Política/PAIGC
continua sem data para realização do
seu X Congresso
Bissau, 14 jun22(ANG)
– O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) continua sem
data para a realização do seu X Congresso ordinário “devido aos problemas
judiciais”.
A revelação é do
Presidente da Comissão Organizadora do X
Congresso daquela formação politica, Manuel dos Santos, em declarações hoje à
imprensa.
“Como sabem depois do
acordão do Tribunal regional de Bissau, o ex militante Bolom Conté recorreu ao Tribunal de Relação e como esta
instância judicial se depara com falta de juízes não pode analizar o recurso e
eventual pronunciamento. Isto quer dizer que estamos dependentes deste processo
judicial, mas nós esperamos que esta
situação seja resolvida”, disse Manuel dos Santos.
Em relação as declarações
proferidas pelo porta voz da Presidência da República Óscar Barbosa (Kankan)
segundo as quais o líder do PAIGC teria condicionado
a participação do Governo de Iniciativa Presidencial com a intervenção do Presidente da República no sentido deste mandar parar
os processos judiciais que pendem sobre ele, Manuel dos Santos disse que as
referidas informações não correspondem a verdade.
“Apresentamos várias proposta ao Chefe de Estado durante as negociações, para que seja assumido
um compromisso claro com vista a observância dos princípios de pleno exercício
da Liberdade de Reunião e de Manifestação, conforme estabelecido na
Constituição da República”, disse.
Segundo um comunicado do
Secretariado Nacional do PAIGC lido hoje na voz do seu Secretário Nacional para
Informação e Comunicação, Muniro Conté, o partido apresentou ainda outras condições
para integração no Governo.
Dentre as condições apresentadas constam o respeito aos direitos
humanos, a adopção de medidas tendentes a consolidação do Estado de Direito
Democrático, sobretudo em matéria dos diretos de liberdades fundamentais como
as de expressão e de reunião, bem como a criação de condições políticas que
permitam a realização de eleições livres, justas e transparentes.
Como proposta para eventual integração do partido no governo, conforme o
comunicado, o PAIGC solicitou, entre outras, o respeito pelas decisões da
Assembleia Nacional Popular, em matéria de levantamento de imunidade dos
Deputados, sobretudo à decisão concernente a Domingos Simões Pereira, que,
segundo o PAIGC, está a ser vítima de uma perseguição política, através de uma “medida
de coação injusta e ilegal”, imposta pelo Ministério Público.
Apesar disso, de acordo com o documento, o PAIGC continua aberto ao
diálogo e reitera a sua disponibilidade em participar e contribuir no processo
que deverá conduzir a realização de eleições legislativas livres e justas, num
ambiente de paz e de estabilidade política, com pleno respeito às liberdades e garantias
dos cidadãos e das organizações civis e políticas.
O partido, refere o comunicado, repudia o facto de a sua posição devidamente
clarificada nas resoluções do Bureau Político estar a ser alvo de uma tentativa
de distorção, considerando que posições desta natureza não contribuem para um
clima de diálogo e de confiança institucional que deve nortear o relacionamento
entre as entidades com responsabilidades na gestão política do país. ANG/LPG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário