Bissau,26
Jun 20(ANG) - Os intervenientes no setor do ensino acordaram a retoma das aulas
nas escolas do país, para o dia 13 de julho.
As aulas
estão suspensas desde março, devido à pandemia da Covid-19.
A data
foi indicada quinta-feira na reunião semanal do Conselho de Ministros,
liderada por Nuno Gomes Nabiam, e faz parte de um plano de contingência para o
setor educativo, que prevê que as aulas funcionem também aos sábados para
recuperar os dias perdidos, durante os próximos dois meses.
Mas, de
acordo com o que foi acordado na semana passada entre o Ministério da Educação
e todos os intervenientes no setor, as aulas só seriam retomadas nas escolas com condições para o
efeito, mediante a aprovação de uma comissão técnica que fará a avaliação dos
estabelecimentos do ensino que podem funcionar na época das chuvas.
Consta
que há escolas sem condições, em que a água das chuvas penetra nas salas de
aulas
.Por
outro lado, persistem dúvidas sobre se, em apenas dois meses, os
professores conseguirão lecionar toda a matéria programada, depois da
interrupção da Covid-19 e de sucessivas greves dos professores.
Segundo
a DW, o presidente da Confederação das Associações dos Alunos das Escolas
Públicas e Privadas (CAAEPP), Alfa Umaro Só, disse estar satisfeito com a indicação do Governo.
"A intenção
era anular o ano letivo totalmente, e nós levámos a proposta de validade
parcial do ano letivo, para que o Governo se pronunciasse, para que as escolas
que estão em condições retomassem as aulas", afirma.
No
entanto, o porta-voz dos quatro sindicatos dos professores guineenses, António
João Bico, levanta algumas preocupações sobre a retoma e conclusão do ano
letivo.
"Temos
dificuldades de infraestruturas escolares e estamos perante a pandemia da
Covid-19, que exige, pelos menos, um número reduzido de alunos por turma".
No entanto, é difícil encontrar o número suficiente de escolas para ter turmas
reduzidas.Sendo assim, a exequibilidade vai exigir também ao Ministério da
Educação a criação de condições para construir novas infraestruturas
escolares”, disse.
Ouvido
pela DW África, o perito no setor de ensino guineense Silvino Ialá reforça que
dois meses é pouco para dar aos alunos os conteúdos que restam.
"O fator chuva poderá criar grandes dificuldades. Mesmo três ou quatro meses não serão suficientes”, considerou Ialá. ANG/DW África
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