quarta-feira, 24 de junho de 2020

Covid-19/Colectivo de Cidadãos questiona se a vacina da poliomielite aumenta a imunidade em pessoas infetadas com Coronavírus 

Bissau, 24 jun 20(ANG) – O Coletivo de cidadãos guineenses quer saber se  a vacina da poliomielite aumenta a imunidade de pessoas infetadas com a Covid-19.

Segundo uma nota à Imprensa à que a ANG teve acesso, o coletivo exigiu das autoridades ligado ao estudo para publicar o protocolo do estudo que inclui informações fundamentais tais como a justificação do estudo, o desenho da experiência, a discrição do grupo alvo, o formulário de consentimento, identificação de riscos de plano de mitigação, data e local da aplicação do estudo.

O documento  denuncia o que considera ser  “a falta de transparência na aplicação de ensaios clínicos na Guiné-Bissau” e exige a publicação e acessibilidade de todos os documentos do estudo para garantir a credibilidade do processo.

Também exigem a identificação dos financiadores e responsáveis pela execução do estudo e o processo de autorização do estudo, incluindo a identificação dos membros do Comité de Ética, responsável pela avaliação e aprovação do estudo.

O coletivo diz que, em estudos do género, a nível internacional, se exige que esses elementos estejam registados em plataforma certificada, acessível  à qualquer cidadão.
Acrescenta que  o mundo da investigação, dos ensaios clínicos ou qualquer outro tipo de estudo experimental, assenta em princípios de transparência, ética e responsabilidade pública.

O coletivo sustenta  que todo o estudo de investigação  não  aberto ao escrutínio, que escolhe o sigilo em detrimento da transparência, que reage na defensiva à questões pertinentes exigidas para o seguimento de padrões internacionais, não tem lugar no mundo investigação sério,pelo que não devem ser permitidos na  Guiné-Bissau.

Por último, o referido coletivo refere na nota, que endereçaram,  desde o dia 19 do mês em curso,  cartas ao Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Saúde (INASA), Projeto de Saúde de Bandim, com  conhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Liga Guineense dos Direitos Humanos com o objetivo de ver as suas exigências serem atendidas, mas que até ao momento não receberam nenhuma resposta. 

O jornal brasileiro revela que o estudo, a ser orientado por uma equipa de investigadores americanos e dinamarqueses, vai começar brevemente e vai decorrer durante seis meses.

O ministro da Saúde da Guiné-Bissau António Deuna esclareceu recentemente que o que está em curso é um estudo promovido pelo Projecto de Saúde de Bandim, visando apurar a validade ou a pertinência científicas do uso de vacinas até aqui aplicadas no combate à poliomielite para o combate da nova pandemia.ANG/CP/ÂC//SG

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