sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Crime



Familiares voltam a carga na exigência de esclarecimento da morte  de Nicandro Barreto
Bissau, 23 Ago 13 (ANG) - Os Familiares do ex-Pprocurador geral da República, Nicandro Pereira Barreto, assassinado há 14 anos, solicitaram hoje as autoridades judiciais guineenses para que tornem públicas as conclusões do inquérito e das investigações efectuadas sobre o caso.
 Em carta endereçada ao Procurador Geral da República, Abdú Mané e assinada pela filha mais velha do malogrado, Nelvina Barreto, os familiares referiram que existe um relatório feito pela polícia judiciária portuguesa e enviada, por via diplomática, ao seu congénere guineense em finais de 1999.
”Acreditamos que esse relatório contem elementos suficientes esclarecedores das circunstâncias e dos autores morais e materiais do assassínio do Nicandro Barreto”, escreve a carta.
O assassinato de Nicandro Barreto ocorreu pouco depois de término do conflito político-militar de 1998/1999,que inaugurou uma nova era na história  sangrenta do país, em que se introduziu o assassinato político como forma de resolver os contenciosos e disputas políticas.
“É nossa convicção que a impunidade e ausência de justiça não deverão constituir uma fatalidade no país, tendo as instituições do Estado, como obrigação primária e intransmissível,  assegurar a protecção, defesa da vida e integridade física dos cidadãos”, disse Nelvina
A família Barreto reafirma que não se abdicará do seu direito legítimo de testemunhar a realização da justiça através da tradução, em juízo, dos autores morais e materiais daquele horrível e cobarde crime, aguardando assim a resposta do procurador-geral da república, para que a justiça seja feita independentemente das implicações ou consequências que possa originar. ANG/JD
  



Poder Tradicional


“Régulos devem abster-se das cores partidárias”, avisa Presidente da República de Transição

Bissau, 23 Ago 13 (ANG) – O Presidente da República de Transição, Manuel Serifo Nhamajo recomendou hoje aos Régulos para não se envolverem em actividades partidárias a fim de poderem granjear mais respeitos e simpatias nos seus reinados.
Nhamadjo que discursava quando presidia a cerimónia da abertura do IIº Fórum Nacional dos Régulos da Guiné-Bissau, disse que, se um Régulo aceitar receber uma motorizada de um determinado partido político para fins de campanha eleitoral, os outros membros da sua aldeia, do partido diferente, não vão o respeitar.
“Um Régulo deve ser uma figura independente da política, se pretende ser de facto “alguém respeitado da tabanca”, que quando houver conflitos possa mediar as partes em litígio”, disse o chefe de estado, que acrescentou, “se ele fazer parte do problema nunca poderá encontrar a solução”.
O Presidente da República de Transição frisou no entanto que as funções de um Régulo não impedem a pessoa de votar no partido que entender nas urnas.
Declarou que os políticos têm sempre a tendência de corromper a sociedade em seus proveitos com intuito de alcançarem o poder, salientando que, em muitas ocasiões, resolvem os seus problemas mas que deixam os régulos numa situação complicada de perda de moral na sua povoação.
Nhamajo exortou aos participantes do Fórum para debaterem os documentos sem emoção para evitar evitar situações de juízes de causas próprias ou seja para que as recomendações sejam benéficas para todos, sem excepção.
Por sua vez, o ministro da Administração do Território e Poder Local, sublinhou que o poder local tem passado por uma longa travessia do deserto, tendo sido repudiado e rejeitado nos anos que se seguiram a independência sob pretexto de ter colaborado e apoiado os interesses coloniais.
Batista Té afirmou que, actualmente, com o empenho do Governo de Transição, inspirado nas acções anteriormente iniciadas, está a recriar novos contornos de colaboração com o poder tradicional numa clara tentativa de busca de ganhos administrativos.
“O objectivo é de, também, restituir o poder tradicional, uma instituição que histórica e socialmente tem sido vital na organização social e gestão quotidiana das vidas das comunidades”, explicou o governante.
Té salientou que nos últimos tempos, o país tem sido assolado por conflitos sobre a posse da terra entre comunidades e individualidades.
“Os conflitos sobre posse da terra protagonizados pelo fenómeno-Ocupantes Tradicionais, tem dificultado as actividades das autoridades da Administração Local, levando aos investidores a absterem-se das intenções de investir no país”, vincou.
O titular da pasta da Administração do Território disse que o drama do casamento forçado e precoce e as acusações de feitiçaria têm aumentado de forma assustadora e repugnante.
Adiantou que a necessidade de sensibilização e persuasão da população para o cumprimento das directrizes emanadas pelo Estado é um imperativo que não pode ser adiado, pelo que não se pode dispensar a intervenção das autoridades tradicionais.
O IIº Fórum Nacional dos Régulos da Guiné-Bissau, com a duração de dois dias, congregou mais de cem chefes tradicionais vindos de todos os cantos do país.
O encontro tem como objectivo discussão e aprovação dos estatutos do Régulo, na perspectiva do poder tradicional passar a ter um papel a desempenhar na gerência de vários conflitos que surgem nas comunidades.
ANG/ÂC

