quinta-feira, 18 de junho de 2020

Covid-19/Alta Comissária reconhece dificuldades no diagnóstico de número exato das mortes e infectados por coronavírus  

Bissau, 18 Jun 20 (ANG) – A  Alta Comissária para Luta contra Covid-19 no país, reconheceu as dificuldades das autoridades sanitárias em diagnosticar os casos exactos de mortes e pessoas infectadas com a Covid-19.

Em conferencia de imprensa realizada quarta-feira, Magda Robalo,disse que têm a noção clara de que existe um número maior de infetados ou que  morrem nas comunidades por covid-19 e que não fazem parte das estatísticas das autoridades sanitárias

Referiu  que  os dois primeiros casos foram detetadas no país hà 25 de Março último, em Bissau, e a segunda região afetada foi a de  Biombo no dia  28 do mesmo mês, terceira em Cacheu à 8 de Abril,  Gabú no dia 9 e Bafatá 21 Maio respectivamente,   e enquanto que na região de Oio  foi detectado no dia 9 de Junho.

Lembrou que o  Covid-19 afecta o país  há 90 dias e tendo registado o  primeiro óbito à 25 de Abril, e que se registaram  100 casos no dia 29 do mesmo, 16 dias depois o números de casos atingiu mil.

Segundo Magda Robalo, a maior percentagem da contaminação são os homens com 65 por cento, vinte e dois são mulheres onde a maior parte delas com idade compreendida entre os 18 à 59 anos.

Em relação aos testes realizados desde inicio da pandemia, informou que foram feitas apenas quatro mil num universo de cerca de dois milhões de habitantes. Acrescentou que num universo de acima de mil e quinhentos infectadas só recuperaram cento e cinquenta pessoas.

Disse  que, o  Comissariado para Covid-19, tem quatros objectivos definidos dentre os quais, a redução de transmissão do vírus, da mortalidade, do impacto sócioeconómico e, por último, de reconstruir para melhorar o índice do desenvolvimento   humano.

“Estamos a trabalhar para localizar as zonas com  mais infecção em cada bairro ou região, o problema da logística, as medidas de prevencão, sensibilização, normas e protocolos  tanto para os sectores público como privado”,  revelou.

Questionada sobre os apoios de parceiros internacionais no combate ao Covid-19, respondeu que estes estão mobilizados a dar as suas contribuições e que há  resposta nacional, informando que já receberam apoios materiais e acessórios de países amigos e vizinhos da Guiné-Bissau, acrescentando que  existe disponibilidade de financiamento para aquisição de mais meios e logísticas.

Aquela responsável sanitária afirmou que o país tem um défice crónico de produção de oxigénio, o que não satisfaz as necessidades dos guineenses, frisando que, com esta epidemia do Copvid-19 as dificuldades aumentaram.

Robalo assegurou que esforços estão a ser feitos  para que as quatro fábricas de oxigénio existentes no país possam funcionar no seu máximo potencial e suprir a demanda .

“As  duas  fábricas, o seja a do Hospital de Cumura e Simão Mendes estão paradas neste momento, por falta de peças,  que foram encomendadas e chegarão a Bissau brevemente. Entretanto, a da Clínica Madrugada e hospital de Bór  felizmente estão a funcionar para atender aos doentes”, explicou.

Referiu  que as garrafas  de  oxigénio não servem só para os hospitais, mas também para os técnicos de frio que as usam para  carros, geleiras e outros,razão pela qual, o país se depara com  grande competição entre as estruturas de saúde e os referidos profissionais. ANG/JD/ÂC//SG

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