“Eleições de 24
de Novembro são fundamentais para a Guiné-Bissau”,
diz o analista político,
João de Barros
Bissau, 13 Jul 13
(ANG)- O Analista Político e Director do Jornal “Expresso Bissau” considera as
eleições presidenciais e legislativas de 24 de Novembro deste ano de
“fundamentais” para o futuro do país.
Em entrevista
exclusiva à Agência de Notícias da Guiné-ANG, sobre a actual situação política
e os possíveis cenários vis-a-vis o escrutínio de Novembro, João de Barros
aconselha aos actores políticos ao bom senso, e que “privilegiassem,
fundamentalmente, o diálogo” .
Na avaliação do
actual momento político no país, o ex-Secretário de Estado da Comunicação
Social afirma que apesar de todas as dificuldades, “parece” que os consensos estão a ser alcançados, e
cita os exemplos de marcação da data do pleito , eleição da nova direcção da Comissão Nacional
de Eleições, escolha do modelo do
recenseamento eleitoral e de revisão da Lei Eleitoral.
Assim, acrescenta
o jornalista, pode-se falar da ida ao voto no dia 24 de Novembro , dado que,
por outro lado, a comunidade internacional está disposta a dar o apoio tanto no
plano técnico, como na componente financeira.
João de Barros
admite surpresas nas próximas eleições e disse que os recentes anúncios de
intenções de concorrer ao cargo do Presidente da República de figuras como o
antigo Reitor da Universidade “Amilcar Cabral”, Tcherno Djalo, o ex-Vice-
Presidente do Banco Mundial para África de Oeste, Paulo Gomes e o ex-Director-geral
da Comunidade dos Países da Língua Oficial Portuguesa (CPLP), Hélder Vaz, prometem enriquecer o debate político em prol da
nação.
Contudo, alerta
para os casos do PAIGC e PRS, maiores partidos do país que, até então não indicaram
o seu candidato à Presidência da República, e mais, os “libertadores” nem se
quer fizeram o congresso para legitimar os órgãos e eleger o Presidente do partido
que, segundo os seus estatutos, concorre a chefia do governo nas eleições
parlamentares.
Ainda sobre a
vida interna do “partido de Cabral” , o analista político não tem dúvidas de
que a iniciativa dos veteranos de separar as funções de Presidente do partido das de chefia do governo “vai provocar uma rotura que pode custar
muito carro ao PAIGC”.
Sobre o futuro
político de Koumba Yala, o analista afirma que a declaração do antigo
Presidente da República segundo a qual ele remeteu a decisão de se candidatar
ao seu partido, o PRS, pode ser interpretada como de alguém que esteja
interessado em concorrer, mas que apenas aguarda a luz verde do seu partido.
Em relação ao
Carlos Gomes Júnior, que anunciou o regresso à Bissau para concorrer nas
próximas presidenciais, João de Barros aconselha o ex-primeiro-ministro a
“civilizar” o seu discurso com apresentação
de ideias e projectos de desenvolvimento, em detrimento de declarações de
ameaças que, na sua óptica, não lhe ajudam.
Finalmente, João
de Barros que considera a Guiné-Bissau um país viável, tendo em conta os seus
vastos recursos naturais e sua população, aconselha o governo que sair das
eleições a se pautar nomeadamente, por uma “diplomacia inteligente”, e numa
política séria de combate ao tráfico de drogas, para recuperar a confiança e
cooperação internacional, “indispensáveis” para o desenvolvimento do país.
FIM/QC
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