Espanha/Governo socialista e partido de Puigdemont assinam
acordo
Bissau, 10 Nov 23 (ANG)
– O
primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, obteve,quinta-feira, o apoio do
partido do independentista catalão Carles Puigdemont, essencial para a sua
reeleição, em troca de uma polémica lei de amnistia que está a aumentar as
tensões no país.
Após semanas de intensas negociações, o
Partido Socialista de Sánchez e o partido Juntos pela Catalunha (Junts per Catalunya) de
Puigdemont, assinaram um acordo na manhã de quinta-feira em Bruxelas, onde o
separatista se tinha refugiado para escapar ao processo judicial movido contra
si, após a fracassada tentativa de secessão da Catalunha em 2017.
Esse acordo que permitirá a Pedro Sánchez
manter-se no poder em troca de uma amnistia aos separatistas catalães, é
bastante controverso e contestado por certas franjas da cena política
espanhola.
Segundo Santos Cerdan, do Partido Socialista
Espanhol (PSOE), numa conferência de imprensa em Bruxelas, a 9 de novembro de
2023, onde também participou o líder separatista catalão Carles Puigdemont,
o acordo tem como objetivo "dar estabilidade à legislatura de quatro
anos".
Graças a esse acordo, os sete deputados do
Junts, cujos votos são decisivos num parlamento altamente fragmentado, irão
votar para a reeleição do socialista, contra quem opunham nos últimos anos uma
oposição frontal.
O debate e a votação para a nomeação de
Pedro Sánchez deverão ter lugar na próxima semana, duas semanas antes de 27 de
Novembro - data limite, o que subentende a convocação para novas eleições.
Em troca do apoio dos independentistas
catalães, Pedro Sánchez aceitou a exigência de Puigdemont quanto a uma lei de
amnistia para os líderes e ativistas catalães atualmente processados pelo seu
envolvimento na tentativa de secessão de 2017, numa das piores crises políticas
ocorridas na Espanha contemporânea. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário