Covid-19/ Universidade
de Oxford conta ter vacina disponível em Dezembro
Bissau, 18 jun 20
(ANG) – Uma vacina projectada e desenvolvida pela Universidade de Oxford contra
a covid-19 já está a ser produzida pelo britânico Instituto Jenner para ser
distribuída em Dezembro, depois de comprovada a sua eficácia, foi hoje
anunciado.
O anúncio foi feito
pelo professor de farmacoepidemiologia da Universidade de Oxford, o espanhol
Daniel Prieto-Alhambra.
O Instituto Jenner, fundado em 2005, faz parte do Departamento de Medicina de Nuffield, na Universidade de Oxford, e tem como objetivo desenvolver vacinas para doenças de grande importância para a saúde pública global, como malária, tuberculose ou VIH e, neste caso contra a covid-19.
De acordo com
Prieto-Alhambra, o Instituto Jenner espera ter os resultados definitivos do seu
ensaio clínico para demonstrar a eficácia da vacina até ao final de Outubro ou
início de Novembro.
“O Instituto Jenner
está trabalhando numa das vacinas mais avançadas, já está na fase 3, recrutou
centenas de pacientes e espera ter resultados em Outubro ou Novembro. Seria a
primeira vacina a ser comercializada”, afirmou o cientista espanhol à estação
RAC-1.
O investigador
garantiu que a vacina poderá estar finalizada e comercializada até ao final do
ano, “se tudo correr bem” e “se houver pacientes suficientes para demonstrar
que funciona com os resultados finais do ensaio clínico, incluindo 10.000
pacientes”.
Segundo
Prieto-Alhambra, cientistas da Universidade de Oxford e do Instituto Jenner
“estão a dar passos muito importantes e muito rápidos, mas agora há menos
infectados e, portanto, podem verificar menos os efeitos”, que acrescentou que
para os testes pode contar a “abertura de centros de pesquisa no Brasil, onde
existem actualmente mais casos”.
“O laboratório
correu o risco de começar a produzir a vacina agora, para que, se funcionar,
eles a possam colocar no mercado imediatamente. O laboratório já está a assumir
que funcionará. As fases 1 e 2 parecem estar a funcionar”, declarou.
Prieto-Alhambra
reconheceu que “ainda não existem os resultados de eficácia” e, como tal, não
sabe até que ponto a vacina protege, mas que isso será testado com o estudo até
10 mil pessoas.
A pandemia de
covid-19 já provocou mais de 443 mil mortos e infectou mais de 8,1 milhões de
pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência
francesa AFP.
Em Portugal,
morreram 1.523 pessoas das 37.672 confirmadas como infectadas, de acordo com o
boletim mais recente da Direcção-geral da Saúde.
A doença é
transmitida por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro, em Wuhan,
uma cidade do centro da China. ANG/Inforpress/Lusa
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