Saúde Pública/”Paludismo
continua a ser principal causa da morte no país”, diz coordenador do PNLCP
Bissau, 08 Jun 20
(ANG) - O Coordenador do Programa Nacional de Luta Contra o Paludismo(PNLCP), revelou que o
paludismo continua a ser principal causa da morte no país.
Paulo Djata falava
hoje aos jornalistas no quadro do inicio da Campanha de identificação e distribuição universal gratuita de tenda empregnada
(milda), que decorre sob o lema: fique em casa e receba gratuitamente a tenda
milda.
Segundo Paulo Djata o
programa dispõe de cerca de um mihão e meio de tendas que serão distribuídas a
452.498( quatrocentos cinquenta e dois mil e quatrocentos e noventa e oito famílias).
Nesta campanha
conforme Paulo Djata perspectiva-se atingir 95 por cento das famílias e pretende-se
que 85 por cento dos beneficiários consigam
utilizar as tendas.
Djata informou que a
campanha terá a duração de sete dias, ou seja de hoje 08 até 15 do corrente mês, a nível
nacional e após estes dias vai se fazer a recolha de sacos plásticos para sua incineração.
Disse que a distribuição será feita pelos agentes de saúde comunitária, porta à
porta, e que prevê-se a entrega de 10
tendas diário por cada equipa, composta por três pessoas, nas zonas rurais e 20
nas zonas urbanas.
As referidas tendas,
segundo Djata, foram adquiridas pelo
Fundo Monetário Internacional(FMI) que é principal parceiro do governo.
Paulo Djata considerou
que a tenda, um meio de proteção muito
eficaz, se for bem usada, pode evitar muitas mortes, razão pela que se realiza a campanha de distribuição grátis
de tendas de três em três anos.
Relativamente as
dificuldades, disse que tiveram dificuldades em termos de armazenamento das
tendas nas regiões de Oio e Bafatá, mas que
espera superá-las ainda esta manhã.
Disse que esta é quarta vez que os guineense beneficiam de
tendas, adiantando que a campanha de distribuição gratuita começou em 2011,
tendo lamentado o facto de o paludismo continuar a ser maior causa da doença e
morte na Guiné-Bissau.
O Coordenador do
Programa de Luta contra ao Paludismo revelou que em 2018 o país registou 166.757 casos e 244 óbitos e em 2019 160.907
casos e 288 óbitos.
Mesmo assim, Paulo
Djata assegurou que nos últimos dez anos houve uma redução progressiva de casos
de paludismo, por isso aconselha as pessoas no sentido de continuarem a usar tendas oferecidas.
Instado sobre como combater o paludismo no momento da pandemia de
Covid-19, Paulo Djata reconheceu que a covid19 é uma doença mortífera, mas que
o paludismo é uma doença endémica e
mortífera na Guiné-Bissau, por isso, não se deve concentrar apenas na pandemia e deixar o paludismo de
lado. ANG/LPG/ÂC//SG
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