segunda-feira, 8 de junho de 2020


                     Política/PAIGC reitera direito de   liderar novo governo

Bissau, 08 Jun 20 (ANG) – A segunda vice-presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reiterou hoje o “direito” do seu partido liderar o próximo governo, por  ser o vencedor das eleições legislativas de 10 de Março de 2019, cuja formação está em discussão entre partidos com assento parlamentar e o Presidente da ANP,Cipriano cassamá.

Odete Semedo falava à imprensa à saída de mais uma ronda de diálogo entre os partidos com assento parlamentar e o Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) para encontrar uma solução para a  criação de um novo Governo, conforme  recomendou a Comunidade Económica dos Estados da Àfrica OcidentalCEDEAO).

“Peço que não nos convidem a abandonar a democracia e a Constituição da República. Já despunhamos de uma maioria parlamentar, e um Governo com o seu programa votado e aprovado no hemiciclo”, sustentou .

Odete Costa Semedo destacou que o último comunicado da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no seu ponto número 7 ,reconheceu ao Umaro Sissoco como Presidente da República , mas exigiu a formação de um Governo de acordo com os resultados eleitorais de março do ano passado.

Semedo declarou que o seu partido e o seus aliados estão  abertos a formação de um Governo inclusivo para a estabilidade politica e governativa da Guiné-Bissau, adiantando que se o Presidente da República aceitar reconhecer o seu partido como vencedor das legislativas, este por sua vez vai reconhecê-lo como Chefe de Estado.

Por seu turno, o Coordenador do Movimento para Alternância Democrática (Madem-G15),
Braima Camará defende que há uma nova maioria no parlamento, situação que diz não ser o caso único, nem inédito na história democrática.

 “Por isso, o Madem G15 congratula-se com a posição de Cipriano Cassamá de fazer cumprir o regimento da ANP e a Constituição da República da Guiné-Bissau.

“A Comissão Permanente da ANP como aconteceu no passado, não tem nenhuma competência decisória sobre as matérias em debate na Assembleia Nacional Popular e uma vez assumido pelo Presidente da ANP, este vai permitir  o normal funcionamento desta casa magna”, disse Braima Camará, frisando que cabe a maioria dos deputados decidir os pontos a serem incluídos na Ordem do Dia ,durante o debate na plenária da ANP.

“E nós estamos abertos para receber todas as forças vivas da Nação inclusive a Sociedade Civil e outras para integrarem a nossa maioria formada pelos deputados do Partido da Renovação Social(PRS), Assembleia do Povo Unido,(APU-PDGB),  e o Movimento para Alternância Democrática  Madem –G-15 “,vincou.

Para o vice-presidente do PRS, Certório Biote o encontro com o líder do parlamento é muito interessante para o país porque cada actor politico deu a sua opinião para o  interesse de todos.

“Devo reafirmar que existem dois blocos no parlamento. O bloco do PAIGC com os seus aliados e outro  do PRS, Madem e APU, que  constituem uma  nova maioria, com um novo acordo que temos”, afirmou.

O líder da Assembleia do Povo Unido (APU-PDGB), Nuno Gomes Na Bian disse que estão satisfeito com a posição do Presidente da ANP de convocar a plenária e aí permitir que se resolva o problema de votação ou não do programa do Governo liderado por ele, iniciativa que diz ser “um passo positivo na busca de solução” .

“Nós estamos confiantes  na nova maioria constituída pelos deputados dos três partidos. O que estamos a pedir é que a sessão seja convocada e ali vamos ter a oportunidade de mostrar essa maioria e criar condições para aprovação do programa do governo no parlamento”,explicou.

Na audiência entre  os partidos com assento parlamentar e o Presidente da ANP participaram ainda o Partido da Nova Democracia (PND) e a União para a Mudança (UM) aliados do PAIGC que confirmaram a sua fidelidade em cumprir o Acordo de Incidência Parlamentar assinado entre as partes em 2019. Cipriano cassamá tem até 18 de Junho para apresentar ao chefe de Estado,Umaro Sissocó Embaló uma proposta de solução da crise de formação de novo governo de base alargada, em cumprimento da decisão da CEDEAO de 22 de Abril.ANG/MSC/ÂC//SG



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