sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

     
Justiça
/LGDH condena o exercício arbitrário do actual regime no país

Bissau, 12 Fev. 21 (ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) condenou o que qualifica do “exercício arbitrário, prepotente e autoritário” do poder adoptado pelo regime vigente na Guiné-Bissau, e  acusa o Presidente da República Umaro Sissoko Embaló de ser  o principal protagonista.

A condenação vem expressa num comunicado à imprensa da LGDH emitido quinta-feira(11) à  que a ANG teve acesso hoje.

No documento, a LGDH exige a devolução  imediata e incondicional da  sede nacional da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau, para que esta possa prosseguir, livremente, a sua missão de fiscalização e participação na administração da justiça, defesa dos direitos humanos e aprofundamento da democracia.

De acordo com a nota, a Liga alerta a opinião pública nacional e internacional para a instauração progressiva de um clima de terror e de absolutismo na Guiné-Bissau.

Refere o comunicado que os argumentos de segurança invocados para privar o gozo de uma propriedade privada, para além de não serem consistentes e rigorosos, são materialmente inconstitucionais e, consequentemente, inconciliáveis com o Estado de Direito Democrático, e que traduzem características típicas de um regime autoritário e absolutista.

A LGDH refere em comunicado que o Presidente da República, enquanto garante da Constituição, é-lhe incumbido a responsabilidade de assegurar o respeito pelo Estado de Direito e exercício pleno dos direitos fundamentais, e que afigura-se contraproducente e contranatura ser esta mesma instituição o maior protagonista da violação das normas constitucionais e da banalização das instituições democráticas.

"No Estado de Direito e num regime de democracia constitucional, a segurança dos órgãos de soberania reside no respeito pela lei, fonte de legitimidade e barómetro de actuação de todos quanto estejam investidos do poder de autoridade”, refere  a nota.

A Presidência da República se apossou da sede da Ordem dos Advogados que se encontra junto ao Palácio Presidencial, alegadamente, por razões de segurança e a Ordem promete levar o caso ao tribunal.ANG/MI/ÂC//SG

 

  
Governação
/Conselho de Ministros aprova  projectos sobre o sector dos petróleos

Bissau 12 fev 21(ANG) – O Governo guineense aprovou esta quinta-feira um conjunto de licenças de pesquisa de petróleo na parte continental nomeadamente à Licenças de Pesquisas “Cabra Mato” ( bloco 4), de  “Frintamba”(bloco 5), de “Lifante”(bloco 2) e da  licença pesquisa “ Raia” (bloco3) ambos da  parte continental.


A informação consta no comunicado de Conselho de Ministros, assinado pelo vice primeiro-ministro e titular da pasta da Presidência do Conselho de ministros  e dos Assuntos Parlamentares e Coordenador para Área Económica Soares Sambú à que a Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso hoje.

Nessa sessão, o Conselho de Ministros reuniu-se, em formato de vídeoconferência, sob a presidência do primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam e com o acompanhamento directo do Chefe  Estado  Umaro Sissoco Embaló.

Segundo o comunicado, o elenco governamental  aprovou igualmente à décima sétima emenda da licença “ Sinapa” (bloco2) e a décima terceira emenda da licença “ Esperança”(blocos 4Ae 5A).

O documento indicou ainda que o executivo  aprovou a extinção da licença de pesquisa “Sardinha” bloco7A) e bem como a licença de pesquisa “polvo” (bloco 6C).ANG/LPG/ÂC//SG

 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Caju /Presidente da ANCA decide mover uma queixa crime contra Associação Nacional de Importadores e  Exportadores

Bissau, 11 Fev 21 (ANG) – O Presidente da Agência Nacional de Caju da Guiné-Bissau (ANCA-GB) decidiu mover uma queixa crime junto do Ministério Público contra a Associação Nacional de Importadores e Exportadores da Guiné-Bissau, na pessoa do seu presidente Mamadu Iero Djamanca.

A decisão foi tornada pública em conferência de imprensa realizada hoje por Caustar Dafa, em jeito de esclarecimento sobre o concurso lançado para aquisição e venda de sacos de “juta” da primeira qualidade para exportação da castanha de caju de 2021  e das acusações  de que foi alvo da parte do Presidente da Associação Nacional de Importadores e Exportadores.

Disse que Amadu Iero Djamanca tem de provar junto do Ministério Público as suas acusações.

Segundo, Caustar Dafa, Mamadu  Djamanca teria dito numa conferência de imprensa  que, nos últimos três anos,  os seus associados contribuíram com cerca 4 mil milhões de francos cfa para a conta da ANCA-GB.

Disse que tais informações não correspondem a verdade, porque em 2018, a taxa de funcionamento da ANCA é de três francos por cada quilo  e que nesse ano o país exportou 149 mil 700 toneladas da castanha de caju e a contribuição dos exportadores  foi de  449 milhões e 100 mil francos cfa.

 O Presidente da ANCA disse que em 2019, a Guiné-Bissau exportou 195 mil e 547 toneladas da castanha de caju e taxa de valorização foi de 5 francos por quilo, correspondendo a 977 milhões e 737 mil francos cfa.

De acordo com Caustar Dafa, em 2020, segundo o último apuramento feito em conjunto com o Ministério de Comércio, o país exportou 152 mil toneladas de caju, o que corresponde em dinheiro a 760 milhões de franco cfa.

Isso tudo, de acordo com o Presidente da ANCA, totaliza 2 mil milhões 186 milhões e oito centos e trinta cinco mil francos cfa.

Aquele responsável questionou na ocasião, onde é que Djamanca obteve os dados que indicam  que, nos últimos três anos, a ANCA rendeu 4 mil milhões de francos cfa, frisando que ,por isso, o Djamanca tem que provar o que disse junto do Ministério Público.

Quanto ao Instituto Nacional  de Pesquisa Agrária e Proteção Vegetal, Caustar Dafa disse que os fundos provenientes do pagamento das taxas de valorização pagas pelos exportadores foram  usados no pagamento salarial dos funcionários da ANCA-GB, da corrente elétrica e água, aquisição de combustível, Renda entre outras despesas.

Em relação ao fundo de investimento, Caustar Dafa disse que é paga juntamente com a taxa de contribuição Predial Rustica e que em 2019 foi estipulado em  10 francos, o  quilo, mas que o dinheiro fora depositado na conta do Tesouro Público e não na da ANCA.

Por essa razão, Dafa exorta o Presidente da Associação de Importadores e Exportadores a buscar o montante em causa no Tesouro Público para que o investimento possa ser feito.ANG/LPG/ÂC//SG    

 

Sindicalismo/CSI-África  condena ameaças de morte contra secretário geral da UNTG

Bissau, 11 Fev 21 (ANG) – A Organização Regional Africana da Confederação Sindical Internacional(CSI-África) condenou, recentemente, as ameaças de morte, por pessoas desconhecidas, dirigidas  contra o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG), para que este ponha termo as greves na função pública.

Júlio Mendonça
A informação vem expressa numa carta do secretário-geral do CSI-África  dirigida ao Chefe de Estado guineense, publicada na página oficial da UNTG na rede socia, Facebook
.

O secretário-geral da CSI-África pede ao governo guineense para garantir  segurança ao Júlio António Mendonça  e à outros líderes sindicais, que ponha termo à  atos de limitação e ameaças contra os líderes sindicais e que abrace um diálogo  social significativo, para abordar as queixas dos sindicatos e da população em geral.

A UNTG está envolvida em acções de protesto contra os aumentos  de impostos anunciados pelo governo em novembro de 2020 e aprovados pelo parlamento e promulgados pelo Presidente da República, a 28 de janeiro de 2021.

De acordo com a missiva, os funcionários denunciam que a elite  continua a gozar de “privilégios obscenos”  enquanto que a maioria dos servidores públicos e a população  é negligenciada, sem segurança de rendimentos ou proteção social durante as restrições da covid-19.

“As medidas governamentais recentes incluem a atribuição de valores exorbitantes de subsídios aos órgãos de soberania e antigos membros dos mesmos, a suspensão e despedimento de empregados que se crê pertencerem a um partido político diferente, atos de nepotismo no recrutamento dos trabalhadores dos serviços públicos, resultando em excesso de pessoal e aumentos injustiçado dos salários para alguns”, refere a carta.

O Comité de Liberdade Sindical (CFA) da Organização Internacional do Trabalho(OIT), estabeleceu o princípio de que “as organizações responsáveis pela defesa dos interesses socioeconómicos e profissionais dos trabalhadores devem poder utilizar a greve para apoiar a sua posição na procura de soluções para os problemas colocados pelas crises sociais”.

A CSI-África chamou atenção ao Umaro Sissoco Embaló para ter em conta a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos que protege o direito à liberdade , segurança pessoal, de expressão,  opinião e  associação, frisando que, estes direitos e liberdades devem ser respeitados pelo governo.ANG/JD/ÂC//SG

 

Covid-19/ÁFRICA COM MAIS 491 MORTOS E 13.425 INFECTADOS NAS ÚLTIMAS 24 HORAS

Bissau, 11 Fev 21 (ANG) - África registou nas últimas 24 horas mais 491 mortes por covid-19 para um total de 96.732 óbitos, e 13.425 novos casos de infecção, segundo os mais recentes dados oficiais da pandemia no continente.

De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de infetados nos 55 Estados-membros da organização é de 3.703.913 e o de recuperados nas últimas 24 horas é de 19.095, para um total de 3.241.258 desde o início da pandemia.

A África Austral continua a ser região mais afetada, com 1.763.667 infectados e 52.666 mortos. Nesta região, a África do Sul, o país mais atingido pela covid-19 no continente, regista 1.482.412 casos e 47.145 mortes.

O Norte de África é a segunda zona mais afetada pela pandemia, com 1.120.390 infectados e 30.969 vítimas mortais.

A África Oriental contabiliza 374.665 infecções e 7.085 mortos, enquanto na África Ocidental o número de infecções é de 351.979 e o de mortes ascende a 4.364.

A África Central tem 93.212 casos e 1.648 óbitos.

O Egipto, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 9.804 mortes e 171.390 infetados, seguindo-se Marrocos, com 8.436 vítimas mortais e 476.689 casos.

Entre os seis países mais afectados estão também a Argélia, com 2.928 óbitos e 109.690 casos, a Etiópia, com 2.167 vítimas mortais e 144.249 infecções, e o Quénia, com 1.791 óbitos e 102.221 infectados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Angola regista 487 óbitos e 20.210 casos de infecção, seguindo-se Moçambique (486 mortes e 46.736 casos), Cabo Verde (138 mortos e 14.543 casos), Guiné Equatorial (87 óbitos e 5.663 casos), Guiné-Bissau (46 mortos e 2.826 casos) e São Tomé e Príncipe (18 mortos e 1.385 casos).ANG/Angop

 

 

Caso Catchura/ Ordem dos Médicos decide que doravante actos cirúrgicos serão feitas na base de consentimento do paciente ou familiar

Bissau, 11 Fev 21 (ANG) – A Ordem dos Médicos da Guiné-Bissau  (OM-GB) decidiu que doravante, os actos cirúrgicos serão feitos na base de consentimento por escrito do paciente,  familiar ou acompanhante de modo à evitar possível situações de desentendimentos.

A informação consta no comunicado à imprensa  desta organização da classe médica guineenses à que  a Agência de Notícias da Guiné teve acesso hoje.

Com esta nova medida, a Ordem dos Médicos revoga  a decisão tomada no passado dia 08, em que apelara  aos seus associados não especialistas em cirurgia para suspenderem todos os actos de cirurgia previstos.

A mudança de posição da Ordem dos médicos resultou de um consenso chegado entre a Ordem e o ministro da Saúde, depois de uma reunião entre ambos, na qual se reconheceu que o país carece de médicos cirurgiões especializados, pelo que a proibição de cirurgia aos não especializados
só poderia provocar situações sanitárias piores para o país.

Na origem do descontentamento  da classe médica guineense está a detenção, por alguns dias, de um médico e um enfermeiro, por suspeitas de negligência sobre a morte de um activista cívico ocorrido na semana passada, em Bissau. ANG/AALS/ÂC//SG

 

Covid-19/ “Mais uma pandemia criada pela ação do homem”, lamentam cientistas

Bissau,11 Fev 21(ANG) -Um grupo de especialistas chineses e da Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba de encerrar uma missão na metrópole chinesa de Wuhan para tentar esclareceu as causas da pandemia de Covid-19.

A força-tarefa conclui que “provavelmente” o Sars-Cov2 apareceu em um primeiro animal, depois em um segundo, antes de chegar ao homem – mas ainda não identificou exatamente quais foram os bichos, nem as circunstâncias do contágio.

Entretanto, para os cientistas que estudam há décadas a chamada ecologia da saúde ou medicina ambiental, o surgimento do novo coronavírus foi tudo, menos uma surpresa.

A repórter investigativa francesa, Marie-Monique Robin especialista nos temas ambientais, entrevistou 62 autoridades neste tema. Eles estudam o impacto do meio ambiente nas doenças humanas, em diferentes partes do mundo.

As entrevistas resultaram no livro La Fabrique des pandémies, préserver la biodiversité un impératif pour la santé planétaire (A Fábrica das Pandemias: preservar a biodiversidade é um imperativo para a saúde no planeta, em tradução livre), que acaba de ser lançado na França.

A jornalista contou ao programa C’est Pas du Vent, da RFI, que a cada conversa com um desses cientistas, ouvia a desolação de quem já sabia que a próxima pandemia era uma questão de tempo.

Eles não estão bem porque faz pelo menos 20 anos que eles alertam que o melhor antídoto para nos protegermos de uma pandemia grave é a proteção da biodiversidade”, afirma. "E eles não dizem simplesmente que é triste que os pássaros e os insetos estejam desaparecendo, que os pandas vão se extinguir.

Eles colocam prazos e consequências concretas, mostram que a biodiversidade protege a nossa saúde.”

O ciclo de base dessa engrenagem é relativamente simples. O desmatamento das florestas, ambiente natural de milhões de espécies selvagens, leva à desregulação desses ecossistemas. O resultado é que animais que nunca deveriam estar em contato com o homem acabam se aproximando de zonas urbanas ou da cadeia de produção de alimentos destinados aos humanos.

 

As mudanças climáticas , provocadas pela ação humana, imtensificam o problema.

