41% de mulheres guineenses são submetidas à casamento forçado e precoce
Bissau, 12 AUG 13 (ANG) - O presidente
da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) afirmou hoje que mais de 41% das
mulheres guineenses são submetidas a casamentos forçados e precoces.
Por ocasião da celebração do
XXII aniversário da LGDH sob o lema “basta de impunidade e violência,” Luís Vaz
Martins lamentou o caso da cidadã Odete Na Bia, de 19 anos, vítima de casamento
forçado e sequestro, há três semanas, na localidade de Jabadá Porto, sector de Tite,
na Região de Quinará.
“Por isso escolhemos este
lema e atribuímos a cidadã Odete a frase “a tristeza de pertencer um estado que
não olha para os seus cidadãos,” afirmou o Presidente da LGDH.
De acordo com este activista
dos direitos humanos, o pretenso marido da vitima é um militar que beneficiou
da conivência dos familiares da Odete, pois não obstante os esforços da polícia
judiciária e do comissariado regional da província sul, a menina continua ainda
sob custodia dos mesmos.
Face a este assunto, a
presidente da Rede Nacional de Luta contra a
Violência no Género e na Criança (RENLUV) Aissato Injai, apelou ao Estado,
enquanto responsável pela garantia da liberdade dos seus cidadãos, para assumir
o seu papel no que diz respeito a implementação da lei, como forma de resgatar
a vítima do cativeiro em que se encontra.
Por sua vez, o presidente da
Associação de Amigos de Crianças, AMIC Laudolino Medina disse que a sua organização
esta em estreita colaboração com a LGDH no sentido de fazer prevalecer os
direitos das vítimas de casamentos forçados e precoces.
ANG/FIG
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