terça-feira, 20 de outubro de 2020

Comércio/Lançada campanha sobre sensibilização e consumo de produtos locais na  UEMOA

Bissau, 20 out 20 (ANG) – O governo através do Ministério de  Comércio e Industria lançou hoje uma campanha de sensibilização e consumo de produtos locais no espaço da União Económica Monetária Oeste Africana(UEMOA).

O acto realiza-se no âmbito da 1ª Edição das celebrações de outubro como   mês  de consumo de produtos locais no espaço sub-regional, que decorre  sob o lema: “nô consumi nô produto pa nô mindjoria nô saudi”.

Ao presidir a cerimo
nia de abertura do evento,
  o ministro de Comércio e Indústria,  António Artur Sanhá desejou que a segurança alimentar nacional e sub-regional com produtos locais, sobretudo, biológicos e de grande valor nutricional, ou seja que o alcance da segurança alimentar se faça com produtos cultivados e transformados localmente.

Segundo o ministro,  a celebração de outubro como mês de consumo de produtos locais, foi adotada no final de uma reunião realizada no dia 25 de outubro de 2019, em Burkina Faso, pelos  Ministros de Comércio e Indústria da (UEMOA), com o objectivo de intensificar e promover o consumo local e da sub-região.

“É nesta base que se organiza a presente campanha, com uma duração de uma semana e visa sensibilizar as populações sobre a valorização dos produtos locais”, afirmou o ministro de Comercio e Indústria.

 O presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau, ANAG, Jaime Gomes Boles considerou de importante o consumo de produtos locais, e sustenta  que  contribui para a melhoria das condições de vida dos produtores.

Por isso, Boles exorta o governo no sentido de  prestar mais atenção ao sector agrícola, em termos de investimentos, para assegurar o aumento da produção, por forma reduzir a importação dos produtos alimentícios.

Em representação da Associação das Mulheres de Actividade Económica (AMAE), Antónia Adama Djaló pediu ao executivo para  reduzir os impostos sobre os produtos cultivados localmente, porque, segundo ela, as taxas são iguais aos produtos importados e que isso cria difi
culdades às mulheres nas suas actividades.

Exortou ainda o governo a  apoiá-las  para que possam legalizar as cooperativas já criadas pelas diferentes organizações das mulheres de actividades economicas,  sem meios financeiros para o efeito.

Para o representante residente da UEMOA na Guiné Bissau, Bertin Fèlix Comlanvi,  os Estados membros, por via desta iniciativa, são convidados a intensificar  as acções de promoção do consumo de produtos locais dentro do espaço da UEMOA.

“O objectivo principal  desta iniciativa é a criação de um espaço de diálogo entre  consumidores e produtores locais, e das  condições de promoção da economia local”, disse. ANG/LPG/ÂC//SG  


Diplomacia
/Embaixador do Canadá promete reforçar laços de cooperação com Guiné-Bissau

Bissau, 20 out 20 (ANG) – O novo Embaixador da República de Canadá  pretende reforçar os laços de cooperação entre a Guiné-Bissau e o seu país, sobretudo nos domínios da saúde e economia.

Sébastien Beaulieu que falava esta terça-feira após a entrega de cartas credenciais ao Presidente  Umaro Sissoco Embaló disse que Canadá pretende continuar a trabalhar com a Guiné-Bissau na programação de um projeto, em curso,  de luta contra a covid-19.

O Presidente da República recebeu igualmente  cartas credenciais do Embaixador do Líbano, Fadi Zein que disse estar muito satisfeito pela receção que demonstra grande hospitalidade do povo guineense.

“Estou muito contente por entregar as minhas cartas credenciais ao Presidente da República General Umaro Sissoco Embaló. É com muito prazer que conheço o vosso país e  povo”, vincou o embaixador.

Para além dos dois, também entregaram hoje as suas cartas credenciais ao presidente Sissoco Embaló, os embaixadores do Paquistão e da Turquia.

Uma fonte da  Presidência da República disse a ANG que o Embaixador de Canadá tem a sua residência em Dacar, capital da República do Senegal, do Líbano reside na  Guiné-Conacri, e o da  Turquia prepara a abertura da embaixada  em Bissau, onde até então mantem aberto um serviço consular.  ANG/DMG/ÂC//SG

 

         
          Cooperação
/Reino de Marrocos abre embaixada na Guiné-Bissau

 Bissau,20 Out 20(ANG) – O Secretário de Estado da Cooperação disse segunda-feira que a abertura da embaixada do reino do Marrocos na Guiné-Bissau “é uma prova evidente do relançamento da diplomacia guineense”.

 “Hoje, somos desafiados à ampliar a área de cooperação e criar condições essenciais para implementação de vários acordos já existentes e aqueles em carteira que não foram assinados aquando da visita do Rei do Marrocos ao país para o benefício dos nossos países”, afirmou o governante.

