segunda-feira, 20 de maio de 2019

Saúde


Escritório regional de OMS para África promove curso sobre financiamento em saúde nos PALOP

Bissau, 20 Mai 19 (ANG) – O Escritório regional de Organização Mundial para Saúde (OMS) promoveu esta segunda-feira um curso sobre financiamento em saúde nos Países Africanos da Língua Portuguesa (PALOP) com duração de quatro dias.

Na ocasião o representante da OMS para Guiné-Bissau, disse que a resolução das Nações Unidas (ONU) reafirma o papel de liderança da sua organização no apoio aos países para responderem aos desafios da implementação da cobertura universal de saúde.

Jean Marie Kipela informou que a cobertura universal de saúde tem como objectivo, garantir que todas as pessoas obtenham os serviços de saúde de que necessitam sem prejuízos financeiros.

Pediu aos estados membros para que adoptem uma abordagem multissectorial, trabalhando os determinantes sociais ambientais e económicos da saúde, de forma a reduzir as desigualdades e permitir o desenvolvimento sustentável.

Encorajou o aumento das receitas por meio de angariação de fundos para saúde, redução das barreiras financeiras ao acesso por meio de pré-pagamento e posterior agrupamento dos fundos, ao invés de pagamento directos pelos utentes.

Para que esta iniciativa tenha  sucesso, disse que é necessário que cada um dos participantes esteja focado, com forte intuito de aproveitar a discussão e troca de experiências, que serão aplicadas  no desenvolvimento das estratégias e reformas de financiamento da saúde nos  seus países.

Por sua vez, em representação do governo guineense, o Ministro da Educação disse que a dura realidade é de que as condições para estar em sintonia dos compromissos acima referidos não coadunam com a descontinuidade da desgovernação e dos programas macro económico da Guiné-Bissau.  

Camilo Simões Pereira explicou que o Orçamento Geral do Estado (OGE) para a saúde não ultrapassa os onze por cento.

Pediu aos participantes para aproveitarem esta oportunidade para trabalhar em conjunto com ministério das finanças, a fim de aumentar o OGE para as áreas sociais principalmente o sector de saúde.

Esse  treinamento vem sendo organizado na região africana, com base na resolução WHA64.9 da Assembleia MUNDIAL da Saúde desde em Maio de 2011, nos países anglófonos e francófonos.

A Guiné-Bissau é o primeiro país lusófono a ter esta oportunidade, para que todos possam estar no mesmo nível. ANG/JD//SG

Brexit


 May promete “proposta ousada” para fazer aprovar acordo de saída em Junho

Bissau ,20 Mai 19 (ANG) – A primeira-ministra britânica, Theresa May, prometeu no domingo uma “proposta ousada” quando submeter o acordo para o ‘Brexit’ ao parlamento dentro de duas semanas.
Num artigo publicado  no jornal Sunday Times, May garantiu que o diploma “vai representar uma proposta nova e ousada”, com um “pacote melhorado de medidas” que a chefe de governo acredita que podem ganhar mais apoios em toda a Câmara dos Comuns.
“Não vou simplesmente pedir aos deputados que reconsiderem outra vez [o mesmo acordo]. Pelo contrário, vou pedir-lhes que olhem para um acordo novo e melhorado com outro olhar – e para lhe darem o seu apoio”, vincou.
A proposta de lei para fazer o Reino Unido sair da União Europeia (UE) será debatida em conselho de ministros na terça-feira antes de ser divulgada e apresentada ao parlamento britânico para ser votada na primeira semana de Junho.
Esta será a quarta vez que o governo britânico vai tentar obter junto do parlamento a aprovação necessária para ratificar o acordo de saída do Reino Unido da UE negociado com Bruxelas, depois de três chumbos, por margens de 230, 149 e 58 votos.
Para a rejeição contribuíram os votos de conservadores eurocépticos e do Partido Democrata Unionista (DUP) devido à divergência com a solução prevista para evitar uma fronteira física entre a Irlanda e Irlanda do Norte.
Embora aceite o resultado do referendo de 2016 que determinou o ‘Brexit’, o partido Trabalhista, principal partido da oposição, também se opôs porque defende uma união aduaneira com a UE.
Na sexta-feira, o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, anunciou o fim das negociações com o Governo que duravam há seis semanas para tentar chegar a um entendimento, invocando a falta de autoridade da primeira-ministra, cuja demissão deverá ser formalizada nas próximas semanas.
Mas Theresa May escreve  no Sunday Times que, mesmo assim, as discussões foram positivas porque “o Governo agora tem uma percepção muito mais clara do que será necessário para obter um acordo”.
Além de analisar o conteúdo da proposta de lei, o conselho de ministros vai também considerar se a sua votação deve ser antecedida pela realização de votos no parlamento para testar o apoio dos deputados a outras soluções, adiantou May.
A imprensa britânica noticiou na semana passada, com base numa fuga de informação, que o governo poderá propor uma série de votações sobre diferentes cenários, como um novo referendo.
O Reino Unido tinha previsto sair da UE a 29 de Março, mas a falta de uma maioria no parlamento para aprovar um acordo que permita uma saída ordenada forçou um adiamento da data.
O Conselho Europeu deu até 31 de Outubro para o Reino Unido concluir o processo, que, se não for aprovado um acordo nem revertida a decisão de sair da UE, tem como opção por defeito a saída sem acordo. ANG/Inforpress/Lusa

Segurança Social


 Sindicato de Base protesta empréstimo de dinheiro dos pensionistas ao Governo

Bissau, 20 mai 19 (ANG) – O Presidente do Sindicato de Base dos Funcionários do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), Amadu N´djai voltou a insurgir-se contra o pedido de empréstimo do governo feito ao INNS no valor de mil milhões de francos cfa.

Amadu N´djai que falava numa conferência de imprensa esta segunda-feira, disse que não se pode dar emprestado dinheiro ao governo para pagar as dívidas aos servidores de Estado porque esse dinheiro suporta a manutenção do Instituto e o pagamento dos pensionistas.

“Não podemos emprestar dinheiro ao governo e para depois ficamos comprometidos com os beneficiários pensionistas”, disse o sindicalista.

Afirmou que essa não é a primeira vez que o governo pede empréstimo ao   Instituto e que nunca paga, afirmando que as dívidas do executivo rondam mais de 300 milhões de francos cfa.

Amadu N´djai disse que vai se manter firme na sua posição para impedir que o dinheiro saia do INSS.

Em nome dos pensionistas, Luís Lopes Gomes Semedo considerou a atitude do governo de um crime.

Disse que não vão aceitar que seja dado dinheiro ao governo porque o executivo nunca fez um aumento aos pensionistas, considerando que a Segurança Social é uma coisa sagrada porque são salários descontados aos beneficiários do sistema desde a   juventude para que na velhice possam usufruir com as suas famílias.

Luís Semedo disse que se aquele montante de mil milhões de francos cfa for dado ao governo, o Instituto vai a banca rota e não vai conseguir pagar as despesas correntes dos pensionistas, salários do pessoal entre outros.

Pediu ainda ao Primeiro-ministro para desistir da ideia “porque é um crime perante os idosos”,  acrescentando  que já é o momento de respeitar os pensionistas.

Na semana passada o ministro da Função Pública que tutela o INSS admitiu que nunca seria feito o empréstimo ao governo sem que haja garantias de pagamento do referido empréstimo.

Fernando Gomes disse que o executivo prometera liquidar a dívida com fundos provenientes das receitas de exportação da castanha de caju, cuja campanha de comercialização está em curso.

Antes o Governo dera indicações de pretender contrair empréstimo junto do INSS para fazer face ao pagamento de salários em atraso na função Pública. ANG/DMG/ÂC//SG

Aviação Civil


    Boeing reconhece defeitos no software do simulador de voo do 737 MAX

Bissau, 20 mai 19 (ANG) -  O fabricante americano de aviões Boeing admitiu no sábado que teve de corrigir falhas no software dos simuladores de voo destinados a formar os pilotos do 737 MAX, o modelo de aeronave envolvido em duas tragédias que deixaram mais de 300 mortos.

"A Boeing fez correcções no software do simulador de voo do 737 MAX e deu informações complementares aos operadores da aeronave para se assegurar de que a experiência no simulador seja representativa das diferentes condições de voo", afirmou a companhia em um comunicado.
A Boeing não especificou a data, em que observou os defeitos do programa, nem se havia informado os reguladores do setor a esse respeito.
Segundo a empresa, o software usado nos simuladores era incapaz de reproduzir algumas condições de voo - em especial, aquelas que levaram ao acidente do 737 MAX da Ethiopian Airlines, em 10 de Março passado, em Adis Abeba, apenas alguns minutos depois da descolagem que provocaram 157 mortos.
As mudanças feitas vão melhorar a formação dos pilotos, afirmou a companhia.
"A Boeing está trabalhando estreitamente com os fabricantes do sistema e com os reguladores nestas modificações e em melhorias para garantir que a formação (dos pilotos) por parte (das empresas) clientes não seja perturbada", acrescentou o grupo.
Cliente de peso do 737 MAX, com 34 aparelhos em serviço, a companhia aérea americana Southwest disse no sábado à AFP que deve receber um simulador específico do MAX "no fim do ano".
É a primeira vez que a Boeing admite um defeito de concepção do equipamento do 737 MAX. Esse modelo teve o seu sistema de estabilização MCAS posto em xeque, após a tragédia da Ethiopian. ANG/Angop

