quinta-feira, 27 de janeiro de 2022


Projecto LIFFT CASHEW
/ Diretor de departamento agrícola  considera de positivo balanço dos quatro anos  de operação na Guiné-Bissau

Bissau, 27  Jan 22 (ANG) – O Responsável do Departamento Agrícola do projeto americano LIFFT CASHEW considerou de positivo o balanço de quatro anos de funcionamento na Guiné-Bissau.

“Concedemos apoios em   meios materiais, financeiros, para formações,  construções de armazéns, pistas rurais   e conseguimos reunir oito cooperativas  agrícolas em todo o país” disse Ibrahim Ciss, em entrevista à Agência de Notícias da Guiné(ANG).

Acrescentou  que nesses  anos   o projeto financiou os processadores  num valor de 58 milhões de francos CFA, para compra de castanha nas mãos das cooperativas e transformá-las para exportação.

Antigamente, segundo Ciss,  os produtores vendiam  individualmente suas castanhas a qualquer preço, porque não havia  armazéns de stock de  qualidade, tendo garantido que estão a trabalhar com as referidas cooperativas para  a venda coletiva, devendo  reunir toda a castanha recolhida,  para de seguida serem  armazenadas.

“O projeto já reuniu  todas as condições  e que vai entrar em contato com os compradores para que estes interragissem diretamente com os produtores, sem precisar de intermediários”, disse.

Segundo este responsável, o projeto LIFFTcashew tem um componente chamado “acesso ao financiamento” que está a trabalhar como intermediário entre os Bancos  e as cooperativas, a fim destes beneficiaram de empréstimos, mas diz que está  um pouco difícil, porque a Guiné-Bissau não possui nenhum Banco Agrícola.

Entretanto, afirmou que o projeto decidiu subvencionar os Bancos com  um fundo   para que as cooperativas possam beneficiar de  empréstimos, que os  permite  ter um histórico que lhes credibiliza perante a banca.

Também está em curso um outro sistema de recibo de armazém, que vai permitir  todos os produtores agrícolas estocarem seus produtos em armazéns de qualidade, onde serão bem  inspecionados.

Sublinhou que, com os referidos armazéns , se  o produtor da castanha de caju entender que não deve vender seu produto no preço anunciado pode estocá-lo para vender num preço mais rentável.

 Ibrahim Ciss disse que ao estocar a castanha o produtor vai receber um recibo que lhe permite fazer empréstimo no Banco até em oitenta por cento do valor estocado no armazém.

 O projeto LIFFT CASHEW  opera em três países da sub-região nomeadamente  Guiné-Bissau, Gâmbia e  Senegal, também trabalha em parceria com  a Câmara de Comércio, Indústra, Agricultura e Serviços (CCIAS) Agência Nacional de Caju (ANCA-GB) e as Associação Nacional  dos Agricultores(ANAG).ANG/JD/ÂC//SG

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