Augusto Gomes disse  que os recentes avanços verificados no âmbito diplomático vêm testemunhar o relançamento e dinamização da política externa guineense enquanto uma das prioridades do actual executivo.

Acrescentou que,  o acto da abertura da embaixada do Reino de Marrocos no país, é sem dúvida uma prova evidente do relançamento da diplomacia mediante a ampliação das redes diplomáticas e uma abertura ao mundo.

“Como Marrocos, vários outros países virão nos próximos tempos abrir suas embaixadas em Bissau, uma vontade dos nossos parceiros em estabelecer-se no país, sinal de uma nova dinâmica que a Guiné-Bissau está a implementar na diplomacia”, referiu o Secretário de estado da Cooperação.

Por seu lado, o encarregado de Negócios da Embaixada de Marrocos no país, anunciou que, ainda esta semana, os dois países vão rubricar acordos em diferentes domínios.

“Ainda esta semana, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau vai assinar em Marrocos sete importantes acordos em diferentes sectores, prova da nova dinâmica da nossa diplomacia sendo este acto, também a prova de que a Guiné-Bissau volta a estar no mapa mundial para relançar uma nova cooperação para o desenvolvimento, baseada numa relação de parceria gagnent-gagnent”, disse o diplomata marroquino.ANG//RSM

 

          Clima/Setembro de 2020  foi o mais quente desde que há registros

Bissau, 20 Out 20 (ANG) - O mês  passado foi “o setembro mais quente de que há registro em todo o mundo”, informou a Organização Meteorológica Mundial, OMM. 

A agência da ONU cita ainda dados Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, Noaa, mostrando que os primeiros nove meses de 2020 foram os segundos mais quentes, depois de 2016. 

Todos os 10 setembros mais quentes ocorreram desde 2005. Além disso, os sete setembros mais quentes ocorreram nos últimos sete anos, entre 2014 e 2020, continuando a tendência de aquecimento de longo prazo. 

 

A variação da temperatura da superfície terrestre e oceânica do hemisfério sul da média em setembro de 2020 foi a maior já registrada. Enquanto isso, o Hemisfério Norte teve seu terceiro mês de setembro mais quente já registrado. 

Em relação à extensão do gelo marinho do Ártico, foi a segunda menor já registrada. Por outro lado, o gelo marinho da Antártica ficou acima da média. 

Os dados mais recentes sublinham a principal conclusão do recente relatório Unidos pela Ciência, coordenado pela OMM, de que as alterações climáticas não pararam com a Covid-19. 

As concentrações de gases de efeito de estufa na atmosfera estão em níveis recordes e continuam aumentando. Após um declínio temporário causado pelo bloqueio e desaceleração econômica, as emissões estão agora caminhando para os níveis antes da pandemia. 

Em comunicado, o secretário-Geral da OMM, Petteri Taalas, disse que os anos entre 2016 e 2020 “estão se tornando o quinquénio mais quente já registrado.” 

Taalas contou que “embora muitos aspectos de nossas vidas tenham sido interrompidos em 2020, a mudança climática continuou inabalável.” 

Segundo ele, “o mundo não está no caminho certo para cumprir as metas acordadas para manter o aumento da temperatura global bem abaixo de 2 ° C ou 1,5 ° C acima dos níveis pré-industriais.” 

Entre janeiro e setembro, a temperatura da superfície do oceano e da terra no hemisfério norte empatou com os valores de 2016, se tornando o período mais quente desde que os registros globais começaram em 1880.  

Já o Hemisfério Sul, teve seu quarto período mais quente registrado. 

Nesses meses, Europa, Ásia e Golfo do México tiveram seu período mais quente. No norte da Ásia, as temperaturas estavam pelo menos 3° C acima da média. A região da América do Sul e do Caribe teve uma temperatura que se classificou como a segunda mais alta já registrada. 

Enquanto isso, condições mais frias do que a média apenas aconteceram no Alasca, oeste do Canadá, norte da Índia e oceanos do sul. ANG/ONU NEWS

 

 

 

 

Literatura/Tiniguena lança  “Guia de Boas Práticas na Gestão dos Recursos Naturais”

Bissau, 20 Out 20 (ANG) – A ONG Tiniguena  procedeu hoje ao lançamento do livro  intitulado “Guia de Boas Práticas na Gestão dos Recursos Naturais na Guiné-Bissau”, uma obra literária do biógrafo e escritor francês, Pierre Campriedon que foi o primeiro representante da União Internacional de Conservação da Natureza(UICN) no país.

Na ocasião, a Secretária-geral do Ministério dos Recursos Naturais e Energia Hortência Francisco Cá realçou  que não existe nada mais importante na criatividade humana do que a produção literária, “porque  os livros servem de subsídios para o trabalho e inspiração da mente humana”.

Hortência Cá disse que o governo está ciente da importância da gestão racional dos recursos naturais que o país tem, acrescentando que estão à trabalhar no sentido de rever várias leis nesse sentido, de forma a  permitir a inversão do cenário descontrolado de exploração de recursos naturais, e reconstruir a sua acção particularmente na área de minas, assim como manter o equilíbrio justo entre exploração e conservação.

Por seu turno, o autor do livro ora publicado, Pierre Campredon, destacou que é importante lembrar que os recursos naturais só podem ser duráveis na medida de uma gestão correcta.

Acrescentou  que o livro publicado é apenas uma guia portadora de um conjunto de melhores práticas que podem ser utilizadas na gestão das florestas, pescas, assim como na exploração de minas e petróleo.

“Um país com boa floresta é aquele que oferece  bom clima que permite uma boa qualidade de vida para a sua população, assim como a promoção de uma boa agricultura”, sustentou o escritor.

A obra literária de Pierre Campredon intitulado “ Guia de Boas Prática na Gestão dos Recursos Naturais na Guiné-Bissau”, com 117 páginas, destaca  as boas práticas no sector dos Hidrocarbonetos e das Minas, do Sector Florestal, assim como das Pescas.

Nas conclusões indica que os recursos naturais, incluindo a agricultura, representam o principal pilar de desenvolvimento da Guiné-Bissau.

Acrescenta que, as pressões que sofrem  vão levar à sua degradação a longo prazo por três razões principais: os recursos naturais são explorados principalmente numa perspectiva comercial que raramente respeita as suas capacidades regenerativas; o crescimento demográfico, que é dos mais elevados do mundo, faz aumentar as necessidades de forma exponencial: as mudanças climáticas tornam o país particularmente vulnerável.

“A combinação desses três factores é explosiva e requer uma resposta vigorosa de todas as partes envolvidas, onde cada uma(Estado, comunidades, cidadãos, organizações da sociedade civil, parceiros de desenvolvimento e sector privado) deve desempenhar o seu papel e se esforce mutuamente”, conclui Pierre Compredon. ANG/LLA/ÂC//SG

      

 

                  Nigéria/Pelo menos 15 mortos desde início dos protestos

Bissau, 20 Out 20 (ANG) - Pelo menos 15 pessoas morreram nas manifestações de jovens contra a violência policial na Nigéria fizeram desde o início dos protestos, há semana e meia, segundo a Amnistia Internacional (AI), que assinala o alargamento da contestação a outras reivindicações.

Foram mortas 15 pessoas até agora, entre as quais dois polícias", disse hoje à agência France Presse (AFP) Isa Sanusi, porta-voz da AI na Nigéria, num balanço após mais um fim-de-semana de violências em vários estados do país.

"Uma pessoa foi morta na cidade de Benim [estado de Edo, sul], outra em Abuja [a capital federal, centro do país), duas em Osogbo [estado de Osun, sudeste] durante o fim-de-semana e esta manhã foi morto um homem em Kano [segunda maior cidade nigeriana, pólo comercial do norte]", precisa a Amnistia.

Milhares de manifestantes bloqueavam hoje todas as principais estradas de Lagos, a maior cidade africana, com mais de 20 milhões de habitantes, segundo vários testemunhos à agência de notícias francesa, presos nos engarrafamentos.

Em Benin City, capital de Edo, um estado onde a criminalidade é particularmente elevada, centenas de manifestantes saíram às ruas, onde foram confrontados por grupos de jovens armados com bastões, que os acusaram de ser pagos por responsáveis políticos locais.

"No meu bairro [Upper Sokponda, Benin City], centenas de jovens manifestaram-se e cantaram 'Basta de Buhari' [chefe de Estado nigeriano], já não gritavam contra a SARS [Special Anti-Robbery Squad]", a controversa divisão da polícia anti-roubo, no centro da contestação no início dos protestos, disse à AFP Kelvin Osagie, um jovem com 29 anos.

No passado dia 11, a Presidência nigeriana ordenou a dissolução imediata desta unidade de polícia de elite contra os assaltos, após vários dias de protestos contra a brutalidade dos seus agentes, acusados de assédio, tortura e mesmo assassinato.

"Várias esquadras foram também atacadas com bombas perto da minha casa", acrescentou.

"Lamentamos os ataques a edifícios da polícia em Ugbekun, Oba Market e Idogbo por pessoas que se apresentam como manifestantes #EndSARS", avançou a polícia nigeriana através da rede social Twitter.

O governador do estado anunciou um recolher obrigatório de 24 horas a partir do meio-dia de hoje. "O governo não pode ficar quieto quando bandidos decidem fazer justiça pelas suas próprias mãos", publicou o seu porta-voz no Twitter.

Pela sua parte, a Amnistia Internacional lamentou os ataques "de bandos armados contra manifestantes em Abuja" na segunda-feira de manhã, onde "dezenas de pessoas ficaram feridas".

A raiva dos jovens contra a violência policial, que grassa há mais de uma semana no sul do país, transformou-se num protesto popular, e os cartazes com a palavra de ordem #EndSARS, a unidade policial acusada de extorsão da população, detenções ilegais, tortura e até assassinatos, foram substituídos por bandeiras nigerianas e apelos à demissão de Buhari. ANG/Angop

 

Covid-19/Arábia Saudita reabre Grande Mesquita de Meca e permite 15 mil peregrinos por dia

Bissau, 20  Out 20 (ANG) – A Arábia Saudita reabriu hoje a
Grande Mesquita de Meca, após sete meses de portas fechadas devido à covid-19, e aumentou o número de peregrinos permitidos para 15.000 por dia para a ‘Umrah’ (pequena peregrinação).


Com a utilização de máscaras de proteção contra a covid-19, os cidadãos sauditas e residentes estrangeiros da Arábia Saudita voltam a poder orar dentro da Grande Mesquita de Meca.

“Cidadãos e residentes realizaram Salat Al-Fajr (oração da madrugada) na Grande Mesquita neste dia, enquanto (as autoridades) começam a implementar a segunda fase da retoma gradual da ‘Umrah’”, ou pequena peregrinação, avançou a agência de notícias oficial saudita SPA.

No início de Outubro, a Arábia Saudita permitiu que até 6.000 cidadãos e residentes estrangeiros por dia realizassem a pequena peregrinação muçulmana para Meca, ‘Umrah’, na sequência da suspensão em Março devido à pandemia da covid-19.

A pequena peregrinação pode ser feita durante todo o ano, ao contrário do ‘Hajj’, a grande peregrinação que é limitada no tempo e que atrai milhões de peregrinos anualmente de todo o mundo.

A partir de hoje, o número de fiéis autorizados a fazer a pequena peregrinação aumentou para 15.000 por dia e até 40.000 pessoas – peregrinos e outros fiéis – têm autorização para orar na Grande Mesquita de Meca.

Os fiéis do estrangeiro têm autorização para visitar Meca a partir de 01 de Novembro, data em que o número de peregrinos para a ‘Umrah’ vai aumentar para 20.000 pessoas e, no total, até 60.000 peregrinos vão ter autorização para entrar no local, de acordo com o Ministério do Interior da Arábia Saudita.

Até ao momento, o país regista mais de 342.000 casos de infeção e 5.185 mortes associadas à covid-19.

No âmbito das medidas tomadas em relação aos lugares de culto e oração, a pedra negra cravada num dos cantos da Kaaba (que é comum, mas não obrigatório tocar durante a peregrinação) vai ficar fora de alcance e a Grande Mesquita deve ser desinfetada antes e depois da entrada de cada grupo de fiéis.

Além disso, as autoridades de Meca anunciaram a instalação de sensores térmicos para medir a temperatura dos peregrinos.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e quase 40 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em Fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 Guiné Conacri/Cellou Dalein Diallo declara vitória nas eleições presidenciais

Bissau, 20 Out 20 (ANG) - Cerca de 5,4 milhões de eleitores foram chamados às urnas na Guiné Conacri a 18 de Outubro, para eleger o sucessor do Presidente Alpha Condé, candidato a um

controverso e polémico terceiro mandato e o seu opositor histórico Cellou Dalein Diallo, que já proclamou vitória.

A Guiné Conacri aguarda os resultados das eleições presidenciais de 18 de Outubro, às quais concorreram 12 candidatos, mas cujos ultra favoritos são o Presidente cessante Alpha Condé e Cellou Dalein Diallo, seu adversário pela terceira vez desde 2010.

Os resultados oficiais só serão conhecidos no final da semana e caso não haja maioria absoluta, uma segunda volta está agendada para 24 de Novembro.

Entretanto, esta segunda-feira, 19 de Outubro, Cellou Dalein Diallo reivindicou a sua vitória na primeira volta, facto rejeitado pela Comissõ Eletoral Nacional Independente - Céni.

 José Maria Neves, antigo primeiro-ministro de Cabo Verde, chefia no terreno a Missão de observação eleitoral da CEDEAO, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e em declarações à Televisão de Cabo Verde admite que a votação decorreu em "clima de serenidade" que as eleições foram "livres, transparente e inclusivas com representates de todos candidatos nas mesas de voto".

Neves  realçou "uma forte afluência, o civismo e a adesão dos guineenses ao processo eleitoral, contrariamente aos receios levantados". ANG/RFI


 

       EUA/Veteranos que atacaram Cuba em 1961 apoiam Donald Trump

 

Bissau, 20 Out 20 (ANG)– O presidente dos exilados cubanos da Brigada 2506, derrotada pelas forças de Fidel Castro em 1961 na Baía dos Porcos, garante que Joe Biden “não leva nem um voto” da população de “Little Havana” em Miami.

“Acreditamos que Joe Biden abraçou a ‘tendência’ que existe dentro do Partido Democrata que quer converter os Estados Unidos num país socialista e, por isso, daqui não leva nenhum voto. Isso é garantido”, disse à Lusa o coronel José Lopez de la Cruz, presidente dos veteranos da Brigada 2506 que recentemente demonstrou “apoio total” a Donald Trump para as eleições de novembro.