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ameaça de fome nas zonas rurais


PAM prepara inquérito sobre insegurança alimentar

Bissau, 22 Agos 13 (ANG) - O  Programa Alimentar Mundial(PAM) esta a capacitar 30 jovens nos domínios de colecta de dados no terreno com vista a realização de um inquérito nas zonas rurais para se apurar o impacto da má campanha de comercialização da castanha de caju.
Em declarações à Agência de Notícias da Guiné-ANG, Damiata Gregório Mendes, assistente do PAM assegurou que o processo de inquérito que será levado a cabo a partir do dia 26 do corrente mês visa apurar o nível de insegurança alimentar das famílias rurais.
 “Como sabem, a castanha de caju, independentemente de ser a principal fonte da receita do país também é a principal fonte de rendimento das famílias rurais,” disse.
 Damiata Mendes acrescentou que o inquérito vai permitir ao PAM e aos seus parceiros apurarem até que ponto aumentou a prevalência da insegurança alimentar nas zonas rurais.
“ No último inquérito, feito em 2010 em todas as zonas rurais do país, tínhamos uma prevalência de insegurança alimentar de 20%, e neste momento em que se fala constantemente da situação de fome, desconhecemos o actual índice da prevalência da insegurança alimentar nas tabancas”, disse.
“Este inquérito, acrescentou Damiata,  nos permitirá conhecer a disponibilidade dos alimentos, o excesso da família e as suas fontes de rendimentos para  posicionarmos melhor face a este assunto,” .
O PAM, segundo esta assistente, perspectiva, juntamente com os parceiros internacionais, direccionar os seus programas de apoio alimentar aos grupos mais vulneráveis.

Tem sido frequente os avisos das autoridades regionais de que as populações rurais correm risco de enfrentar períodos de fome em consequência da má campanha de comercialização da castanha do caju registada este ano. ANG / BI/SG

Paralisação do sector de luz e água


Trabalhadores da EAGB decretam greve de 15 dias

Bissau, 22 Ago 13 (ANG) - A Empresa de Electricidade e água da Guiné-Bissau (EAGB) vai iniciar, a partir de sexta-feira, 23 do corrente, uma greve  de duas semanas por  incumprimento do protocolo de acordo por parte do  governo, disse hoje à ANG o vice-presidente do sindicato de base dos trabalhadores da empresa.
Infamara Djassi disse que, no seu primeiro encontro com o governo, o sindicato apresentou duas preocupações, nomeadamente o pagamento dos salários atrasados e a aquisição de combustíveis.
Segundo Djassi, o governo prometera pagar os salários num prazo de 48 horas, mas não cumpriu a promessa, limitando-se a comprar “um pouco de combustível”.
O Vice-Presidente do Sindicato de base da EAGB disse que, até ao momento em que falava à ANG, ainda não tinha sido contactado pelo governo para a busca de uma solução consensual que pudesse evitar a paralisação.
“Por isso vamos paralisar tudo amanhã – energia e água, e o serviço mínimo vai ser o atendimento as necessidades do hospital”, confirmou.
Infamara Djassi declarou que caso não houver consenso com o governo até que 15 dias de greve fossem observadas vão entregar um novo pré-aviso de greve para prosseguir a paralisação.
Solicitado a dar a sua opinião sobre a necessidade de privatização ou não da empresa, Djassi respondeu que seria salutar mas que caberá ao governo tomar essa decisão, enquanto responsável pela empresa. ANG/LLA