Greve Função Pública


                                  UNTG e CGSI cumprem nova paralisação

Bissau, 20 Mai 19 (ANG) – As duas maiores centrais sindicais do país nomeadamente a União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) e a Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB),observam terça-feira a terceira vaga de greve na Função Pública ,exigindo entre outras o pagamento de salários e aumento do salário mínimo de 50.000 para 100.000fcfa.
Secretário geral da UNTG

Em declarações à imprensa hoje o Secretário-geral da UNTG disse que a greve decretada devido a inercia do governo, vai decorrer de 21 a 23 do corrente, se não forem satisfeitas  as reinvidicações um  novo pré-aviso de greve será entregue ao governo.

Júlio Mendonça frisou que já se chegou a um consenso e que a greve de terça-feira  é para valer, salientando que todos os sindicatos afiliados na sua organização vão aderir a paralisação, frisando que os serviços mínimos vão ser observados nas instituições mais complexos casos do Hospital Simão Mendes.

“ A Empresa da Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), pode ter o serviço mínimo, mas não vai ser da forma como se fez noutras paralisações, uma vez que os serviços mínimos serão nos hospitais e não nas casas dos governantes “,disse.

Mendonça disse que qualquer luta tem as suas consequências, salientando contudo que o que interessa é atingir o objectivo que passa pela mudança da maneira de governar a Guiné-Bissau.

Disse  que os políticos que não estão preparados para isso devem ficar sentados em suas casas.

O sindicalista disse ainda que o país não merece os governantes como os que tem actualmente, salientando que por isso, vão continuar a luta e apela o Instituto de Segurança Social para não dar emprestado o dinheiro ao governo,
 “uma vez que o Estado guineense não tem nenhum tostão naquela entidade”.

“Já o fizeram nos governos anteriores mas não liquidaram as dívidas. Por isso não o podem fazer de novo. Se conseguiram levar à falência a maioria das empresas públicas que era rentável, o Instituto Nacional da Segurança Social não terá a mesma sorte porque o dinheiro que gere pertence aos empregadores e trabalhadores “,frisou.

Mendonça confirmou que a luta da sua organização não será feita só para fazer, mas sim para atingir os objectivos mesmo que para isso haja greve de cinco, seis ou mais anos.

No Caderno Reivindicativo entregue ao Governo constam ainda  as exigências, de implementação do decreto de 19 de Outubro de 2012, referente a Avaliação de Desempenho na Administração Pública e do Pessoal Dirigente e a conclusão do processo sobre a  aprovação do novo Código de Trabalho na Guiné-Bissau.ANG/MSC/ÂC//SG

Portugal


                                 Benfica sagra-se campeão pela 37ª vez
Bissau, 20 mai 19 (ANG) - O Benfica que necessitava apenas de um empate, para arrecadar um novo título  de campeão de futebol português, confirmou no sábado as suas ambições ,ao vencer no seu reduto em Lisboa o Santa Clara por 4-1, no decurso da última jornada do campeonato da Primeira Liga de Portugal.
O Sport Lisboa e Benfica obteve assim o  seu trigésimo sétimo título de  campeão de futebol português.
Ofensivos desde os minutos iniciais da partida, os comandados de Bruno Lage, marcaram aos 16 e 56 mn por Seferovic, e por João Félix e Rafa, respectivamente aos 23 e aos 39 minutos.
Os açoreanos do Santa Clara tentaram reagir ao pressing ofensivo dos lisboetas, com um golo apontado por César aos 59 minutos de jogo, mas a redução do marcador revelou-se tardia demais, frente à uma equipa do Benfica empolgada e apoiada pelos milhares de adeptos que afluíram ao Estádio da Luz.
O plantel da Luz sagrou-se campeão de Portugal com um total de 87 pontos, secundado pelo FC.do Porto, com 85 pts.
Num jogo caracterizado pela tensão, os portistas venceram em casa, no Estádio do Dragão, o Sporting Club de Lisboa, pelo score de 2 a 1, com golos apontados por Danilo Pereira aos 78 mn e pelo mexicano Hector Herrera aos 87minutos.
Os leões de Lisboa estavam inicialmente a vencer por um à zero graças à um golo, apontado aos 61 minutos de jogo pelo brasileiro Luiz Phellype.
A equipa do Sporting Club de Portugal encerra o campeonato na terceira posição da tabela com 74 pontos, ou seja, menos 13 do que o campeão Sport Lisboa e Benfica.
O Sporting de Braga com 67 pontos e o Moreirense com 52 pts, terminam a temporada no quarto e quinto lugares, como parte do quinteto de honra do campeonato da Primeira Liga lusitana de futebol 2018/2019, do qual o lanterna vermelha e último classicado é o Feirense com 20 pontos.ANG/RFI


Washington


              Trump avisa Irão para “nunca mais” ameaçar os Estados Unidos

Bissau, 20 mai 19 (ANG) – O Presidente norte-americano, Donald Trump, avisou o Irão para “nunca mais” ameaçar os Estados Unidos da América, e advertiu Teerão que, se quiser lutar, será o seu “fim oficial”.
“Se o Irão quiser lutar, esse será o fim oficial do Irão. Nunca mais ameacem os Estados Unidos!”, publicou o chefe de estado na sua conta oficial na rede social Twitter, numa altura de crescente tensão entre Washington e Teerão.
Donald Trump publicou a declaração horas depois de o líder dos Guardiães da Revolução, Hossein Salami, ter dito que o Irão não teme uma guerra, ao contrário dos Estados Unidos, advertindo que o Médio Oriente pode converter-se “num paiol” para Washington.
“Não procuramos a guerra nem a tememos. É a diferença em relação a eles [Estados Unidos], que têm medo da guerra”, afirmou num discurso durante uma cerimónia militar, que foi difundido pela televisão estatal iraniana.
Salami avisou que, quando a ameaça é remota, as forças iranianas apenas planeiam uma resposta estratégica, mas que, quando a ameaça se aproxima, também entram em acção “em termos operativos”.
A tensão na região do Golfo tem aumentado e os Estados Unidos decidiram enviar para o Golfo Pérsico um navio de assalto anfíbio, um porta-aviões e caças-bombardeiros e designaram em abril os Guardiães da Revolução, uma força militar de elite, como grupo terrorista.
Na última semana agravou-se após a sabotagem de quatro petroleiros num porto dos Emirados Árabes Unidos e os ataques com ‘drones’ a um oleoduto saudita, com Riade a acusar o Irão de ter ordenado esta ação contra os rebeldes Huthis do Iémen.
A maioria das autoridades iranianas, como o líder supremo, Ali Khamenei, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohammad Javad Zarif Khonsari, descartou uma guerra com os Estados Unidos.
“Nem nós nem eles procuramos uma guerra”, assegurou Ali Khamenei, insistindo que o confronto não é de natureza militar, mas “um choque de vontades”.
Por sua vez, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem referido que está disposto a negociar com os líderes iranianos. ANG/Inforpress/Lusa

EAGB


                Funcionários iniciam terça-feira  uma greve de três dias úteis

Bissau, 20,mai 19 (ANG) – Os funcionários da Empresa da Electricidade e Água da Guiné-Bissau (EAGB) iniciam a partir das zero horas de terça-feira  uma greve de três dias úteis, exigindo do governo o cumprimento do memorando de entendimento assinado em Março passado.

Central Flutuante ao largo de Bissau
O anúncio foi feito hoje em declarações à imprensa pelo Presidente do Sindicato de Base da Empresa da Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB), Alsau Lopes da Costa, após uma reunião de concertação com todos os trabalhadores da referida empresa.

Em causa, segundo o sindicalista, está a  falta de pagamento dos salário de dois meses,   e a efectivação do pessoal com mais de 15 anos de função.

O sindicatos ainda exige a  desactivação  do  Conselho de Administração  que substitui uma comissão de gestão entretanto distinta.

Lopes da Costa disse que a Comissão de Gestão foi abolida por suposta gestão danosa, mas que mesmo assim conseguia honrar os seus compromissos em termos de pagamento salarial, enquanto que o Conselho de Administração não consegue satisfazer as necessidades dos trabalhadores.

Indicou o comprimento dos três pontos acima mencionados como condição mínima para a suspensão ou levantamento de greve que vai iniciar terça-feira para terminar na próxima quinta-feira, dia 23 do mês em curso.

A greve, conforme o Alsau Lopes da Costa, vai ser acompanhada com uma petição assinada pelos trabalhadores que será entregue ao primeiro-ministro, ministro da Energia exigindo demissão dos elementos do Conselho de Administração da EAGB. ANG/LPG/ÂC//SG

Costa do Marfim


África precisa de 448.000 ME para cumprir Objectivos Desenvolvimento Sustentável

Bissau, 20 mai 19 (ANG) – Os países africanos precisam de 500 mil milhões de dólares (448 mil milhões de euros) para atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, disse o vice-presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), numa conferência sobre o endividamento da África subsaariana.
Vista de Abidjam
“Para cumprir os ODS nas áreas da educação, saúde e infra-estruturas é preciso meio bilião de dólares”, disse Charles Boamah durante uma conferência em Abidjan, organizada pelo BAD e pelo Banco Mundial sobre o tema do sobre-endividamento em África.
Nos últimos sete anos, o perfil da dívida da maioria dos países de médio e baixo rendimento em África deteriorou-se substancialmente, o que fez com que o número de países classificados como tendo uma dívida problemática, ou seja, acima do limiar de sustentabilidade, tenha passado de nove para 17 entre 2013 e 2019.
Charles Boamah vincou que o sobre-endividamento de vários países africanos “está no centro de muitas discussões que decorrem nestes dias” e exemplificou com o aumento de capital em preparação para o BAD e com o reforço financeiro do Fundo Africano de Desenvolvimento.
“A Associação para o Desenvolvimento Internacional (IDA) do Banco Mundial e o ADF estão a trabalhar em conjunto com uma missão comum de desenvolver iniciativas para lidar com as vulnerabilidades nos países-membros”, disse o vice-presidente do BM com o pelouro do Financiamento para o Desenvolvimento, Akihiko Nishio, salientando que estas entidades têm a obrigação de fornecer aos clientes “os recursos e o apoio necessário para atingir os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”.
Os ministros das Finanças de vários países africanos que participaram nesta reunião defenderam a criação de estratégias inovadoras para conseguirem financiar-se nos mercados internacionais a preços sustentáveis, incluindo emissões em francos africanos (CFA) e um recurso maior ao financiamento islâmico.
“Devíamos ter a possibilidade de emitir dívida pública em francos africanos, porque como não somos conhecidos nos mercados internacionais, acabamos por pagar um preço mais alto; se tivéssemos um mecanismo de garantia, isto ia permitir-nos emitir dívida soberana a um preço mais baixo”, disse o ministro das Finanças da Costa do Marfim, Adama Koné. ANG/Inforpress/Lusa

Regiões/Biombo


                          Centros de saúde  beneficiam de electrificação solar

Bissau, 20 Mai 19 (ANG) - Sete Centros de Saúde, um liceu regional e principal avenida de sector de Quinhamel na região de Biombo, norte do país beneficiaram de electrificação solar no quadro de um projecto-piloto instado naquela localidade.

Segundo a Rádio Sol Mansi, trata-se de um projecto financiado pelo  Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico na África (BADEA) num valor de mais de 164 milhões de Francos cfa.

No acto de apresentação dos resultados do referido projecto, o Primeiro-ministro Aristides Gomes manifestou a sua satisfação pelos trabalhos feitos e prometeu propor ao BADEA o financiamento de mais projectos de produção de energia mais barata no país.

“Vamos procurar se libertar da produção da energia na base de gasóleo e , recorreremos ao consumo da energia com menos custos, e que consegue funcionar, sem problemas, nas diferentes regiões do país”, referiu o chefe do governo.

Aristides Gomes explicou que o objectivo de convencer o BADEA a investir mais na área de energia solar tem que ver com a extensão do projecto em todo o território nacional para que o país possa ter mais escolas e Centros de Saúde a funcionar.

“Devíamos receber um investimento por parte de BADEA para financiar a produção da energia com base no gasóleo, mas pretendemos virar este investimento para trabalhar na rede de distribuição da energia na Guiné-Bissau”, informou o governante.

Defendeu a necessidade de produção da energia sustentada através dos fios via Barco, distribuição de redes através das fronteiras com  base de produção de barragem e finalmente mais uso da energia solar.

