Covid-19/Alta Comissária reconhece dificuldades
no diagnóstico de número exato das mortes e infectados por coronavírus
Bissau, 18 Jun 20 (ANG) – A Alta Comissária para Luta contra Covid-19 no
país, reconheceu as dificuldades das autoridades sanitárias em diagnosticar os
casos exactos de mortes e pessoas infectadas com a Covid-19.
Em conferencia de imprensa realizada quarta-feira, Magda Robalo,disse que têm a noção clara de que existe um número maior de infetados ou que morrem nas comunidades por covid-19 e que não fazem parte das estatísticas das autoridades sanitárias
Referiu que os
dois primeiros casos foram detetadas no país hà 25 de Março último, em Bissau,
e a segunda região afetada foi a de
Biombo no dia 28 do mesmo mês,
terceira em Cacheu à 8 de Abril, Gabú no
dia 9 e Bafatá 21 Maio respectivamente,
e enquanto que na região de Oio foi
detectado no dia 9 de Junho.
Lembrou que o Covid-19 afecta o país há 90 dias e tendo registado o primeiro óbito à 25 de Abril, e que se
registaram 100 casos no dia 29 do mesmo,
16 dias depois o números de casos atingiu mil.
Segundo Magda Robalo, a
maior percentagem da contaminação são os homens com 65 por cento, vinte e dois
são mulheres onde a maior parte delas com idade compreendida entre os 18 à 59
anos.
Em relação aos testes
realizados desde inicio da pandemia, informou que foram feitas apenas quatro
mil num universo de cerca de dois milhões de habitantes. Acrescentou que num
universo de acima de mil e quinhentos infectadas só recuperaram cento e
cinquenta pessoas.
Disse que, o
Comissariado para Covid-19, tem quatros objectivos definidos dentre os
quais, a redução de transmissão do vírus, da mortalidade, do impacto
sócioeconómico e, por último, de reconstruir para melhorar o índice do
desenvolvimento humano.
“Estamos a trabalhar para
localizar as zonas com mais infecção em
cada bairro ou região, o problema da logística, as medidas de prevencão,
sensibilização, normas e protocolos tanto
para os sectores público como privado”,
revelou.
Questionada sobre os apoios
de parceiros internacionais no combate ao Covid-19, respondeu que estes estão
mobilizados a dar as suas contribuições e que há resposta nacional, informando que já receberam
apoios materiais e acessórios de países amigos e vizinhos da Guiné-Bissau,
acrescentando que existe disponibilidade
de financiamento para aquisição de mais meios e logísticas.
Aquela responsável sanitária
afirmou que o país tem um défice crónico de produção de oxigénio, o que não
satisfaz as necessidades dos guineenses, frisando que, com esta epidemia do
Copvid-19 as dificuldades aumentaram.
Robalo assegurou que
esforços estão a ser feitos para que as
quatro fábricas de oxigénio existentes no país possam funcionar no seu máximo
potencial e suprir a demanda .
“As duas fábricas, o seja a do Hospital de Cumura e
Simão Mendes estão paradas neste momento, por falta de peças, que foram encomendadas e chegarão a Bissau
brevemente. Entretanto, a da Clínica Madrugada e hospital de Bór felizmente estão a funcionar para atender aos
doentes”, explicou.
Referiu que as garrafas de oxigénio não servem só para os hospitais, mas também para os técnicos de frio que as usam para carros, geleiras e outros,razão pela qual, o país se depara com grande competição entre as estruturas de saúde e os referidos profissionais. ANG/JD/ÂC//SG
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