Liderança do PAIGC


Organização de apoio ao PAIGC de Bafatá anuncia apoio à Braima Camará

Bissau, 22 Ago13 (ANG) - O Núcleo de Apoio ao PAIGC da região de Bafatá,  criado por Botché Candé desde 1994, declarou o seu  apoio à Candidatura de Braima Camará à liderança deste partido no seu próximo congresso.
Num encontro tido com o referido candidato, o Porta-voz do  núcleo, José Mamadu Saico Baldé disse que este grupo decidiu abraçar o projecto de Braima Camará porque o Botché Candé  tomou uma decisão unilateral de apoiar Domingos Simões Pereira.
Saico Baldé referiu ainda que quando Carlos Gomes Júnior declarou que não se candidataria, o Botche Candé foi ter com Braima Câmara tendo pedido a este que candidatasse, “porque Carlos Gomes lhes atraiu”.
Por sua vez, o candidato Braima Camará disse que está ciente de problemas internas do PAIGC,  e pediu à todos para se unirem “porque todas as formações políticas já legitimaram os seus órgãos”.
Braima Câmara acrescentou que lidera um projecto  de convicção criado por um grupo de intelectuais e combatentes que o escolheram devido a sua  humildade, tolerância e e o seu empenho na busca de consensos.
“O congresso não foi realizado até então por causa desse projecto, cada vez que o adiaram” mais aderência teremos Estou convicto de que ninguém do PAIGC tem lição de moral a dar porque até agora não se organizou a própria casa”, disse.
Camará disse que está a espera de marcação da data do congresso, para uma semana antes depositar a sua candidatura para que todos ficassem a saber que o PAIGC desmaiou mas não morreu. ANG/AALS/JD



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

População e Desenvolvimento



Rede de jornalistas sem meios para exercer a sua missão

Bissau, 19 Ago13 (ANG) – A falta de meios materiais e financeiros têm dificultado as actividades da Rede de Jornalistas em matéria da População e Desenvolvimento (REJOPOD).
A constatação vem expressa nas recomendações finais produzidas pelos participantes de uma acção de formação destinada a 20 jornalistas oriundos das rádios comunitárias de todas as regiões do país e que decorreu entre os dias 14 e 18 de Agosto, na cidade de Mansoa.
No evento organizado pelo Ministério da Saúde Pública, os participantes solicitaram ao Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) para ajudar a referida rede a ultrapassar essas dificuldades com vista ao melhoramento do seu funcionamento.
Os participantes exortaram ainda a Direcção dos Serviços da Saúde Reprodutiva sobre a necessidade de partilha de informações no referido domínio, através de mais acções de formação de género, assim como do alargamento de formações à outros domínios sanitários para os membros da rede.
Por outro lado, os jornalistas participantes desta formação prometeram reforçar as acções de Informação, Educação e Comunicação (IEC) sobre a saúde reprodutiva junto ao grupo alvo, com vista a mudança de comportamentos prejudiciais.
Durante os trabalhos foram ministrados os temas como: “Saúde Reprodutiva”, “Mortalidade Materna e o Papel dos Médias”, “Mutualismo para a Saúde” e “Planeamento Familiar”,entre outros.
A sessão de encerramento que contou com presença de Alfredo Claudino Alves, Director dos Serviços de Saúde Reprodutiva foi presidida pelo Director Regional da Saúde de Oio, Salomão Crima, que na ocasião reconheceu o papel  dos jornalistas na promoção da saúde pública.
ANG/JAM

 

Aniversário da ANG


 

“A ANG precisa de mais atenção dos responsáveis políticos do país”, Diz o SECS

Bissau, 21 Ago 13 (ANG) – o Secretario de Estado da Comunicação Social defendeu terça-feira que a Agência de Noticias da Guiné (ANG) precisa de mais atenção dos responsáveis políticos do país.

Por ocasião da celebração do 38º aniversario da ANG, celebrado dia 20 de Agosto, Armindo Handem sublinhou que o órgão mais importante e que merece mais atenção, sem discriminar os outros órgãos, é a ANG.

“ A Agência precisa de mais atenção, e eu, enquanto estiver a frente da Secretaria de Estado da Comunicação Social, vou dar uma  atenção particular à Agencia de Noticias, porque, como disse, é a base da comunicação social,” garantiu.

 Armindo Handem prometeu tudo fazer para que  se consiga meios e equipamentos necessários para o melhor desempenho  dos trabalhadores da ANG.

“ Nestes dois meses a frente da instituição tive a oportunidade de contactar com parceiros nacionais e internacionais  solicitando apoios para que possamos, de facto, equipar os órgãos de comunicação social para o melhor desempenho possível das suas funções”, afirmou.

 Handem considerou  que não é preciso multiplicar repórteres no terreno devido as condições financeiras em que se encontram o estado e os órgãos.

“ Se nós tivermos a oportunidade de criar condições à ANG para que ela faça a recolha e tratamento das  informações e depois distribui-las aos diferentes órgãos de comunicação social teríamos feito alguma coisa para a comunicação social guineense,”disse.

Quanto a qualificação dos trabalhadores da comunicação social,  aquele responsável sublinhou que não se pode descuidar com a formação dos técnicos da comunicação social, estando o sector com carência de pessoal qualificado e motivado.

Por sua vez, o Director-geral da ANG, Salvador Gomes, lamentou o facto de,  no seu 38º aniversário, a ANG se encontrar numa situação de relançamento das suas actividades.

“Constrangimentos de ordem financeira determinaram que as actividades da instituição se limitassem a capital Bissau “ salvo alguns períodos excepcionais”, referiu.

Segundo, Salvador Gomes, a ANG está empenhada no relançamento das suas actividades sobretudo nas regiões, que representam a maior fonte de notícias, visto que perdeu todo o seu equipamento, em consequência do conflito político militar de 7 de Junho de 1998.

“Hoje mais do que nunca é imperativo que a ANG tenha condições para funcionar em pleno. Se funcionar como deve os diferentes órgãos públicos e privados poderão ter, pelo menos, 10 notícias diárias sobre o pais para uso imediato”, disse Gomes

Por seu lado, o presidente do Sindicato Nacional dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social, Mamadu Candé, apelou ao estado para que crie condições materiais e financeiras para que os profissionais da comunicação social possam exercer as suas funções.  ANG/ FGS

 

 

 

 

Nova instituição de caridade


 

 

 Fundação Obiang Nguema  e Amilcar  Cabral apresentada em Bissau

Bissau, 21 JUL 13 (ANG) – Uma nova instituição de caridade denominada “Fundação Obiang Nguema Mbasogo e Amilcar Lopes Cabral”, vai ser apresentada, dia 22 , ao país.

De acordo com uma nota de imprensa  à  que a ANG teve acesso, para o efeito, encontra-se em Bissau uma missão da Republica da Guiné-Equatorial que, deverá  aproveitar  a sua estada na capital guineense para entabular  contactos com algumas Instituições Publicas e Privadas, a fim de conhecer melhor o país com vista a criação de bases para as futuras colaborações.

O grupo será chefiado pelo Presidente do Centro de Investigação e Tecnologico da Guiné Equatorial, Anacleto Olá Mibuy, que tem em agenda a deslocação para o interior do país , concretamente  ao sector de Canchungo, onde  visita a Cooperativa Agrícola dos Ex-estudantes de Cuba.

A delegação guine-equatoriana vai ainda  visitar a Universidade Amilcar Cabral, em Bissau.

A”Fundação Obiang Nguema Mbasogo e Amilcar Lopes Cabral” tem, entre outros objectivos, contribuir para a melhoria da qualidade do ensino formal e não formal através de pesquisas, promoção de investigação sobre  histórias e cultura  dos dois países, a promoção de agricultura, pecuária, produção de alimentos visando o desenvolvimento sustentável e ainda a promoção da língua Portuguesa entre os dois países.   ANG-MSC

Peregrinação à Meca


 

Agência organizadora da viajem satisfeita com afluência de fiéis

Bissau, 21 Ago 13 (ANG) – Mais de duzentos fieis muçulmanos já  manifestaram   o interesse em viajar para Arábia Saudita para a próxima peregrinação à cidade Santa de Meca mas apenas 10 se inscreveram na lista de viajantes.

Em entrevista exclusiva à Agencia de Noticias da Guiné (ANG) , Abdulai Sombille Djaló, director administrativo e logístico da  Agência de Viagem e Turismo Al Daawa Hadj & Oumar encarregue de organizar a viagem disse existir uma certa desconfiança dos fieis devido aos incidentes ocorridos no passado.

 Sombille Djaló garante que a sua instituição prestará um serviço de qualidade durante a peregrinação.

“A agência vai trazer os peregrinos  da Mauritânia, Gâmbia e do Senegal a Bissau para, juntos, viajarem  com peregrinos guineenses,” afirmou.

Cada peregrino deve desembolsar para a viagem à Meca um total de 2.400.000 de franco cfa, valor que, segundo Djaló, cobre as despesas de viagem e estadia.

Entretanto , Abdulai Djaló garantiu que a sua instituição dará a cada peregrino um perdiem  de 200 Dólares americanos, sob forma de donativo.

 “ Já instalamos as nossas representações em Gabú e perspectivamos, para breve, a abertura doutras agências em Canchungo e Bafatá,” referiu.

A empresa que pela primeira vez opera no país, segundo o seu responsável logístico, perspectiva trabalhar no sentido de dar provas de que existe possibilidades de levar fiéis muçulmanos à Meca todos os anos.

Segundo  Sumbille Djaló, os peregrinos estrangeiros residentes no país podem igualmente realizar a peregrinação  desde que  tenham passaporte guineense com validade de  90 dias . ANG PFC/FSG     

 

Defesa do meio ambiente


 
 

Governo decreta proibição de importação, comercialização e uso de sacos de plásticos

 

Bissau, 21 Ago 13 (ANG) – O Governo de Transição acaba de tornar público um Decreto-lei que proíbe a importação, comercialização e uso de sacos de plásticos que em sua composição química tenham como base o polietileno, Propileno e o polipropilino em detrimento de sacos bio degradáveis.

A proibição que começa a vigorar a partir do dia 01 de Setembro foi reafirmada em conferência de imprensa realizada terça-feira, dia 20 do corrente mês, pelo Secretário de Estado do Ambiente e Turismo, Agostinho da Costa.

O governante guineense disse que a existência das referidas substâncias químicas constituem  ameaça à saúde pública, animal e ambiental.

 Costa sublinhou que os sacos de plásticos constituem uma camada impermeável e que a durabilidade para se decomporem leva 450 anos, facto que produz impactos negativos no sistema vivo de produção agrícola, na recarga dos aquíferos e no ecossistemas marinhos e terrestres.

Agostinho da Costa sustentou que o referido decreto-lei visa a preservação e conservação racional dos recursos naturais, e que nesse quadro foram criadas as leis de Inspecção Geral do Ambiente, de Conservação do Mangal, de Proibição de Construção de Casas nas Zonas Húmidas bem como de Crime Ambiental.

No lugar de sacos de plástico, a Imprensa Nacional lança sacos bio degradáveis aos preços que variam entre 10 e 30 francos cfa. ANG/ÂC

 

 

 

 

 

Marinheiros


SINAMAR preocupado com “interferências” no embarque de seus associados

Bissau, 21 Ago 13 (ANG) - O Presidente do Sindicato Nacional Dos Marinheiros (SINAMAR) afirmou  hoje haver muitas  interferências e violações sistemáticas das normas de embarque dos marinheiros por parte de certos governantes em conivência com os armadores.

João Cá que falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné-ANG, disse que, de acordo com a lei em vigor desde a época colonial, todos os marinheiros devem primeiro, se inscrever no sindicato, de acordo com as suas categorias profissionais, devendo o recrutamento para o alto mar ser feito de acordo com as necessidades dos armadores.

 “As normas marítimas estão a ser atropeladas constantemente por agentes do estado ligados ao sector marítimo que as vezes influenciam embarcações, facilitando os seus negócios e familiares sem que estes reúnem as condições necessárias para o exercício dessas funções,” afirmou

Falando de diligências para combater tais desordens este responsável assegurou que está  a negociar um despacho com o Ministro dos Transportes e Comunicações, Orlando Veiga e o Ministro das Pescas, Mário da Rosa, que define as competências das diferentes partes envolventes no processo de embarcação dos marinheiros

 João Cá disse que as dificuldades do sindicato são de origem económica, e motivadas pela recusa de pagar as quotas por parte dos marinheiros que alegam não terem sido embarcados por conta do sindicato. ANG/BI /LLA

 

 

 


 

PRID exige Aristides Gomes devolução de “viaturas do partido”

 

Bissau, 21 Ago.13 (ANG) – O Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), vai entrar com uma acção no Tribunal, para exigir ao ex. Presidente do partido, Aristides Gomes, a devolução das sete viaturas despachadas em nome daquela formação política.

Em declarações exclusivas à Agência de Notícias da Guiné (ANG), o Secretário Nacional do PRID, Marciano Indi disse que as referidas viaturas, como parte do património do partido e que ainda se encontram na posse de Aristides Gomes, devem ser devolvidas.

“Entendemos que, devemos entrar com uma Providência Cautelar no Tribunal, mas o Juiz aconselhou-nos para avançar com uma Acção Principal e estamos a preparar para fazê-la para que  Aristides Gomes possa ir responder nas instâncias judiciais a fim de devolver as viaturas”, sublinhou.

Marciano Indi afirmou que existem documentos que comprovam que as viaturas pertencem ao PRID e sendo assim, devem ser entregues aos actuais dirigentes deste partido, e não deve continuar na posse das pessoas que já abandonaram o partido.

“Penso que é lógico. Mesmo se fosse num agrupamento de Mandjuandade onde se compra as banheiras de água para toque da tina e se um dia um dos elementos do grupo decidir sair, não pode levar consigo as referidas banheiras, quanto mais num partido organizado, legalizado e reconhecido ao nível nacional”, exemplificou Marciano Indi. 

O Secretário Nacional do PRID considerou a postura de Aristides Gomes uma  “apropriação do património do partido com intuito de criar problemas”.

Instado a dizer se a data de 24 de Novembro, marcada pelo Presidente da República de Transição para realização das eleições, será viável tendo em conta os atrasos no início do recenseamento dos eleitores, Marciano Indi disse que o líder do PRID defendera, desde cedo, que é impossível realizar o escrutínio no ano em curso se levamos em conta vários factos reais.

 “Mas como todos os actores políticos e a Sociedade Civil estão a falar em eleições em 2013, entendemos que nós do PRID, como partido, não deveríamos tomar outra decisão contraditória à vontade da maioria”, esclareceu.

Sublinhou que, o que o PRID tinha indicado como estrangulamento à realização das eleições no ano em curso, já está a ser visto por todos.

ANG/ÂC

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Campanha gratuita de registo civil


Ministério da Justiça regista 68.920 cidadãos nacionais em cinco meses

Bissau.16 Ago 13 (ANG) – O Ministro da Justiça revelou hoje  que foram registados em todo país 68.920 cidadãos nacionais, entre crianças e adultos, o correspondente a um terço da população guineense.
Mamadu Saído Baldé fazia  o balanço  da última campanha de registo civil gratuita,   decorrida entre 28 de Fevereiro e 31 de Julho, e  promovida pelo Governo com apoio financeiro de alguns parceiros, entre os quais, a PLAN Internacional, UNICEF e o FNUAP.

Durante cinco meses foram registados na conservatória do registo civil de Bissau e Santa Luzia um total de 6.750 cidadãos .
O número dos cidadãos registados em Quinhamel, região de Biombo é de 3.072, Cachéu- 11. 531 e 17.574 na região de Oio.  
Na zona leste, Bafatá e Gabú foram registados, 14.644 e 4747 cidadãos respectivamente. Enquanto que na zona insular (Bolama Bijagós) foram registados 868 pessoas.
No sul do país, Buba e Tombali foram registados respectivamente, 5.868 e 3.866 cidadãos.   
O Ministro da Justiça considera que o estado da identificação civil e do registo do país, apresenta um retrato preocupante.
De acordo com Mamadú Saido Baldé, as últimas projecções sobre esta matéria apontam para existência de mais de metade da nossa população sem registo, sendo as crianças as mais afectadas.
 “ Acresce a este facto, haver o registo de pouco mais de 380 mil cidadãos com bilhetes de identidades adquiridos”, disse.
Nesta vertente, diz o ministro, deu-se um passo galopante pois conseguiu-se atribuir mais de 120 mil bilhetes de identidade aos cidadãos.
Segundo ele, estes dados traduzem, sem dúvida alguma, um défice enorme em relação ao que se poderia esperar de um país que se tornou independente há mais de três décadas.
“ O estado da identificação civil e do registo civil no nosso país reclama uma intervenção urgente e célere, pois a sua modernização deve ser uma prioridade. Esta tarefa ou imperativo nacional não compete só ao Ministério da Justiça mas sim, a todo o Estado da Guiné-Bissau por ser uma causa nacional”, defendeu.
Na opinião do Ministro da Justiça, o exercício da cidadania passa necessariamente pela obrigação do Estado em atribuir ao cidadão, a condição e o estatuto de guineense, o que “ só é possível com a expansão do registo civil e do bilhete de identidade em todo território nacional”. 