O primeiro-ministro disse que, se realmente os seus desejos se concretizassem, o país pode solucionar o problema de energia no prazo de dois anos. ANG/AALS/ÂC//SG

sexta-feira, 17 de maio de 2019

Burkina Faso


“Exército carece de efectivo para combater terrorismo”, diz PM

Bissau, 17 mai 19 (ANG) -  O Exército do Burkina Faso carece de efectivo para lutar eficazmente contra o terrorismo, admitiu quinta-feira, em Ouagadougou, o primeiro-ministro burkinabe, Christophe Marie-Joseph Dabiré, citado pela Pana.

"Temos problemas de pessoal, temos dificuldades em transmitir elementos posicionados na frente de combates. Vamos recrutar e formar", declarou o chefe de Governo, respondendo a uma pergunta de um deputado no Parlamento.
Salientou a necessidade de se reforçar a cooperação entre os países vizinhos, frisando que "a luta contra o terrorismo é uma luta de longa duração".
Burkina Faso caiu desde 2015 num ciclo de ataques terroristas que já fizeram mais de 300 mortos e milhares de deslocados. ANG/Angop

Quénia


Sequestradores de médicos cubanos pedem USD 1,5 milhão em resgate
Bissau, 17 mai 19 (ANG) - Os sequestradores de dois médicos cubanos no nordeste do Quénia estão exigir 1,5 milhão de dólares de resgate para libertá-los, disseram policiais e autoridades do governo quenianos.

Assel Herrera Correa, clínico geral, e Landy Rodríguez Hernández, cirurgião, foram sequestrados em 12 de Abril por supostos jihadistas do grupo islâmico Al Shabab em Mandera, perto da fronteira com a Somália.
Algumas fontes dizem que os médicos foram levados para a Somália.
"Estão pedindo US 1,5 milhão. É o que eles querem", disse uma autoridade queniana que pediu anonimato.
Uma fonte policial de alto escalão confirmou o pedido de resgate sem fornecer números.
Em contrapartida, o porta-voz da polícia queniana, Charles Owino, disse que não tinha essa informação.
Herrera e Rodríguez fazem parte de uma brigada médica de 101 pessoas que trabalha no país africano desde 2018 para fortalecer os serviços médicos em áreas remotas. ANG/Angop

Política


EUA lamentam cenário “desanimador” na Guiné-Bissau
Bissau,17 mai 19 (ANG)- O embaixador dos Estados Unidos em Bissau, Tulinabo Mushingi, disse que “tem sido muito desanimador observar a situação política a deteriorar-se” na Guiné-Bissau, dois meses após as eleições legislativas de 10 de Março.

"Tem sido muito desanimador observar a situação política a deteriorar-se desde então. Dois meses após as eleições ainda não há um novo primeiro-ministro e ainda não há um novo Governo", lamentou Tulinabo Mushingi.
O diplomata norte-americano considerou que os desentendimentos entre os partidos no Parlamento para indicação de membros da direcção desse órgão não podem condicionar a formação do governo.
"Não deve haver qualquer ligação entre processo de atribuição de cargos na mesa da Assembleia Nacional Popular e a nomeação de um primeiro-ministro e formação do seu Governo", afirmou.
As declarações foram feitas recentemente, numa conferência de imprensa, na qual o diplomata procedeu ao balanço  dos contactos  realizados com as autoridades políticas, partidos e sociedade civil.
Os novos  deputados eleitos nas legislativas de 10 de março só tomaram posse a 18 de Abril e não se entendem quanto à fórmula para a indicação de dirigentes da mesa do Parlamento. O tema foi levado à justiça e o Presidente da República, José Mário Vaz, aguarda um pronunciamento para avançar para a indicação do primeiro-ministro. Hoje, o Supremo Tribunal rejeitou o recurso do MADEM-G15 sobre Braima Camará para segundo vice-presidente do Parlamento.
Depois de Cipriano Cassamá, do PAIGC, ter sido reconduzido no cargo de presidente do Parlamento, e Nuno Nabian, da APU-PDGB ter sido eleito primeiro vice-presidente, a maior parte dos deputados guineenses votou contra o nome do coordenador do Madem-G15, Braima Camará, para segundo vice-presidente do Parlamento e este partido recusou avançar com outro nome para cargo. O PRS reclama para si a indicação do nome do primeiro secretário da mesa da Assembleia.
Tulinabo Mushingi disse, também, que "os líderes devem liderar".
Entretanto, esta semana a Comissão Nacional de Eleições propôs que as presidenciais se realizem a 3 de Novembro, de acordo com um cronograma de actividades para o escrutínio, com uma eventual segunda volta a 8 de Dezembro. O chefe de Estado guineense termina o seu mandato a 23 de Junho e disse, na sexta-feira, que a marcação do escrutínio não dependia "exclusivamente" de si.
Por outro lado, Tulinabo Mushingi explicou que o tráfico de drogas é um dos problemas com que as autoridades guineenses se deviam preocupar, ao invés de querelas políticas.
O Embaixador norte-americano referiu que o seu Governo continua interessado em saber quem são os responsáveis pelas cerca de 800
toneladas de cocaína que foram apreendidas pela polícia no passado mês
de Março. ANG/RFI