“No passado dia 23 de Setembro fui recebido pelo presidente (Donald Trump) na Casa Branca e demos-lhe o nosso apoio”, disse o cubano Lopez da la Cruz, 80 anos, militar do Exército dos Estados Unidos na reforma.

“Trump tem um significado muito importante para nós (exilados cubanos) porque na realidade é o único presidente dos Estados Unidos que encarou a questão do socialismo e do comunismo nas ‘Américas’ de forma séria. Ele esteve aqui quando se apresentou à Casa Branca em 2016 e mostrou-nos o plano de trabalho”, disse o veterano da Brigada 2506.

“Gostamos do que nos disse e demos-lhe o nosso apoio nas eleições de 2016. Nestes últimos quatro anos vimos que o presidente Trump tomou muitas iniciativas contra Cuba, contra o regime cubano, venezuelano e nicaraguense”, frisa o veterano do desembarque militar preparado pela CIA contra o regime de Havana em abril de 1961 e que desencadeou a “crise dos mísseis” entre norte-americanos e soviéticos.

O coronel Lopez de la Cruz, após o desembarque falhado em Cuba, foi integrado no Exército dos Estados Unidos tendo mais tarde cumprido duas missões de combate no Vietname, além de postos como oficial norte-americano no Panamá e El Salvador, durante a Guerra Fria.

Para o presidente da associação dos veteranos da Brigada 2506, os cubanos exilados em Miami estiveram “frontalmente” contra as medidas iniciadas pela administração Obama sobre o estreitar de relações com o regime de Cuba tendo rejeitado frontalmente a candidatura de Hillary Clinton nas presidenciais de 2016.

“O ambiente aqui em Miami ficou um bocado pesado por causa de (Barack) Obama e agravou-se quando Hillary Clinton se apresentou como candidata à presidência em 2016. Essa senhora queria fazer a mesma coisa que Obama e imediatamente decidimos apoiar (Donald) Trump”, recorda.

Na semana passada, o candidato republicano disse numa ação de campanha no estado da Florida que Joe Biden é um “socialista” radicalizando de imediato o discurso da comunidade cubana residente em “Little Havana”, Miami, e que tem um peso relevante na votação para as presidenciais de novembro.

Brigada 2506 foi o nome dado pela CIA, serviços de informações dos Estados Unidos, ao grupo de cerca de dois mil exilados cubanos que receberam instrução e apoio militar para uma das mais desastrosas operações militares norte-americanas.

Segundo a Associação dos Veteranos da Brigada 2506 ainda estão vivos cerca de 700 veteranos, muitos dos quais estiveram presos durante mais de 10 anos em Cuba após o desembarque, sobretudo, porque o apoio aéreo dos bombardeiros B-26 foi negado “de repente” pelo presidente John Kennedy no dia 17 de Abril de 1961.

Um museu instalado numa casa em “Little Havana” – coração da comunidade cubana em Miami – recorda com objectos, documentos, fotografias e propaganda anticomunista os cubanos que integraram a brigada do desembarque da Baía dos Porcos.

Os brigadistas são apoiantes de Donald Trump.ANG/Inforpress/Lusa

 

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

       
     Ensino
/Casas de banho de alguns liceus de Bissau em estado deplorável

Bissau, 19 out 20 (ANG) – A Maioria de Casas de banhos das escolas da capital Bissau, principalmente públicas do país apresenta más condições em termos de higiene, havendo  outros sem água.

A constatação foi feita pelo repórter da Agência de Notícias da Guiné, nomeadamente em São Francisco de Assis e Semear ambos em Antula, Kwame N´krumah, Agostinho Neto, Salvador Allende e Rui Barcelos da Cunha.

A visita à estes estabelecimentos  realizou-se no âmbito da  confirmação do cumprimento das medidas sanitárias recomendadas às escolas no quadro do combate a pandemia da Covid-19, tendo em conta o início do ano lectivo 2020-2021.

O repórter da ANG constatou que a casa de banho do Liceu Nacional Kwame N´krumah se encontra num estado deploravél em temos de higiene, com sanitas sujas e sem desinfectantes.

“As casas de banhos dos alunos não têm minimas condições, estando sempre sujas, com água no chão e deixa mau cheiro”, caracterizou a Presidente Interina da Associação dos Estudantes do Liceu Kwame N´krumah, Ùnica Mango.

Disse que o mau cheiro é tanto  que os alunos, as vezes, não conseguem usá-las, informou ainda que, as casas de banho carecem de limpeza e que nem todas as torneiras funcionam.

A Presidente Interina da Associação dos Alunos de Kwame N´krumah disse ter abordado a situação com a direcção da escola e que recebeu garantias de que o problema será saneado brevemente.

A aluna do mesmo liceu, Saba Embana confirmou essa situação e disse que  ficou quase uma hora a pensar se vai fazer chichi na casa de banho ou não por causa do cheiro.