Pascal Boireau, diretor do laboratório animal da Anses (Agência Francesa de Segurança Sanitária Alimentar, Ambiental e do Trabalho) explica que o aparecimento do vírus nipah, no fim dos anos 1990, ilustra bem a dinâmica de bumerangue das zoonoses – o homem provoca um dano ao meio ambiente e, depois, sofre as consequências.

O vírus surgiu na Malásia, após anos de aumento do desmatamento para a abertura de áreas de cultivo agrícola e criação de animais, em especial porcos. Com menos florestas, o clima da região se ressecou e a ocorrência de incêndios se intensificou, causando êxodo dos animais silvestres.

“As espécie de animais fogem, e os que voam levam vantagem. Os morcegos frugívoros têm a capacidade de percorrer centenas de quilômetros para escapar dos incêndios. Eles vão parar em outro lugar totalmente diferente para dormir e comer”, sublinha o especialista em segurança sanitária.

 "Foi assim que um vírus fatal para o homem foi parar nos porcos, criados logo embaixo das árvores de bambu onde os morcegos se refugiaram. Esse vírus causou algumas centenas de mortos na Malásia."

Os especialistas advertem que, em vez de enfrentar a essência do problema, a humanidade tem escolhido combater as consequências: desenvolveu uma vacina e medicamentos em tempo recorde contra a Covid-19, porém a destruição da natureza e do planeta só pioram.

"Alguns dizem: é simples, vamos atirar em todos os morcegos e exterminá-lo. Mas não é assim que funciona”, comenta Marie Monique Robin. "A solução seria pior do que o problema. No caso dos morcegos, precisamos deles para a polinização, eles também comem insetos que nos transmitem a malária. Ou seja, precisamos desses animais."

Até que ponto a pandemia vai abrir os olhos sobre o impacto da crise ambiental na nossa saúde? Os cientistas demonstram ceticismo. Um exemplo: a maioria das pessoas não vê a hora de voltar a viajar como antes – sem se questionar sobre o ritmo frenético das viagens ter sido um fator crucial para acelerar a disseminação dos vírus nas últimas décadas, com a globalização.

Em poucas horas, passageiros, produtos e animais vão de um ponto do planeta para o lado oposto, podendo levar consigo ameaças à saúde para aqueles que vivem no local de destino.

O biologista especialista em ecologia parasitária é um dos que conclui que a pandemia de Covid-19 simboliza o fracasso da humanidade no combate à degradação ambiental,  seja pela ação direta nas  florestas ou pelo modo de consumo das últimas gerações.

 "Faz muitos anos que ecologistas como eu estudamos esse assunto e não somos ouvidos. E agora, estamos de novo nessa mesma sequência, que se repete sempre que temos uma crise”, lamenta o biologista.

 "Se observamos todas as crises sanitárias que tivemos, primeiro promovemos o isolamento, a quarentena. Quando há animais, abatemos a espécie em massa e isso nos leva a aumentar a biossegurança. Agora, estamos fazendo exatamente a mesma coisa para os humanos."

Em meio a tantas desilusões, Morand ainda tem uma esperança: que a nova geração, a mais consciente sobre a crise ambiental, tomará as rédeas desse combate do homem contra si mesmo. ANG/RFI

 

 

Segurança/Presidência da República  assume posse da sede da Ordem dos Advogados para “garantir segurança” ao chefe de Estado

Bissau,11 Fev 21(ANG) - O conselheiro do Presidente da República para a área da segurança, general José Marques, afirmou quarta-feira que a presidência vai assumir a posse da sede da Ordem dos Advogados para “garantir segurança” ao chefe de Estado e aos seus colaboradores diretos.

Em conferência de imprensa, o general explicou a versão da Presidência da República na sequência da polémica que surgiu no país após a Ordem dos Advogados ter sido impedida de aceder à sua sede, situada a escassos metros do palácio presidencial, em Bissau.

O bastonário da Ordem dos Advogados , Basílio Sanca, denunciou, na segunda-feira, que os portões da ordem tinham sido encerrados com cadeados colocados por elementos da Presidência da República, um dia após o prazo do ultimato para que abandonasse o imóvel.

O general José Marques disse que a decisão é a “correção de um erro", que foi a cedência do imóvel à Ordem dos Advogados, em 2000, pelo então Presidente guineense, Kumba Ialá.

A Ordem afirma que o imóvel lhe pertence de forma oficial e legal desde 2011.

O conselheiro de segurança do Presidente Umaro Sissoco Embaló defende que da avaliação "aos riscos e ameaças" a segurança do chefe de Estado, concluiu-se que a Ordem dos Advogados não deveria continuar no local.

"Quem está instalado na sede da Ordem dos Advogados tem condições de controlar e monitorar o regime de entradas e saídas no Palácio da República", observou José Marques, o que, disse, coloca em causa a segurança, a vida,  honra,  dignidade e liberdade de ação do chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló.

O conselheiro de segurança do Presidente guineense referiu que o Estado "não tem condições para enfrentar novos desafios de segurança", daí que decidiu-se pela prevenção de qualquer risco.

José Marques afirmou que existe um despacho do então primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, a avisar a Ordem dos Advogados de que o estado iria tentar encontrar um outro espaço e que aquele imóvel está situado na zona de segurança da Presidência da República.

O bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau interpôs uma providência cautelar, na segunda-feira, para impedir a consumação da decisão da Presidência da República e ainda admite avançar com uma queixa-crime contra o Presidente.

José Marques negou as alegações de Basílio Sanca quando considera a atuação do Presidente guineense como contrária ao Estado de direito democrático.


"Não podemos esquecer que uma das funções do Estado de direito é garantir a segurança do chefe de Estado"
, enfatizou o general. ANG/Lusa

 

COVID-19/151 MILHÕES DE VACINAS DADAS COM EFICÁCIA EM CAUSA

Bissau, 11 Fev 21 (ANG) - Cerca de 151 milhões de doses de vacinas para a covid-19 foram dadas em todo o mundo, enquanto algumas das principais entidades envolvidas na vacinação analisam a eficácia das vacinas perante novas variantes do vírus.

Em 91 países ou territórios, segundo um balanço feito pela AFP, foram administradas até agora 151 milhões de doses de vacinas para a covid-19, desenvolvidasantes do surgimento das variantes britânica, brasileira e sul-africana, resultantes de mutações do coronavírus e potencialmente mais contagiosas.

Desde final de Dezembro de 2019, a pandemia causou mais de 2,34 milhões de mortes em todo o mundo, registando-se os mais elevados totais de vítimas mortais nos Estados Unidos (468.203), Brasil (233.520), México (168.432), Índia (155.252) e Reino Unido (113.850).

Mas, no seu conjunto, os países da União Europeia (UE), em que se inclui Portugal,superam mesmo o marco simbólico de 500 mil mortes, estando portanto acima do total norte-americano.

Os últimos dados europeus indicam que foram 103.250 os novos casos de covid-19 nos 27 países membros da UE na semana de 03 a 09 de Fevereiro, uma descida de 16 por cento em relação ao anterior período semanal.

Também o número de mortes recuou na UE, 7% para 3.137, enquanto se acumulam sinais de frustração da Comissão Europeia relativamente ao andamento da vacinação.

Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão, disse hoje que a UE foi "demasiado optimista" quanto ao ritmo de produção de vacinas contra a covid-19, apelando à indústria farmacêutica para "se adaptar ao ritmo acelerado da ciência".

"Demorámos mais tempo na autorização e fomos demasiado otimistas na produção de vacinas e talvez tenhamos mostrado uma confiança de que o produto iria chegar atempadamente e, portanto, temos de tirar ilações", declarou

Enquanto prossegue a recolha e análise de dados sobre as diferentes vacinas - e respetiva eficácia perante as novas variantes - à palavra de ordem vacinação junta-se confinamento.

Com a maior economia da zona euro, a Alemanha vai prolongar o confinamento até 07 de Março, na sequência de um acordo entre a chanceler Angela Merkel os líderes regionais, apesar de estar previsto um regresso gradual desde o início desse mês ao ensino presencial.

O prolongamento acordado resultou de um consenso entre a intenção de Merkel de manter as restrições até 14 de Março e o de diversos estados federados (Länder) que pretendiam reabrir as escolas e creches a 01 de Março.

Também hoje, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) admitiu "preocupações" sobre a eficácia das vacinas desenvolvidas contra a covid-19 para combater as novas variantes do vírus, estando a desenvolver orientações para os fabricantes, nomeadamente os já autorizados.

"Há preocupações de que algumas destas mutações possam ter impacto em diferentes graus na capacidade das vacinas de proteger contra infecções e doenças", informa o regulador europeu em comunicado.

A EMA aprovou três vacinas para utilização na UE: Pfizer-BioNTech, Moderna e AstraZeneca.

"A fim de considerar opções para testes adicionais e desenvolvimento de vacinas eficazes contra novas mutações de vírus, a agência solicitou a todos os criadores de vacinas que investiguem se a sua vacina pode oferecer protecção contra quaisquer novas variantes, por exemplo, as identificadas no Reino Unido, África do Sul e Brasil, e apresentem dados relevantes", explica a EMA.

Ainda assim, A EMA vinca que "uma redução na proteção contra doenças leves não se traduz necessariamente numa redução na protecção contra formas graves da doença e das suas complicações", estando antes em causa a necessidade de "recolher mais provas".

No final de Janeiro, numa audição no Parlamento Europeu, a directora da EMA disse que as vacinas da Pfizer-BioNtech e da Moderna contra a covid-19 são eficazes para a variante britânica, mas admitiu que a mutação da África do Sul é "mais complicada".

O Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE, na sigla em inglês) da Organização Mundial de Saúde (OMS) defendeu hoje que a vacina AstraZeneca pode ser administrada a pessoas com mais de 65 anos.

Vários países, incluindo Portugal, recomendaram que a vacina não fosse administrada a pessoas com mais de 65 anos, por haver dúvidas sobre a eficácia nesse grupo etário.

Nas recomendações, provisórias, os peritos da OMS notam que a eficácia da vacina AstraZeneca tende a ser maior quando o intervalo entre a primeira e a segunda dose é mais longo, e sugerem um intervalo entre oito a 12 semanas entre as duas doses.

A vacina AstraZeneca, importante para a OMS porque é uma das que vai ser distribuída (mais de três centenas de milhões de doses) pelo mecanismo COVAX (iniciativa para uma distribuição global e equitativa de vacinas), ao contrário de outras pode ser conservada numa rede normal de frio.

Um estudo feito na semana passada na África do Sul, onde circula uma das novas variantes, indicou que a eficácia da vacina AstraZeneca era muito limitada, podendo ser apenas de 22%, o que levou o país a adiar a distribuição.

A eficácia da vacina AstraZeneca está estimada em 70%, enquanto as vacinas Pfizer/BioNTech ou Moderna têm uma eficácia superior a 90%.ANG/Angop

 

 

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Política/Dirigente do PAIGC António Óscar Barbosa acusa líder do partido de “má gestão e violação dos estatutos” e nega que mudou de partido

Bissau,10 Fev 21(ANG) -  O dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), António Óscar Barbosa(Cancan), acusou o actual líder do partido Domingos Simões Pereira de má gestão e violação dos estatutos daquela formação política.

António Óscar Barbosa, em declarações exclusivas hoje à ANG, sobre informações que circulam de que já abandonou as hostis do partido libertador, qualificou de infundadas as referidas notícias.

“Como posso sair do PAIGC?. Embora sou livre como homem e cidadão de escolher a minha opção política. Mas, por enquanto ainda continuei como militante e um dos dirigentes do PAIGC”, afirmou.

Informou contudo que ingressar no Movimento para Alternância Democrática(Madem G15) pode ser uma honra e um acto de dignidade para a sua pessoa, acrescentando que o surgimento desta formação política é a consequência directa de exclusão de um grupo de dirigentes do PAIGC após o Congresso de Cacheu.

“Portanto as informações que dão conta do meu abandono do PAIGC não correspondem a verdade, porque ainda estou de pedra e cal nesse partido,  contudo, posso sair quando entendo que é oportuno”, disse.

António Óscar Barbosa salientou que, quando um partido com um historial como o PAIGC, não defende os seus dirigentes e pelo contrário joga-os para a praça pública, em resultado, essa formação política perde  a sua característica e dinâmica e o seu modo de estar na arena política.

Aquele responsável disse que, sempre manifestou a sua discórdia pela forma como partido está a ser gerido pelo Domingos Simões Pereira, que desde o Congresso de Cacheu até hoje não prestou as contas.

Disse, a titulo de exemplo, que o órgão competente para a gestão das finanças do partido é o Secretariado Nacional, mas que  o Domingos Simões Pereira usurpou essa competência.

Afirmou que desde a sua ausência do país, há mais de um ano, os órgãos do partido nunca chegaram de reunir, frisando que, já estão a aumentar o número de petições dos dirigentes que querem que o partido reúna as suas estruturas para definir as estratégias futuras.

Aquele político sublinhou que, quando os próprios dirigentes do PAIGC, se mobilizam com informações falsas à bloguistas e jornalistas instigando calúnias contra os seus próprios militantes, isso significa que não estão no bom caminho.

Disse que, compete a Direcção do partido defender tudo o que rodeia os seus militantes e principalmente um dirigente com responsabilidades acrescidas como ele, na qualidade de membro do Bureau Político e do Secretariado Nacional.

Disse  que, ao longo de muitos anos, desde o tempo de liderança de Aristides Pereira, João Bernardo Vieira, Francisco Benante, Carlos Gomes Júnior e o próprio Domingos Simões Pereira, esteve sempre na linha de frente no partido, quer como militante de base, quer como dirigente.

Acrescentou que as pessoas vêm nele o rosto do PAIGC, tendo em conta que nunca escondeu a cara e  sua convicção, porque deu sempre o peito pela causa do partido.

“Agora , as pessoas estão a pôr em causa a minha continuidade como militante do partido, porque estou a criticar a postura e gestão do Domingos Simões Pereira”, afirmou.

António Óscar Barbosa frisou que, quando uma pessoa critica a gestão de Domingos Simões Pereira no partido e se a  qualifica de danosa, logo lhe apelidam de contra o PAIGC.

“Tenho tantos amigos no seio do Madem G15 assim como no PAIGC. Tenho um profundo respeito pela Direcção do Madem, porque é um partido criado após a expulsão dos seus dirigentes, do PAIGC e que agora herdou o espírito do PAIGC”, disse.

Revelou que a sua relação com o Presidente da República, advém de uma amizade de longos anos, de que ele sempre orgulha, acrescentando que, as vezes saiu da Guiné-Bissau para ir visitar-lhe nos diversos países, nomeadamente no Mali, Burkina Faso, frisando que chegaram de viajar juntos para Congo Brazaville, África de Sul, Portugal, França, entre outros.

“Por isso tenho orgulho de ser amigo de Umaro Sissoco Embaló como Presidente da República, porque foi o próprio Supremo Tribunal de Justiça quem o reconhece como o chefe de Estado eleito”, salientou.

Óscar Barbosa sublinhou que, como cidadão se o Presidente da República lhe convocar tem a obrigação de ir ao seu encontro, aliás, tal como aconteceu com o PAIGC, em diversas ocasiões.

“Em diversas ocasiões do nosso encontro, partilhamos informações de carácter nacional e pessoal, as vezes eu critico a sua actuação, porque ele é a pessoa que defende o seu ponto de vista e igualmente aceita  ideias contrárias”, contou Cancan, em declarações à ANG.

Óscar Barbosa criticou  que, no PAIGC, as pessoas querem, sempre, alimentar inimizades entre amigos, familiares entre outros.

Disse a título de exemplo que a actual ministra dos Negócios Estrangeiros Suzi Barbosa é a sua sobrinha e para tal sempre respeitou a sua posição e nunca lhe vai virar as costas.ANG/ÂC//SG

 

Transportes Terrestres/Federação Nacional de Transportes ameaça  suspender actividades caso o Fundo Rodoviário retome cobranças

Bissau, 10 Fev 21 (ANG) – O Presidente da Federação Nacional de Transportadores Terrestres, Caram Cassamá ameaçou suspender as actividades dos seus associados,  caso a Direção do Fundo Rodoviário retomar as suas operações  sem reabilitar as estradas.

 “O Fundo Rodoviário tem uma contrapartida direta porque é um Fundo que colocamos para conservar as rodovias, mas pagamos os Fundos há muitos anos e as nossas estradas até então, estão degradadas. Por isso, não podemos continuar a colocar dinheiros sem ver as condições das nossas estradas melhoradas porque é para isso que pagamos os selos”, disse Cassamá em declarações esta quarta-feira à ANG.

Disse que seus associados não estão em condições de pagar o fundo porque o diretor da mesma instituição tinha prometido fazer as intervenções nas estradas que ligam Safim, João Landim, Bula até Mpack, Bambadinca/Buba e Bambadinca/Bafatá, acrescentando que vão manter com a posição de não pagar enquanto não houver intervenção nas referidas zonas.

Cassamá reconheceu que o Fundo Rodoviário não constrói as estradas mas tem a responsabilidade de as conservar, chamando atenção a quem de direito para construir as estradas.

Aquele responsável disse que a decisão é de conhecimento do atual ministro das Obras Públicas, porque, em 2018, existe um acordo assinado entre a Federação e o antigo ministro desta área.

“A governação é continuidade. Nesse sentido vamos só cumprir o que está no acordo. Assinamos um acordo com o antigo ministro das Obras Públicas onde constava que não vamos pagar fundos se as estradas não forem reabilitadas”, referiu.

Caram Cassamá pediu  aos condutores para continuarem sempre fiel à Federação e a respeitaram os Códigos das estradas, a usarem as máscaras, justificando que só usando as máscaras é que se podem prevenir-se da pandemia da Covid-19.

Cassamá acrescentou que o respeito ao Código de Estrada significa respeitar todas as orientações dadas pela Direção Geral da Viação e Transportes Terrestres, o que passa por respeitar as lotações e cobrar os preços da tabela.

A direção do Fundo Rodoviário anunciou terça-feira a retoma de trabalhos de reabilitação de algumas estradas com fundos adquiridos
através de um empréstimo bancário, e pede aos motoristas para pagarem as taxas de Fundo Rodoviário. ANG/DMG/ÂC//SG

 

Alterações climáticas/Cumprir Acordo de Paris   poderia salvar milhões de vidas – estudo

Bissau, 10 Fev 21 (ANG) – Milhões de pessoas poderiam ser salvas em cada ano se os países aumentassem as medidas para cumprir os objectivos do Acordo de Paris e impedir o aquecimento global, indica um estudo hoje divulgado, que tem 2040 como horizonte.

O estudo é da responsabilidade da revista científica britânica Lancet, através da iniciativa “Lancet Coutdown on Health and Climate Change” (Contagem decrescente em Saúde e Alterações Climáticas), e foi publicado hoje no boletim “The Lancet Planetary Health”.

De acordo com o documento, a adopção de políticas que dêem prioridade à saúde e que sejam consistentes com os objectivos do Acordo de Paris, de impedir que as temperaturas globais não subam mais de dois graus em relação à época pré-industrial, e de preferência menos de 1,5 graus celsius, poderiam salvar vários milhões de vidas até 2040 em nove países.