EUA


Trump quer que sistema migratório favoreça imigrantes qualificados

Bissau, 17 mai 19 (ANG)  – O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que o futuro sistema de imigração irá favorecer os trabalhadores qualificados, considerando que o modelo actual está distorcido por pedidos de asilo “fantasiosos”.
Na apresentação do novo plano de imigração, em Washington, Trump afirmou que quer um sistema baseado no “mérito” e aumentar a proporção de imigração altamente qualificada de 12% para 57%, com o objectivo de reforçar a competitividade do país.
“O nosso plano será admirado no mundo inteiro”, garantiu Donald Trump sobre a iniciativa, que deverá ser difícil passar no Congresso.
Até agora o sistema imigratório dos EUA favorece o reagrupamento familiar, o que segundo as autoridades norte-americanas dá origem a 66% de ‘green cards’ (‘carta verde’ na tradução para português), o cartão de residência permanente nos Estados Unidos.
“O nosso plano é pró-americano, pro-imigrantes e pro-trabalhadores”, referiu Donald Trump.
Para o Presidente dos Estados Unidos da América, actualmente, aqueles que fazem pedidos de asilo legítimos estão a ser substituídos pelos que fazem “pedidos fantasiosos”.
Trump quer ainda que seja obrigatório aprender inglês para os imigrantes e que estes passem um teste de educação cívica para poderem residir no país.
O novo plano não inclui medidas para proteger as centenas de milhares de jovens imigrantes ilegais, conhecidos como “sonhadores”, que foram trazidos para os EUA ilegalmente quando eram crianças.
“Todos os planos que incluíam esse programa falharam”, justificou hoje a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, referindo-se a anteriores tentativas para compatibilizar planos de imigração com a protecção dos “sonhadores”.
Um grupo de trabalho, liderado por Jared Kushner, assessor e genro de Donald Trump, preparou um novo plano de imigração centrado no reforço de segurança nas fronteiras e na reformulação do sistema de carta verde.
O plano ainda não tem a aprovação do Partido Republicano, de Trump, e muito menos parece gozar da simpatia do Partido Democrata, antevendo-se grandes dificuldades na sua aprovação em Congresso, nomeadamente por causa da questão dos “sonhadores”.
A reforma da actual lei de imigração tem sido discutida no Congresso nas últimas três décadas e meia, sem sucesso, pela dificuldade de compatibilizar as posições do Partido Republicano e do Partido Democrata.
A um ano de eleições e perante as divergências entre os dois partidos sobre as posições de Donald Trump sobre a imigração, dificilmente este novo plano será adoptado, antevendo-se mais um fracasso negocial no Congresso.
Sobre a construção de muros em algumas partes da fronteira com o México, medida que tem tido a contestação e rejeição firme por parte do Partido Democrata, a líder da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, tem repetido várias vezes que nunca será aprovada com os votos dos Democratas.
ANG/Inforpress/Lusa

Noruega


Goveno e oposição venezuelana negoceiam em Oslo

Bissau, 17 mai 19 (ANG) - Representantes do governo de Nicolás Maduro e da oposição da Venezuela mantêm conversas em Oslo, com a Noruega como mediadora, para tentar solucionar a crise no país sul-americano, informaram na quinta-feira vários veículos de imprensa noruegueses, citados pela EFE.
De acordo com a emissora pública "NRK", que cita fontes próximas às negociações, os contactos começaram em Cuba e várias reuniões foram realizadas num local secreto em Oslo, mediado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Noruega, que se recusou a comentar.
A delegação do governo é composta pelo Ministro das Comunicações, Jorge Rodríguez, e pelo governador do Estado de Miranda, Héctor Rodríguez, enquanto pela oposição estão o segundo vice-Presidente da Assembleia Nacional, Stalin González; o ex-Deputado Gerardo Blyde e o ex-Ministro Fernando Martínez Mottola, segundo a "NRK".
Governo e oposição tinha realizado várias rondas de negociações na República Dominicana entre Setembro de 2017 e Fevereiro 2018, mas quando tudo estava pronto para assinar um acordo, os opositores consideraram insuficientes as garantias dadas para as eleições presidenciais.
A oposição, por sua vez apresentou outro texto, rejeitado pelo governo venezuelano, de modo que o diálogo que teve o ex-Presidente do Governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero como facilitador, entrou num "recesso por tempo indeterminado".
Ao contrário de outros países europeus, a Noruega - que não faz parte da União Europeia - não reconheceu o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como presidente interino após sua autoproclamação, em Janeiro, mas sim mostrou seu apoio e pediu a retomada do diálogo e novas eleições.
A Noruega tem sido um facilitador em cerca de vinte processos de diálogo nas últimas décadas, como o que levou à assinatura dos acordos de Oslo entre israelitas e palestinianos ou as conversas entre o Governo colombiano e as FARC. ANG/Angop

