Venezuela/Maduro expulsa
embaixadora da UE
Bissau, 30 jun 20 (ANG) – O Presidente da Venezuela,Nico
las Maduro, deu um prazo de 3 dias à chefe da delegação da UE em Caracas, a portuguesa Isabel Brilhante Pedrosa para abandonar o território, na sequência da adopção segunda-feira pela União Europeia de sanções contra 11 funcionários do governo venezuelano por alegadamente estarem implicados em acções contra a oposição daquele país.«Quem são eles para sancionar, para se
tentarem impor com a ameaça? Quem são? Basta! É por isso que decidi dar à
embaixadora da UE em Caracas 72 horas para deixar o nosso país e exigir
respeito da UE», disse o presidente da
Venezuela numa intervenção televisiva em que declarou ainda que «vai colocar os
assuntos em ordem com a União Europeia.»
Segunda-feira, a União Europeia adoptou
sanções contra 11 responsáveis venezuelanos, nomeadamente contra Luís Parra,
deputado pro-Maduro eleito no começo deste ano presidente do parlamento, cargo
disputado pelo líder da oposição, Juan Guaidó, reeleito também presidente desta
instituição no passado mês de Janeiro pelos deputados da oposição.
As onze personalidades alvo de sanções são
acusadas pela UE de «actuar contra o funcionamento democrático do parlamento e
de violar a imunidade parlamentar» dos deputados, designadamente contra o
presidente reconhecido pela UE daquela instância, Juan Guaidó.
Reagindo a esta decisão, os executivos de
vários países, designadamente da Colômbia, Bolívia e Paraguai expressaram a sua
condenação. Estes países, juntamente com alguns outros da América do Sul bem
como a própria UE têm tomado posição a favor da oposição liderada por Juan Guaidó
no braço-de-ferro que tem vindo a agudizar-se com Nicolas Maduro desde o ano
passado.
Mergulhada na crise económica há alguns anos desde a diminuição do preço do barril de petróleo, a Venezuela tem vivenciado uma grave crise social e politica que culminou com a autoproclamação de Juan Guaidó como Presidente da Venezuela em Janeiro de 2019. ANG/RFI
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