segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Direitos Humanos

 41% de mulheres guineenses são submetidas à casamento forçado e precoce

Bissau, 12 AUG 13 (ANG) - O presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) afirmou hoje que mais de 41% das mulheres guineenses são submetidas a casamentos forçados e precoces.

Por ocasião da celebração do XXII aniversário da LGDH sob o lema “basta de impunidade e violência,” Luís Vaz Martins lamentou o caso da cidadã Odete Na Bia, de 19 anos, vítima de casamento forçado e sequestro, há três semanas, na localidade de Jabadá Porto, sector de Tite, na Região de Quinará.

“Por isso escolhemos este lema e atribuímos a cidadã Odete a frase “a tristeza de pertencer um estado que não olha para os seus cidadãos,” afirmou o Presidente da LGDH.

De acordo com este activista dos direitos humanos, o pretenso marido da vitima é um militar que beneficiou da conivência dos familiares da Odete, pois não obstante os esforços da polícia judiciária e do comissariado regional da província sul, a menina continua ainda sob custodia dos mesmos.

Face a este assunto, a presidente da Rede Nacional de Luta contra a Violência no Género e na Criança (RENLUV) Aissato Injai, apelou ao Estado, enquanto responsável pela garantia da liberdade dos seus cidadãos, para assumir o seu papel no que diz respeito a implementação da lei, como forma de resgatar a vítima do cativeiro em que se encontra.

Por sua vez, o presidente da Associação de Amigos de Crianças, AMIC Laudolino Medina disse que a sua organização esta em estreita colaboração com a LGDH no sentido de fazer prevalecer os direitos das vítimas de casamentos forçados e precoces.

ANG/FIG


Sem comentários:

Enviar um comentário