quarta-feira, 23 de junho de 2021

Covid-19/Pandemia “devastadora” para cerca de 14 milhões de refugiados no Corno de África

Bissau, 23 Jun 21(ANG) – A pandemia de covid-19 está a ser “devastadora” para cerca de 14 milhões de refugiados e deslocados internos no leste e Corno de África, segundo um relatório terça-feira divulgado pelas Nações Unidas.

“A covid-19 apenas acrescentou aos desafios já enfrentados por estas comunidades vulneráveis”, afirmou o director regional do Programa Alimentar Mundial (PAM) para a África Oriental, Michael Dunford, cuja organização produziu um relatório com a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

No portal da OIM, o relatório aponta que “quase nove milhões de deslocados internos, 4,7 milhões de refugiados e requerentes de asilo e centenas de milhares de migrantes” estão entre os mais afitados.

“Temos de chegar a um acordo para que os necessitados não sejam esquecidos e recebam assistência humanitária vital”, sublinhou Dunford, citado pela agência noticiosa Efe.

De acordo com o relatório, intitulado “A vida no meio de uma pandemia: fome, migração e deslocamento no leste e no Corno de África”, 54 milhões de pessoas estavam em situação de insegurança alimentar aguda nesta região em 2020 – tanto em zonas rurais, como em zonas urbanas.

A redução do financiamento para apoio humanitário e o menor fluxo de remessas aumentou a vulnerabilidade das comunidades mais pobres.

O Sudão (9,6 milhões de pessoas em grave segurança alimentar), Etiópia (8,6 milhões) e Sudão do Sul (6,5 milhões) constavam entre os 10 países com as piores crises alimentares do mundo em 2020.

O relatório remete também para a situação humanitária na região etíope de Tigray, no norte da Etiópia, mergulhada num conflito armado desde Novembro, que se tornou “um novo ponto quente da fome”.

Perto quatro milhões de pessoas em Tigray sofrem de grave fome e 350.000 estão numa situação de fome ou “catástrofe humanitária”, a categoria mais elevada na escala da insegurança alimentar, de acordo com a Organização das Nações Unidas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
ANG/Inforpress/Lusa

Euro2020/OMS preocupada com relaxamento nas restrições e aumento de casos de covid-19

Bissau, 23 Jun 21(ANG) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) expressou a sua preocupação com o afrouxamento das restrições verificadas em alguns dos países anfitriões do Euro2020 de futebol, pedindo rápidas reacções após verificar surtos de covid-19 em torno de vários estádios.

“Em algumas das cidades-sede, os casos de covid-19 já estão a aumentar em áreas onde as partidas estão a ser disputadas”, denunciou o director-executivo da OMS na Europa, Robb Butler.

A maior crítica do organismo da ONU, que se recusou identificar as cidades ou países a que se refere, dirige-se aos “estádios que estão a aumentar o número de espectadores autorizados a ver um jogo”, violando os compromissos, mais prudentes, anteriormente assumidos.

Por exemplo, as meias-finais e final da competição, a disputar no estádio de Wembley, em Londres, estavam previstas receber 40.000 espectadores, porem as autoridades britânicas anunciaram na terça-feira que vão permitir mais de 60.000 adeptos nas bancadas, que numa primeira fase de planeamento só iam receber 22.500.

“Devemos agir rapidamente (…), aumentando os testes e o sequencialmente, acelerando o rastreamento de contactos e agilizando a vacinação entre as pessoas vulneráveis e em maior risco”, apelou a OMS.

Paralelamente, a UEFA exigiu do governo inglês uma flexibilização das restrições de viagem ligadas à covid-19 para cerca de 2.500 membros ‘VIP’ esperados para a final de 11 de Julho, sendo que os Media do país denunciaram ameaças de relocação dos jogos, caso essas medidas não fossem acatadas. ANG/Inforpress/Lusa

 

Diplomacia/Presidente da República recusa negociar abertura da fronteira da Guiné-Conacri

Bissau,23 Jun 21(ANG) - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, recusa negociar a reabertura da fronteira  da Guiné-Conacri,encerradas há cerca de 10 meses,  por decisão  do seu homólogo  do país vizinho, Alpha Condé.

 "Da parte da Guiné-Conacri é que fecharam. O Presidente da Guiné-Conacri fez aquilo de uma forma unilateral. Ele encerrou as fronteiras com a República da Serra Leoa, com a República do Senegal e com a Guiné-Bissau", referiu  Umaro Sissoco Embaló, terça-feira,em declarações à agência Lusa.

A Guiné-Conacri decretou, a 29 de setembro de 2020, o encerramento das suas fronteiras com a Guiné-Bissau, Senegal e Serra Leoa por alegadas razões de segurança e no contexto da campanha eleitoral para as presidenciais de 18 de outubro, que acabaram por ser ganhas pelo atual Presidente, Alpha Condé, depois de alterações na Constituição, que lhe permitiram concorrer a um terceiro mandato.

