla em ingês) explicou ao tribunal, no primeiro dia  de audiência, que tinham sido necessários alguns "arranjos" de forma  a evitar um escândalo e salvaguardar os patrocínios do atletismo mundial.
Actualmente com 78 anos de idade, Dollé é acusado de corrupção passiva e suspeito de ter recebido 190.000 euros de luvas ilícitas entre 2013 e 2014.
 Gabriel Dollé, afirmou ao tribunal que Lamine Diack, principal indiciado no processo, tinha pedido para  que ele tomasse em consideração a difícil situação financeira da Federação Internacional de Atletismo.
De acordo com o ex-chefe do departamento de anti-doping da IAAF  era preciso não divulgar a lista dos atletas russos suspeitos de doping, para evitar um escândalo.
O antigo presidente do orgão máximo do atletismo mundial, o senegalês Lamine Diack, de 87 anos, realçou perante os magistrados do tribunal de Paris, o seu frágil estado de saúde.
Com problemas auditivos, Diack é acusado de distribuir e receber luvas ilícitas, de abuso de confiança e de branqueamento de dinheiro.
O procurador acusa o ex-patrão do atletismo internacional de ter recebido 1,5 milhões de dólares para financiar a campanha presidencial de Macky Sall em 2012, em troca da ocultação do doping de 23 atletas russos.  
 Segundo os juízes do tribunal de Paris, o objectivo da fraude era possibilitar a participação dos 23 atletas russos suspeitos de doping, nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012 e nos mundiais de atletismo de 2013, em Moscovo. ANG/RFI



segunda-feira, 8 de junho de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

                     Política/PAIGC reitera direito de   liderar novo governo

Bissau, 08 Jun 20 (ANG) – A segunda vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reiterou hoje o “direito” do seu partido liderar o próximo governo, por  ser o vencedor das eleições legislativas de 10 de Março de 2019, cuja formação está em discussão entre partidos com assento parlamentar e o Presidente da ANP,Cipriano cassamá.

Odete Semedo falava à imprensa à saída de mais uma ronda de diálogo entre os partidos com assento parlamentar e o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) para encontrar uma solução para a  criação de um novo Governo, conforme  recomendou a Comunidade Económica dos Estados da Àfrica OcidentalCEDEAO).

“Peço que não nos convidem a abandonar a democracia e a Constituição da República. Já despunhamos de uma maioria parlamentar, e um Governo com o seu programa votado e aprovado no hemiciclo”, sustentou .

Odete Costa Semedo destacou que o último comunicado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no seu ponto número 7 ,reconheceu ao Umaro Sissoco como Presidente da República , mas exigiu a formação de um Governo de acordo com os resultados eleitorais de março do ano passado.

Semedo declarou que o seu partido e o seus aliados estão  abertos a formação de um Governo inclusivo para a estabilidade politica e governativa da Guiné-Bissau, adiantando que se o Presidente da República aceitar reconhecer o seu partido como vencedor das legislativas, este por sua vez vai reconhecê-lo como Chefe de Estado.

Por seu turno, o Coordenador do Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15),
Braima Camará defende que há uma nova maioria no parlamento, situação que diz não ser o caso único, nem inédito na história democrática.

 “Por isso, o Madem G15 congratula-se com a posição de Cipriano Cassamá de fazer cumprir o regimento da ANP e a Constituição da República da Guiné-Bissau.

“A Comissão Permanente da ANP como aconteceu no passado, não tem nenhuma competência decisória sobre as matérias em debate na Assembleia Nacional Popular e uma vez assumido pelo Presidente da ANP, este vai permitir  o normal funcionamento desta casa magna”, disse Braima Camará, frisando que cabe a maioria dos deputados decidir os pontos a serem incluídos na Ordem do Dia ,durante o debate na plenária da ANP.

“E nós estamos abertos para receber todas as forças vivas da Nação inclusive a Sociedade Civil e outras para integrarem a nossa maioria formada pelos deputados do Partido da Renovação Social(PRS), Assembleia do Povo Unido,(APU-PDGB),  e o Movimento para Alternância Democrática  Madem –G-15 “,vincou.

Para o vice-presidente do PRS, Certório Biote o encontro com o líder do parlamento é muito interessante para o país porque cada actor politico deu a sua opinião para o  interesse de todos.

“Devo reafirmar que existem dois blocos no parlamento. O bloco do PAIGC com os seus aliados e outro  do PRS, Madem e APU, que  constituem uma  nova maioria, com um novo acordo que temos”, afirmou.

