segunda-feira, 29 de junho de 2020

Política/PAIGC exige condições de segurança para que deputados possam exercer suas funções conforme Lei Magna

Bissau, 29 Jun 20 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) exigiu a criação das condições políticas e de segurança que permitam os deputados exercerem livremente as suas funções constitucionais

e regimentais conforme plasmado no artigo  82º da Lei Magna do país.

A informação consta numa carta da Direcção do PAIGC entregue ao Presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP) à que a Agência de Notícias da Guiné teve hoje acesso.

“Estas condições são complementares à imperiosa disposição da formação de um novo governo, em conformidade com a Constituição da República e tendo em conta os resultados das eleições legislativas de 10 de Março de 2019 à luz do comunicado da CEDEAO de 22 de Abril de 2020 e ao reforço de segurança pela força de interposição da CEDEAO de acordo com o seu mandato”, refere a carta.

No referido documento, se refere que alguns deputados de Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) que estão sendo impedidos de exercer a sua actividade política junto da sua Bancada Parlamentar  podem vir a participar na sessão plenária que vai iniciar hoje  por motivo de pressão psicológica, intimidação e coação.

“Desde a instalação do actual governo inconstitucional e ilegal regista-se uma profunda degradação do ambiente político e de segurança do país com destaque  para os acontecimentos ocorridos nos últimos meses”, segundo a carta do PAIGC.

No mesmo documento consta que, nos últimos dias, os militantes do PAIGC estão sendo alvos de detenção arbitrária e de rapto por parte dos agentes do Ministério de Interior e conduzidos à segunda esquadra da Polícia da Ordem Pública.

“Neste momento, as forças da ordem e militares estão sendo destacados de forma selectiva para seguir e acompanhar deputados presumivelmente convencidos ou aliciados a apoiarem a posição do governo ilegítimo em função, sendo questionável se a verdadeira missão é de garantir a segurança dos deputados ou de controlar os seus movimentos, coagi-los e restringir a sua liberdade”, refere a nota.

Por outro lado, o PAIGC acusa a comunidade internacional e a CEDEAO em particular de passividade em relação a situação do país, que segundo o PAIGC, acaba por  condicionar o funcionamento normal das instituições nomeadamente da ANP.

 O  PAIGC alega que a persistência da situação de falta de segurança no país, põe em causa a realização da Sessão Ordinária cujo início está marcado para hoje.

Na carta PAIGC diz que a  sessão plenária vai decorrer num momento em que continua a vigorar o Estado de Emergência no país e que alguns deputados estão no estrangeiro. ANG/AALS/ÂC//SG

 

 

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