quinta-feira, 11 de setembro de 2025

França/Quase 300 manifestantes detidos nas mobilizações e bloqueios em França

Bissau, 11 set 25(ANG)  - Cerca de 300 pessoas foram quarta-feira detidas em diferentes pontos de França, num dia marcado por mobilizações de protesto antigovernamentais, indicou o Governo francês.

Pelo menos quatro membros das forças de segurança ficaram ligeiramente feridos, enquanto seguiam as diretrizes do ministro do Interior francês em funções, Bruno Retailleau, para intervir rapidamente e tentar impedir os manifestantes do movimento, noticiou a cadeia de televisão BFMTV.

Para o ministro do Interior francês, estes são "bloqueios inaceitáveis", uma vez que implicam tomar os cidadãos "como reféns" das reivindicações.

"A mobilização não é uma mobilização cidadã. Foi monopolizada pela extrema-esquerda", disse aos jornalistas Retailleau, referindo-se à posição de apoio do partido França Insubmissa (LFI, esquerda radical).

O antigo candidato presidencial da LFI Jean-Luc Mélenchon acusou Retailleau de incentivar "as provocações", pelo que pediu aos manifestantes prudência e vigilância perante as ações da polícia, na rede social X.

As autoridades estimaram que cerca de 100.000 pessoas se juntariam aos protestos, pelo que prepararam um dispositivo de segurança de cerca de 80.000 polícias e gendarmes em Paris e na região metropolitana da capital francesa.

Centenas de ações de protesto estavam previstas em grandes e pequenas cidades, incluindo bloqueios de estradas. 

A Direção-Geral da Aviação Civil francesa (DGAC) previu perturbações e atrasos "em todos os aeroportos franceses".

As mobilizações são precedidas pela queda do Governo de François Bayrou, que perdeu uma moção de confiança no parlamento, e pela nomeação do até então ministro da Defesa, Sébastian Lecornu, como novo primeiro-ministro na terça-feira à noite, numa manobra do Presidente francês, Emmanuel Macron, que não agradou à oposição.

O coordenador nacional da LFI, Manuel Bompard, já anunciou que o partido vai promover uma moção de censura, na sequência de uma nomeação que também não agradou ao outro extremo do espetro político, onde se situa a União Nacional (RN, sigla em francês).

O líder do Partido Socialista francês, Olivier Faure, propôs a Lecornu que renunciasse a invocar o artigo 49.3 da Constituição para levar adiante as suas propostas sem necessidade de serem submetidas a votação na Assembleia Nacional (câmara baixa do Parlamento francês).

"Seria a demonstração de que o método muda", disse Faure, que numa entrevista à rádio Franceinfo, pediu para romper com a política dos últimos anos.

Sébastien Lecornu é o quarto primeiro-ministro em apenas 12 meses, depois de Gabriel Attal (2024), Michel Barnier (2024) e Bayrou (2024-2025), e terá de lidar com um novo movimento de greves e paralisações, organizado pelos sindicatos e apoiado pelos partidos de esquerda daqui a nove dias, enquanto tenta compor o futuro Governo que não seja censurado pelo menos pelo PS e aprovar um orçamento do Estado para 2026.ANGInforpress/Lusa

Qatar/ “Benjamin Netanyahu deverá ser julgado pela justiça", disse PM do Qatar

Bissau, 11 set 25(ANG) - O primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, afirmou que o homólogo israelita deverá ser levado à justiça após o ataque israelita aos líderes do Hamas em Doha, acrescentando que a decisão de Benjamin Netanyahu, " deitou por terra toda a esperança" de libertar os reféns em Gaza.

Numa entrevista ao canal de televisão norte-americano CNN, Al-Thani declarou que o Qatar está a "reavaliar tudo" em relação ao papel de mediador nas negociações, até agora sem resultado, visando um cessar-fogo no conflito desencadeado pelo ataque do Hamas a 7 de Outubro.

"Tenho reflectido sobre todo o processo nas últimas semanas e cheguei à conclusão de que Netanyahu está apenas a fazer-nos perder tempo", disse.

Na terça-feira, a Força Aérea israelita atacou os líderes do Hamas reunidos num complexo em Doha, capital do país aliado dos EUA que acolhe regularmente negociações. O primeiro-ministro do Qatar considera que o ataque acabou com “toda a esperança para os reféns”, sublinhando ainda que Benjamin Netanyahu "deverá ser julgado "por este acto.

Este ataque sem precedentes foi igualmente condenado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, um aliado próximo de Israel. Recentemente, o chefe do executivo israelita veio avisar as autoridades do Qatar e a todas as nações que abrigam terroristas que deveriam devem expulsá-los ou levá-los à justiça.

“Porque se não o fizerem, nós faremos”, reiterou Benjamin Netanyahu

O Hamas, que está em guerra com Israel na Faixa de Gaza, afirmou que os seus altos funcionários visados ​​sobreviveram, mas que os ataques israelitas fizeram seis mortos.