Já em outubro, o ministro da Segurança e Proteção Civil da Guiné-Conacri, Damantang Albert Camará, disse ter informações "seguras e fidedignas" sobre uma suposta entrada no seu país de armas de uso militar, provenientes da Guiné-Bissau, que as autoridades de Bissau sempre recusaram.

"Ele fechou as fronteiras com aqueles três países porque pensou que estavam a apoiar o candidato Cellou Dalein Diallo. O que é caricato. Fechou de forma unilateral, o que vai contra o espírito dos acordos da CEDEAO [Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental] e da boa vizinhança", afirmou Umaro Sissoco Embaló.

Na última cimeira de chefes de Estados e de Governo da CEDEAO, a Guiné-Conacri assinou um acordo com o Senegal com vista à abertura da fronteira e já depois de ter assinado um documento semelhante com a Serra Leoa.

"Abordou a Guiné-Bissau (por interposta pessoa) e eu disse que não. Eu não fechei fronteiras. Ele é que fechou, ele é que tem de abrir. A Guiné-Bissau nunca vai negociar a abertura de fronteira com a Guiné-Conacri. Não estivemos em guerra. A fronteira da Guiné-Bissau está aberta com a Guiné-Conacri. Somos países irmãos. Quem fecha é que manda abrir", reiterou Sissoco Embaló.

Questionado sobre se o assunto foi debatido no sábado na cimeira de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, realizada no Gana, Umaro Sissoco Embaló disse que foi debatido ao nível do Conselho de Ministros, que antecede a cimeira.

Na cimeira no sábado, Umaro Sissoco Embaló voltou a marcar a sua posição em relação à situação das fronteiras e o chefe de Estado do Gana, que assume a presidência em exercício da CEDEAO, disse que era escusado voltar ao assunto, caso contrário, teria de "o repreender".

"Eu fiz aquilo de propósito. A Guiné-Bissau nunca vai mandar negociar a abertura de fronteiras, ele é que fechou, ele é que manda abrir", explicou o Presidente guineense.

Umaro Sissoco Embaló salientou que o Presidente do Gana não lhe tirou a palavra.

"Pediu-me e disse que aquele não era o local", afirmou.

"Pediram-me, os meus colegas, para o poupar. Com Alpha Condé não há tolerância, porque pôs a Guiné-Bissau de rastos. A CEDEAO endossou-o de mediador para humilhar a Guiné-Bissau. Eu acabei com a mediação de Alpha Condé e hoje a Guiné-Bissau deixou de estar na agenda da CEDEAO e da comunidade internacional", afirmou.

Alpha Condé, de 82 anos de idade, foi o mediador da CEDEAO para a crise política na Guiné-Bissau no âmbito dos acordos de Bissau e de Conacri.

O Presidente da Guiné-Bissau foi uma das vozes críticas da candidatura de Alpha Condé a um terceiro mandato na Guiné-Conacri, tendo mesmo chegado a acusá-lo de "estar a tentar um golpe de Estado".ANG/Lusa

 

      CPLP/Assembleia parlamentar  realiza-se em Bissau em 07 e 08 de Julho

Bissau, 23 Jun 21(ANG) – A assembleia parlamentar da Comunidade dos Países de
Língua Portuguesa (CPLP) vai realizar-se a 07 e 08 de Julho, em Bissau, anunciou terça-feira, em comunicado, o gabinete do presidente da Assembleia Nacional Popular( parlamento), Cipriano Cassamá.

Segundo a nota oficial, a assembleia parlamentar terá como tema “O ambiente de negócios e desenvolvimento sustentável nos países da CPLP pós covid-19”.

O tema visa criar o debate entre os parlamentares da CPLP sobre um “assunto comunitário, tanto na vertente económica, como social, na sua qualidade de representantes do interesse superior das populações”, referiu o comunicado.

A Guiné-Bissau assume durante a assembleia parlamentar a presidência deste órgão durante o período de dois anos.
A assembleia parlamentar antecede a cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, que se realiza em 16 e 17 de Julho, em Luanda.

Na cimeira de Luanda, Angola assumirá a presidência da organização, após a esperada aprovação do acordo de mobilidade interna preparado por Cabo Verde.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os Estados-membros da CPLP. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

Justiça/Paulo Sanhá, ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça obrigado a permanecer no país

Bissau,23 Jun 21(ANG) - O ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau Paulo Sanhá foi ouvido segunda-feira pelo Ministério Público, que lhe impôs termo de identidade e residência e obrigação de permanência no país, noticiou a  Lusa que cita fonte judicial.

“A audição foi feita e impostas as medidas de coação de termo de identidade e residência e obrigação de permanência no país”, disse a mesma fonte.

A mesma fonte afirmou que Paulo Sanhá é “suspeito da prática de vários crimes, incluindo corrupção e peculato”.

Contactada pela Lusa, fonte do coletivo de advogados de defesa do ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça confirmou à Lusa a audição do juiz Paulo Sanhá na segunda-feira ao final do dia e adiantou que vai recorrer da medida de coação de obrigação de permanência no país.

“A defesa vai recorrer da medida na sequência do acórdão do Supremo Tribunal de Justiça que refere que o Ministério Público só pode aplicar o termo de identidade e residência”, disse a fonte.

A fonte da defesa de Paulo Sanhá explicou que o assunto está relacionado com a queixa de um funcionário demitido em março de 2017 e que apresentou queixa em abril de 2018.

“Mas concluímos que o prazo de investigação já passou porque a denúncia foi feita em 2018 e o prazo de investigação do Ministério Público é de seis meses. O Ministério Público nunca iniciou a investigação, ficou em silêncio”, salientou a fonte do coletivo de advogados do juiz Paulo Sanhá.

Para o coletivo de advogados do juiz guineense, é uma “questão política, que o Ministério Público pensa resolver no fórum judicial, mas não vai ter sucesso”.

O juiz Paulo Sanhá foi durante oito anos presidente do Supremo Tribunal de Justiça, tendo sido recentemente substituído no cargo pelo juiz conselheiro Mamadú Saido Balde.

O Ministério Público guineense chegou a anunciar a emissão do mandado de detenção depois de terem sido feitos dois pedidos,  sem efeito, ao Conselho Superior de Magistratura Judicial a solicitar a audição do juiz Paulo Sanhá.

Na altura, a defesa de Paulo Sanhá precisou que o juiz “não se recusava a responder” nos autos, apenas aguardava que o Ministério Público clarificasse uma série de questões sobre as formalidades da sua convocação. ANG/LUSA

 

     CPLP/UCCLA promove I encontro de jovens investigadores  sobre África

Bissau, 23 Jun 21 (ANG) – A UCCLA promove, a 8 de Julho, em Lisboa, o 1º encontro de jovens investigadores da CPLP sobre África, para a promoção de jovens académicos de Língua Portuguesa na área da investigação científica sobre estudos africanos.

De acordo com uma nota informativa da União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), pretende-se com este encontro, promover um conjunto de conversas com especialistas das mais diversas áreas e convidar um grupo de jovens investigadores para assinalar o encontro, celebrando assim a diversidade e o conhecimento sobre África.

A nota da UCCLA explica que o evento será realizado em formato híbrido, presencial e online, de forma a possibilitar a participação de toda a lusofonia, frisando, no entanto, que a participação presencial está limitada a convidados.

O debate de ideias e a divulgação científica, realça a nota, são o cerne de uma comunidade viva e em permanente transformação, salientando que tendo esta premissa como ponto de partida, a comissão organizadora, com o apoio do Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento e a UCCLA, unem-se para criar um fórum de debate único no espaço da lusofonia.

A nota adianta que o referido encontro, que tem como mentores e organizadores Cristina D’Abril e Rui Garrido, conta com a participação de distintas personalidades de toda a CPLP, designadamente, Marina de Mello e Souza (Brasil), Isabel de Castro Henriques (Portugal), Rosa Cruz e Silva (Angola), Boaventura Cardoso (Angola), Domingos Simões Pereira (Guiné-Bissau), Sara Laísse (Moçambique), Mayra Silva (Cabo Verde).

Participam ainda Tito Mba (Guiné Equatorial), Roque Rodrigues (Timor-Leste), António Mendonça (Portugal), Ângela Viegas Santiago (São Tomé e Príncipe) e Natacha Bruna (Moçambique), juntando-se a estas personalidades jovens investigadores e convidados das universidades parceiras.

A mesma fonte informou, por outro lado, que no dia 09 o referido evento terá continuidade com novas intervenções e novas personalidades no Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa (ISEG).

A UCCLA é uma associação intermunicipal de natureza internacional, criada a 28 de Junho de 1985. Assinaram o acto de fundação, as cidades de Bissau, Lisboa, Luanda, Macau, Maputo, Praia, Rio de Janeiro e São Tomé/Água Grande.

A UCCLA tem sido palco de “frutuosa e intensa acção de intercâmbio e cooperação”, assumindo a missão de contribuir para o desenvolvimento e o bem-estar das suas populações.

As suas acções, no âmbito da prevenção, saúde e educação, cultura, infra-estruturas, saneamento e ambiente, reabilitação e património, formação empresarial e autárquica, e institucional, têm-se desenvolvido ao longo dos 33 anos no universo das suas cidades-membro e, de forma muito positiva, têm contribuído para fomentar o entendimento, a cooperação e o desenvolvimento económico entre os seus municípios membro. ANG/Inforpress

 

terça-feira, 22 de junho de 2021

    Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

   
Covid-19
/Presidente da República toma segunda dose da vacina  Astrazeneca

Bissau, 22     Jun 21 (ANG) – O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló tomou esta terça-feira a segunda dose da vacina  Astrazeneca contra a Covid-19.

Na ocasião, o chefe de Estado guineense disse que tomou a vacina para sensibilizar as pessoas a fazerem o mesmo.

ʺEsta é a segunda dose de vacina que tomei . Para testemunhar este acto acompanhei-me do ministro de Saúde e da Alta Comissária com seu adjunto para a Covid-19, para sensibilizar as pessoas a fazerem o mesmo”, disse Umaro Sissoco Embaló.

O chefe de Estado acrescentou que, para dar mais ânimo as pessoas, trouxe a sua mãe e a irmã  que também tomaram a vacina,  que têm  90 e 97 anos de idades respectivamente. “Isso significa que toda gente deve vacinar”, disse o Chefe de Estado guineense.

O Presidente da República felicitou o Alto Comissariado para a Covid-19 e o Ministério de Saúde e pediu para se empenharem mais para que a segunda fase de vacinação tenha maior adesão popular comparativamente a primeira.

A Guiné Bissau registou desde o início da pandemia um total acumulado de 3.825 casos de infecção, contabilizando 3,562 pessoas recuperadas, 188 casos activos e 69 óbitos.ANG/MI/ÂC//SG

        

 

Covid-19/Alto Comissariado forma  100 jovens  de Bissau para reforço da campanha de prevenção sobre a pandemia

Bissau, 22 Jun 21 (ANG) – O Alto Comissariado para a Covid-19 através do Grupo de Comunicadores de Risco e Engajamento Comunitário (CREC), iniciou hoje uma sessão de formação sobre administração da vacina e quem deve tomá-las, envolvendo 100 jovens de diferentes bairros de Bissau.


Nesta 1ª fase e com duração de um dia, vão ser capacitados 40 dos cem jovens selecionados por 10 zonas que inclui Associações dos moradores dos bairros, Agentes de Saúde Comunitário (ASC), Cruz Vermelha e Associação Nacional de Promotores de Medicina Tradicional (PROMETRA).

No ato de abertura da formação, a Alta Comissária para Covid-19, Magda Nely Silva Robalo disse que a formação visa o reforço da  sensibilização das populações sobre o risco de contrair a Covid-19, as medidas que se devem tomar para evitar a infeção e o que se deve fazer, em caso de alguém esteja infectado por novo coronavírus.

“Nas últimas semanas, o CREC teve envolvido nos “djumbai”, em todos os bairros de Bissau com associações de mulheres, jovens e religiosos para sensibilizar sobre a Covid-19. Agora decidiu-se multiplicar os números de pessoas que vão fazer esses djumbais através desta formação”, disse Magda Robalo adiantando que a referida formação vai ser alargada às regiões, visto que,de acordo com ela, a Covid é um problema nacional.

Magda Robalo reafirma  aos  guineenses  que a Covid é real e existe, justificando que apesar de muitas desinformações sobre a referida pandemia as populações devem continuar a se proteger contra a Covid, lavando  as mãos com água e sabão, usando a máscara, evitar aglomerações, não colocar as mãos na boca ou no nariz, e se alguém sentir a febre que procure o centro de saúde para fazer o teste para evitar a contaminar outras pessoas.

Disse esperar que, depois desta sessão de formação, os formandos tenham conhecimentos e técnicas de comunicação necessárias para convencer as pessoas nos bairros de que a Covid existe e que é possível se proteger obdecendo as recomendações sanitárias sobre as medidas de prevenção.

Para  Pedro Vaz, Diretor Nacional de Agentes de Saúde Comunitários (ASC),  o país está perante um desafio que não é da responsabilidade exclusiva do Alto Comissariado para a Covid, mas sim de todos os guineenses.

“Vimos qual é o comportamento das pessoas em relação a pandemia. Se vejamos hoje em dia, até parece que a Alta Comissária já deu declaração de que o coronavírus acabou na Guiné-Bissau, porque já ninguém usa máscara nos transportes e em outros lugares, é um relaxo autêntico”, destacou.

Pedro Vaz sustentou que a comunicação é o alicerce de tudo, acrescentando que só o Alto Comissariado, Ministério da Saúde ou a Cruz Vermalha não podem levar esse trabalho à todo o país sem apoio das organizações vocacionadas e associações de bairros.

O Coordenador do CREC, Amadú Buaró assegurou que o grupo que lidera tem uma visão para fazer uma comunicação de proximidade, sublinhando que não existe pessoas que conhecem mais os bairros do que os próprios moradores.

Buaró acrescentou que os formandos vão poder nos próximos tempos trabalhar diretamente com as suas comunidades. ANG/DMG/ÀC//SG

 
Pescas
/Ministro promete  diligências para reativação da empresa Estrela do Mar

Bissau,22 Jun 21(ANG) – O ministro das Pescas promete fazer diligências para encontrar parceiros interessados na reactivação da  empresa Estrela do Mar, de forma a diminuir as dificuldades de abstecimento do mercado interno em pescado.

Mário Siano Fambé que falava  à imprensa no final da visita que efectuou segunda-feira às instalações da antiga empresa Estrela do Mar, disse que é imprescindível reativar esta empresa , não só para o reforço da capacidade de abastecimento do pescado como também para salvaguarda a situação dos funcionários afecto aquela instituição.

Segundo o ex-director-geral da Estrela do Mar Paulo Có, trata-se de  uma sociedade mista, em que o Estado da Guiné-Bissau detinha 51 por cento das acções e   a antiga União Soviética  49 por cento.

Có contou que  no dia 17 de Março de 2003 foram surprendidos com uma decisão de cedência da quota do Estado da Guiné-Bissau ao parceiro Russo, sem um aviso prévio aos trabalhadores, o que, segundo diz, levou  a empresa a  bancarrota.

Paulo Có  afirmou que  os trabalhadores recorreram  às instituições judiciais tendo o processo arrastado até  o Supremo Tribunal de Justiça anunciar um Acórdão que deu razão aos trabalhaodres à 15 de Março de 2007.

Acrescentou que mais tarde, os trabalhadores da antiga Estrela do Mar souberam que as instalações da empresa foram adequiridas por um empresário nacional de nome Duca.

 “Daí produzimos uma carta ao antigo ministro das Pescas onde alertamos-lhe de que houve uma tentativa de apropriação de terreno da Estrela do Mar da parte do referido empresário”, explicou.

A propósito, o novo ministro das Pescas, Mário Fambé prometeu se inteirar do processo para se confirmar se  tal empresário adequiriu de forma legal ou não as antigas instalações da Estrela do Mar, para depois tomar uma medida.ANG/ÂC//SG


Castanha de caju
/Iniciada a campanha de exportação do principal produto estratégico da Guiné-Bissau

Bissau, 22 Jun 21 (ANG) - Dois navios cargueiros atracados nos portos comerciais de Bissau estão embarcando um total 16 mil toneladas da castanha de caju com destino à Índia, anunciou segunda-feira o ministro do Comércio e Indústria, Tcherno Djaló à RFI.

Segundo Djaló, ainda esta semana, chega um outro navio que transportará entre 12 a 15 mil toneladas de castanha.

"É o início da exportação. Já nesta quarta-feira, sai o primeiro barco a transportar 219 contentores de 40 pés e mais um de 5 contentores, o que equivale, grosso modo a 8 mil toneladas e, ao mesmo tempo, está em carregamento um segundo navio e chega na quarta-feira um outro com uma capacidade de 12 a 15 mil toneladas", indicou o governante.

Apesar das dificuldades e a situação imposta pela pandemia de covid-19, o Ministro Tcherno Djalo revela que já estão armazenadas em Bissau 156 mil toneladas e acredita que é possível superar a previsão deste ano. 

"Já num mês temos 156 mil toneladas e ainda temos muita castanha no interior. Tudo indica que vamos ultrapassar de longe a meta que cautelosamente tínhamos fixado em 175 mil", declarou o Ministro do Comércio e Indústria.

Quanto ao preço de referência ao produto, Tcherno Djaló garante que se registam melhorias no interior e em Bissau."Neste momento, estamos acima dos 400 francos CFA, por quilo no produtor e praticamente 500 nas balanças de Bissau", informou.

No ano passado, a Guiné-Bissau conseguiu exportar apenas 156 mil toneladas da castanha, devido à pandemia de covid-19, contra as cerca de 195 mil toneladas de castanha exportadas em 2019. ANG/RFI

 

 

 
Covid-19
/livro afirma que trump sugere enviar doentes para guantánamo

Bissau, 22 Jun 21 (ANG) - Um livro de dois jornalistas do Washington Post afirma que o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump propôs o envio de norte-americanos regressados da Ásia com covid-19 para a base de Guantánamo, em Cuba, noticiou a agência Lusa.

Segundo a Lusa, os autores, Yasmeen Abutaleb e Damian Paletta, escreveram que Trump sugeriu a ideia duas vezes em Fevereiro do ano passado, quando a Organização Mundial de Saúde (OMS) não tinha ainda declarado a pandemia de covid-19 e os casos conhecidos do novo coronavírus SARS-CoV-2 estavam concentrados no continente asiático. 

"Não somos proprietários de alguma ilha? Porque não Guantánamo? Importamos bens, não vamos importar um vírus", disse o ex-Presidente, durante uma reunião na sala de crise da Casa Branca, com assessores e responsáveis.

Os dois jornalistas do Post recriaram a situação no novo livro a partir de entrevistas com mais de 180 pessoas, algumas das quais responsáveis do Governo dos EUA e funcionários da saúde.

De acordo com o livro, o resto das pessoas na sala reagiu com estupefacção à ideia de Trump, "preocupadas com o efeito que iria gerar colocar em quarentena os turistas norte-americanos na mesma base das Caraíbas onde o país detém suspeitos de terrorismo". 

O livro, intitulado "Nightmare Scenario: Inside the Trump Administration's Response to a Pandemic That Changed History" (Cenário de pesadelo: Nos bastidores da resposta da Administração Trump a uma pandemia que mudou a história, numa tradução livre), relatou, com este episódio, processos de decisão "caóticos e muitas vezes grosseiros" na Casa Branca, repletos de "lutas de poder".

O Washington Post foi um dos grandes jornais americanos que mais criticou Trump durante o mandato e especialmente pela gestão da pandemia.

Actualmente, na base naval de Guantánamo (Cuba) estão apenas 40 dos quase 800 reclusos que chegou a receber, desde a abertura, em 2002, decidida pelo antigo Presidente dos Estados Unidos George W. Bush, em resposta aos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001. 

