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Exército aceita pausas humanitárias diárias no norte da Faixa de Gaza
Bissau,
10 Nov 23 (ANG) - Israel aceitou pausas humanitárias de quatro horas diárias na
Faixa de Gaza, a começar na quinta-feira(09), anunciou a Casa Branca que adianta que as pausas serão
informadas com três horas de antecedência.
Pausas humanitárias
diárias no norte da Faixa de Gaza, vão permitir aos civis palestinianos
deixarem a zona, onde os militares israelitas combatem com o Hamas. Todavia,
Telavive avisa que não há perspectivas de um cessar-fogo.
Em declarações, quarta-feira
à noite, ao canal FOX, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu,
sublinhou que "um cessar-fogo com o Hamas significaria a rendição" do
seu país. E repetiu que o objetivo de Israel é "erradicar o Hamas".
"Nada nos deterá", concluiu.
No entanto, Israel
concordou com "pausas" humanitárias diárias, a partir de
quinta-feira, para permitir que os civis fujam do norte para o sul do
território.
Segundo o porta-voz do
Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, são pausas "de
quatro horas em algumas áreas do norte da Faixa de Gaza e serão anunciadas com
três horas de antecedência". Washington recebeu a garantia de que
"não haveria operações militares nessas áreas durante a pausa".
De acordo com o Gabinete
de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA), o número de deslocados
em Gaza agora é de 1,6 milhões de pessoas, dos 2,4 milhões de habitantes da
Faixa de Gaza.
No norte, alerta a ONU,
onde ainda permanecem centenas de milhares de pessoas, "a falta de
alimentos está a tornar-se cada vez mais preocupante". Desde há oito dias
que nenhuma organização foi capaz de fornecer assistência ao norte da Faixa de
Gaza.
As autoridades
israelitas avançam que, desde 07 de Outubro, cerca de 9.500 roquetes foram
lançados a partir da Faixa de Gaza em direção a Israel, a maioria interceptada.
No entanto, o número de roquetes "diminuiu significativamente" desde
27 de Outubro e o início das operações terrestres.
Netanyahu repetiu na
quinta-feira à noite que Israel não procura "governar ou ocupar"
Gaza, "mas procuramos dar a ela, e a nós, um futuro melhor".
Philippe Lazzarini,
chefe da agência de refugiados palestinianos da ONU (UNRWA), esta quinta-feira,
durante uma conferência internacional organizada em Paris pelo presidente
francês Emmanuel Macron, afirmou que a situação em Gaza se assemelha "mais
a uma crise da humanidade do que a uma crise humanitária". ANG/RFI
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