O líder da Assembleia do Povo Unido (APU-PDGB), Nuno Gomes Na Bian disse que estão satisfeito com a posição do Presidente da ANP de convocar a plenária e aí permitir que se resolva o problema de votação ou não do programa do Governo liderado por ele, iniciativa que diz ser “um passo positivo na busca de solução” .

“Nós estamos confiantes  na nova maioria constituída pelos deputados dos três partidos. O que estamos a pedir é que a sessão seja convocada e ali vamos ter a oportunidade de mostrar essa maioria e criar condições para aprovação do programa do governo no parlamento”,explicou.

Na audiência entre  os partidos com assento parlamentar e o Presidente da ANP participaram ainda o Partido da Nova Democracia (PND) e a União para a Mudança (UM) aliados do PAIGC que confirmaram a sua fidelidade em cumprir o Acordo de Incidência Parlamentar assinado entre as partes em 2019. Cipriano cassamá tem até 18 de Junho para apresentar ao chefe de Estado,Umaro Sissocó Embaló uma proposta de solução da crise de formação de novo governo de base alargada, em cumprimento da decisão da CEDEAO de 22 de Abril.ANG/MSC/ÂC//SG




Saúde pública/Director Regional de Saúde de Oio confirma inicio da campanha de oferta de tendas milda naquela localidade

Bissau, 08 Jun 2020 (ANG) – O Director regional de Saúde da região de Oio,  norte de país, confirmou o arranque hoje da campanha de oferta de tendas “milda” para prevenção de paludismo naquela localidade.

Citado pela radio Sol Mansi, Victor Mendes disse que antes de processo de distribuição das referidas tendas, foram formados os técnicos de equipa regional, assim como os responsáveis de áreas sanitárias e alguns ativistas, para trabalharem no processo

“As ditas tendas, são fornecidas como oferta de Ministério de Saúde para todo o território nacional, e apelamos aos cidadãos para não as vender, porque não são tendas para comercializar”, referiu Victor Mendes.

Acrescentou por outro lado que, a estratégia utilizada para o actual campanha, é andar porta a porta, a fim de fazer com que todos se beneficiassem da oferta.

Antes do lançamento da campanha de distribuição foi levado a cabo acções de sensibilização da população, em campanha porta à porta, sobre como utilizar as referidas tendas  e ainda sobre as formas de prevenção da Convid-19.

Victor Mendes ainda pediu a colaboração da população para facilitar aos agentes nas tarefas de distribuição das tendas às diferentes famílias.ANG/LLA/ÂC//SG


Recursos naturais/Ministro das Pescas exalta o sector como segundo motor de crescimento do país

Bissau, 08 jun 20 (ANG) – O ministro das Pescas disse que o setor é atualmente o mais representativo de todos e é considerado o segundo motor de crescimento com capacidade para proporcionar valor acrescentado à economia e gerar empregos.

Ministro das Pescas 
As revelações de Malam Sambú foram feitas esta segunda-feira, no quadro da celebração hoje, do Dia Mundial dos Oceanos assinalado este ano sob o lema “Inovação para um Oceano Sustentável” .

Malam Sambú afirmou que a Guiné-Bissau é o 1º país do mundo com maior superfície de mangal em termos relativos, 12º em termos absolutos e 2º lugar em África depois da Nigéria, sublinhando ainda que os ecossistemas do país são propícios para albergar e sustentar recursos haliêuticos diversos e abundantes.

Segundo Sambú, a Guiné-Bissau dispõe de uma vasta plataforma continental com uma rica variedade de recursos,  e é uma das regiões marítimas mais ricas na região da África Ocidental , sendo por isso uma preferência dos pescadores estrangeiros tanto artesanais como industriais.

O governante sublinhou que o lema escolhido este ano para celebrar o Dia Mundial dos Oceanos,  é essencialmente relevante na perspectiva da década das Nações Unidas da Ciência dos Oceanos para o Desenvolvimento Sustentável, e  que convida a reflectir sobre os principais desafios que têm a ver com a utilização dos oceanos.

Disse que vários fatores contribuem para a riqueza haliêutica entre os quais, uma plataforma continental muito larga e pouco profunda, os seus largos braços de mar cobertos nas suas margens por mangais, numerosos estuários com um sistema de proteção natural formados por diversas ilhas, a ocorrência de fenómenos de ressurgência costeira e a descarga fluvial especialmente importante durante as estações da chuvas.

Sambú indicou que são vários os setores de desenvolvimento atinentes ao domínio dos mares e oceanos, nomeadamente a energia, os transportes, a pesca, o turismo, os hidrocarbonetos, comércio e entre outros.

Acrescentou que, embora a importância dos oceanos para o desenvolvimento sustentável seja amplamente reconhecida pela comunidade internacional, o progresso na implementação de decisões internacionais para promover o referido desenvolvimento tem sido muito lento.

Segundo este responsável da pasta das pescas, apesar dos significados e benefícios de ordem económica, social e ambiental concedidos pelos oceanos persistem ainda inúmeros desafios para os manter e preservar para futuras gerações.

“Alguns dos problemas mais sérios são a sobrepesca e a pesca destrutiva, a perda de biodiversidade incluindo o declínio acentuado e extinção de algumas unidades populacionais haliêuticas, a acidificação, o aquecimento, a destruição de recifes de corais, poluição de origem marítima e telúrica incluindo derrames acidentais de hidrocarbonetos e água radioativa, contaminada por acidentes nucleares ou ainda espécies exógenas disseminadas de diversas formas”, frisou Malam Sambú.

O titular da pasta das Pescas disse que os desafios são a delimitação marítima, a aplicação da lei, a gestão integrada de oceanos e mares, a vulnerabilidade ambiental de pequenos estados em desenvolvimento, os ecossistemas marinhos vulneráveis e a fraude e outros crimes praticados no mar.

“Emergem outros assuntos importantes, tais como, recursos genéticos marinhos, gestão de recifes de corais, lixo no mar, excesso de nutrientes e eutrofização, ruído oceânico, energias renováveis e permuta de dados ambientais”, disse.

Malam Sambú afirmou ainda que os impatos económicos, sociais e ambientais decorrentes destes desafios são enormes pelo que é urgente empreender ações que assegurem a gestão sustentável e o uso adequado dos oceanos e dos recursos marinhos.

Acrescentou que não obstante as vantagens económicas e sociais que advêm da utilização dos mares e oceanos, constata-se que essa potencialidade natural é objeto de uma utilização cada vez mais intensa e não judiciosa, o que põe em risco a sua durabilidade.

Prometeu que o país fez e continua a fazer esforços substanciais para proteger o seu ambiente costeiro de alto valor intimamente ligado ao oceano atlântico em grande medida, através da criação de áreas marinhas protegidas em que a pesca comercial é proibida.

Exortou à todos os atores da atividade pesqueira e não só, a associaram-se aos esforços do governo visando promover boas práticas que respeitem e preservem os ecossistemas naturais aquáticos e costeiros, para que a pesca seja uma atividade rentável hoje, amanhã e para sempre, contribuindo para a perenidade dos oceanos.

O Dia Mundial dos Oceanos começou a ser celebrado em 8 de junho de 1992 durante a Rio-92, na cidade de Rio de Janeiro, Brasil.

No momento, esta data ainda não foi oficialmente estabelecida pelas Nações Unidas.ANG/DMG/ÂC//SG




Saúde Pública/”Paludismo continua a ser principal causa da morte no país”, diz coordenador do PNLCP

Bissau, 08 Jun 20 (ANG) - O Coordenador do Programa Nacional de Luta  Contra o Paludismo(PNLCP), revelou que o paludismo continua a ser principal causa da morte no país.

Paulo Djata falava hoje aos jornalistas no quadro do inicio da Campanha de identificação e  distribuição universal gratuita de tenda empregnada (milda), que decorre sob o lema: fique em casa e receba gratuitamente a tenda milda.

Segundo Paulo Djata o programa dispõe de cerca de um mihão e meio de tendas que serão distribuídas a 452.498( quatrocentos cinquenta e dois mil  e quatrocentos e noventa e oito famílias).

Nesta campanha conforme Paulo Djata perspectiva-se atingir 95 por cento das famílias e pretende-se  que 85 por cento dos beneficiários consigam utilizar as tendas.

Djata informou que a campanha terá a duração de sete dias, ou seja de  hoje 08 até 15 do corrente mês, a nível nacional e após estes dias vai se fazer a recolha de sacos plásticos para sua incineração.

Disse  que a distribuição será feita  pelos agentes de saúde comunitária, porta à porta, e que prevê-se a entrega de  10 tendas diário por cada equipa, composta por três pessoas, nas zonas rurais e 20 nas zonas urbanas.

As referidas tendas, segundo  Djata, foram adquiridas pelo Fundo Monetário Internacional(FMI) que é principal parceiro do governo.

Paulo Djata considerou que a tenda,  um meio de proteção muito eficaz, se for bem usada, pode evitar muitas mortes, razão pela que   se realiza a campanha de distribuição grátis de tendas de três em três anos.

Relativamente as dificuldades, disse que tiveram dificuldades em termos de armazenamento das tendas nas regiões de  Oio e Bafatá, mas que espera superá-las ainda esta manhã.

Disse que esta  é quarta vez que os guineense beneficiam de tendas, adiantando que a campanha de distribuição gratuita começou em 2011, tendo lamentado o facto de o paludismo continuar a ser maior causa da doença e morte  na Guiné-Bissau.

O Coordenador do Programa de Luta contra ao Paludismo revelou que em 2018 o país registou  166.757 casos e 244 óbitos e em 2019 160.907 casos e 288 óbitos.

Mesmo assim, Paulo Djata assegurou que nos últimos dez anos houve uma redução progressiva de casos de paludismo, por isso aconselha as pessoas no sentido de continuarem a usar  tendas oferecidas.

Instado sobre como  combater o paludismo no momento da pandemia de Covid-19, Paulo Djata reconheceu que a covid19 é uma doença mortífera, mas que o paludismo é uma doença endémica  e mortífera na Guiné-Bissau, por isso, não se deve concentrar  apenas na pandemia e deixar o paludismo de lado.  ANG/LPG/ÂC//SG


Cutura/Projecto celebra a música de Cabo Verde e Guiné-Bissau sem paternalismo nem revivalismo

Bissau, 08 jun 20 (ANG) – O projeto Bandé-Gamboa, que junta duas bandas intergeracionais da Guiné-Bissau e Cabo Verde, lança este mês o seu disco de estreia, à procura de conquistar jovens em África e no Ocidente, sem paternalismo nem filtros estéticos presos nos anos 70.
Com a chancela da editora francesa Heavenly Sweetness, o projecto criou dois grupos “all-star” – um de Cabo Verde, outro da Guiné-Bissau – com músicos novos e velhos que recriaram canções antigas, navegando na contracorrente da maioria dos trabalhos hoje feitos no Ocidente, com editoras fixadas na sonoridade dos anos 70 do continente africano, contou à agência Lusa o produtor do projecto Bandé-Gamboa, Francisco “Fininho” Sousa.
No livro que acompanha o álbum, o também DJ português explica que, após 20 anos de uma “procura obsessiva” por vinis e CD africanos, encontrou “três aspectos cruciais” nas edições contemporâneas e “revivalistas” da música de África: os discos raramente são comprados por africanos ou afro-descendentes; a dimensão da cultura africana fica reduzida a géneros como reggae, soul, funk ou rock psicadélico; e os compradores focam-se numa “determinada estética ‘old school’ que transformou uma fase musical arbitrária no padrão actual da música africana no Ocidente”.
Tendo isso em conta, quando Francisco Sousa foi abordado pelo responsável da Heavenly Sweetness, o produtor francês Guts, para fazer uma compilação, propôs-lhe fazer algo que fosse contra a norma: “um projecto que fosse um murro na mesa”.
Depois da luz verde da editora, decidiu avançar com a criação de duas bandas, uma de músicos cabo-verdianos e outra de músicos guineenses a viver em Lisboa, para recriarem canções antigas dos dois países, com objetivos distintos.
No caso da Guiné-Bissau, procurou fazer-se “versões frescas e contemporâneas” do gumbé, estilo pouco conhecido fora do país e que foi sendo gravado “por muitos artistas e com ideias bastantes diferentes do que ele deve ser”.
Já em Cabo Verde, decidiu testar-se a versatilidade do funaná e os seus limites, que não tem os problemas de identidade nem falta de reconhecimento internacional do gumbé,
Chegando ao estúdio, Francisco Sousa fez algo “que os produtores na Europa têm muita dificuldade em fazer: Transferir muito mais o poder para os músicos e mudar de uma postura quase hierárquica para uma postura muito mais de observador”.
“Trabalhar num contexto pós-colonial, numa antiga capital de um império colonial, com a diáspora dos países que foram colonizados é complicado e obriga a ler para não trocar os pés pelas mãos. A mim, só me restou criar um ambiente convidativo para os músicos trazerem as suas ideias para estúdio e, depois, de uma forma suave, escolher ou direccionar”, contou à Lusa Francisco.
Apesar de reconhecer o serviço positivo que editoras ocidentais tiveram na redescoberta de música dos anos 60, 70 e 80, de África, Francisco Sousa realça que, por vezes, algumas dessas compilações têm um olhar algo paternalista, pintado por “um imaginário tropical exótico que é tóxico”.
O consumo da música africana no ocidente está tão enraizada nos anos 70 que, até a mostrar o projecto Bandé-Gamboa a conhecidos, algumas pessoas não conseguiram ultrapassar o facto de as canções não terem o “grão” e o filtro estético daquele tempo.
“Dizem que está limpinho demais”, recordou.
Para o produtor do projecto, as editoras, ao focarem-se nas franjas com influências ocidentais, perdem uma oportunidade de “trazer novos fragmentos de cultura cá para fora”.
Além disso, Francisco Sousa considera que as editoras devem pensar sobretudo “que não estão a salvar ninguém”.
“Estas bandas tiveram o seu público, venderam os seus discos, muitas delas fizeram muito dinheiro, outras nem por isso. Mas a lógica do ‘white savior’ [salvador branco] é muito perigosa”, acrescentou.
Nesse sentido, o projecto Bandé-Gamboa não surge dessa ideia de salvar uma banda ou de a revelar ao mundo, mas antes numa ética de partilha – “não mais do que isso”.
Ao mesmo tempo, há o desafio de tentar agradar ao público dos dois continentes, até porque reeditar bandas antigas africanas não interessa aos jovens desses países.
Hoje, reeditar na Guiné-Bissau os Super Mama Djombo, banda de discos raros e muito procurados no Ocidente, seria como reeditar os Pink Floyd para uma geração americana jovem: “É lindo, mas estão a ouvir outras coisas”.
“É de louvar essa ideia do Francisco”, disse à Lusa Juvenal Cabral, dos Tabanka Djazz e director artístico da banda guineense do Bandé-Gamboa.
O baixista compreende “a ideia das editoras ocidentais em pegar nas coisas gravadas nos anos 70”, porque para o público europeu e americano “é algo novo”.
“Mas para nós, africanos, é algo que estamos cansados de ouvir. Não há novidade nenhuma”, notou, frisando que, com este projecto, mesmo repescando músicas antigas, há “uma lufada de ar fresco”.
Na parte do disco dedicado à Guiné-Bissau, aproveitou-se para recuperar também algumas músicas gravadas na Rádio Nacional deste país, em gravações “muito rudimentares” e retrabalhá-las, com novos arranjos.
“Foi um processo muito gratificante. Deu-me muito prazer fazer este trabalho”, afirmou Juvenal Cabral, esperando que o projecto permita também um maior reconhecimento internacional do gumbé, o estilo que reflecte o mosaico de um país com menos de dois milhões de habitantes, mas com mais de 30 etnias.
O director musical da banda cabo-verdiana do projecto, Lúcio Vieira, também se congratulou com a ideia, tendo aceitado o convite de Francisco sem hesitar, ainda para mais quando a proposta era testar os limites do funaná.
“Eu cheguei em 1984 a Portugal e já ouvia muita fusão. Vinha com uma ideia muito avançada e, quando cheguei, se fizesse uma malha ‘fora da caixa’ levava logo na cabeça”, recorda, salientando que o disco foi uma oportunidade de mostrar o que gosta mesmo de fazer: experimentar e inovar.
“É uma ideia refrescante. É uma forma também desse projecto abrir a cabeça de outras pessoas que vão ouvir e saberem que há inovação para além da tradição, podemos fazer outras coisas, sem magoar o que já é feito pelos nossos mais velhos”, vincou Lúcio Vieira.
O disco, que é lançado a 12 de Junho em formato físico e digital, conta com seis temas para cada país, sendo também uma homenagem a Amílcar Cabral, cofundador do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde e um dos maiores símbolos da luta pela independência dos dois países.
A banda da Guiné-Bissau, dirigida por Juvenal Cabral, é composta por Eric Daró, Iragrett Tavares e Micas Cabral, nas vozes, Calú Ferreira (teclas), Eliseu Imbana e Sidia Baio, nas guitarras, Toni Bat (bateria), Ernesto da Silva (percussão) e Elmano Coelho (saxofone).
Da formação cabo-verdiana, dirigida por baixista Lúcio Vieira, fazem parte Celso Évora, Débora Paris e Kinha Andrade, nas vozes, Daya Neves (teclas), Ivan Gomes (guitarra), Cau Paris (bateria), Djair de Pina (percussão) e Elmano Coelho (saxofone). ANG/Inforpress/Lusa



Óbito/Restos mortais do ex. vice-Chefe de Estado Maior das Forças Armadas Emílio Costa sepultado no sábado

Bissau, 08 Jun 20 (ANG) -  Os restos mortais do ex-Vice-Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas,  Emílio Costa foi este fim de semana sepultado no cemitério Municipal de Bissau.