Apesar da pressão internacional para terminar a guerra na Faixa de Gaza, o exército israelita continuou a ofensiva e de acordo com a Defesa Civil local, mais de 40 pessoas foram mortas nas últimas horas. O exército declarou que iria intensificar "os seus ataques na Cidade de Gaza" nos próximos dias, considerada um dos últimos bastiões do Hamas no território, "com o objectivo de desmantelar a infra-estrutura terrorista do Hamas, prejudicar a sua capacidade operacional e reduzir a ameaça às tropas".

O ataque de 7 de Outubro resultou na morte de 1.219 pessoas do lado israelita, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais. Das 251 pessoas raptadas nesse dia, 47 ainda estão detidas em Gaza, incluindo 25 que morreram, segundo o exército.

Por seu lado, a resposta de Israel já fez pelo menos 64.656 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do Hamas em Gaza, cujos números são considerados fiáveis ​pelas Nações Unidas que declarou o estado de fome em Gaza, uma alegação que Israel nega.ANG/RFI

Conflito israelo-palestiniano/OMS garante que vai manter equipas em Gaza apesar de ordem de evacuação

Bissau, 11 set 25(ANG) - "A OMS e os seus parceiros vão permanecer na Cidade de Gaza", garantiu o diretor-geral, que apelou à comunidade para agir.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) criticou a ordem de Israel para evacuação da Cidade de Gaza, onde vivem quase um milhão de pessoas, afirmando que as suas equipas permanecerão apesar da intensificação da ofensiva israelita.

"A OMS está consternada com a última ordem de evacuação [da Cidade de Gaza], que exige que um milhão de pessoas se desloquem para a chamada 'zona humanitária', no sul, designada por Israel", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em comunicado.

"A área não tem a dimensão ou o tipo de serviços necessários para apoiar os que já lá estão, muito menos os recém-chegados. Isto inclui a proteção da saúde", observou, antes de destacar que "quase metade de todos os hospitais em funcionamento [na Faixa de Gaza] está na Cidade de Gaza".

Isso "inclui 36% de todas as camas hospitalares e 50% das camas de unidade de cuidados intensivos", especificou.

"O sistema de saúde, que está em dificuldades, não se pode dar ao luxo de perder nenhuma das restantes instalações", acrescentou Tedros Adhanom nas redes sociais.

"Com a escalada da violência, os hospitais da Cidade de Gaza estão sob imensa pressão. Tornaram-se novamente uma enorme ala de trauma, sobrecarregados pelo fluxo de feridos e pela escassez de camas e de mantimentos essenciais", lamentou.

Apesar disso, o responsável comunicou à população civil que "a OMS e os seus parceiros vão permanecer na Cidade de Gaza" e apelou à comunidade para agir.

"Exijam um cessar-fogo imediato. Exijam o respeito pelo direito internacional humanitário, incluindo a libertação de reféns e detidos arbitrariamente", incitou.

"Exijam o acesso irrestrito a ajuda vital e aos serviços essenciais à escala necessária", acrescentou, referindo-se às severas restrições impostas pelo Governo israelita à entrega de ajuda humanitária aos palestinianos no enclave como parte da sua ofensiva.

O bloqueio total que Israel impôs à entrada de ajuda humanitária entre março e o final de maio levou a uma situação de fome, oficialmente declarada pela ONU em agosto no norte do território, mas negada pelas autoridades israelitas.

Israel está atualmente a aplicar um novo plano militar para o enclave, que prevê a ocupação da Cidade de Gaza, a região apontada pela ONU como a mais afetada pela fome, e a deslocação forçada de centenas de milhares dos seus habitantes, gerando uma vaga de críticas internacionais e dentro do próprio país.

Israel afirma pretender eliminar as últimas bolsas de resistência do Hamas e recuperar os 48 reféns que o Hans ainda detém, antes de entregar a gestão do território a entidades civis que não sejam hostis a Telavive.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez 1.200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que provocou acima de 64 mil mortos, na maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades locais controladas pelo grupo islamita, destruiu a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.ANG/Lusa

 

Côte d´Ivoire /Conferência internacional sobre  Lassa prossegue trabalhos com partilha de experiências de estudos  sobre a doença

Abidjan, 11 Set 25 (ANG) -  Os trabalhos da Conferência Internacional sobre a Febre de Lassa preenche os dias subsequentes a abertura dos trabalhos, segunda-feira, com  debates em painéis temáticos, que resultam em partilha de experiências de estudos sobre  doenças, dificuldades de financiamentos,  políticas de vigilância sanitária, e aplicação de fundos disponibilizados.

O antigo Presidente da Organização Oeste Africana da Saúde, Plácido Cardoso, presidiu, terça-feira uma dessas sessões, dedicada aos estudos feitos sobre a febre de Lassa em diferentes países, dificuldades encontrados , políticas de financiamento aplicados e sistemas de vigilância sanitária recomendados.

Os sete oradores que animaram o painel  puderam apresentar as suas experiências  e dificuldades enfrentadas,  e cada um destacou os objetivos do estudo, a metodologia aplicada, os resultados alcançados e as recomendações que achar pertinentes.

No resumo sobre o que ficou retido como  conclusões  da sessão, Plácido Cardoso, sublinhou que a sessão permitiu  aprender muito,  e que se chegou a conclusão de que a saúde de que  muito se fala é mais do que os três setores: ambiente, saúde humana e saúde animal.

“Comunicação de risco e engajamento comunitário é um pilar muito importante que deve ser tomado em conta para prevenção e gestão da febre de Lassa. Aprendemos que  o terreno que utilizamos na lavoura tem o seu impacto na transmissão da doença. Quando mais terreno trabalhamos encontramos os pequenos ruminantes, que são fatores de riscos e  transmissores  de  doenças, pois  lidamos com roedores, ratos etc”, disse.

Segundo estudos comparados apresentados,  zonas menos trabalhados têm menos  contaminação, e Plácido Cardoso diz ser para ele um aspeto novo.

 ”Quando se fala de implicação do  setor da agricultura mas se vê a saúde animal mas é mais que isso, ultrapassa a questão da fauna”, disse.

Cardoso sustenta que por essa razão os agricultores devem ter  informações  sobre os riscos que enfrentam nos seus trabalhos, para se prevenirem, assim como os magarefes que lidam com sangue,  fezes , carne de animais  e líquidos corporais  que podem ser foco de transmissão de doenças.

Os oradores  recomendaram o reforço do sistema de vigilância sanitária no espaço da CEDEAO, no sentido de ser mais abrangente e robusto.

“Devemos reforçar a vigilância epidemiológica e entomológica para saber  que tipo de vetores circulam, o nível laboratorial, e os diagnósticos devem ser mais apurados, para se saber quais são as espécies e subespécies de vetores e vírus que estão  em causa”, referiu.

Plácido Cardoso que desempenhou as funções de DG da OOAS durante seis anos destacou que foi uma sessão que vai permitir que se faça mais trabalho de pesquisas, concluir os estudos em curso para se criar uma melhor compreensão  da situação de outras doenças, nomeadamente, a febre de Lassa e de arboviroses de forma geral, no espaço CEDEAO.

 Alguns oradores lamentaram não puder terminar os seus estudos devido a dificuldades de financiamentos, e  Plácido Cardoso diz  que os recursos financeiros têm sido  sempre um problema complicado.

“Exige mais de organização, coordenação e sensibilização a todos os níveis, tantos das autoridades políticas administrativas assim como de  parceiros, Tem que se definir as prioridades., para se ser mais claro”, disse.

A experiencia camaronesa apresentada na sessão destaca o envolvimento das comunidades na gestão da prevenção sanitária,  Cardoso concorda puder ser um modelo a replicar noutros países.

“O envolvimento de líderes comunitários  de líderes religiosos é essencial. Devem ser integrados em  programas que chamamos de “engajamento  comunitário e comunicação de riscos”, assim teremos mais ganhos porque a população deve ser informado dos riscos que enfrentam nos trabalhos diários. Há o risco sanitário.”, sublinhou. ANG

(Despacho de Salvador Gomes, jornalista convidado pela CEDEAO para cobertura da conferência)

Côte d´Ivoire/ Lassa representa ameaça a saúde pública nos Camarões, diz especialista em doenças infeciosas deste país

Abidjan, 11 Set 25 (ANG) – A febre de Lassa, muito presente na Nigéria e  nos seus vizinhos, representa igualmente uma ameaça à saúde pública nos  Camarões.

A revelação foi feita pela bióloga camaronesa, Ntyan Mbo Marie-Lumiére, na apresentação  , terça-feira, de suas experiências sobre estudos de pandemias que fustigam diferentes partes dos Camarões.

“Estudos feitos desde 2012  demonstraram a circulação de tipos diferentes de vírus
mas o sistema de vigilância sanitário do país não permite a confirmação de muitos. Reúne essa  documentação   para apresentar a comunidade científica os problemas com que deparamos em termos de pandemias com as quais  confrontamos.

A especialista  em doenças infeciosas disse com as epidemias registadas em 2023, o pais reforçou o seu sistema de vigilância epidémica e de capacidade de preparação de respostas, com a realização, em 2024, da diretiva de vigilância de arboviroses, nomeadamente a Dengue.

“Em 2024 tivemos um caso importado de Dengue e em 2025 voltamos a ter outro caso de Dengue”, disse.

Marie-Lumiére disse que também se confrontam com dificuldades de fundos para dar respostas à epidemias que se registam no país.

Camarões dispõe de um quadro regulamentar que implica as comunidades regionais na gestão da saúde pública.

Segundo Ntyan Mbo, o Estado adota o chamado Documento Estratégico Setorial e o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário mas a aplicabilidade destes instrumentos ainda enfrente dificuldades.

“Ainda não existe uma linha orçamental para a viabilização prática desses  dois mecanismos de gestão da saúde pública”, disse.

Ntyan Mbo Marie -Lumiére  apresentou a experiência camaronesa no painel sobre Políticas de Financiamentos e Programas de Pesquisas, que possibilitou a partilha de  experiências nesses domínios com peritos no domínio da saúde da  Libéria, Nigéria, Serra Leoa e República da Guiné. ANG

(Despacho de Salvador Gomes, jornalista convidado pela CEDEAO para a cobertura da conferência)

Côte d´Ivoire/”África regista 150 epidemias cada ano e o CEO do Instituto Pasteur de Dacar disse ser um “fardo pesado” para o continente

Abidjan, 11 Set 25 (ANG)- A África regista anualmente 150 epidemias, revelou quarta-feira em Abidjan, o CEO do Instituto Pasteur de Dacar, Senegal, Ibraim Socé Fall, na conferência internacional sobre a febre de Lassa que decorre na Côte d´Ivoire, desde segunda-feira.

“Efetivamente, é muito para o continente. Por essa razão, a nossa estratégia é desenvolver as capacidades ao nível dos países. Mesmo no momento de epidemia de Ébola na África Ocidental, fizemos tudo para recrutar jovens, médicos e colocá-los no terreno. Normalmente cada vez que há epidemias são os europeus e americanos que vêm ajudar”, disse Fall em declarações à ANG.

O CEO do Instituto Pasteur de Dacarfez a revelação  no âmbito de um dos painéis da Conferência  sobre  Lassa, dedicado aos temas, ”Detetar Respostas, Vigilância Sanitária e Arquitetura de Combate as Epidemias”.

Fall disse que o reforço de capacidades permitiu  , no espaço de alguns anos,  a realização da cooperação  Sul/Sul, com movimentação de especialistas africanos de um país para outro, e  ainda ter uma massa crítica  de quadros com competências de epidemiologia para prevenção de infeções e criação de logísticas, para fazer face as epidemias.

Os ministros da Saúde do espaço CEDEAO assumiram segunda-feira o compromisso de financiamento da preparação de respostas à epidemias que afetam a comunidade, e Fall destaca que o laboratório é um componente extremamente importante no combate as epidemias.

“Devemos ter a capacidade de fazer diagnósticos mesmo em locais mais longínquas. É por isso que trabalhamos  no diagnóstico de testes rápidos para as doenças que existem em África. Se não se investir nas pesquisas os outros não vão as fazer por nós, porque são  doenças que estão connosco”.

Falando de Lassa, Ibraim Fall  sublinhou que a doença virou um grande problema de saúde pública na Nigéria, Serra leoa e Libéria e que pode chegar a mais países. “Devemos agir agora com diagnósticos rápidos e vacinas”, disse.

No painel em que interveio Ibraima Fall, a implicação animal como fator de contaminação humana também foi  tema dominante, e Daniel Ogom Okomah, um dos  oradores demonstrou os desafios latentes e as dificuldades de combate às epidemias relacionadas a aspetos culturais, por exemplo, o consumo de carne de animais selvagens e realização de alguns rituais.

Na Nigéria, em algumas comunidades,  ainda se organiza  o “Festival de Caça”. “Essa prática só reforça a possibilidade de contaminação”, disse. Egom Okomah. ANG

(Despacho do jornalista  Salvador Gomes)

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

IMP / PCA Gualdino Afonso Té disse estar em curso elaboração de estratégias para reforço da segurança marítima no país

Bissau, 10 set 25 (ANG) – O Presidente do Conselho de Administração(PCA) do Instituto Marítimo Portuário (IMP) Gualdino Afonso Té revelou hoje que está em curso  o processo de elaboração de estratégias para reforço da segurança marítima, combate a pesca ilegal e atividades ilícitas nas águas territoriais do país

A revelação foi feita, numa entrevista exclusiva à ANG, sobre o processo de resinalização do Canal de Geba.

Disse que, o documento denominado “Estratégia do Mar”, conta com participação de todas entidades nacionais que intervém no domínio marítimo, nomeadamente o próprio  Instituto Marítimo Portuário,  Estado Maior da Armada, Brigada Costeira, Ministério das Pescas, através de FISCAP, Policia Judiciária e Proteção Civil, a União Europeia e a Embaixada de Portugal na Guiné-Bissau.

Esta estratégia, de acordo com o PCA do Instituto Marítimo Portuário, vai permitir o combate não só a pesca ilegal, mas também atividades ilícitas, entre outras o contrabando, imigração clandestina e corte de mangal ou tarrafe.

Além disso, segundo Gualdino Afonso Té a Estratégia vai  estabelecer as competências de cada uma das entidades, apesar de serem instruturas que pertencem aos diferentes Ministérios, mas detém o poder ou vocação em trabalhar pela defesa a integridade do território marítimo nacional e própria soberania da Guiné-Bissau no domínio do mar.

Anunciou por outro lado, a existência de um projeto, ainda em discussão com os parceiros, para requalificação do Porto de Pindjiguiti, devido ao seu passado histórico  para o país.

“É preciso preservar essa memória, mas também  por questões económicas e ambientais. Porque está numa zona vulnerável a subida do nível do mar e no momento está completamente assoreado e se a situação continuar pode no futuro comprometer atividades económicas e sociais que são desenvolvidos nessa zona”, frisou.

Aquele responsável reconheceu ser um  desafio enorme, mas com colaboração interna e dos parceiros é possível resolver paulatinamente algumas situações.

Quanto ao projecto de resinalização de Canal de Geba, o Presidente do Conselho de Administração do Instituto Marítimo Portuário Gualdino Afonso Té disse que a sinalização marítima é um dos pilares de segurança  e de eficiência à navegação.

“Porque, quando um canal  está bem sinalizado, significa que há condições para navegabilidade e também permite os próprios pilotos navais identificar zonas de obstáculos e onde podem navegar com segurança”, disse.

Informou que, há muito tempo que os faróis ou melhor as estações de sinalização ao longo de Canal de Geba não funcionam.

Mas, afirmou que internamente estão a implementar algumas reformas, que vão desde o reforço de quadro legal do IMP, dos recursos humanos e melhoria de condições de infraestruturas para  garantir a prestação de serviço de qualidade, bem como na recuperação de alguns faróis de sinalização.

A título de exemplo, o  Torre de Pontão já está reabilitada e a funcionar com normalidade.

Ainda neste quadro, informou que chegou está terça-feira, dia 09 do corrente mês ao país, uma missão portuguesa, no âmbito do projeto Costa Segura, na sequência da cooperação militar entre o Ministério da Defesa de Portugal e da Guiné-Bissau, através do Estado Maior da Armada.

“Este  projeto perspectiva reestabelecer o funcionamento de cinco estações ao longo do Canal de Geba, entre os quais uma estação em Bissau, uma na Ponta de Caió no ilhéu de Galo, Bubaque e no sector de Uno”, informou Gualdino Afonso Té.

Acrescentou que, até finais de 2025, será instalada na estação de Caió, uma câmara de vigilância para permitir o controlo dos navios de pequenas e de grande porte que circulam no Canal de Geba para garantir uma intervenção mais rápida em caso de situação de emergência.

“Para além da sinalização, há também um outra questão, que tem a ver balizagem, que é muito importante, porque permite os pilotos identificar zonas navegáveis ou rotas mais seguras e zonas de riscos, onde existem bancas de areias e obstáculos e quando o canal é sinalizado a navegação é feita com mais segurança”, afirmou.

Disse que, apesar de ser um processo longo, por causa de recursos financeiros que requer, mas como o levantamento já foi feito no ano passado, por uma missão do Instituto Hidrográfico de Portugal, acompanhado com elementos da Associação Internacional para Sinalização e Navegação, o que permitiu identificação dos problemas que existem no Canal de Geba e acredita que  haverá solução

Para o efeito, disse que conta com parceiros, nomeadamente a União Europeia e Embaixada de Portugal que está acompanhar o IMP neste processo.

Tanto assim que, o PCA do IMP informou que amanhã, dia 11 do mês em curso, a ida de  uma missão à Ilha de Pontão, composta por elementos do Estado Maior da Armada, Instituto Maritimo Portuário, União Europeia e  Embaixada Portugal para fazer o levantamento das necessidades.

Por outro lado, Gualdino Afonso Té reconheceu existência de desafios, desde reforço de capacidade dos recursos humanos para facilitar no cumprimento das suas respectivas tarefas, mas também do ponto de vista do quadro legal.

Porque, segundo o PCA é necessário produção de regulamentos e mais instrumento para melhorar o funcionamento do Instituto.

Além disso, informou que o país ratificou várias convecções internacionais do domínio marítimo e é precioso trabalhar na sua implementação, relativamente a segurança marítima e poluição.

Informou que, está a trabalhar para melhorar condições de infraestruturas do Instituto Marítimo
Portuário, prevendo a construção de uma instalação no sector de Bubaque, Região de Bolama Bijagós.ANG/LPG/ÂC

Indústria/ ”Não há uma economia dinâmica em qualquer país sem a industrialização”, diz Florentino Fernando Dias

Bissau, 10 Set 25 (ANG) - O ministro da Indústria, Transformação e Promoção dos Produtos Locais, disse que não existe a economia dinâmica em qualquer país do mundo sem a industrialização.

Florentino Fernando Dias falava à imprensa na terça-feira, 09 do corrente mês, após ter visitado as fábricas de blocos, de farinha de Trigo, da unidade de produção de sabão, de detergentes em pó e da lixívia, situadas na zona industrial de Blola em Bissau.

"Nenhum país no mundo pode desenvolver sem apostar na industrialização, a Guiné-Bissau deve acrescentar o valor à matéria-prima, para dar a possibilidade para que a população seja empregada e assegurar que os produtos consumidos sejam de qualidades”, salientou o governante.

Afirmou na ocasião, que as portas do Ministério estão e continuarão abertas para todos, no sentido de trabalhar com as empresas industriais, para conceber políticas que vão ao encontro das necessidades industriais que possam contribuir para a economia da Guiné-Bissau.

‎Questionado sobre  a possibilidade de subvenção da energia elétrica às fábricas como forma de minimizar os custos em termos de compra de gasóleo para grupos de geradores, Florentino Fernando Dias  assegurou que a instituição que dirige vai continuar a trabalhar, porque o país, beneficia da corrente elétrica no âmbito da Organização para a Valorização do Rio Gambia (OMVG)”, tendo prometido fazer de  todo para que a energia chega à todos, em especial, às empresas que trabalham na indústria.

‎Por seu turno, o Responsável do Conselho de Administração da Unidade de Produção de Sabão, Mamadu Iero Djamanca, disse que a sua fábrica foi criada com objetivo de responder às necessidades da população guineense.ANG/MI/ÂC


Sociedade/Padre Augusto Mutna Tambá defende a “construção coletiva” na luta contra radicalismo e  extremismo violento no país

Bissau, 10 set 25 (ANG) - O Padre Augusto Mutna Tambá afirmou que a luta contra o radicalismo e o extremismo violento não é só uma tarefa exclusiva do Governo, mas sim, é uma “construção coletiva” no qual cada elemento da sociedade deve dar a sua contribuição para promoção do bem comum no país.

De acordo com a Radio Sol Mansi, a referida  consideração  do Tambá consta no seu artigo de opinião, publicado recentemente, no qual destacou que os jovens, líderes religiosos, sociedade civil e a imprensa estão na linha de frente contra uma ameaça silenciosa.

"A paz não é um estado. Mas, é uma construção diária. E todos temos tijolos a carregar nessa obra coletiva. Onde existe a necessidade de ter uma juventude consciente, líderes religiosos engajados, sociedade civil mobilizada e imprensa vigilante com o objetivo de obter uma Guiné-Bissau que resiste a radicalização”, concluiu  o sacerdote.

Sustentou que, o radicalismo e extremismo violento podem transformar numa bomba-relógio social caso os especialistas e observadores  ignoram as ameaças e que podem ainda corroer lentamente os alicerces de uma sociedade que valoriza a diversidade e a paz.

“Em meio às complexidades socioculturais da Guiné-Bissau, cresce uma preocupação que já assombra outras regiões do mundo: o avanço silencioso do radicalismo e do extremismo violento, com mais de 60% da população formada por jovens que vivem uma encruzilhada e correm o risco de serem capturados por discursos radicais", referiu aquele religioso.

Mutna Tambá sublinhou que, o desemprego, exclusão e falta de perspectivas tornam a juventude vulnerável. Mas, com apoio e formação, esses mesmos jovens podem se tornar construtores da paz.

“Quando promovem o respeito e a convivência pacífica entre as diferentes crenças, ajudam a proteger o tecido social do país”, afirmou o estudioso.

No referido artigo, Augusto Mutna Tambá, lembra aos líderes religiosos que a neutralidade política e firmeza contra qualquer discurso de ódio são cruciais para impedir a contaminação de comunidades por ideias radicais.

O também coordenador do Clero Diocesano da Guiné-Bissau reconhece que as campanhas de sensibilização, debates públicos e vigilância cidadã são ferramentas indispensáveis para resistir à essas ameaças emergentes.

A mesma publicação salienta que a mídia guineense enfrenta um duplo desafio: ser responsável e resistir à tentação da desinformação, salientando que, em tempos de f"ake news", a imprensa precisa redobrar seu compromisso com a verdade.

“A imprensa pode educar ou incendiar. Cabe aos jornalistas escolherem seu lado”, disse o padre frisando que a valorização da formação ética e técnica dos profissionais da informação deve ser prioridade nacional.ANG/AALS/ÂC

   França/Macron nomeia Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro

Bissau, 10 set 25(ANG) - O Presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou esta terça-feira, 9 de Setembro, Sébastien Lecornu, ministro da Defesa cessante, como novo primeiro-ministro de França.

Segundo o comunicado do Palácio do Eliseu, Sébastien Lecornu terá como primeira missão consultar os partidos políticos representados no Parlamento, com o objectivo de "construir os acordos indispensáveis às decisões dos próximos meses".

A presidência francesa sublinhou que o novo chefe do governo foi encarregado de negociar com as forças políticas tendo em vista a aprovação do orçamento do Estado, uma das prioridades imediatas do Executivo.

«Na sequência dessas discussões, caberá ao novo Primeiro-Ministro propor ao Presidente da República a composição do novo Governo», acrescenta o Eliseu.

A nomeação de Sébastien Lecornu surge num contexto político marcado por divisões e pela necessidade urgente de criar consensos na Assembleia Nacional, onde o partido de Emmanuel Macron não detém maioria absoluta.

A reacção da oposição não se fez esperar. Numa nota divulgada à imprensa, o Partido Socialista (PS) afirmou que Emmanuel Macron "assume o risco de uma legítima agitação social e do bloqueio institucional do país", marcado para amanhã, 10 de Setembro.

O PS declarou que, "sem justiça social, fiscal e ecológica, sem medidas para o poder de compra, as mesmas causas produzirão os mesmos efeitos", sublinhando o risco de repetição dos erros políticos do passado recente.

Do lado da França Insubmissa (LFI), a crítica foi ainda mais dura. A líder parlamentar do partido, Mathilde Panot, considerou a nomeação "uma provocação", sobretudo por ter ocorrido na véspera das mobilizações sociais agendadas para 10 de Setembro.

A líder histórica do partido, Marine Le Pen, também criticou a nomeação, antecipando um impasse político:

"Este é um erro que levará inevitavelmente a futuras eleições legislativas", afirmou, prevendo uma dissolução como única saída para o bloqueio institucional.

Por seu lado, a direita tradicional manifestou uma posição mais conciliatória. O presidente dos Republicanos (LR) e ministro do Interior cessante, Bruno Retailleau, declarou-se disponível para "encontrar acordos" com o novo primeiro-ministro, com vista à construção de uma "maioria nacional".

Gabriel Attal, secretário-geral do partido presidencial Renaissance e antigo primeiro-ministro, expressou publicamente o seu apoio a Sébastien Lecornu e formulou votos de sucesso na nova missão.ANG/RFI

Suécia/Ministra da Saúde desmaia numa conferência no primeiro dia no cargo

Bissau, 10 set 25(ANG) - recém-nomeada ministra da Saúde da Suécia desmaiou e caiu ao chão, na terça-feira, dia 9 de setembro, a meio de uma conferência de imprensa - precisamente na sua apresentação ao país.

Elisabet Lann juntou-se ao executivo de Ulf Kristersson nesse mesmo dia, após ser nomeada para o cargo. O seu antecessor Acko Ankarberg Johansson tinha-se demitido na segunda-feira.

O desmaio da ministra rapidamente ficou viral nas redes sociais, com as imagens a ilustrar o momento.

O vídeo mostra Lann a deixar cair, devagar a princípio a cabeça, e a curvar-se. Depois debruça-se para a frente, apoiando-se no púlpito, que não aguenta com a ministra e tomba para a frente.

Lann cai no chão, batendo com a cabeça no púlpito, e é rapidamente assistida pela vice-primeira-ministra da Suécia, que estava ao seu lado, e a vira de costas.

Logo a seguir, a sala, cheia de jornalistas, acorre para auxiliar Lann, que aparenta estar inconsciente.

A ministra terá então sido acompanhada para fora da sala, com a ajuda da segurança no local, mas voltou pouco depois, e explicando que teve uma hipoglicemia, ou seja, uma quebra de açúcar no sangue.

“Isto não foi exatamente uma terça-feira normal, mas é o que pode acontecer quando se tem uma hipoglicemia”, alertou a ministra da Saúde sueca.

Um jornalista no local, citado pelo News.com.au, contou que o incidente “pareceu grave”. “Ela caiu mesmo à minha frente”, disse.

No seguimento do desmaio, a conferência de imprensa acabou por ser cancelada.

Elisabet Lann desmaiou após fazer um discurso de apresentação na tarde de terça-feira, e de ter passado a palavra ao ministro dos Assuntos Sociais suecos, Jakob Forssmed.ANG/Lusa

Guerra da Ucrânia/Suécia, Noruega e Letónia condenam violação do espaço aéreo polaco

Bissau, 10 set 25(ANG) - Os Governos da Suécia, Noruega e Letónia consideraram hoje inaceitável a violação do espaço aéreo polaco pela Rússia e manifestaram o seu apoio à Polónia, sublinhando que os aliados "devem trabalhar em conjunto".

"A violação russa do espaço aéreo polaco esta noite é inaceitável. A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia representa uma ameaça à segurança de toda a Europa", disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, na rede social X.

 A Polónia, segundo Kristersson, "tem todo o direito de defender o seu espaço aéreo".

As Forças Armadas polacas declaram que durante um ataque russo à Ucrânia, na madrugada de hoje, dezenas de drones russos entraram no espaço aéreo polaco, obrigando as suas defesas a neutralizar alguns destes.

"Oferecemos o nosso total apoio, enquanto aliados da NATO e membros da União Europeia (UE). A Suécia e a Polónia mantêm-se unidas no seu apoio à Ucrânia", acrescentou Kristersson.

O Presidente da Letónia, Edgars Rinkevics, fez uma declaração semelhante, expressando o "total apoio e solidariedade" do seu país à Polónia.

De acordo com Rinkevics, o que aconteceu durante a madrugada é um "claro testemunho" de que a agressão russa na Ucrânia os afeta diretamente e que devem ser tomadas as medidas adequadas.

"Os aliados estão e devem continuar a trabalhar em conjunto", afirmou também no X.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Noruega, Espen Barth Eide, acrescentou na mesma plataforma que a violação do espaço aéreo polaco por parte da Rússia é "profundamente preocupante".

"Saúdo a estreita coordenação entre as autoridades polacas e a NATO. A Noruega reafirma o seu forte apoio à nossa aliada Polónia e o nosso compromisso mútuo com a segurança europeia", concluiu o líder norueguês.

As Forças Armadas polacas afirmaram que abateram alguns dos drones que invadiram o seu espaço aéreo e que iniciou "imediatamente os procedimentos defensivos".

"As forças polacas e aliadas monitorizaram dezenas de objetos por radar e, considerando aqueles que poderiam representar uma ameaça, o Comandante Operacional das Forças Armadas polacas decidiu neutralizá-los", indicou o comando.

O dispositivo da Força Aérea polaca e da NATO foi colocado em alerta esta madrugada para garantir a segurança do espaço aéreo da Polónia, depois da Força Aérea da Ucrânia ter alertado que drones russos entraram no espaço aéreo da Polónia, membro da Aliança Atlântica.ANG/Lusa

   Moçambique/Governo lamenta homicídio de polícias e demarca-se do crime

Bissau, 10 set 25(ANG) - O ministro da Justiça moçambicano lamentou hoje as mortes de agentes da polícia a tiro que ocorrem desde junho na Matola, arredores de Maputo, e afastou qualquer comando do Governo, referindo que decorrem trabalhos para esclarecer os casos.

"Tem havido assassinato de polícias e de cidadãos no seu geral, então não é porque isso seja algum comando do Governo ou de alguma entidade, mas temos lamentado profundamente o sucedido e está sendo feito um trabalho no sentido de esclarecer os casos", disse Mateus Saize, ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, questionado por jornalistas à margem de um evento em Maputo.

O governante afastou qualquer hipótese de o Governo estar envolvido no homicídio dos agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), referindo que o executivo não permitiria o crime até porque "todo o cidadão tem direito à vida".

"Não sei se o que levou ao assassinato [foi] um motivo profissional, não tenho informações. Estamos a aguardar as investigações que estão a ser feitas pelo setor devido (...) para podermos apurar as reais causas do sucedido", referiu ainda Mateus Saize.

Em causa está o homicídio a tiros de agentes da PRM ocorridos desde junho na Matola, num crime maioritariamente denunciado nas redes sociais, através de vídeos filmados por populares.

O último caso ocorreu às 08:00 (07:00 em Lisboa) de terça-feira, no qual um membro da corporação moçambicana, com categoria de sargento principal, foi alvejado mortalmente quando se encontrava no interior da sua viatura, numa zona denominada Mangueiras, área de jurisdição da sétima esquadra da polícia, no bairro T3, na província de Maputo.

"Indivíduos ainda não identificados, em número não especificado, fazendo-se transportar em viaturas ainda por apurar e munidos de armas de fogo do tipo AKM, efetuaram disparos contra uma viatura de marca Toyota, modelo Mark X, cor preta (...), que saía de uma residência", referiu o Comando Provincial da Polícia da República de Moçambique em Maputo, em comunicado.

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o homem sem vida no banco do motorista, com o painel do carro ligado e o vidro traseiro perfurado por diversas balas.

O comando da polícia na província de Maputo reiterou o compromisso de "tudo fazer" para identificar e neutralizar os envolvidos no crime, endereçando condolências à família do agente morto e apelando para "calma e tranquilidade" da população.

Este é o quarto evento violento de género que ocorre na Matola, desde junho, tendo sido agentes da polícia moçambicana as vítimas em dois casos.

Em 04 de julho, pelo menos quatro pessoas foram mortas numa troca de tiros com agentes da Polícia da República de Moçambique (PRM), durante uma operação para impedir um assalto de uma empresa de construção civil na Matola.

A polícia moçambicana avançou, na altura, que pelo menos três dos mortos pertenciam ao grupo de mais de 1.500 reclusos evadidos da cadeia em dezembro.

Em 02 de julho, a PRM confirmou o homicídio de dois agentes da corporação, com 54 tiros, na manhã desse dia, e ferimentos por bala de uma mulher de 78 anos, também na Matola, arredores da capital moçambicana.

O primeiro caso aconteceu também na Matola, na noite de 11 de junho, quando um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da PRM foi morto com cerca de 50 tiros, no bairro Nkobe, por três homens até ao momento não identificados.ANG/Lusa