A memória da terça-feira negra 17 anos depois
Bissau,11 set 18 (ANG) - Às 8h46 de 11 de setembro
de 2001, aquilo que parecia ser uma normal terça-feira na cidade que nunca
dorme, perdeu toda a normalidade.
Um avião
embateu contra a torre norte do Worl Trade Center, a primeira cena de um
atentado terrorista dividido em quatro atos que tirou a vida a perto de três
mil pessoas.
Oito da manhã. Na cidade que nunca dorme, aquela
terça-feira era vivida com o reboliço normal de um dia de trabalho em Nova
Iorque. Ruas cheias de vai-vem, metro entupido, homens e mulheres de pastas ao
ombro, sempre a correr, sempre atrasados. Longe de saberem, de imaginarem
sequer, que nunca mais esqueceriam aquele dia, que muitos deles não
sobreviveriam aquele dia.
Quarenta e seis minutos depois um avião colide
contra a torre norte do World Trade Center. Era o voo 11 da American Airlines,
que tinha deixado o Aeroporto de Boston às 7h59, rumo a Los Angeles. Lá dentro
seguiam uma tripulação de 11 membros, 76 passageiros e, soube-se depois, cinco
sequestradores. Começava aqui o dia mais longo da história dos EUA e o mais
fatal atentado terrorista da História mundial.
Três minutos depois das nove da manhã. Quando ainda
se pensava que uma pequena avioneta havia embatido na torre norte, um segundo
aparelho colide com a torre sul das chamadas torres gémeas. Era o voo 175 da
United Airlines, que tinha deixado o Aeroporto de Boston às 8h14 em direção a
Los Angeles, com uma tripulação de nove membros, 51 passageiros e outros cinco
terroristas.
Ficava aqui claro que não era uma avioneta inocente
que tinha embatido na primeira torre e começava a adivinhar-se uma dimensão
muito superior para estes acontecimentos. Uma ideia reforçada com a colisão do
voo 77 da American Airlines, que viajava do Aeroporto Internacional Washington
Dulles, na Virgínia, também para Los Angeles, e às 9h37 embateu com o
Pentágono. A bordo uma tripulação de seis membros, 53 passageiros e cinco
sequestradores.
Cerca de trinta minutos depois, o voo 93 da United
Airlines, que fazia a rota entre o Aeroporto Internacional de Newark e São
Francisco, com uma tripulação de sete membros, 33 passageiros e quatro
terroristas, caiu perto de Shanksville, na Pensilvânia, depois de um grupo de
passageiros se terem rebelado, impedindo que o avião cumprisse o seu propósito:
o Capitólio ou a Casa Branca.
Foi sensivelmente pela mesma altura que a torre sul
do World Trade Center se desmoronou, ferro contra ferro, uma nuvem de poeira e
destroços que parecia levar tudo consigo e não permitia adivinhar o que ficaria
de pé quando o pó assentasse. Mas ainda antes disso a segunda torre seguiu o
mesmo destino. Horas mais tarde, pelas 17h21 colapsava a torre 7 do complexo do
World
Trade Center 7, depois de horas e horas de
incêndios. Antes, porém, mais de 200 pessoas optaram por saltar dos edifícios
para uma morte certa
Imediatamente após o embate do primeiro avião,
várias unidades de bombeiros da zona de Nova Iorque começaram a deslocar-se
para o local. Não sabiam ainda a dimensão daquilo que os aguardava e que ditou
a morte de 411 trabalhadores de emergência que procuraram resgatar pessoas e
apagar os incêndios que entretanto consumiam os edifícios alvo de
ataques.
Segundo o Instituto Nacional de Padrões e
Tecnologia cerca de 17400 civis estavam no complexo do World Trade Center
aquando dos ataques, a Autoridade Portuária de Nova Iorque contabiliza 14154 no
interior das torres gémeas à hora do embate do primeiro avião, na torre norte.
No total, na sequência dos ataques terroristas de
11 de setembro de 2001, morreram 2996 pessoas, das quais 19 eram terroristas. O
ground zero, nome dado à zona do World Trade Center, foi considerado totalmente
limpo no final de maio de 2002, e a 11 de setembro de 2011 ali foi inaugurado o
Memorial & Museu Nacional.
ANG/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário