“Carlos Gomes Júnior deve responsabilizar-se pela sua
segurança”, diz o General lndjai
Bissau,16 Ago 13
(ANG) – O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas da Guiné-Bissau
afirmou que o ex. Primeiro-Ministro deposto pelo
golpe militar de 12 de Abril do ano passado, terá que responsabilizar-se da sua
segurança, se regressa ao país.
António Indjai falava quinta-feira
na abertura da primeira Conferência dos Serviços de Informação do Estado (SIE)
que termina hoje, Sexta-Feira .
O encontro reune 100 agentes da secreta guineense e da contra/inteligência
militar, e o General acusou-os de
estarem calados quanto as informações sobre o regresso ao país de Carlos Gomes
Júnior.
“Mesmo se não pretendem falar sobre o assunto, podem-se, pelo menos, dizer
pelo que ele é guineense e pode voltar ao seu país mas que se responsabilize
pela sua segurança”, avisou.
O CEMGFA disse dispor de informações segundo as quais, no seio dos agentes
da secreta guineense, uma parte está com o Primeiro-Ministro deposto e a outra
não.
“Se tiverem dúvidas, posso mesmo avançar com nomes. Alguns com caras
amarelas, outros vermelhos. Nunca tenho medo de dizer a verdade ao ninguém”,
vincou.
António Indjai sublinhou que as pessoas que estavam a pedir as forças
multinacionais para virem bombardear a Guiné-Bissau, hoje querem candidatar-se
nas eleições gerais para
dirigir os destinos do povo guineense.
Relativamente a acusação da justiça
norte-americana da sua participação numa operação internacional de tráfico de
drogas e de armas, o Chefe de Estado-maior das Forças Armadas, declarou que
prefere suicidar-se a ser detido por alguém.
“Os americanos que me venham buscar.
Ninguém me vai prender porque se eu vir que isso está prestes a acontecer,
mato-me. Não sou homem para ser detido”, afirmou Indjai.
Disse que, contrariamente as alegações
dos Estados Unidos da América (EUA), Bubo Na Tchuto foi capturado em águas
guineenses não nas águas internacionais,
referindo que ele também foi visado pela operação.
No seu discurso, António Indjai
afastou qualquer possibilidade de vir a demitir-se do cargo de Chefe de Estado-maior
General das Forças Armadas, dizendo que só deixará as funções se um dia for
exonerado por um Presidente eleito.
ANG/ÂC
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