Economia/Ministro prioriza para 2023 continuação de apoios ao setor privado
Bissau, 03 Jan 23
(ANG) - O ministro da Economia, Plano e Integração Regional disse que a
prioridade da instituição que dirige em 2023 vai ser a continuidade de apoios
ao setor privado, “porque deve ser motor da economia do país”.
"É preciso
efetivamente criar condições para apoiar o setor privado, e já começamos a faze-lá
gradualmente com o fundo "Nô Kumpo Terra" . É preciso continuarmos a mobilizar recursos para
este fundo, no sentido de continuar a apoiar o setor privado”, prometeu.
Varela Casimiro disse
que vão continuar a criar condições para a melhoria do ambiente de negócios que
diz ser fundamental e sem o qual não se pode conseguir investimentos.
Frisou que já
avançaram com uma proposta de criação de uma Comissão de melhoria do ambiente de
negócios, no quadro da iniciativa sub-regional da União Económica e Monetária
Oeste Africana(UEMOA) e que deverá permitir a remoção de todas as barreiras que impedem
a realização de investimentos.
Realçou que a Zona de
Livre Comércio Continental Africana(ZLECAF), é uma oportunidade importante para
países africanos, mas que, primeiro, deve-se desenvolver o comércio interno para permitir a exportação
para outros países, porque, segundo Casimiro Varela, a porcentagem da
Guiné-Bissau ao nível de comercio inter-africana é muito baixa.
“A criação de ZLECAF
é uma iniciativa muito importante e ambiciosa da União Africana que todos devem
abraçar para aproveitar e negociar melhor com outros blocos que existem ao
nível mundial”, salientou José Carlos Varela.
Questionado sobre a
situação da não exportação até presentemente de grande quantidade de castanha
de caju, o ministro lamentou o sucedido realçando que esse produto representa mais de 80 por cento
das exportações do país.
“O que aconteceu em
2022 é extremamente preocupante com impacto direto no Produto Interno Bruto (PIB)
e vai haver uma ligeira redução do PIB”, disse o ministro acrescentando que 2021 o país cresceu em volta de 6,4 por cento
mas que este ano as previsões apontam para o crescimento de apenas três por
cento do PIB e o caju é o principal contribuinte do PIB.
“A situação que o país atravessa por causa de
castanha de caju, em relação a mais de mil toneladas de castanha de caju que ainda não se conseguiu exportar é preocupante, porque há a tendência
de se misturar com a castanha de campanha de caju de 2023, o que será complicado
para os compradores”, frisou o governante.
José Carlos Varela sublinhou que é preciso, a todo
momento, o governo dilingenciar esforços
para apoiar o setor pri
vado para o escoamento,o mais rápido possível, da parte
do produto ainda por exportar.
“Houve vários
problemas que afetaram a questão de exportação, e que têm a ver com uma empresa
muito forte na logística que criou grandes problemas a nível de exportação que é
a Maersh”, disse.
A par disso, o
ministro apontou a flutuação constante dos
preços de caju no mercado internacional, e que diz ter afetado toda a tendência de exportação, o que vai ter impacto
muito negativo, quer ao nível de exportação, do balanço de pagamento assim como
ao nível do Tesouro Público.
“É preciso ser feito
um trabalho de casa a nível de setor da caju, nomeadamente o combate às pragas, a renovação de pomares e a
diversificação das culturas”, salientou o ministro da Economia, Plano e
Integração Regional.
Disse que existe um
Plano Nacional de Desenvolvimento em que a aposta será a diversificação da exportação, e que
prevê a integração do setor das pescas, para aumentar o nível de exportação e
produção local.
O governante sustentou que, para além das
pescas também existem frutas, legumes e outros setores que podem ser diversificadas para que o país possa
sair dessa amarra ao setor de caju.ANG/MI/ÂC//SG
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