Justiça/Dirigente do PAIGC sai em liberdade depois de ouvido pelo Ministério
Público
Bissau,24
Jun 20(ANG) - O dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo
Verde (PAIGC) Armando Correia Dias, detido no sábado pelas forças de segurança,
saiu terça-feira em liberdade depois de ter sido ouvido pelo Ministério Público, disse o advogado.
Segundo
Luís Vaz Martins, a decisão do Ministério Público confirma aquilo que o
"coletivo de advogados tem vindo a dizer ao longo dos últimos três
dias".
"Ao
aplicar uma mera medida de coação relativamente a um crime desta envergadura
demonstra que nem o Ministério Público tem a convicção de que os factos
invocados pela polícia correspondem à verdade", salientou Luís Vaz
Martins.
Armando
Dias Correia, membro do comité central do PAIGC, foi terça-feira posto em
liberdade, após cinco horas de audição, com a medida de coação de obrigação de
apresentações periódicas.
Armando
Correia Dias, também conhecido por "N'Dinho", foi detido no sábado
pelas forças de segurança e levado para a segunda esquadra, em Bissau.
Fonte
do Ministério do Interior da Guiné-Bissau disse que o dirigente do PAIGC foi
detido em "flagrante delito" na posse de armas de uso militar.
Armando
Correia Dias foi detido quando estava acompanhado do antigo secretário de
Estado da Gestão Hospitalar, Anaximandro Zylene Casimiro Menut e do deputado
Wasna Papai Danfa.
Os três
seguiam na viatura de Casimiro Menut, que acusou um civil, que estava
acompanhado da polícia, de ter colocado as armas no interior do seu veículo.
"Vimos
um senhor de estatura baixa, igualmente trajado à civil, a introduzir dentro da
minha viatura um saco (tipo saco de arroz) com armas, que suponho AK, pela
ponta que era visível no saco", refere o antigo secretário de Estado, numa
explicação sobre o ocorrido, divulgada nas redes sociais.
O
deputado guineense Wasna Papai Danfa questionou também as razões pelas quais as
forças de segurança só detiveram Armando Correia Dias, quando estavam os três
na viatura.
O
advogado disse que vai recorrer da medida de coação.
N´Dinho
foi recebido à saída do Ministério Público por uma multidão,de homens e
mulheres, que fez questão de o saudar com palmas e abraços em sinal de
solidariedade.ANG/Lusa
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