Inacep/“Atualmente, a empresa funciona apenas para pagar salários, pensar no lucro é impossível”, diz DG
Bissau, 06 Jan 23 (ANG)- O
Director-geral (DG) da Imprensa Nacional,EP (Inacep), Paulino Mendes disse esta, sexta-feira, que a gráfica estatal com
autonomia financeira própria funciona apenas para pagar salários dos funcionários.
“Não é normal que uma empresa trabalhe apenas
para pagar salários, porque a finalidade de qualquer que seja empresa é também
o de obter lucros, dar melhor condições de vida e de trabalho aos seus
funcionários”, disse o Director-geral da Inacep.
Mendes contou que a empresa conta agora com cerca de 140
funcionários mas que, na realidade, precisa de contar com apenas 30.”Existem pessoas que estão na empresa mais que não
produzem algo se quer”, disse.
Questionado sobre a possibilidade
de deminuir os funcionários respondeu
que, de momento é impossível tirar as pessoas de trabalho “porque, não há como
as indeminizar” .
“Iniciamos em 2022 com
alguns problemas ligados às nossas máquinas, mas felizmente, conseguimos fazer
com que algumas funcionassem, sobretudo a maior que temos ”, referiu.
O Director-geral de Inacep
disse que estava a espera de se
encarregar da produção de Boletins de Recenseamento eleitoral mas que acabou
por ver esse serviço ser encomendado à uma empresa privada, o que diz ser “um
absurdo”
“Temos dificuldades na questão de potencial
clientetela, uma vez que o Estado acaba por afetar o que ele mesmo chamou de
servíço de exclusiva competência da gráfica nacional à gráficas privadas, e com
finalidades desconhecidas”, disse Mendes.
Perguntado se estão a prever
algo para inverter essa situação, Paulino Mendes disse que sim, “porque
essa tendência deve ser invertida”.
Acrescentou que, ainda no
decorrer de 2023, essa situação pode ter
como consequência um “eco” nas instâncias judiciais, “para se valorizar a competência da gráfica pública” .
“Na regra, foi elencado um conjunto de matérias de atividade
concorrêncial. Mas, o Estado criou um regime excepcional onde ficou esclarecido
alguns trabalhos que devem ficar afeto à gráfica pública, por razões de documentos
oficiais, de segurança de Estado. Estes não podem ser feitos em qualquer que seja sítio”,
disse.
O Director-geral da Inacep,
disse que aprovaram recentemente um “orçamento
tímido”, com o seu plano de actividades,
que foram submetidos à tutela para
efeitos de promulgação, conforme impõe o Estatuto da Inacep. Acrescentou que vão concluir a elaboração de códigos de procedimentos
para orientar as suas atividades.
“Vão ser montadas as máquinas de desenhos de medalhas e
de impressão à estampilha ouro, que já estão na Inacep, aguardando pelo técnico
que deve chegar, no final do mês, para fazer a montagem”, revelou Paulino
Mendes.
O responsável da Inacep
disse que, com os fracos meios que têm estão a melhorar alguns serviços e que têm
em manga a aquisição de espedientes para
trabalho, nomeadamente: cadeiras, viaturas, entre tantos.
Contou que perspectivam para
2023, a retoma dos pagamentos à
Segurança Social, suspensos desde 2001. “Quando os funcionários estão
fora do sistema de Segurança Social a empresa normalmente acarreta mais
problemas”, disse dando como exemplo, os
casos de acidentes de trabalho, encargos com os que estão na idade ds reforma,
entre outros.
Paulino Mendes prevê o
estabelecimento de mais parcerias para
minimizar as dificuldades com que se deparam no momento, e estacou entre os parceiros que
apoiaram a empresa em 2022, a Casa de Moeda de Portugal. ANG/AALS//SG
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