sexta-feira, 29 de maio de 2020


   EUA/Trump ameaça usar força contra protestos pela morte de George Floyd

Bissau, 29 mai 20 (ANG) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chamou “bandidos” às pessoas envolvidas nos protestos de Minneapolis contra a morte de George Floyd ameaçando que “quando as pilhagens começarem, os tiros vão começar”.
As considerações do chefe de Estado foram transmitidas hoje através da rede social Twitter na sequência dos protestos que eclodiram na cidade de Minneapolis.
Manifestantes indignados com a morte de George Floyd, o afro-americano que morreu sob custódia policial, invadiram uma esquadra da polícia em Minneapolis e incendiaram o local.
Um porta-voz da polícia da cidade do Estado de Minnesota confirmou que a terceira esquadra, situada perto do local onde Floyd morreu, foi evacuada “no interesse da segurança do pessoal”.
O incêndio deu-se pouco depois das 22:00 de quinta-feira (05:00 de hoje em Lisboa).
Anteriormente Trump tinha afirmado que a morte de Floyd o fazia sentir “muito mal” e que estava “chocado”.
No entanto, a linguagem do presidente dos Estados Unidos, nas habituais mensagens através do Twitter, endureceu nas últimas horas referindo-se directamente aos manifestantes.
“Estes ‘BANDIDOS’ estão a desonrar a memória de George Floyd e eu não vou deixar que isso aconteça”, escreveu Trump.
“Acabei de falar com o governador Tim Waltz e disse-lhe que pode contar com os militares. Assim que aconteça qualquer dificuldade nós assumimos o controlo. Quando as pilhagens começarem, os tiros começam”, escreveu Trump.
A cidade de Minneapolis registou nas últimas 24 horas outros 30 incêndios tendo-se verificado actos de pilhagens perto do local onde Floyd morreu.
Num centro comercial em frente à terceira esquadra, as montras de quase todas as lojas foram estilhaçadas, com manifestantes a atirarem manequins de uma loja saqueada para dentro de um automóvel em chamas.
Dezenas de empresas em Minneapolis protegeram as montras para evitar pilhagens, com a cadeia de lojas Target a anunciar o encerramento temporário de duas dúzias de estabelecimentos na zona.
Os protestos contra a morte de George Floyd alastraram-se também a St. Paul, capital do estado do Minnesota, com a polícia a tentar impedir o saque de lojas e os bombeiros a serem chamados para combater incêndios.
Na quinta-feira à noite, em St. Paul, eram visíveis nuvens de fumo, enquanto a polícia, armada com bastões e máscaras de gás, vigiava os manifestantes na maior rua comercial da cidade.
Os protestos espalharam-se também a outras zonas do país sobretudo em Nova Iorque onde apesar da epidemia da covid-19, manifestantes organizaram concentrações públicas que resultaram em confrontos policiais.
Em Denver, manifestantes bloquearam o trânsito no centro da cidade.
George Floyd, um afro-americano de 46 anos, morreu na noite de segunda-feira em Minneapolis, após uma intervenção policial violenta, cujas imagens foram divulgadas através da internet.
Floyd foi detido por suspeita de ter tentado pagar com uma nota falsa de 20 dólares num supermercado. Num vídeo filmado por transeuntes e divulgado nas redes sociais, é possível ver um dos agentes pressionar o pescoço de Floyd com o joelho durante vários minutos. ANG/Inforpress/Lusa




Bissau, 29 mai 20 (ANG) - O número de mortos devido à covid-19 na Guiné-Bissau aumentou quinta-feira para oito, mantendo-se os 1.195 infetados, disse o coordenador do Centro de Operações de Emergência de Saúde (COES), Dionísio Cumba.
 
"Confirmamos mais um óbito de um homem. O homem entrou no hospital com insuficiência respiratória grave. Morreu esta manhã", afirmou o médico guineense, na conferência de imprensa diária sobre a evolução do novo coronavírus no país.

Segundo Dionísio Cumba, neste momento, estão a ser investigados mais seis casos de óbito para determinar se estão relacionados com a doença.

O também diretor do Laboratório Nacional de Saúde Pública remeteu para sexta-feira novas atualizações, depois de ultrapassadas algumas dificuldades técnicas e de falta de material.

O coordenador do COES disse também que as autoridades de saúde estão à espera de um técnico de Portugal para arranjar as centrais de produção de oxigénio do hospital de Cumura e do Hospital Nacional Simão Mendes.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou na terça-feira o estado de emergência no país até 10 de junho, mas pediu ao Governo para iniciar o desconfinamento para evitar o "colapso económico".

As autoridades guineenses decidiram terça-feira abrir as fronteiras e permitir a entrada e saída de pessoas no território nacional e alargar o horário para a circulação de pessoas, que agora pode ser feito entre as 07:00 e as 18:00 locais, apesar de manterem o recolher obrigatório entre as 20:00 e as 06:00.

Em relação às atividades económicas, o Governo guineense passou a permitir a circulação de transportes de passageiros e de transporte de bens de consumo de primeira necessidade, a venda ambulante e o funcionamento dos serviços comerciais entre as 07:00 e as 20:00.

Em África, há 3.696 mortos confirmados em mais de 124 mil infetados em 54 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções (1.195 casos e oito mortos), seguindo-se a Guiné Equatorial (1.043 casos e 12 mortos), Cabo Verde (390 casos e quatro mortes), São Tomé e Príncipe (443 casos e 12 mortos), Moçambique (227 casos e um morto) e Angola (73 infetados e quatro mortos).

O país lusófono mais afetado pela pandemia é o Brasil, com 24.512 mortos e mais de 391 mil contaminados, sendo o segundo do mundo em número de infeções, atrás dos Estados Unidos (1,6 milhões) e à frente da Rússia (mais de 370 mil).

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 355 mil mortos e infetou mais de 5,7 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,2 milhões de doentes foram considerados curados.ANG/Lusa



             Líbia/Africon confirma envio de 14 aviões russos de combate
Bissau, 29 mai 20 (ANG) - O Comando Militar Norte-americano em África (AFRICOM) anunciou, quarta-feira, a chegada de 14 novos aviões de combate russos banalizados à base aérea de Al-Jufra, no centro da Líbia. Num comunicado, o AFRICOM indicou que aviões de combate MiG  29 e SU-24 deixaram em Maio corrente a Rússia há vários dias.
Frisou que todos os aparelhos tinham na altura marcas da Força Aérea russa, mas que, depois de aterrarem na base aérea de Hmeimin na Síria, os MiG  foram repintados e que emergiram sem marcas nacionais.
O AFRICOM acrescentou que os aviões de combate foram pilotados por militares russos e escoltados por combatentes russos baseados na Síria e na Líbia.
Terça-feira última, segundo a PANA, o AFRICOM anunciou que a Rússia enviou aviões de combate  à Líbia para um apoio aéreo ao grupo Wagner (russo) que se juntaram às forças do Exército Nacional líbio, comandado pelo marechal Khalifa Haftar, contra o Governo líbio de União Nacional, reconhecido pela comunidade internacional.
O Comando Militar Norte-americano em África precisou que os aviões russos chegaram à Líbia depois de atravessarem a Síria, onde eles foram repintados”, segundo um comunicado publicado no seu site Internet.
O comandante do AFRICOM, o general Stephen Townsend, afirmou que esta operação representa uma tentativa da Rússia de “inverter a tendência a seu favor na Líbia, como o fez na Síria, ao utilizar grupos de mercenários apoiados pelo  Governo sírio, tais como Wagner.
Frisou que a Rússia “não pode continuar a negar a sua implicação no conflito líbio”.
«Nós vimos aviões de combate russos de quarta geração rumarem para a Líbia, e o Exército Nacional líbio ou empresas militares privadas não podem possuir ou utilizar este armamento sem o apoio da Rússia”, lê-se na nota.ANG/Angop





Bissau,29 Mai. 20(ANG) - Os parceiros internacionais da Guiné-Bissau, denominados de P5, manifestaram quinta-feira "inteira disponibilidade" para ajudar o presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, a encontrar uma solução política para o país.

A informação foi dada aos jornalistas pelo representante da União Africana na Guiné-Bissau, o embaixador são-tomense Ovídeo Pequeno, depois de um encontro com o presidente da Assembleia Nacional Popular, onde também estiveram presentes a União Europeia, Nações Unidas, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

Segundo Ovídeo Pequeno, o presidente do parlamento explicou ao  P5  que tinha sido convidado pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, a arranjar uma solução política para o país, na sequência do comunicado da CEDEAO.

“Nesse âmbito pediu  o nosso apoio e nós manifestámos a nossa inteira disponibilidade para o fazer. Na sequência deste encontro vamos ter uma reunião entre o grupo e ver qual poderá ser a ação do P5”, afirmou o representante da União Africana.

No âmbito da mediação à crise política na Guiné-Bissau, a CEDEAO emitiu, em abril, um comunicado no qual reconheceu Umaro Sissoco Embaló como Presidente do país e instou as autoridades a nomear um novo Governo que respeite os resultados das legislativas de 2019, num prazo que terminou sexta-feira, e a revisão da Constituição.

Apesar das duas rondas de audiências aos partidos com assento parlamentar, feitas por Umaro Sissoco Embaló, e uma série de encontros realizados entre o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das legislativas, com as restantes formações partidárias, os políticos guineenses não conseguiram alcançar um entendimento.

Na segunda-feira, o Presidente guineense deu até 18 de junho ao presidente do parlamento para arranjar uma solução.

O PAIGC venceu as legislativas de março de 2019 sem maioria e fez um acordo de incidência parlamentar com a APU-PDGB, Partido da Nova Democracia e União para a Mudança, obtendo 54 dos 102 assentos no parlamento.

Logo no início da legislatura, o líder da APU-PDGB, Nuno Nabian, que ocupava o cargo de primeiro vice-presidente do parlamento, incompatibilizou-se com o PAIGC e aliou-se ao Madem-G15, segunda força política do país, com 27 deputados, e Partido da Renovação Social, que elegeu 21 deputados.

Apesar da nova aliança, quatro dos cinco deputados da APU-PDGB mantiveram a sua lealdade ao acordo de incidência parlamentar assinado com o PAIGC.

Os dois blocos alegam ter a maioria no parlamento.

As negociações em curso foram também ensombradas com o rapto na sexta-feira do deputado da APU-PDGB Marciano Indi, que acabou por ser libertado umas horas mais tarde.

Marciano Indi é o líder parlamentar da APU-PDGB e um dos deputados que continua a defender o acordo de incidência parlamentar com o PAIGC contra as orientações do presidente do seu partido.

A Guiné-Bissau tem vivido desde o início do ano mais um período de crise política, depois de Sissoco Embaló, dado como vencedor das eleições presidenciais de dezembro de 2019 pela Comissão Nacional de Eleições, se ter autoproclamado Presidente do país, apesar de decorrer no Supremo Tribunal de Justiça um recurso de contencioso eleitoral apresentado pela candidatura de Domingos Simões Pereira.

Na sequência da sua tomada de posse, o Presidente guineense demitiu o Governo do PAIGC liderado por Aristides Gomes e nomeou para o cargo Nuno Nabian, líder da APU-PDGB, que formou um Governo com o Madem-G15, o PRS e elementos do movimento de apoio ao antigo Presidente guineense, José Mário Vaz, e do antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, não aceitou a derrota na segunda volta das presidenciais de dezembro e considerou que o reconhecimento da vitória do seu adversário é “o fim da tolerância zero aos golpes de Estado” por parte da CEDEAO.

A União Europeia, União Africana, ONU, Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) e Portugal elogiaram a decisão da organização sub-regional africana por ter resolvido o impasse que persistia no país, mas exortaram a que fossem executadas as recomendações da CEDEAO, sobretudo a de nomear um novo Governo respeitando o resultado das últimas legislativas.

O Supremo Tribunal de Justiça remeteu uma posição sobre o contencioso eleitoral para quando forem ultrapassadas as circunstâncias que determinaram o estado de emergência no país, declarado no âmbito do combate à pandemia provocada pelo novo coronavírus.ANG/Lusa



Unicef e Save The Children//Crianças  em pobreza familiar podem aumentar em 86 milhões

Bissau, 29 Mai 20(ANG) – As consequências económicas da pandemia de Covid-19 podem levar a um aumento de mais 86 milhões de crianças em situação de pobreza familiar até o final de 2020, um aumento de 15%, de acordo com uma nova análise conjunta divulgada quinta-feira pelo UNICEF e pela Save the Children.

Segundo uma nota à imprensa  das duas organizações, a  análise destaca que, sem ação urgente para proteger as famílias das dificuldades financeiras causadas pela pandemia, o número total de crianças que vivem abaixo da linha nacional de pobreza - nos países de baixo e médio rendimento - poderá ascender a 672 milhões no final do ano. Quase dois terços dessas crianças vivem na África Subsaariana e no Sul da Ásia.

