sexta-feira, 19 de junho de 2020

Função pública/Secretário-geral da UNTG reafirma que  Estado pode pagar salário mínimo de 100 mil francos CFA

Bissau, 19 jun 20 (ANG) – O Secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) disse acreditar que o Estado pode pagar o salário mínimo de 100 mil francos cfa na função pública, se acabar com o todos os esquemas de corrupção na folha de pagamento.

Em entrevista exclusiva esta quinta-feira à ANG, Júlio Mendonça disse esperar que a folha de salário volte a ser processado na Função Pública definitivamente como outrora, no término desse processo de pagamento presencial.

O líder sindical disse que o Ministério da Função Pública deve ser  a instituição responsável para o processamento do salário porque  é quem sabe que cidadão serve o Estado e quanto recebe.

Disse haver  situações  em que as pessoas recebem duas vezes na Função Pública “porque ocupam dois lugares em diferentes instituições e outros que emigraram mas continuam a receber todos os meses”.

“Há regras que devem ser respeitadas. Se alguém pedir  licença limitada não pode passar um ano, caso  contrário, quando voltar tem que ficar à disposição da instituição onde trabalhava, aguardando que haja vaga para poder retomar o serviço”, disse.

Acrescentou que se essa medida for concretizada vai permitir com que o Estado tenha condição para  aumentar salários aos funcionários públicos e para que esses sejam respeitados.

Mendonça pede aos trabalhadores que estão nessa situação a compreenderem que  têm direito só a um salário, adiantando que segundo o Decreto-Lei nº8/2012 de 19 de outubro, só podem ocupar o cargo de diretor de serviço quem tem vínculo com o Estado ou seja um efetivo.

Exorta aos políticos a ter amabilidade de compreender  que nenhum Estado pode desenvolver no desrespeito total de princípio da legalidade.

Júlio Mendonça disse que enquanto defensores dos trabalhadores vão continuar a lutar contra as irregularidades que se verificam na Função Pública. Segundo ele, o “aparelho de Estado não é empresa dos partidos”.

Pediu ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público para fazerem seus trabalhos para quando o processo de corrupção for acusado que seja julgado na vara crime, sustentando que não devem continuar a ser julgados somentes os crimes de roubo de telemóveis e de drogas, e que a última, devido a pressão da comunidade internacional.

Questionado sobre a situação dos jornalistas estagiários dos órgãos públicos de comunicação social do país, Mendonça explicou que as pessoais que estão a trabalhar nesses órgãos devem ter vínculo com o Estado e ser pagos de acordo com o Estatuto de Pessoal de Administração Pública.


“Os órgãos podem dar alguns subsídios aos seus trabalhadores tendo em conta os seus trabalhos, deslocações entre outros, mas os seus salários têm que sair regularmente na Função Pública. Além d
e mais, devem ser efetivados para poderem garantir as suas reformas, o que é imperativo”,frisou.

Mendonça afirmou que, existem cortes que foram feitos sem fundamentos e que devem ser repostos simplesmente aos funcionários afetos aos quatros órgãos públicos.

Acrescentou  que a situação dos funcionários em causa foi discutida na última reunião com a ministra da Função Pública, e disse  esperar que a governanta faça diligências para devolver  o que deve ser reposto.

“Não podemos continuar com esse ato de fazer tudo à margem da lei”.criticou Jùlio Mendonça. ANG/DMG/ÂC//SG

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