O Estado Maior General das Forças Armadas homenageou com honras militares o Tenente general Emílio Costa numa cerimónia que decorreu nas instalações de Amura na presença do Primeiro ministro Nuno Gomes Nabiam, do Ministro da Defesa Nacional Sandji Fati, Chefias militares e responsáveis da Missão Militar da CEDEAO no país (ECOMIB).

O Emílio Costa falecido no passado dia 29 de maio vitima da doença, nos últimos tempos trabalhou como conselheiro do representante do Presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental em Abidjam Costa de Marfim.

 O malogrado nasceu em 05/10/1953 em Tchugué sector de Catió, região de Tombali. Filho de Seco Mané Cia e de Manha na Biotcha e é pai de 18 filhos.

Em 1970 ingressou nas fileiras do PAIGC em Kaliu sob comando do Coronel Anhono da Cunha.

Emílio Costa frequentou em 1971 o curso de Oficial de Artilharia em Moscovo, na antiga União Soviética, na qual especializou-se como Comandante de Bataria.

Em novembro de 1979, o malogrado foi atribuído uma bolsa de Estudo para Antiga União Soviética na Academia Militar Superior Inter-armas Frunze em Moscovo em 1983 terminou o curso do Comando e Estado Maior Operacional e Táctico e pela decisão especial da comissão de exames de estado, o Emílio Costa foi conferido o grau Científico de “Mestre em Ciências Militares”.

Em 1999, o General Emílio Costa foi nomeado Vice-chefe de Estado Maior General das Forças Armadas e foi promovido ao posto de Brigadeiro General.

No acto das cerimonias fúnebres, o ministro da Defesa e dos Combatentes da Liberdade da Pátria disse  fez o percurso militar com o malogrado que iniciou na povoação de Iemberem, sul do país.

Recordou que o malogrado faz parte dos primeiros quadros que Amílcar Cabral  escolheu em 1971 para modernizar as Forças Armadas ainda no período da luta de libertação.

“O Emílio Costa preocupava-se sempre com a formação dos quadros das Forças Armadas”, acrescentou.

Em nome da família, Marien Costa agradeceu ao Estado guineense, sobretudo do Estado Maior General das Forças Armadas pela homenagem ao falecido pai. ANG/LPG/ÂC//SG



      EUA/Michael Jordan vai doar mais de 88 milhões a luta pela igualdade racial

Bissau, 08 jun 20 (ANG) - A lenda da liga norte-americana de basquetebol (NBA) Michael Jordan anunciou, na sexta-feira, que vai doar 100 milhões de dólares (mais de 88 milhões de euros) a organizações que trabalham em prol da igualdade racial, explicita um comunicado divulgado hoje pela agência France-Presse.
Michael Jordan e a marca Jordan vão doar 100 milhões de dólares ao longo dos próximos 10 anos para organizações dedicadas a garantir a igualdade racial, justiça social e melhor acesso à educação", explicita o documento.
O anúncio é a maior promessa de uma doação feita por um antigo desportista para instituições sem fins lucrativos.
A fortuna pessoal de Jordan, que incluiu a marca, considerado uma das maiores figuras da história do basquetebol mundial, é estimada em mais de dois mil milhões de euros.
"Estamos em 2020 e a família Jordan quer incluir todos aqueles que aspiram ao nosso modo de vida. Embora muita coisa tenha mudado, os piores comportamentos persistem", sublinhou Jordan, na mesma nota.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu em 25 de Maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
Após a divulgação das imagens nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de actos de pilhagem.
Pelo menos 10 mil pessoas foram detidas desde o início dos protestos, e as autoridades impuseram recolher obrigatório em várias cidades, incluindo Washington e Nova Iorque, enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, já ameaçou mobilizar os militares para pôr fim aos distúrbios nas ruas.
Os quatro polícias envolvidos foram despedidos, e o agente Derek Chauvin, que neutraulizou o pescoço de Floyd, foi acusado de homicídio, arriscando uma pena máxima de 40 anos de prisão.
Os restantes vão responder por auxílio e cumplicidade de homicídio em segundo grau e por homicídio involuntário.
A morte de Floyd ocorreu durante a sua detenção por suspeita de ter usado uma nota falsa de 20 dólares (18 euros) numa loja. ANG/Angop