O documento indica que os países da Europa e da Ásia Central podem sofrer o aumento mais significativo, até 44% em toda a região. A América Latina e as Caraíbas podem ver um aumento de 22%.

A Guiné-Bissau, segundos as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI),  poderá registar um crescimento negativo entre -1,5 a 6% do PIB em 2020, o que significa que o país poderá sofrer severos impactos socioeconómicos devido à COVID-19. Essa alta depressão naturalmente aumentará a incidência de pobreza infantil monetária e multidimensional.

"A pandemia de coronavírus desencadeou uma crise socioeconómica sem precedentes que está a consumir os recursos das famílias em todo o mundo", disse Henrietta Fore, Diretora Executiva do UNICEF.

“A escala e a profundidade das dificuldades financeiras das famílias ameaçam reverter anos de progresso na redução da pobreza infantil e deixar as crianças privadas de serviços essenciais. Sem uma ação combinada, as famílias que mal conseguiam sobreviver poderiam ser empurradas para a pobreza, e as famílias mais pobres poderiam enfrentar níveis de privação que não são vistos há décadas,”acrescentou Fore.

A Save the Children e o UNICEF alertam alertam na nota que o impacto da crise económica global causada pela pandemia e respetivas políticas de contenção é duplo.

Refere que a perda imediata de rendimento significa que as famílias estão menos aptas a pagar o básico, incluindo comida e água, menos propensas a ter acesso a cuidados de saúde ou educação e mais em risco de casamento infantil, violência, exploração e abuso.

Quando ocorre contração fiscal, salienta, o alcance e a qualidade das famílias aos serviços dependentes também podem ser diminuídos. Para as famílias mais pobres, a falta de acesso a serviços de assistência social ou medidas compensatórias limita ainda mais sua capacidade de obedecer a medidas de contenção e distanciamento físico e, portanto, aumenta ainda mais sua exposição a infeções.

“Os impactos chocantes da pandemia da Covid-19 na pobreza afetarão fortemente as crianças. As crianças são altamente vulneráveis ​​a períodos curtos de fome e desnutrição - afetando-as potencialmente por toda a vida. Se agirmos agora e de maneira decisiva, podemos prevenir e conter a ameaça de pandemia que os países mais pobres e algumas das crianças mais vulneráveis ​​enfrentam. Este relatório deve ser um alerta para o mundo. A pobreza não é inevitável para as crianças”, disse Inger Ashing, CEO da Save the Children International.

De acordo com as duas organizações, antes da pandemia, dois terços das crianças em todo o mundo não tinham acesso a nenhuma forma de proteção social, tornando impossível às famílias suportar choques financeiros quando atingiam e promovendo o ciclo vicioso da pobreza intergeracional. Apenas 16% das crianças na África são abrangidas por sistemas de proteção social.

Centenas de milhões de crianças permanecem multidimensionalmente pobres - o que significa que elas não têm acesso a cuidados de saúde, educação, nutrição adequada ou habitação adequada - geralmente um reflexo de investimentos desiguais por parte dos governos em serviços sociais.

Para as crianças que vivem em países já afetados por conflitos e violência, o impacto dessa crise aumentará ainda mais o risco de instabilidade e de famílias que caem na pobreza. A região do Oriente Médio e Norte da África, lar do maior número de crianças necessitadas devido a conflitos, tem a maior taxa de desemprego entre os jovens, enquanto quase metade de todas as crianças da região vive em uma pobreza multidimensional.

Para abordar e mitigar o impacto do COVID-19 nas crianças de famílias pobres, a Save the Children e o UNICEF pedem a expansão rápida e em larga escala dos sistemas e programas de proteção social, incluindo transferências de renda, alimentação escolar e benefícios para a criança - todos os investimentos críticos que tratam necessidades financeiras imediatas e estabelecer as bases para os países se prepararem para futuros choques.

Sugerem que os governos também  investam em outras formas de proteção social, políticas fiscais, emprego e intervenções no mercado de trabalho para apoiar as famílias. Isso inclui a expansão do acesso universal a serviços de saúde de qualidade e outros serviços; e investir em políticas voltadas para a família, como licença remunerada e assistência à infância.

Segundo a Nota do UNICEF  e Save the Children, desde o início da COVID-19, muitos países já ampliaram os seus programas de proteção social. Por exemplo:

Na Guiné-Bissau, o Sistema das Nações Unidas elaborou um programa de assistência social para os meninos, meninas e suas famílias mais vulneráveis.

O principal objetivo deste programa é garantir que meninas, meninos, mulheres e homens em situação de vulnerabilidade possam atender às suas necessidades essenciais e sejam protegidos contra as perdas de rendimento causadas pela pandemia do COVID-19. O programa, a ter início brevemente, ajudará famílias vulneráveis, principalmente por meio de mecanismos de transferência monetárias. A assistência planificada também apoiará as populações mais vulneráveis a aumentarem o seu acesso económico a alimentos.

Tendo em conta que a comercialização do caju representa a principal fonte de rendimento para um grande número de famílias pobres, o programa também garantirá que os produtores de caju em condição menos favorável, residentes nas zonas mais remotas do país, beneficiem de apoio na coleta, tratamento, acondicionamento, transporte para armazéns pré-selecionados e armazenamento apropriado das suas colheitas.

Na África do Sul, vários esquemas de proteção social, incluindo o subsídio de apoio à criança que atinge 12,8 milhões de crianças, estão a providenciar complementos adicionais. ANG//SG





quinta-feira, 28 de maio de 2020

Prevenção contra Coronavírus

Não permita que o Medo, Pânico ou a Negligência te entregue ao Coronavírus. Sair sem necessidade pode te levar a isso. Fique em Casa.

O Cronovírus anda de pessoa à pessoa. Não consegue viver para fazer estragos(matar) fora do ser humano. Evita a contaminação, lavando sempre as mãos bem com sabão.

Beba sempre água para evitar que sua garganta fique seca.

Garganta húmida leva o vírus directamente para o estômago, aí morre, por força de sucos gástrico produzidos pelo estômago.

Evite lugares onde haja muita gente. Afaste-se de alguém que tosse.

Recomendações médicas de Prevenção contra Coronavírus//ANG

Solidariedade/Empresário Braima Camará doa géneros alimentícios ao Centro Materno Infantil para tratamento de doentes de tuberculose

Bissau, 28 mai 20 (ANG) – O empresário e coordenador do Movimento para Alternância Democrática Madem-G15,  Braima Camará doou hoje um lote de géneros alimentícios, constituídos de arroz, cebola, batatas, óleo alimentar e espaguetes ao Centro Materno Infantil, destinado a tratamento de doentes com tuberculose. 

Em declarações à imprensa, no acto da entrega do donativo, Braima Camará disse que, desconhece a existência da referida unidade hospitalar.

“Fiquei muito comovido com o Centro, e  o gesto representa uma questão de solidariedade porque quando tomei conhecimento de que os doentes internados ali, desistem do tratamento por causa de  dificuldades para poderem aguentar medicamentos que tonam optei por fazer essa doação de forma a minimizar as suas dificuldades”, explicou.

Braima Camará sublinhou que a situação não está fácil, adiantando que neste momento não é o deputado do Círculo 24 onde situa o Centro Materno, frisando contudo que irá continuar a apoiar na medida do possível.

Afirmou que o gesto vai se estender ao nível nacional para poder fazer face aos compromissos que os técnicos de saúde têm, e disse ainda estar muito impressionado com a  forma como estão a trabalhar em dificuldades.

Camará disse que espera que o género chegue aos respectivos destinatários, para ajudar na recuperação de saúde que diz ser o mais importante.

Para Genoveva Gomes, parteira  responsável de Saúde Reprodutiva,   os géneros alimentícios recebidos vai cobrir muitas lacunas porque, “se os doentes não têm alimentos podem até ter recaídas pois os medicamentos que ingerem são muitos fortes”.ANG/MI/ÂC//SG


Sociedade/Presidente da ACOBES acusa governantes  de priorizar mais aspetos políticos do que sociais

Bissau, 28 mai 20 (ANG) – O Presidente da Associação de Consumidores, Bens e Serviços(Acobes), acusa os governantes do país,  de priorizarem mais aspetos políticos do que sociais.

Segundo ele, havia toda a necessidade de se criar condições para o isolamento, em termos de  infraestruturas hospitalares, o que infelizmente não se verificou.

Em entrevista exclusiva esta quinta-feira à ANG, Bambó Sanhá considerou de “grave” o comportamento dos políticos em relação à primeira vaga de  isolamento, em casa, feito pelos primeiros infetados com o novo coronavírus, acrescentando que o governo tem a obrigatoriedade de salvar a vida da população.

Pede  ao governo   deligências juntos dos parceiros nacionais e internacionais no sentido de proteger os cidadãos e estancar a pandemia, sustentando que a população tem o direito ao consumo.

“É de louvar a  distribuição de produtos da primeira necessidade que está a ser feita pelo governo , mas, para mim, não é suficiente porque continuamos a ter populações mais carenciadas que ainda não beneficiaram do género. Por isso, o governo deve reforçar as deligências para fazer chegar produtos de desinfecção e alimentícios às tabancas mais longínquas”, disse Bambó Sanhá.

Afirmou que a medida de prevenção é “muito fundamental” porque o país é vulnerável e frágil, sem infraestruturas sanitárias, sem materiais médicos, e recursos humanos suficientes, para poder controlar esta pandemia, tal  como  se verifica  noutras partes do mundo.

“Esperamos que o governo reforce as suas medidas para poder, de fato, ajudar essa pobre população. Sabemos que mesmos os nossos dirigentes e o governo, em particular, não têm condições financeiras para atenuar esta doença, por isso a medida de prevenção é importante”, frisou.

Aquele responsável pediu a população a encarar a doença como uma realidade no país, pede a população para usar  máscara e  cumprir a medida de distanciamento nos lugares públicos, sobretudo nos mercados, bancos, entre outros, para se proteger do coronavírus.
Acrescentou que as pessoas devem acatar o conselho dos técnicos de saúde e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em relação a retoma dos transportes urbano nomeadamente toca-tocas e táxis, Sanhá lamentou que  o estado de emergência tenha reduzido muitos direitos aos cidadãos, mas que é  compreensível porque o país não está numa situação normal.

Sublinhou  que as vidas têm que ser protegidas mas que a economia também tem que ser defendida.

“Esses dois aspectos são fundamentais para a existência dos seres humanos,  por isso, entendemos que a limitação da lotação nos transportes é aceitável porque os casos estão a subir drasticamente”, disse.

O presidente da ACOBES apela  aos motoristas a se abdicarem de aumentar a tarifa aos utentes “porque o momento é crucial e de solidariedade” .

Disse que toda a luta deve ser contra a pandemia, e que espera que o desconfinamento seja de forma gradual, tal como decido pelo Governo.
ANG/DMG/ÂC//SG

Imprensa/Director-geral da TGB nega existência de lista de funcionários impedidos de entrar na instituição

Bissau, 28 Mai 20 (ANG) – O Director-geral da Televisão da Guiné-Bissau (TGB), negou hoje a  existência de uma  lista com nomes de funcionários  impedidos de entrar na instituição, frisando que as informações postas a circular não correspondem minimamente a verdade.

Amadu Jamanca DG da TGB
Amadu Jamanca, em declarações  à ANG, disse que ninguém tem o direito de impedir alguém de estar ou entrar no seu local de trabalho, salientando que o país se encontra num momento de muito risco, por causa do Covid-19, onde cada responsável de instituição é obrigado a primar pela segurança dos  funcionários.

Em entrevista concedida recentemente ao jornal Donos da Bola, o Presidente do Sindicato de Base da TGB, Tiago Domingos Gomes, disse desconhecer o despacho de nomeação de Amadu Jamanca nas funções de DG da TGB, para estar a tomar medidas e a ditar regras na única estação televisiva do país.

Aquele lider sindical afirmou ainda que entre as novas regras estabelecidas pelo novo DG da TGB consta a suspensão temporária de 13 funcionários.

Jamanca disse que é preciso disciplinar o fluxo de entrada nesta instituição ou seja, deve se saber quem vai entrar, qual será o seu trabalho, salientando que, se outrora as pessoas entravam a calhar na TGB, hoje devem saber que existem regras para o efeito.

“Como é de conhecimento público, já se confirmou casos positivos de  coronavirus  entre os funcionários da TGB e é  nossa obrigação proteger os outros que ainda não contraíram a doença e fazer a Televisão funcionar porque neste período em que nos encontramos a única estação televisiva do país não pode parar. Isso significa que temos de manter seguro as pessoas que estão ali a trabalhar”,disse.

O DG da Televisão Nacional disse que a lista afixada na entrada da estação é dos trabalhadores com contratos activos, acrescentando que, se alguém é estranha à esta instituição deve ter uma autorização prévia para ter acesso ao seu interior.