quinta-feira, 16 de maio de 2019

Arroz do povo


Governo inicia segunda fase de distribuição com entrega de 15 toneladas às Forças Armadas

Bissau,16 Mai 19 (ANG) – O governo iniciou hoje a segunda fase de distribuição do arroz doados ao país pela República Popular da China com uma entrega simbólica de 15 toneladas das 180 destinadas às Forças Armadas guineenses.

Em declarações à imprensa no acto da entrega da primeira tranche do arroz no aquartelamento do Exército, o Presidente da Comissão Nacional de Distribuição do arroz disse que sendo o produto destinada às camadas mais desfavorecidas da população naturalmente que as Forças Armadas estão contempladas de acordo com o Plano de Distribuição.

José Biai sustentou que  o leque salarial das Forças Armadas coloca os militares no grupo daqueles que  ganham ainda um ordenado muito baixo para além das especificidades dos seus trabalhos.

Segundo aquele responsável , com base no referido Plano, as Forças Armadas receberão no total 180 toneladas e  no acto simbólico só foi entregue apenas 15 toneladas e que os restantes serão entregues posteriormente.

Em nome do Ministério da Defesa Nacional, o Director-geral da Logística e Armamento das Forças Armadas Joaquim Filinto, agradeceu a Comissão de Distribuição do arroz pelo gesto tendo prometido entregar o produto aos seus destinatários através de orientações do Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas.

As autoridades chinesas doaram ao governo 2638 toneladas de arroz para as populações guineenses  mais carenciadas. ANG/ÂC/SG

Níger


                                Ataque de “terrorista” mata 28 soldados

Bissau, 16  mai 19(ANG) - Um ataque "terrorista" contra uma coluna de veículos do Exército do Níger matou 28 militares terça-feira na região de Tillaberi, na zona de fronteira com o Mali, onde em 2017 morreram quatro soldados americanos numa emboscada, anuncia a AFP.

"No dia 14 de Maio, por volta das 08H00 local, na zona norte de Mangaize (região de Tillaberi), uma coluna das Forças Armadas do Níger (FAN) em movimento foi atacada por terroristas fortemente armados com artefactos explosivos improvisados".
Um primeiro boletim do ministério da Defesa informava "17 mortos, seis feridos e onze desaparecidos, além de dois veículos calcinados", mas na noite desta quarta-feira um oficial confirmou os AFP que foram localizados os corpos dos desaparecidos.
"Foram enviados reforços ao sector para perseguir e neutralizar os agressores, que se dirigiram para o Norte (fronteira com o Mali)", segundo o ministério da Defesa.
Uma fonte militar assinalou que a "emboscada" foi praticada por um "grupo terrorista integrados por centenas de homens armados vindos do Norte", e ocorreu durante a noite e não pela manhã.
"Um veículo capotou sobre um dispositivo explosivo, o que deflagrou o tiroteio", segundo outro militar.
Segundo o site Actuniger, o grupo atacado era integrado por "52" soldados e "caiu em uma emboscada de homens fortemente armados na terça-feira, por volta das 15H00 em Baley Beri, próximo a Tongo Tongo", e "os combates, de rara violência, duraram mais de duas horas".
O governo decretou luto nacional de três dias a partir desta quinta-feira.
No dia 4 de Outubro de 2017, quatro militares americanos e cinco soldados do Níger morreram em um ataque de jihadistas na vila de Tongo Tongo, cerca de 20 quilómetros ao sul do Mali.
O Pentágono explicou que o propósito original da operação era capturar um líder do grupo jihadista "Estado Islâmico no Grande Saara" (EIGS), Doundoun Cheffou, suspeito de sequestrar um americano.
O Níger abriga bases militares francesas e americanas.ANG/Angop