quarta-feira, 24 de junho de 2020

Justiça/Dirigente do PAIGC sai em liberdade depois de ouvido pelo Ministério Público  

 Bissau,24 Jun 20(ANG) - O dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) Armando Correia Dias, detido no sábado pelas forças de segurança, saiu terça-feira em liberdade depois de ter sido ouvido  pelo Ministério Público, disse o advogado.

 Segundo Luís Vaz Martins, a decisão do Ministério Público confirma aquilo que o "coletivo de advogados tem vindo a dizer ao longo dos últimos três dias".

 "Ao aplicar uma mera medida de coação relativamente a um crime desta envergadura demonstra que nem o Ministério Público tem a convicção de que os factos invocados pela polícia correspondem à verdade", salientou Luís Vaz Martins.

 Armando Dias Correia, membro do comité central do PAIGC, foi terça-feira posto em liberdade, após cinco horas de audição, com a medida de coação de obrigação de apresentações periódicas.

 Armando Correia Dias, também conhecido por "N'Dinho", foi detido no sábado pelas forças de segurança e levado para a segunda esquadra, em Bissau.

 Fonte do Ministério do Interior da Guiné-Bissau disse que o dirigente do PAIGC foi detido em "flagrante delito" na posse de armas de uso militar.

 Armando Correia Dias foi detido quando estava acompanhado do antigo secretário de Estado da Gestão Hospitalar, Anaximandro Zylene Casimiro Menut e do deputado Wasna Papai Danfa.

 Os três seguiam na viatura de Casimiro Menut, que acusou um civil, que estava acompanhado da polícia, de ter colocado as armas no interior do seu veículo.

 "Vimos um senhor de estatura baixa, igualmente trajado à civil, a introduzir dentro da minha viatura um saco (tipo saco de arroz) com armas, que suponho AK, pela ponta que era visível no saco", refere o antigo secretário de Estado, numa explicação sobre o ocorrido, divulgada nas redes sociais.

 O deputado guineense Wasna Papai Danfa questionou também as razões pelas quais as forças de segurança só detiveram Armando Correia Dias, quando estavam os três na viatura.

 O advogado disse que vai recorrer da medida de coação.

 N´Dinho foi recebido à saída do Ministério Público por uma multidão,de homens e mulheres, que fez questão de o saudar com palmas e abraços em sinal de solidariedade.ANG/Lusa

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