Disse que os funcionários que não foram escalados devem ficar em casa observando o distanciamento social, adiantando que tudo tem a ver com a prevenção da pandemia que abalou o mundo.

Questionado sobre a posição do Sindicato de Base da TGB que numa entrevista ao site do Jornal Donos da Bola,  alega desconhecer a nomeação de Jamanca para o cargo de DG, Amadu Jamanca disse que este assunto já foi ultrapassado, salientando que o que houve foi um mal entendido.

“Nós fomos nomeados Presidente da Comissão de Gestão no dia 12 de Março de 2020, por um mês, o que já terminou no dia 12 de Abril e passados dois ou três dias fomos nomeados  Director-geral, por despacho de Secretário de Estado de Comunicação Social, com a data de 16 da Abril”, esclareceu.

Acrescentou  que, “só que o Conselho de Ministros não se reuniu na altura por causa do Coronavírus”, mas que um despacho sobre o assunto foi afixado, tanto na Secretaria de Estado, como na vetrina da TGB. ANG/MSC/ÂC//SG


Saúde/OMS exorta  governantes a implementarem políticas gerais de luta antitabágica

Bissau, 28 Mai 20 (ANG) – A directora regional da OMS para África exortou os governantes a implementarem politicas gerais de luta antitabágico  conforme estipulado na convenção-quadro da OMS, de forma a salvar vidas e reduzir os custos dos cuidados de saúde.

A exortação vem expressa numa mensagem  de Maatshidiso Moeti enviada hoje à ANG, alusiva ao Dia Mundial sem tabaco que se comemora no dia 31 do corrente mês, subordinado ao tema "Proteger os jovens das manipulações da industria".

Por ocasião da celebração da efeméride, apelou à todos os jovens para que se juntem na luta contra a epidemia de tabaco, incentivando os grupos de jovens a criar um movimento para geração sem tabaco, exortando ainda as celebridades e influenciadores de opinião a rejeitarem todas as formas de patrocínios da industria de tabaco.

"Lançamos uma campanha mundial para combater as tácticas agressivas de comercialização levadas a cabo pela indústria do tabaco para atrair  uma nova geração de consumidores. Necessitamos do apoio de todos para fazer frente às campanhas de marketing de oito mil milhões de dólares, realizadas, todos os anos, pela indústria para vender produtos prejudiciais à saúde, disse Moeti.

Para a responsável da OMS,  o tabaco mata metade dos seus consumidores e os fumadores apresentam um maior risco de contrair uma doença grave ou mesmo de falecer se foram infectados pela Covid-19.

Ainda  na mensagem disse que todas asa formas de tabagismo são nefastas e não existe nenhum nível de exposição segura ao tabagismo passivo, acrescentando que o uso de cigarros electrónicos aumenta o risco de doenças cardíacas e pulmonares, além disso, a nicotina presente nesses produtos pode comprometer o desenvolvimento cerebral das crianças.

"Fumar shisha  é tão nocivo  como as outras formas de tabagismo que pode provocar o cancro da boca, a perda dos dentes, a doença das gengivas entre outros”, alertou a directora.

De acordo com a sua mensagem, na região  africana, produtos do tabaco são consumidos por 94 milhões de homens e 13 milhões de mulheres, bem como por um em cada cinco adolescentes.

“O tabagismo está a aumentar nas raparigas com idades compreendidas ente 13 a 15 anos e o consumo de outros produtos do tabaco , que não são cigarros, está a ganhar terreno na região, em todos os anos 146.000 africanos morrem de doenças relacionadas com tabagismo, representando 3,5 por cento do total anual das despesas de saúde na região africana”, informou.

Declarou que, para combater a mórbidade  e a mortalidade imputáveis ao tabagismo, 26 países africanos decretaram leis que proíbem fumar em espaços públicos e 10 desses países implementaram proibições totais, em que ao tentar proteger os seus cidadãos, muitos governos foram alvo de ameaças e acções judicias instauradas pela industria para enfraquecer essas medidas.

Salientou que  para apoiar os Estados-membros no combate às acções da indústria do tabaco, vão continuar a colaborar com os seus parceiros para desmistificar mitos, expor tácticas de manipulação  e reforçar as politicas de saúde.

Apelou aos pais,  encarregados de educação e professores, que eduquem as crianças sobre os perigos dos produtos do tabaco e que advoguem pela proibição  total de fumar em locais públicos e de todas as formas de publicidade a favor do tabaco. ANG/MI/ÂC//SG