Justiça/ASMAGUI acusa presidente da ANP de tentativa de politização da justiça
Bissau, 07 Nov 23(ANG) – A Associação dos Magistrados da Guiné-Bissau (ASMAGUI) acusou o presidente da Assembleia Nacional Popular(ANP), Domingos Simões Pereira de tentativa de politização da justiça ou de estabelecimento de uma “agenda indisfarçável da judicialização política de forma lamentável e frustrante”.
A acusação da ASMAGUI vem
expressa num comunicado à imprensa, à que a ANG teve acesso hoje .
Os magistrados acusam DSP de ter reagido à “diligências administrativas para execução da
deliberação n/o 05 do Conselho Superior da Magistratura Judicial de 19 de
Outubro, numa atitude de manifesta interferência indevida,absolutamente inadmissível na atividade judiciária”.
Referem que o presidente da
ANP , na sua comunicação diz que
desconhecia o que se estava a passar no Supremo Tribunal de Justiça, quando o Conselheiro
José Pedro Sambú, apesar de devidamente notificado resiste à execução da deliberação
em referência.
Sobre a situação no Supremo Tribunal de Justiça,à sua chegada
de uma missão no estrangeiro, Domingos Simões Pereira considerou de “não ideal”,
a invasão do STJ por homens armados e fardados, como forma de resolução dos
problemas que afetam a instância judicial.
“Obrigar o presidente do
Supremo Tribunal de Justiça a tomar decisões que possam favorecer algum
grupinho é uma situação que está fora das normas de um estado de direito,
porque na democracia o fundamental é o
respeito às leis do país”,disse o lider do parlamento guineense.
Domingos Simões Pereira pede
ao Governo a criação de uma Comissão de Esclarecimento do sucedido no Supremo
Tribunal de Justiça que teria o mandato de repor a normalidade do seu
funcionamento.
A ASMAGUI no seu comunicado,
diz que,
ninguém sabe, com que propósito se obriga o Supremo Tribunal de Justiça
e seu presidente suspenso preventivamente a tomar decisão no interesse de
entidades estranhas ao poder Judicial.
Segundo a direcção da
ASMAGUI, ficou claro perante todos os guineenses, que tipo de poder judicial e do Estado de Direito
que Domingos Simões Pereira pretende para
o país, para cuja a defesa, preconiza que “ morremos todos ou vivemos todos em
paz”. ANG/JD/ÂC//SG
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