“Usei a máscara, mas mesmo assim  senti cheiro. A casa de banho está mesmo suja, com água estagnada no chão. Aconselho aos colegas no sentido de a usarem bem”, disse Saba Embana.

O aluno Moises Silva Fernandes reconheceu que a situação higiénica do liceu é precária, mas atribui a resposabilidade aos alunos pela má utilização da casa de banho.

“Os alunos não colaboram para a higiene da escola, principalmente nas casas de banho. Urinan no chão e quando defecam não deitam água nas sanitas”, críticou Moises Silva Fernandes que indicou essas atitudes  como as razões  pelo o mau cheiro na escola.

Por outro lado, Moises Silva Fernandes lamentou o estado de degradação progressiva das infra-estruturas do Liceu Kwame N´krumah e solicitou ao governo, através do Ministério da Educação no sentido de disponibilizar a direcção do referido Liceu  fundos necessários para proceder a manutenção e reabilitação do estabelecimento.

Porque, segundo Moisés, em algumas salas verifica-se a infiltração da água.

Confrontada com as queixas dos alunos, o Director do Liceu Nacional Kwame N´krumah, Idrissa Cassamá admitiu a situação, mas prometeu que a direcção está a fazer deligências para sanear o problema e manter limpo todo o liceu.

 Disse que está em preparação um calendário mensal para a limpeza da escola, isto para garantir um bom ambiente sanitário e que isso vai incluir a limpeza de casas de banhos.

Idrissa Cassamá sublinhou que as casas de banhos serão reabilitadas e a partir do momento em que  terminar os trabalhos de reparação os alunos terão que assumir as suas responsabilidades de bom uso das latrinas da escola.

Já no liceu Agostinho Neto a situação é bem melhor, segundo revelações de uma aluna que se identificou com o nome de Acilene Insubo.

 Disse que a casa de banho está em condições aceitáveis em termos de higiene.

Acilene Insubo afirmou que a casa de banho dispõe de desinfetantes e água para que os alunos possam não só limpar as sanitas como também para lavar as mãos depois de usar a casa de banho.

Na escola de ensino básico unificado, Salvador Allende, Mariama Turé acusou directamente aos seus colegas de  serem responsáveis pela detoriarização do ambiente  higiénico da casa de banho.

O director da escola Salvador Allende, Tiago Campos Rodrigues disse estar ciente da situação de falta de higiene na casa de banho, mas garante que o problema vai ser resolvido aos poucos.

Posto ao corrente do problema no que relaciona com a higiene e saneamento, o  director do Liceu Rui Barcelos da Cunha Honório Lourenço Pai Mendes lamentou a situação, mas assegurou que  vai ser resolvida.

Esta situação de falta da higiene constadas nas escolas públicas, também se verifica-se nas escolas privadas do ensino básico complementar.ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

 

Refugiados/”Processo de naturalização  já está na fase final”, diz Chefe de Escritório do Alto Comissariado da ONU

Bissau, 19 Out 20 (ANG) – A Chefe de Escritório do Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados (HCR), afirmou hoje que o processo de atribuição de registo de nascimento aos refugiados, em curso desde 2017, já está na sua fase final, faltando adquirir a nacionalidade guineense apenas cerca de 1800 pessoas.

Eunice Queta Esteves falava a saída de um encontro com o Chefe de Estado durante o qual   lhe fez o  ponto de situação da campanha de nacionalização desses
apartriados, salientando que, de acordo com o levantamento feito na região de Cacheu e em Bissau, o número total dos refugiados no país, ronda cerca de oito mil.

 “A maioria dos refugiados encontra-se residido na região de Cacheu e são na sua maioria de origem senegalesa, encontrando-se há vários anos no país. E  já constituem famílias e os apoios que a HCR tem vindo a dar-lhes são essenciais  para criarem os seus próprios negócios”, disse Eunice Esteves.

A titulo de exemplo, referiu que muitos refugiados exercem actividades de  horticultura, avecultura e outras e que agora sendo cidadãos nacionais, os seus direitos e deveres mudam e por isso tem que haver  maior sensibilização e capacitação dos cidadãos agora nacionalizados.

Segundo Einice Esteves os referidos refugidos senegaleses vieram para a Guiné-Bissau na altura do conflito de Casamance, e que agora, mesmo com a paz no Senegal, optam , mesmo com a paz no Senegal optam por continuar a viver na Guiné-Bissau.ANG/MSC/ÂC//SG

 

Justiça/Procuradoria Geral da República considera de “desonesta” comunicado do Presidente do Tribunal de Relação

Bissau, 19 Out 20 (ANG) - A  Procuradoria Geral da República considerou  de “desonesta” o comunicado do desembargador Presidente de Tribunal de Relação através do qual nega a existência de qualquer processo no tribunal  contra o ex primeiro-ministro Aristides Gomes.

 A informação consta numa nota à imprensa do Gabinete do Procurador Geral da República feita em jeito de reação ao comunicado do Presidente de Tribunal de Relação divulgada recentemente.

A Procuradoria Geral da República diz que  em relação ao “caso que se discute por via de Comunicação Social”, há dois processos a tramitar nos serviços
do Ministério Público por instruções de Procurador Geral nos quais figura como suspeito, o ex primeiro-ministro, Aristides Gomes. 

Por outro lado,  alega   que a luta contra a corrupção é hoje uma realidade na Guiné-Bissau e que assim sendo, é normal compreender o desejo de alguns em empreender o assassinato de caracter de todo aquele que não se vergue perante este mal e, principalmente, contra o magistrado de reputação intelectual ilibada.

Segundo a  nota,  a Procuradoria Geral da República já instruiu o seu serviço competente para a abertura de um inquérito para o apuramento da violação do segredo da justiça resultante da publicação e citação do conteúdo de uma peça processual de inquérito em curso.

Em  comunicado, o Tribunal de Relação fez saber  que nenhum processo-crime contra o cidadão Aristides Gomes deu entrada na Câmara Criminal deste tribunal, muito menos um tal despacho que aplicou medidas de coação contra o  ex-primeiro-ministro. ANG/AALS/ÂC//SG

 

 

       
    Literatura/
PEN-Guiné-Bissau  lança  concurso sobre “Conto Tradicional”

Bissau, 19 Out 20 (ANG) –  A Associação de Poetas, Ensaístas e Romancistas(PEN-Guiné-Bissau) lançou esta segunda-feira  o  primeiro concurso literário na categoria de Conto Tradicional, com o objectivo de recolher, transcrever,,  divulgar e conservar o rico  conto oral tradicional guineense para o escrito.

Na ocasião, o Presidente do PEN-Guiné-Bissau, Abdulai Silá disse que é muito importante que o hábito de leitura e contacto com livro sejam promovidos, ou então  que se vele  para  que a boa tradição e  o património cultural guineense seja preservado.

Lembrou que no passado, o país organizava um concurso literário denominado  José Carlos Schwartz e que agora não existe mais.

Para Sila  é importante que haja regularmente eventos do gênero para proporcionar aos que escrevem  motivos adicionais para tal, produzindo assim mais livros, a fim de desbloquear um dos pontos de estrangulamentos no âmbito da promoção do hábito à leitura.

 Abdulai Silá afirmou que  os contos literários estão a perder cada vez mais espaço, frisando que há novas oportunidades que surgem que fazem com que haja menos contadores  da história e pessoas menos interessadas em ouvi-las.

“Sem leitores não há livros e sem audiências não há contos tradicionais. O conto tradicional tem um  peso  relevante sobretudo ao nível pessoal e colectivo, também ajuda a moldar a personalidade do cidadão, desde a tenra idade, a apreender o injusto e o justo, do mau e do bom e a emitir juízo de valores a certos acontecimentos de ponto de vista social, “ justificou.

 O Presidente do PEN entregou na ocasião três tablets à um grupo de jovens leitores pertencente ao clube de “Amor a Leitura”.

 O concurso hoje aberto recebe contos concorrentes até ao 19 de Novembro, e a entrega de prémios está prevista para segunda semana de Dezembro deste ano. O concurso está  aberto à todos os interessados excepto aos membros inscritos da PEN-GB

 A PEN que na língua inglesa  significa (Poets, Essayists, Novelists)   foi fundada em Londres em 1921, e é uma associação internacional constituída inicialmente só por escritores, mas atualmente congrega no seu seio  jornalistas, editores, tradutores e bloguistas.ANG/JD/ÂC//SG



Economia
/Vice-presidente da RENAJ defende necessidade da sociedade civil  fiscalizar execução orçamental

Bissau, 19 out 20 (ANG) – A vice-presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis(RENAJ) Adama Baldé afirmou hoje que a redistribuição das rendas públicas é feita sem um forte crivo social dos atores da Sociedade Civil nem no momento da elaboração do Orçamento, nem na fiscalização e nem na sua execução.

Adama Baldé falava esta segunda-feira na cerimónia da abertura do seminário de três dias subordinado ao tema: “Reforço de capacidade da Sociedade Civil no  domínio da fiscalização de Contas Públicas”.

Justificou que, como  resultado do desacompanhamento da execução orçamental pela Sociedade Civil, há forte subfinanciamento dos setores sociais, nomeadamente a educação, Saúde, Emprego e outros setores relevantes para a melhoria de vida das populações.

“O setor educativo, por exemplo, é fortemente subfinanciado, tendo beneficiado em média de 9% do Orçamento Geral do Estado”, explicou.

Acrescentou que estas realidades vêm reforçar a necessidade da participação das Organizações da Sociedade Civil na definição da prioridade governativa e na fiscalização da execução orçamental, “porque quem gere bens públicos deve prestar contas”.

