Sindicalismo/CSI-África condena ameaças de morte contra secretário geral da UNTG
Bissau, 11 Fev 21 (ANG) – A
Organização Regional Africana da Confederação Sindical
Internacional(CSI-África) condenou, recentemente, as ameaças de morte, por
pessoas desconhecidas, dirigidas contra
o secretário-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné(UNTG), para que
este ponha termo as greves na função pública.
A informação vem expressa
numa carta do secretário-geral do CSI-África
dirigida ao Chefe de Estado guineense, publicada na página oficial da
UNTG na rede socia, FacebookJúlio Mendonça
.
O secretário-geral da
CSI-África pede ao governo guineense para garantir segurança ao Júlio António Mendonça e à outros líderes sindicais, que ponha
termo à atos de limitação e ameaças
contra os líderes sindicais e que abrace um diálogo social significativo, para abordar as queixas
dos sindicatos e da população em geral.
A UNTG está envolvida em
acções de protesto contra os aumentos de
impostos anunciados pelo governo em novembro de 2020 e aprovados pelo parlamento
e promulgados pelo Presidente da República, a 28 de janeiro de 2021.
De acordo com a missiva, os
funcionários denunciam que a elite
continua a gozar de “privilégios obscenos” enquanto que a maioria dos servidores públicos
e a população é negligenciada, sem
segurança de rendimentos ou proteção social durante as restrições da covid-19.
“As medidas governamentais
recentes incluem a atribuição de valores exorbitantes de subsídios aos órgãos
de soberania e antigos membros dos mesmos, a suspensão e despedimento de
empregados que se crê pertencerem a um partido político diferente, atos de
nepotismo no recrutamento dos trabalhadores dos serviços públicos, resultando
em excesso de pessoal e aumentos injustiçado dos salários para alguns”, refere
a carta.
O Comité de Liberdade
Sindical (CFA) da Organização Internacional do Trabalho(OIT), estabeleceu o
princípio de que “as organizações responsáveis pela defesa dos interesses
socioeconómicos e profissionais dos trabalhadores devem poder utilizar a greve
para apoiar a sua posição na procura de soluções para os problemas colocados
pelas crises sociais”.
A CSI-África chamou atenção ao Umaro Sissoco Embaló para ter em conta a Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos que protege o direito à liberdade , segurança pessoal, de expressão, opinião e associação, frisando que, estes direitos e liberdades devem ser respeitados pelo governo.ANG/JD/ÂC//SG
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