Covid-19/OMS dá conta da diminuição do
número de novos casos e de óbitos
Bissau, 18 Fev
21 (ANG) - A Organização Mundial da Saúde deu conta quarta-feira à noite de uma
queda de 16% do número de novas infecções com coronavírus que caíram para 2,7
milhões durante a semana passada, sendo que se registaram neste mesmo período
81 mil mortes, o que representa uma diminuição de 10% da taxa de mortalidade
ligada à pandemia no espaço de uma semana.
Com base em dados contabilizados até
Domingo, a OMS anunciou melhorias em praticamente o mundo inteiro, com excepção
do Mediterrâneo oriental que apresentou um aumento de 7% dos novos casos. Já na
África e no Pacífico Ocidental, a OMS refere que o número de novas infecções
caiu 20% nos últimos dias, 18% na Europa, 16% no continente americano e 13% no
Sudeste Asiático.
Ao constatar na segunda-feira que o número
de novos casos tem estado a diminuir pela quinta semana consecutiva, caindo
quase pela metade em relação aos mais de cinco milhões de casos registados na
primeira semana do ano de 2021, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom
Ghebreyesus, considerou que “isso mostra que medidas simples de saúde pública
funcionam, mesmo na presença de variantes”.
Contudo, “o incêndio não se apagou,
reduziu-se apenas o seu tamanho. Se pararmos de combatê-lo em qualquer frente,
ele voltará com força total”, acrescentou ainda este responsável.
Neste sentido, o
combate continua em duas frentes, a da vacinação e de um bloqueio máximo às
novas estirpes.
Segundo os últimos dados da OMS, a
variante britânica da covid-19 foi identificada em 94 países na semana passada,
ou seja mais oito países do que no período anterior. A estirpe sul-africana tem
circulado nestes últimos dias em 46 países e a variante brasileira foi
detectada em 21 países, ou seja mais seis no espaço de uma semana.
Relativamente às restrições que têm sido
aplicadas, em França onde segundo o governo um reconfinamento não está na ordem
do dia, as infecções continuam “elevadas mas estáveis”. Já na vizinha Alemanha,
a decisão de fechar as fronteiras com a República Checa e o Tirol austríaco tem
suscitado a preocupação dos profissionais da hotelaria e do comércio.
Na Holanda onde as restrições de
circulação geraram violentos protestos, uma primeira decisão judicial ordenou
ontem o levantamento do recolher obrigatório, mas uma instância de recurso
suspendeu esta decisão.
Fora da União Europeia, na Nova Zelândia, país até agora relativamente poupado à pandemia, levantou-se o confinamento na cidade de Auckland, depois das autoridades considerarem que um surto de covid-19 detectado naquela localidade estava sob controlo.
Na frente das vacinações, o
Secretário-geral da ONU, António Guterres reclamou hoje um “plano mundial de
vacinação” para ninguém ser esquecido na luta contra a pandemia. Todavia, nos
factos, estamos ainda longe deste cenário.
Aqui na Europa, Bruxelas anunciou
um plano de acção contra as novas variantes do coronavírus, a Presidente
da Comissão da UE,Ursula von der Leyen devendo apresentar medidas aos líderes
europeus na próxima semana.
Entretanto e desde já, a Pfizer e a
BioNTech anunciaram hoje ter chegado a um acordo para fornecer à União Europeia
200 milhões suplementares de doses de vacina. No total, até ao final do ano,
estas empresas farmacêuticas deveriam entregar um total de 500 a 600 milhões de
doses à União Europeia, das quais 75 milhões no segundo trimestre.
Foi igualmente estabelecido um acordo com
a Moderna para o fornecimento de 300 milhões de doses suplementares de vacina,
para além das 160 milhões já prometidas, uma quarta vacina, a da gigante
americana Johnson & Johnson, estando a ser submetida à aprovação da Agência
Europeia de Medicamentos.
No Médio Oriente, uma primeira remessa de
mil doses da vacina russa Sputnik V oferecida por Moscovo está prestes a chegar
à Faixa de Gaza.
Entretanto, a nível de África, Pretoria
marcou para hoje o arranque da sua campanha de vacinação junto do pessoal de
saúde com a vacina da Johnson & Johnson.
A África do Sul, refira-se, anunciou ontem que vai oferecer as doses que comprou da vacina da AstraZeneca à União Africana, depois de decidir não usá-las na sequência de um estudo revelando a sua falta de eficácia contra a estirpe da covid-19 identificada no seu território. ANG/RFI
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