Covid-19/Ministro Deuna confirma
estudo com vacinas da polimielite
Bissau, 19 jun 20 (ANG) - O Ministério da Saúde António Deuna confirmou quinta-feira, no Conselho de Ministros, que está a decorrer um estudo do Projecto de Saúde de Bandim sobre o uso de vacinas contra a poliomielite para combate ao novo coronavírus.
"O ministro da Saúde esclareceu que o que está em curso é um estudo promovido pelo Projecto de Saúde de Bandim, visando apurar a validade ou a pertinência científicas do uso de vacinas até aqui aplicadas no combate à poliomielite para o combate da nova pandemia" de covid-19, refere um comunicado governamental.
Em consequência, ficou
decidido que cabe ao Conselho de Ministros analisar e pronunciar-se sobre
qualquer "decisão relacionada com a aplicação de vacinas em toda a
extensão do território da Guiné-Bissau".
Um jornal brasileiro
apontou a Guiné-Bissau como sendo palco de um estudo sobre o uso da vacina
contra poliomielite para o tratamento da covid-19, situação que está a merecer
críticas dos guineenses.
Miguel de Barros,
activista ambiental e social, foi quem denunciou o caso, através de uma série
de publicações na sua página da rede social Twitter, em que questiona as
autoridades sobre o estudo e os procedimentos observados.
A Agência de Notícias da
Guiné(ANG) soube que um médico cardiologista guineense radicado nos Estados
Unidos de América também descordou com a iniciativa.
Joaquim Tavares(Djoca)
sustenta que se houver complicações graves com pessoas objecto de estudo a
Guiné-Bissau não terá condições para intervir no sentido de salvar essa pessoa.
“Porquê que esses
investigadores não fazem os estudos nos seus países, que têm melhores condições
de assistência sanitária”, questiona Djona na sua pâgina no Twitter, ao reagir
sobre a notícia.
O jornal brasileiro
revela que o estudo, a ser orientado por uma equipa de investigadores
americanos e dinamarqueses, vai começar brevemente e vai decorrer durante seis
meses.
A meta é testar o uso da vacina oral anti-pólio num grupo de 3.400 guineenses acima dos 50 anos, pessoas consideradas vulneráveis à covid-19, mas que ainda não tenham tido contacto com o vírus. ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário