Governo simplifica entrada de
estudantes e pequenos empresários
Bissau,12 set 18 (ANG) – O governo português vai simplificar a
entrada naquele país dos estudantes e pequenos empresários, sobretudo de países
de língua oficial portuguesa, de acordo com as alterações à Lei dos
Estrangeiros, publicadas terça-feira em
Diário da República portuguesa.
Os estudantes estrangeiros, conforme avançou a rádio portuguesa
TSF, são os grandes beneficiados desta alteração.
A cumprirem-se as novas determinações, a partir de Outubro do
corrente ano deixam de ser necessárias tantas visitas aos serviços do Serviço
de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) para os estudantes que, de forma sazonal, ou
a longo prazo, queiram fazer a formação em Portugal.
O referido jornal on-line avança ainda que no decreto
regulamentar que o governo português publicou terça-feira, 11, no Diário da
República, são visados estudantes, mas também empresas que queiram beneficiar
dos chamados ‘Startup Visas’, ou seja, vistos de entrada para imigrantes
empreendedores.
No capítulo dos estudantes, o documento destaca os que pretendem
frequentar o ensino profissional, os que querem estar em Portugal por um
semestre, ou todos os oriundos dos países da Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), que passam a ter menos burocracia que os restantes
imigrantes.
Parte dos procedimentos passa a ser electrónico, com
possibilidade de entrega em formatos digitais, dos respectivos documentos, e se
os documentos forem os mesmos não será necessária uma nova apresentação, sendo
utilizados os originais ou das cópias que já estejam na posse dos serviços.
Tanto no caso da concessão inicial, como nas renovações, o processo
pode avançar em qualquer delegação do SEF, e pode ser agendada antes mesmo da
chegada do imigrante a Portugal.
É também dispensada, em alguns casos, a obrigatória entrevista
no consulado de Portugal no país de origem do imigrante.
Os novos procedimentos beneficiam também os trabalhadores
independentes e vão permitir acelerar a legalização de imigrantes que chegaram
a Portugal por razões humanitárias.
Os novos mecanismos só entram em vigor em Outubro, mas foram
testados durante este verão, nos consulados de Portugal, na cidade da Praia, e
em São Paulo, no Brasil, para preparar a chegada de estudantes daqueles países
ao ensino superior português.
O governo de Portugal justifica a mudança com a necessidade de
atrair mais imigrantes para aquele país, segundo o seu ministro da
Administração Interna, precisa de mais imigrantes para combater o problema da
demografia. ANG/Inforpress/Lusa
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