Baldé prometeu que a sua organização continuará a reforçar a sua intervenção no domínio de fiscalização das contas públicas mediante advocacia junto das autoridades governamentais ou por meio de denúncias.

A Vice-presidente da Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ) salientou que a Guiné-Bissau tem enfrentado, há anos, um contexto económico frágil marcado por incapacidade de financiamento do próprio orçamento, vivendo num forte financiamento externo do seu Orçamento .

Explicou que o seminário visa reforçar as competências técnicas e funcionais das Organizações da Sociedade Civil, no domínio de fiscalização das contas públicas, no decurso do ciclo orçamental, de modo a estarem aptas a participar da fiscalização orçamental.

Aquela responsável disse que o Estado enquanto gestor de bens públicos, assume um compromisso de prestar contas aos governados, como também de fazer que os cidadãos participem da definição das prioridades governativas ou seja na redistribuição da renda.

Por seu lado, o Representante da Embaixadora da União Europeia (UE), no país, Gonçalves Pombeiro sustentou  que a parceria para o desenvolvimento entre a Guiné-Bissau e a UE é longa, com mais de 40 anos, e abrange diversas áreas estruturantes de uma sociedade moderna entre as quais, as finanças públicas, sublinhando que pela transversalidade da referida área, carece de atenção especial.

“Por isso que a UE tem cooperado com a República da Guiné-Bissau na melhoria das finanças públicas atuando em diversas fases do ciclo orçamental, desde a previsão económica com adaptação da ferramenta “Tcintchor”, passando pela execução orçamental com desenvolvimento de manual de procedimento e despesas pelo controlo interno, capacitação de funcionários de Inspeção Geral do Ministério das Finanças,  elaboração de contas de Estado de vários anos entre outras”, referiu.

Pombeiro afirmou que a pandemia do covid-19 levou vários países a recorrer ao apoio e financiamento externo, o que  torna importante os atores independentes fiscalizarem as ações de liderança política.

Em nome do Representante Residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Luana Nataly destacou que as Organizações da Sociedade Civil têm ganhado  importância nos PALOP e que uma das suas formas de atuação que vêm-se destacando é o papel de influenciar políticas públicas, sem esquecer a sua outra função que é da formação da consciência da cidadania.

 Sublinhou ainda que as Organizações da Sociedade Civil  têm ainda o papel de fiscalizar as ações das lideranças políticas, a fim de cobrir as práticas ilícitas que prejudicam a sociedade no seu todo.

Segundo a Luana, a Sociedade Civil pode ainda ajudar o parlamento a articular interesses de certos setores da sociedade em políticas relevantes, inclusive no orçamento.

Acrescenta que a sociedade civil ajuda também no monitoramento no desempenho do governo, rastreando os gastos públicos a fim de os relatar, acompanhando o resultado das auditorias, bem como a corrupção e a má conduta do governo.ANG/DMG/ÂC//SG

 

 

Brazzaville/Ricardo Cá  ganha prémio africano de invenção e inovação  tecnológica

Bissau,19 Out 20(ANG) – O jovem inventor guineense Ricardo Cá sagrou-se

   vencedor do prémio  Africano de Invenção e Inovação Tecnológica, disputado  em Brazzaville, no Congo, com apresentação da sua máquina de descasque da castanha de cajú.

Ricardo Cá, de 31 anos de idade, ficou a frente dos Inventores do Senegal que ficaram  em segundo e terceiro lugar, e do Congo que ficou em quarto lugar.

Com essa proeza, para além do prémio de cinco milhões de francos cfa, Ricardo Cà vai representar o continente Africano no salão Mundial dos Inventores na Suíça.

O jovem inventor da “Praça de Bandim”, um dos bairros de Bissau, é um dos maiores inventores guineenses, cujas habilidades criativas são reconhecidas no país.

Apresentou recentemente uma máquina capaz de produzir seis blocos de uma só vez e 180 por hora.

 apresentou em Brazaville uma máquina de descasque da castanha de cajú, que funciona sem energia elétrica e com a capacidade de produzir até 15 quilogramas da castanha limpa por hora.

A máquina funciona sem energia elétrica, apenas a pedais.

O operador senta-se na máquina, que tem a estrutura de uma bicicleta, e vai dando pedaladas, podendo produzir até 15 quilogramas de castanha descascada em uma hora.

O jovem inventor disse, na entrevista ao semanário ODemocrata, que estava confiante no produto (máquina) que apresentou no salão africano de invenção e inovação tecnológica em Brazzaville, certame que reuniu dezenas de jovens inventores de diferentes países.

Cá que levou consigo a esperança de  figurar na lista de seis inventores a serem selecionados para a atribuição de prémios, acabou por ficar em primeiro lugar, no grupo de jovens inventores africanos que concorreram o prémio no âmbito do Salão Africano de Invenção e Inovação Tecnológica, organizado em Brazzaville, na República do Congo . ANG/O Democrata