ANG/AMAS                    

Sociedade castrense

   “Carlos Gomes Júnior deve responsabilizar-se pela sua segurança”, diz o General lndjai
Bissau,16 Ago 13 (ANG) – O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau afirmou que o ex. Primeiro-Ministro deposto pelo golpe militar de 12 de Abril do ano passado, terá que responsabilizar-se da sua segurança, se  regressa ao país.
António Indjai  falava quinta-feira na abertura da primeira Conferência dos Serviços de Informação do Estado (SIE) que termina hoje, Sexta-Feira .

O encontro reune 100 agentes da secreta guineense e da contra/inteligência militar,  e o General acusou-os de estarem calados quanto as informações sobre o regresso ao país de Carlos Gomes Júnior.
“Mesmo se não pretendem falar sobre o assunto, podem-se, pelo menos, dizer pelo que ele é guineense e pode voltar ao seu país mas que se responsabilize pela sua segurança”, avisou.
O CEMGFA disse dispor de informações segundo as quais, no seio dos agentes da secreta guineense, uma parte está com o Primeiro-Ministro deposto e a outra não.
“Se tiverem dúvidas, posso mesmo avançar com nomes. Alguns com caras amarelas, outros vermelhos. Nunca tenho medo de dizer a verdade ao ninguém”, vincou.
António Indjai sublinhou que as pessoas que estavam a pedir as forças multinacionais para virem bombardear a Guiné-Bissau, hoje querem candidatar-se nas eleições gerais para dirigir os destinos do povo guineense.
Relativamente a acusação da justiça norte-americana da sua participação numa operação internacional de tráfico de drogas e de armas, o Chefe de Estado-maior das Forças Armadas, declarou que prefere suicidar-se a ser detido por alguém.
“Os americanos que me venham buscar. Ninguém me vai prender porque se eu vir que isso está prestes a acontecer, mato-me. Não sou homem para ser detido”, afirmou Indjai.
Disse que, contrariamente as alegações dos Estados Unidos da América (EUA), Bubo Na Tchuto foi capturado em águas guineenses  não nas águas internacionais, referindo que ele também foi visado pela operação.
No seu discurso, António Indjai afastou qualquer possibilidade de vir a demitir-se do cargo de Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas, dizendo que só deixará as funções se um dia for exonerado por um Presidente eleito. 
ANG/ÂC



  

Justiça


      Capitão da Piroga “Quinara-2” condenado a oito anos de prisão 



Bissau, 16 Ago 13 (ANG) - O Tribunal Regional de Bissau condenou quinta-feira a oito anos e meio de prisão efectiva o capitão da Piroga que naufragou ao largo da capital guineense, em Dezembro passado, matando 36 pessoas.

Segundo o advogado,   Ismael Medina  dos familiares das vítimas do naufrágio, o Tribunal Regional de Bissau decidiu ainda condenar o capitão da piroga "Quinará 2" ao pagamento de uma indemnização de  mil e quinhentos euros por cada uma das pessoas falecidas no acidente.  
 
Após as dez sessões do julgamento, os representantes das vítimas conseguiram que ficasse provado que a piroga transportava 181 pessoas e não 98 como referiam o capitão da embarcação e o delegado da Policia Marítima de Bolama, lha de onde partira a canoa.  
  
 "Dessas 181 pessoas que viajavam na piroga, 36 morreram. Os corpos de 30 foram encontrados e os restantes seis foram dados como desaparecidos até hoje", explicou Ismael Medina.  
 
O Tribunal condenou também o delegado da Polícia Marítima de Bolama a uma pena de prisão efectiva de três anos e três meses.   
 
Devido a responsabilidade do delegado marítimo no caso, foi ainda decidido condenar o Instituto Marítimo Portuário, enquanto entidade patronal, ao pagamento de uma indemnização de doze mil euros por  cada vítima mortal do naufrágio.   
Lusa/ANG