Nos cálculos dos investigadores poderiam ser salvas 6,4 milhões de pessoas através de melhor alimentação, 1,6 milhões conseguindo ar mais limpo e 2,1 milhões promovendo o exercício físico.

Os países considerados para o estudo – Brasil, China, Alemanha, Índia, Indonésia, Nigéria, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos – representam metade da população mundial e 70% das emissões de gases com efeito de estufa (GEE).

Segundo o Acordo de Paris, sobre redução de emissões, todos os países devem apresentar as suas contribuições nacionais (NDC, Nationally Determined Contributions) para a redução de GEE e limitar o aquecimento do planeta.

Essas NDC deviam ser actualizadas antes da próxima cimeira do clima (COP26) prevista para 2020 mas adiada para este ano devido à covid-19. Até agora muitos países, incluindo seis do grupo dos nove em estudo, ainda não actualizaram as NDC (actualizaram 39 países e a UE), sendo que, notam os autores, com as actuais metas há o risco de a temperatura aumentar mais de três graus.

Ian Hamilton, director executivo da “The Lancet Countdown on Health and Climate Change”, diz, citado no estudo, que os benefícios para a saúde de políticas climáticas ambiciosas têm um impacto positivo imediato, e acrescenta que “existe uma oportunidade de colocar a saúde na vanguarda das políticas relativas às alterações climáticas para salvar ainda mais vidas”.

Os autores do estudo fizeram estimativas tendo em conta as emissões de GEE geradas pelos sectores da energia, agricultura e transportes, as mortes anuais devidas à poluição atmosférica e factores de risco relacionadas com a dieta e inactividade física. E usaram três cenários diferentes, um com as actuais políticas decorrentes das NDC em vigor, outro cumprindo o Acordo de Paris e outro que analisa os benefícios adicionais de incorporar no segundo cenário objectivos de saúde explícitos.

“Os benefícios para a saúde do reforço dos compromissos das NDC são gerados tanto através da mitigação directa das alterações climáticas como através do apoio a acções para reduzir a exposição a poluentes nocivos, melhorar as dietas e permitir uma actividade física segura”, diz-se no documento.

E apesar de dizerem que alguns países reforçaram as suas ambições em termos de redução de emissões de GEE, alertam que mesmo assim, com base nesses anúncios de compromissos, “o mundo ainda não está no bom caminho para cumprir os objectivos do Acordo de Paris e enfrentaria 2,5 graus celsius de aquecimento até final do século”.

O “Lancet Coutdown on Health and Climate Change” é uma colaboração internacional para uma visão global da relação entre a saúde pública e as alterações climáticas e junta mais de 120 especialistas em diversas áreas, publicando todos os anos um relatório. ANG/Inforpress/Lusa

Caju/ Presidente do ANINGB qualifica de positiva a campanha de comercialização 2019/2020

Bissau, 10 Fev 21 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Intermediários dos Negócios da Guiné-Bissau (ANINGB) qualificou hoje de positivo o balanço da campanha de comercialização da castanha de caju do ano findo.

Em declarações a Agência de Notícias da Guiné(ANG) em jeito de balanço da campanha de comercialização de caju 2019/2020, Lassana Sambú justificou a sua opinião com o facto de  terem conseguido  atingir  80 por cento da previsão da comercialização da castanha de caju.

Disse ainda que conseguiram exportar 152 mil toneladas da castanha do ano passado.

Lassana Sambú lamentou a falta de controlo que resultou na fuga de muita  castanha por via terrestre e que teve como consequência perdas de receitas pelo Estado.

Questionado sobre o fundo de 15 mil milhões de franco cfa disponibilizado pelo governo através dos bancos comerciais para apoiar os intervenientes na fileira da caju, Lassana Sambú disse que  o dinheiro veio a ser usado só no final da campanha, beneficiando apenas os clientes dos bancos.

Disse que o referido fundo deveria ser usado com um critério simples, onde o executivo devia servir de garantia para que todos os intervenientes no sector possam ter acesso ao crédito, para resgatar a castanha nas mãos dos agricultores. “Mas, não foi o caso”, disse.

Para além disso, de acordo com o Presidente (ANINGB)  a campanha foi  afectada pela pandemia de covid-19, porque quase 70 por cento dos potenciais compradores da castanha não conseguiram vir à Bissau, devido ao encerramento dos aeroportos.

Instado a falar da campanha de castanha deste ano,  Lassana Sambu disse que estão a trabalhar, e que  o governo aprovou recentemente em Conselho de Ministros, um conjunto de diplomas em substituição do Decreto lei número 3/ 2005 que regulamenta o  funcionamento de todos os intervenientes da fileira de caju.

O Presidente da ANINGB disse que, se os diplomas aprovados pelo governo foram aplicados na totalidade, a campanha poderá ser bom. ANG/LPG/ÂC//SG