quarta-feira, 19 de setembro de 2018

LGDH


Vice-presidente  apela maior envolvimento do Estado no combate ao casamento forçado 

Bissau, 19 Set 18 (ANG) – O Vice-Presidente da Liga Guineense de Direitos Humanos (LGDH), apelou hoje uma forte intervenção do Estado, no combate a prática de casamento forçado e precoce no país.

Em entrevista exclusiva á Agência de Notícias da Guiné (ANG), Vitorino Indequi, manifestou a sua preocupação sobre os dados estatísticos apresentados pela Associação dos Amigos das Crianças Guineenses (AMIC), segundo os quais foram registados no país 92 casos de casamento forçado entre 2009 e 2017.

Acrescentou que os  dados apresentados pela AMIC não é nada bom para o país, pelo que o Estado  deve aplicar  medidas para travar o avanço da prática no país inteiro.

“A LGDH tem desenvolvido vários trabalhos  com diferentes ONGs, sobretudo com a AMIC, de sensibilização das comunidades, a fim de levar os pais a compreenderem  que nenhum ser humano  deve ser obrigado a casar com quem não quiser”, disse Vitorino Indequi.

O Vice-presidente da LGDH assegurou que a referida prática já traumatizou várias meninas, ao  ponto da sua Organização tever que arranjar psicólogos para assistí-las  e reinseri-las  na sociedade. 

“Muitos encarregados de educação para fugir da responsabilidade de criar as netas, recorrem a casamentos forçados, havendo os que o fazem por benefício próprio , pondo em risco a vida da própria neta”, sustentou .

De acordo com Vitorino Indequi, a LGDH não vai desistir de trabalhar lado a lado com todas as ONGs que trabalham neste domínio, com a finalidade de desencorajar a prática.

 ANG/LLA/ÂC//SG

 

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