“É preciso criar novas forças para salvar o país da
situação em que se encontra”, diz o líder do PUN
Bissau 17 set 18 (ANG)
– O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN), afirmou que o problema da
Guiné-Bissau ultrapassa a classe política e que é preciso buscar um denominador
comum de forma a criar uma nova força para salvar o país.
Idrissa Djaló que falava
no sábado, na abertura da 1ª Conferencia do partido subordinado ao lema “Um
Partido Moderno para uma Nova Guiné “, disse que apesar da ideia do seu partido
divergir com outros, nunca duvidou de que são também guineenses e que juntos
devem enfrentar os desafios que ao país se impõe.
“Hoje, a Guiné-Bissau
está completamente parado, as actividades económicas acabaram com a excepção
dos estrangeiros que ainda conseguem sobreviver. Todos os empresários nacionais
se refugiaram na política para terem casas, carros e viagens para as mulheres”,
disse.
Segundo o líder do PUN, nos próximos tempos o sistema
político vai ser confrontado com uma pressão terrível, “porque todo mundo vai
fazer política para buscar o seu bem-estar “.
Djaló frisou que um país não pode viver só de
política e desprezar outros sectores de desenvolvimento, tais como iniciativas
empresariais, agricultura, a religião, arte e pintura, salientando que caso
isso continuasse será a maior ameaça que a Guiné-Bissau vai enfrentar.
“Quando a política
perde a sua dimensão moral, filosófica e ética, passa a ser um jogo de
interesse onde tudo vale. Foi isso que nos fez chegar onde estamos. Passamos os
últimos quatros anos numa luta terrível, onde ninguém beneficiou e os
guineenses perderam mais uma oportunidade de alavancar o país”, lamentou
Idrissa Djaló.
O Líder do PUN
salientou que no espaço de concertação dos partidos democráticos que engloba,
entre outros, a Aliança Popular Unida (APU-PDG),Partido Africano da
Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), União Para a Mudança (UM) e o PUN
decidiram que a luta democrática por mais que seja complicada, nunca vão
recorrer aos militares ou a violência contra José Mário Vaz e seus apoiantes,
mesmo que isso significaria a derrota do colectivo.
Djalo disse que na
situação em que o país se encontra um único partido não vai poder o resolver,
explicando que foi aí que entra a inteligência de Cabral quando queria fazer a
luta armada. Mostrou um bom exemplo unindo todo o povo guineense numa frase
simples que é unidade e luta, porque sabia que divididos nunca ganhariam aos
colonialistas portugueses que tinham maior potência bélica.
“E é isso que temos que
fazer para que o país tome o rumo de desenvolvimento que tanto almeja”, frisou.
A 1ªConferencia do PUN
decorreu entre os dias 15 e 16 em Bissau e contou com 300 delegados vindo de
todo o país e no encontro o Presidente cessante foi reconduzido por um mandato
de quatro anos.
Tomaram parte na cerimónia os partidos políticos nomeadamente, o PAIGC, UM, PCD e contou com um convidado especial, o ex-candidato as presidenciais de 2014, Paulo Gomes.
ANG/MSC/ÂC//SG
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