Os Estados Unidos são o país no mundo com mais mortos (602.086) e casos de covid-19 (33.553.967). 

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.868.393 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,4 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. 

A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China. ANG/Angop

 

 

 

Covid-19/ Guiné-Bissau vai administrar vacina chinesa Sinopharm

Bissau, 21 jun 21 (ANG) – O Secretário-executivo  do Alto Comissariado para a Covid-19, Plácido Cardoso  anunciou segunda-feira que o país vai commeçar a administrar a vacina chinesa Sinophram, no âmbito do combate a pandemia.

 “Há um trabalho técnico que está a ser feito e dentro de pouco tempo vamos prosseguir a vacinação já incluindo a vacina chinesa Sinopharm”, afirmou Plácido Cardoso.

Na semana passada a comunidade chinesa residente em Bissau começou a ser vacinada com doses da vacina Sinopharm, que chegaram ao país doadas pelo Senegal, mas que ainda não tinham sido utilizadas devido à falta de homologação pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

“Estamos à espera da confirmação das autoridades chinesas para o fornecimento. Solicitamos um apoio às autoridades chinesas há uma semana, essa nossa solicitação está a ser analisada e brevemente vamos ter mais vacinas da Sinopharm”, disse o médico guineense.

Além da vacina chinesa, a Guiné-Bissau está a aguardar a chegada de mais vacinas no quadro da iniciativa Covax, assim como do apoio que Portugal decidiu dar aos Países Africanos de Língua Portuguesa.

“Pensamos que a qualquer momento possamos ter mais vacinas disponíveis no país para prosseguir a vacinação”, salientou.

A Guiné-Bissau iniciou a semana passada a administração da segunda dose da vacina às pessoas que receberam a primeira dose em abril.

Questionado sobre quantas pessoas já foram vacinadas com a primeira dose na Guiné-Bissau, Plácido Cardoso afirmou que os “dados estão a ser ultimados”.

“A vacinação tem decorrido em vários momentos, houve alguns constrangimentos, mas as informações são encorajadoras”, disse.

Sobre a emissão de certificados de vacinação, o médico explicou que a decisão será tomada a nível da sub-região.

A Guiné-Bissau registou desde o início da pandemia um total acumulado de 3.825 casos e 69 vítimas mortais.

O país regista um total de 3.562 recuperados e atualmente há 188 casos ativos.ANG/Lusa

 

Covid-19/Variante Delta circula em 92 países, vacinas continuam eficazes

Bissau, 22 Jun 21 (ANG) – A variante Delta do novo coronavírus SARS-CoV-2, mais transmissível, circula em 92 países, indicou segunda-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), salvaguardando que as vacinas continuam eficazes contra esta estirpe, ao prevenirem doença grave e morte.

Segundo a líder técnica de resposta à covid-19 na OMS, Maria Van Kerkhove, a variante Delta, pela primeira vez identificada na Índia, “está a disseminar-se rapidamente” e “tem maior transmissibilidade do que a variante Alpha”, inicialmente diagnosticada no Reino Unido.

Maria Van Kerkhove, que falava na habitual videoconferência de imprensa da OMS sobre a evolução da pandemia da covid-19, assegurou que as vacinas “funcionam contra a variante Delta”, porque, tal como sucede com outras variantes do vírus, previnem a covid-19 grave e a morte se o ciclo de vacinação estiver completo.

A epidemiologista defendeu o “ajuste de medidas” sanitárias de “forma controlada e cuidadosa”, a par da vacinação das pessoas mais vulneráveis, para travar a disseminação das variantes, em particular a Delta.

“As medidas de saúde pública funcionam com a variante Delta, mas necessitam de ser seguidas por um tempo mais prolongado, para termos os mesmos níveis de controlo que temos para as outras variantes”, sustentou.

O diretor-executivo do Programa de Emergências em Saúde da OMS, Mike Ryan, advertiu que a variante Delta, sendo de disseminação “mais rápida”, coloca em “maior risco” os mais vulneráveis, sobretudo as populações dos países mais pobres que ainda não estão vacinadas.

“Temos uma janela muito pequena para proteger os mais vulneráveis, mas não fazemos isso, não usamos as vacinas disponíveis globalmente para dar protecção aos mais vulneráveis”, apontou, numa renovada crítica à falta de partilha de doses de vacinas com o mecanismo de distribuição equitativa e universal Covax, co-gerido pela OMS.

A pandemia da covid-19 provocou, pelo menos, 3.868.393 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,4 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP.

Em Portugal morreram 17.068 pessoas em 865.806 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, tipo de vírus detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se espalhou rapidamente pelo mundo.

Em Portugal, a variante Delta já é dominante na região de Lisboa e Vale do Tejo, onde aumentaram as infecções. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 

Covid-19/ Guiné-Bissau registou 22 novos casos de infecção, num total de 1.076 amostras analisadas

Bissau,22 jun 21 (ANG) – Os dados semanais do Alto Comissariado para a covid-19 indicam que Guiné-Bissau registou 22 novos casos de infecção de covid-19, num total de 1.076 amostras analisadas e 14 pessoas foram declaradas recuperadas da doença.

De acordo com estes dados apresentados  segunda-feira pelo Alto Comissariado  dos 22 novos casos, 15 são do Sector Autônomo de Bissau, cinco da região de Biombo, um caso pertence à região de Oio e um outro caso à região de Tombali.

Segundo os mesmos dados, à que a ANG teve acesso hoje, o país não teve óbito registado nesta senama epidemiologica de acutalização de 14 à 20 junho do ano em curso, mantendo assim as 69 vitimas mortais.

Os dados referem que 17 dos 22 novos infectados são do sexo masculino e os restantes  do sexo feminino.

Das 1.076 amostras analisadas a nivel nacional 1.054 delas deram resultado negativo e 22 casos positivos.

Relativamente aos pacientes internados, os dados semanais apontam que actualmente há oito doentes internados por covid-19.

A Guiné Bissau registou desde o inicio da pandemia um total acumulado de 3.825 casos de infecção, contabilizando 3.562 pessoas recuperadas e 188 casos activos.ANG/LPG/ÂC//SG

Brasil/Lula da Silva absolvido em caso sobre alegados favorecimentos ao sector automóvel

Bissau,  22 Jun 21(ANG) – A justiça brasileira absolveu o ex-presidente do Brasil Lula da Silva, o ex-ministro Gilberto Carvalho e outros cinco acusados numa das acções da operação Zelotes, que investigava alegados favorecimentos a empresas do sector automóvel.

“Embora existam elementos que demonstrem a actuação por parte da empresa de Mauro Marcondes, no que se refere à prorrogação de benefícios fiscais às empresas Caoa e MMC, não há evidências apropriadas e nem sequer minimamente aptas a demonstrar a existência de ajuste ilícito entre os réus para fins de repasse de valores em favor de Lula e Gilberto Carvalho”, concluiu o juiz Frederico Viana, da 10.ª Vara Criminal da Justiça Federal em Brasília.

A acusação contra Lula teve origem na operação Zelotes e foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) em 2017.

Segundo a acusação, a empresa Marcondes e Mautoni Empreendimentos, que representava a Caoa (Hyundai) e MMC (Mitsubishi do Brasil), teria oferecido seis milhões de reais (1 milhão de euros, no câmbio actual) a Lula e a Carvalho em troca da edição de uma medida provisória que prorrogou incentivos fiscais a empresas de produção automóvel instaladas nas regiões norte, nordeste e centro-oeste do país.

Nesse âmbito, foram acusados de corrupção Lula da Silva, o ex-ministro e o seu ex-chefe de gabinete Gilberto Carvalho, o ex-conselheiro do conselho administrativo da Receita Federal José Ricardo da Silva, o lobista Alexandre Paes dos Santos, o ex-presidente da MMC – Mitsubishi Paulo Arantes Ferraz, o empresário Mauro Marcondes Machado e o empresário do Grupo Caoa Carlos Alberto Andrade.

O juiz atendeu assim ao pedido do MPF, que, nas alegações finais apresentadas no mês passado, concluiu não haver provas e pediu a absolvição do ex-presidente e dos demais acusados no caso.

“Ante o exposto, julgo improcedentes os pedidos formulados na peça acusatória e absolvo os acusados dos crimes a eles imputados nos autos desta acção penal”, decidiu o juiz Frederico Viana.

Lula da Silva está ainda a acusado numa outra acção da operação Zelotes, que investiga se ocorreram irregularidades na compra de caças suecos durante o Governo de Dilma Rousseff.

Neste processo, o ex-chefe de Estado brasileiro e o seu filho Luís Cláudio Lula da Silva são acusados de integrar um esquema de tráfico de influências para viabilizar a compra de 36 caças suecos do modelo Gripen e de influenciar a decisão de prorrogar incentivos fiscais a pedido de empresas.

Lula da Silva recuperou os seus direitos políticos este ano, após o Supremo Tribunal Federal anular as suas condenações no âmbito da operação Lava Jato, em Curitiba.

Desta forma, ficaram sem efeito as penas acumuladas de 26 anos que pesavam sobre o antigo presidente, por condenações por corrupção, que já admitiu a possibilidade de concorrer às presidenciais de 2022.

Lula da Silva, de 75 anos, não conseguiu concorrer às eleições de 2018 precisamente porque já estava condenado na ocasião. O antigo chefe de Estado chegou a passar um ano e sete meses na prisão, até ser libertado em Novembro de 2019.

Apesar de as condenações de Lula da Silva terem sido anuladas e de voltar a estar elegível, isso não significa que o ex-sindicalista metalúrgico tenha sido inocentado já que os casos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que os vai reavaliar e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos anulados. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

 

segunda-feira, 21 de junho de 2021

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Comunicação social/Diretor-geral da TGB acredita que o processo da efetivação dos estagiários de órgãos públicos está na sua fase final

Bissau, 21 Jun 21 (ANG) – O Diretor-geral da Televisão da Guiné-Bissau (TGB) disse acreditar que o processo da efetivação dos estagiários de órgãos públicos de comunicação social está na sua fase final.

