quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Economia



Guiné-Bissau já exportou 105 mil toneladas da castanha de caju

Bissau, 14 Ago 13 (ANG) - O Presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Cajú da Guiné-Bissau (ANCA-GB), afirmou que já se realizou  o embarque de 105 mil toneladas da castanha de cajú, das 135 mil toneladas autorizadas pelo Ministério do Comércio, Artesanato e Valorização de Produtos Locais.
Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG), Henrique Mendes disse que a previsão  era de exportar 155 mil toneladas da castanha, mais  que  informações recolhidas pela agência indicam que vai haver  um défice em relação à previsão de 15 mil toneladas.
“Estamos a admitir que, provavelmente, ainda existem no interior do país, sobretudo nas regiões sul e ilhas, entre cinco e dez mil toneladas. E dada as condições climatéricas, muita chuva no mês de Agosto, não acredito que vamos poder, de facto, escoar as referidas castanhas”, disse.
Mendes disse ter informações de que a Gambia já exportou 70 mil toneladas de castanha, e que, se é essa, na verdade, a quantidade exportada por este país, acrescenta,  significa que saíram das fronteiras guineense entre 50 e 60 mil toneladas de castanha.

“A Gambia não tem muita expressão em termos de produção de castanha, essa quantidade de castanha que, presumivelmente, tenha saído das nossas fronteiras, tem a ver com as perturbações que a campanha do ano em curso conheceu. Os comerciantes que têm propriedades na linha da fronteira, terão optado por comercializar a castanha nos países vizinhos”, frisou.
Perguntado sobre as promessas do Governo e da Câmara de Comercio, Industria, Agricultura e Serviços (CCIAS), de disponibilizar o montante de cinco mil milhões de francos CFA do Fundo de Promoção da Industrialização da Castanha (FUNPI), aos compradores intermediários, respondeu que a referida iniciativa resultou da paralisação da campanha durante um certo período, motivada por baixo preço de oferta, sobretudo de compradores externos.
De acordo com ele, 70 por cento desse montante ( cinco biliões de francos CFA), que representa 3,5 por cento seria destinado  à compra da castanha.
Henrique Mendes acrescentou que a libertação desse dinheiro tinha que ser via banco, porque não é a vocação do Governo e nem CCIAS financiar os operadores.
“Esse assunto foi tratado com os bancos e houve uma convenção que foi assinado para que  pessoas interessadas em concorrer à esse fundo, nas regras fixadas pelos bancos ,avançassem com  propostas”, esclareceu, afirmando que, pela informação que tem, ainda não se iniciou a operação da compra da castanha por razões que  desconhece.
Henrique Mendes afirmou que já existem poucas castanhas no interior do país, salientando que, ao nível de Bissau, a procura tem estado a crescer mais há pouca oferta. 
ANG/ÂC                               


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