sexta-feira, 26 de junho de 2020

           

Ensino/ Escolas públicas devem reabrir em julho por dois meses

Bissau,26 Jun 20(ANG) - Os intervenientes no setor do ensino acordaram a retoma das aulas nas escolas do país, para o dia 13 de julho.

As aulas estão suspensas desde março, devido à pandemia da Covid-19.  

A data foi indicada  quinta-feira  na reunião semanal do Conselho de Ministros, liderada por Nuno Gomes Nabiam, e faz parte de um plano de contingência para o setor educativo, que prevê que as aulas funcionem também aos sábados para recuperar os dias perdidos, durante os próximos dois meses.

Mas, de acordo com o que foi acordado na semana passada entre o Ministério da Educação e todos os intervenientes no setor, as aulas só seriam  retomadas nas escolas com condições para o efeito, mediante a aprovação de uma comissão técnica que fará a avaliação dos estabelecimentos do ensino que podem funcionar na época das chuvas.

Consta que há escolas sem condições, em que a água das chuvas penetra nas salas de aulas

.Por outro lado,  persistem  dúvidas sobre se, em apenas dois meses, os professores conseguirão lecionar toda a matéria programada, depois da interrupção da Covid-19 e de sucessivas greves dos professores.

Segundo a DW, o presidente da Confederação das Associações dos Alunos das Escolas Públicas e Privadas (CAAEPP), Alfa Umaro Só, disse estar  satisfeito com a indicação do Governo.

"A intenção era anular o ano letivo totalmente, e nós levámos a proposta de validade parcial do ano letivo, para que o Governo se pronunciasse, para que as escolas que estão em condições retomassem as aulas", afirma.

No entanto, o porta-voz dos quatro sindicatos dos professores guineenses, António João Bico, levanta algumas preocupações sobre a retoma e conclusão do ano letivo.

"Temos dificuldades de infraestruturas escolares e estamos perante a pandemia da Covid-19, que exige, pelos menos, um número reduzido de alunos por turma". No entanto, é difícil encontrar o número suficiente de escolas para ter turmas reduzidas.Sendo assim, a exequibilidade vai exigir também ao Ministério da Educação a criação de condições para construir novas infraestruturas escolares”, disse.

Ouvido pela DW África, o perito no setor de ensino guineense Silvino Ialá reforça que dois meses é pouco para dar aos alunos os conteúdos que restam.

"O fator chuva poderá criar grandes dificuldades. Mesmo três ou quatro meses não serão suficientes”, considerou Ialá. ANG/DW África

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