Amadú Djamanca que falava numa auscultação feita esta segunda-feira pela ANG afirmou que  depois de o ministro, Fernando Mendonça assumir a pasta de Comunicação Social, inteirou-se do dossiê de efetivação, tendo chamado a atenção à todos no sentido de concluir o processo, que, segundo Djamanca, não tinha necessidade de tanta demora.

Disse que está a aguardar que nos próximos dias seja enviada a lista de 100 pessoas apuradas para o Ministério da Função Pública para  a conclusão do processo no seu parâmetro legal.

O Diretor da TGB informou ainda que o referido processo de efetivação dos estagiários dos órgão públicos é um processo de desde 2010/2011 quando Adiato Djaló Nandigna ocupava a pasta do Ministério da Presidência do Conselho de Ministros, Assuntos Parlamentares e Comunicação Social, acrescentando que desde essa altura houve várias tentativas falhadas de efetivação do pessoal em causa.

“Nós quando assumimos a função de Diretor lembramos a nossa tutela sobre a existência de um processo que nunca concluiu, por diversas dificuldades na sua concretização. Graças ao bom senso da então ministra da Administração Pública e o atual ministro das Finanças, que tiveram a sensibilidade de compreender  que não há necessidade de realização de concurso público, excepto a educação e saúde”, referiu Jamanca.

Disse que o ministro da Comunicação Social, Fernando Mendonça percebeu a natureza do processo e que hoje está quase na recta final, sustentando que o ministro deu  orientações para que seja o próprio órgão a indicar quem tem o direito de ser efetivado, acrescentando que é o próprio órgão que conhece seus trabalhadores e não a Comissão de Júri ou Ministério.

Informou que desde junho de 2020 que a sua direção  fez a seleção dos estagiários que devem ser efetivados.

O Diretor da Rádio Difusão Nacional (RDN), Mama Saliu Sané disse a próposito  que os documentos dos referidos estagiários já estão, há uma semana, no Ministério da Comunicação Social, e que cabe  agora à esse ministério fazer o seu trabalho.

Salientou que sempre defendeu a realização do concurso público para serem admitidos os que podem dar conta de recado,  não pelo fato de estarem na rádio há mais de 12 ou 15 anos.

A efetivação, segundo Sané, vai ser uma forma de legitimar as pessoas para que possam sair naquela situação de indefinição.

Garante  que enquanto diretor não haverá mais o compromisso das pessoas que vão ficar 10 ou 15 anos para dizerem no fim que demoraram no órgão, salientando que a questão não está em fazer muito tempo no órgão, mas sim a pessoa deve ter a qualidade.

O DG da RDN pediu ao governo para  prestar atenção aos órgãos públicos no sentido de lhes apetrechar de meios para poderem trabalhar para a  boa imagem do governo e Estado no seu todo.

Saliu frisou que não é aceitável que uma rádio privada tenha mais meios do que a emissora pública, porque a máquina de informação de propaganda do Estado está nos órgãos públicos, sobretudo rádio.

Acrescentou  que o Estado deve velar para os órgãos de comunicação públicos porque está aí sua imagem que deve ser vendida.

“Há necessidade de o governo perceber  investir na rádio, para  promover as suas próprias ações. Quando tem falha na parte privada, nós os órgãos públicos temos o papel de compôr a boa imagem do governo, nesse sentido esses órgãos devem estar apetrechados de meios”, sublinhou.

Por seu lado, Salvador Gomes, Diretor-geral da Agência de Notícias da Guiné (ANG), disse que já se passou muito tempo nesse processo, acrescentando que a ANG precisa de pessoas selecionadas para efetivação, porque  trabalham em regime de estagiário e já estão a demonstrar  uma certa desmotivação.

“A Comissão encarregue de fazer o trabalho do processo de efetivação devolveu à cada órgão, os dossiês dos candidatos e a carta que acompanhou aqueles documentos diz que cada órgão deve fazer a seleção de pessoas para  efeito de efetivação, e os candidatos  seleccionados  e os seus dossiês vão ser devolvidos ao Ministério da Comunicação Social”, frisou.

De acordo com Gomes, a direção da ANG  já devolveu os referidos dossiês ao Ministério para depois serem encaminhados ao Ministérios da Função Pública.

Disse esperar que esta efetivação seja feita através de uma via mais fácil porque o seu órgão tem estagiários que já fizeram muitos anos, e quer os enquadrar.

 “Temos estagiários que queremos enquadrar, existem outros mais à altura e outros menos. Acho que é uma coisa que pode ser ultrapassada. Depois da efetivação pode ser promovida uma reciclagem para aqueles que têm mais necessidades para poderem ultrapassar seus níveis de deficiência”, disse.  

Um total de 100 funcionários de quatro órgãos de comunicação social estatal  (ANG, Jornal Nô Pintcha, RDN e TGB) aguardam pela efectivação na administração pública há vários anos.
ANG/DMG/ÂC//SG