Política/PAIGC considera de ilegal e abusiva detenção de Armando Correia Dias
Bissau 22 de Jun 20 (ANG) – O Partido Africano d
a independência da Guiné e Cabo –Verde(PAIGC), considerou de ilegal e abusiva a detenção do membro do Bureau Politico do partido por pessoas não identificadas.De acordo com um comunicado
à imprensa à que a ANG teve acesso, o PAIGC informa que no passado dia 20 do
mês em curso, registou-se mais um acto que chama de “bárbaro, de intimidação,
violência gratuita e abuso de poder, que se adiciona aos muitos que se têm repetido
e que perigosamente aproximam a Guiné-Bissau à um quadro de anarquia e caos”.
“Nesse dia, uma viatura
dupla cabina Toyota Hilux, pertença do partido, foi assaltada em plena via
pública, os responsáveis políticos que se encontravam dentro da viatura foram
mandados descer e um deles escolhido sem nenhum mandado de busca ou detenção, ameaçado
e agredido foi obrigado a entrar numa viatura descaracterizada na posse de
pessoas não identificadas no momento e conduzido a Segunda Esquadra da Polícia
da Ordem Pública”,refere a nota.
O comunicado salienta que a
viatura do PAIGC foi de seguida conduzida por um dos elementos que perpetrou o
assalto ao interior da esquadra onde abusivamente, tentam implantar elementos
acusatórios contra Armando Correia Dias de que alegadamente, estaria na posse
de uma arma, com objectivo de intimidar os deputados da nação que se predispõem
a contrariar a orientação de voto do seu partido, na próxima plenária da
Assembleia Nacional Popular.
“Poucas horas depois do
sucedido, o Governo em funções, ilegitimo e ilegal, veio , através de um
comunicado, impregnado de inverdades e numa linguagem de vocação partidária sem
precedentes, assumir as responsabilidades de todo o acto praticado, deixando
ainda promessa de continuar a agir de forma “implacável e contundente”, refere
os libertadores.
Acrescenta o comunicado que, em face de tão graves violações dos
direitos humanos fundamentais, das leis que regulam a actividade politica e da
clara intenção de amordaçar os valores democráticos e de um Estado de Direito, o
PAIGC vem ,através do presente comunicado esclarecer que, em nenhum momento e circunstancia algum
deputado da nação eleito na sua lista ou noutra foi ameaçado por presumível
posicionamento contrário a sua orientação e interesse contrariamente aos
partidos da oposição que aqui se querem mostrar legalistas.
No documento o PAIGC reitera
que há muito tempo que é um partido
desmilitarizado, usando sempre os mecanismos democráticos e constitucionais na
sua luta politica e para afirmação dos seus direitos e conquistas.
Afirmou que a tentativa de
associar o seu dirigente à posse de arma de fogo “é criminosa e demonstrativa do
grau de desespero que move estes detractores se não que revelem o número do
registo das armas em causa”.
O PAIGC diz que as forças de ordem e militares têm sido
destacados, de forma selectiva e cirúrgica, para seguir e acompanhar os
deputados presumivelmente convencidos ou aliciados a apoiarem a posição do
governo “golpista”, acrescentando que, sendo questionável se a verdadeira
missão é de garantir a segurança dos deputados, ou de controlar os seus
movimentos, a coagi-los.
“Todos esses acontecimentos
em presença de uma comunidade internacional contemplativa e distante depois de
ter estado na base da pretensa legitimidade de que goza o presente regime
instaurado no nosso país”, lê-se no comunicado.
O partido de Armando Correia
Dias exige sua imediata e incondicional
libertação e declara que, havendo quaisquer motivos para o seu questionamento, sejam
observados todos os dispositivos legais observáveis para a sua convocação.
No comunicado o PAIGC exorta
a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e o conjunto da
Comunidade Internacional a se inteirarem da degradação acentuada das liberdades
políticas na Guiné-Bissau e tomarem medidas imediatas para se pôr cobro à essa
situação ,sob o risco de responsabilidade por conivência e cumplicidade, e às
forças da defesa e segurança a se abaterem de interferir no jogo político e a
não se deixarem arrastar para a prática de crimes contra a sua própria
sociedade.
O partido alerta na nota a
toda a sociedade e ao povo guineense para o que diz ser ameaça autoritária e ditatorial que paira
sobre a Guné-Bissau e os riscos de deriva que este processo político pode
provocar.ANG/MSC/ÂC//SG
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